Formação

A felicidade para a filosofia

A felicidade sempre foi um tema recorrente para a filosofia. Neste artigo, apresentamos como as diversas escolas filosóficas a enxergam.

A felicidade para a filosofia
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A felicidade para a filosofia

A felicidade sempre foi um tema recorrente para a filosofia. Neste artigo, apresentamos como as diversas escolas filosóficas a enxergam.

Data da Publicação: 05/01/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 05/01/2024
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Autor: Redação MBC

O que é a felicidade? Para o homem ser feliz, o que deve fazer? Essas perguntas foram feitas há séculos atrás já no surgimento da filosofia, e são feitas até hoje por toda escola de pensamento. Confira o que é a felicidade para a filosofia, para as diversas escolas filosóficas, dos mais variados séculos, para entender um pouco mais da importância deste tema axial para a busca do homem por se realizar.

A felicidade para a filosofia: uma questão perene

A filosofia, que surgiu na Grécia por volta do século VI a.C, tem por finalidade buscar entender quem é o homem, para onde ele vai, o que é o mundo, enfim, explicar, de modo racional, os princípios da vida humana num geral. A palavra filosofia significa “amigo da sabedoria”. 

Muitos são os temas que permearam todas as culturas, das mais variadas épocas, no que se refere a buscar entender sistematicamente alguns princípios. Um deles, que sempre está presente, é a questão da felicidade: o que significa, para o homem, ser feliz, e como alcançar uma felicidade que seja plena? A questão sobre a felicidade permanece uma questão perene, pois todo homem a busca durante toda a vida.

A felicidade para a filosofia antiga

aristóteles felicidade para a filosofia
Estátua de Aristóteles na Biblioteca de Gladstone, País de Gales.

Aristóteles e Eudaimonia

Aristóteles (384 a.C – 322 a.C) é um dos maiores pensadores da filosofia grega e (não é ousadia afirmar) da filosofia até hoje, pois ele é o responsável, com Platão, de lançar as bases do que conhecemos hoje por filosofia. O método aristotélico baseia-se na observação da natureza, do homem em si a fim de alcançar a compreensão daquilo que uniforme a todos os particulares. 

Para Aristóteles, após análise da situação ética e moral do homem, ele constata que a felicidade é a finalidade, o telos, da vida de todo homem. Isso é justificado pelo fato de que em todas as ações humanas, a busca sempre está no alcançar a felicidade. Mas essa busca não ocorre de qualquer modo: deve ser ordenada para a felicidade dos outros, o bem comum da polis (sociedade), em ações pautadas pelas virtudes. A palavra Eudaimonia, traduzida por felicidade, em grego, significa “bom gênio”, saber deixar-se guiar por um “espírito bom”.

Epicuro e a Ataraxia

Epicuro, filósofo ateniense do século IV, cunha o termo ataraxia como meio pelo qual o homem atingirá a felicidade plena. A ataraxia pode ser traduzida e entendida como uma certa imperturbabilidade da alma. Diante das situações de dor e sofrimento, o homem busca viver uma vida tranquila e livre das perturbações.

Essa ataraxia para atingir a liberdade e a felicidade plenas se dá através da busca dos prazeres de um modo que sejam mais moderados. Não se trata tanto de negar, mas de moderar, mesmo ante as dificuldades.

A felicidade para a filosofia patrística

Agostinho

Santo Agostinho, imagem gerada por IA.

Santo Agostinho (354 d.C – 430 d.C), grande teólogo e filósofo, é um dos maiores pensadores que o Ocidente conheceu. Em sua obra Confissões, onde ele narra sua história de conversão, Agostinho constata que o sumo bem do homem é a felicidade, e que esta consiste no repouso absoluto em Deus. Buscar a felicidade é buscar a Deus. Essa busca por Deus já é permeada de felicidade, mas o homem só a atingirá plenamente em sua união definitiva com o eterno.

Em suma, o homem somente realizará sua natureza e será plenamente feliz caso se converta e se reconcilie com Deus. É de Agostinho a célebre frase: “Porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso.” 1.

Não deixe de conferir nosso artigo Santo Agostinho: vida, conversão, influência e obra.

Orígenes

Orígenes viveu entre 185 d.C e 254 d.C. Teólogo e estudioso da Bíblia, ele lança as bases para uma aproximação da filosofia grega e do cristianismo. 

A felicidade, para Orígenes, consiste no buscar, conhecer e amar a Deus. Esse conhecimento de Deus reside no aprimoramento intelectual e espiritual. Por isso, o cristão não deve medir esforços por estudar e lever uma vida de piedade, pois estas é que conduzirão à felicidade plena.

Crisóstomo

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, entre os séculos IV e V, tem esse nome por sua conhecida capacidade em proferir sermões eloquentes. Crisóstomo significa “boca de ouro”. 

Para ele, a felicidade é alcançada através da virtude, em especial, a da caridade. Essa felicidade não segue riquezas, nem saúde do corpo, nem glórias, mas provém do próprio Deus, que é amor. E por ser uma felicidade que tem origem no próprio Deus, nada pode a tirar do homem. As alegrias deste mundo passam, mas as alegrias eternas operam pela permanência.

A felicidade para a filosofia medieval

Tomás de Aquino

santo tomás de aquino felicidade para a filosofia
Santo Tomás de Aquino, imagem gerada por IA.

Tomás de Aquino (1225 d.C – 1274 d.C) é o expoente da teologia que até hoje é considerado por sua genialidade e abrangência. Dominicano, é chamado de Doutor Angélico pela teologia que parece vir diretamente dos anjos.

A felicidade consiste, para Tomás, na visão beatífica de Deus que é a visão direta de Deus. Somente pela união plena da alma com Deus é que se alcança a felicidade. Na observação das coisas criadas, todas elas participam do bem perfeito, mas somente Deus é perfeito em si, e só Ele é que pode satisfazer o apetite humano de modo definitivo. Só em Deus que está a felicidade. 2

Confira: Oração para antes dos estudos de Santo Tomás de Aquino.

Boécio

Boécio (480 d. C – 524 d.C) tem por obra mais distinta a chamada “A Consolação da Filosofia”. Nesta obra, num diálogo com a filosofia mesma, é feita uma constatação de que a filosofia terrena é transitória, como o são todas as coisas terrenas. Para Boécio, a verdadeira felicidade, a consolação plena, só poderá ser atingida por algo perene e eterno, que é a nossa conformidade para com a vontade de Deus. Para isso, o homem não pode incorrer nas meras aparências. 

A felicidade para a filosofia moderna

John Locke 

Na filosofia moderna, na época iluminista, temos, em John Locke (1632 – 1704), um conceito de felicidade pautado por uma filosofia empirista (pautada pelos sentidos e experiência). Para Locke, a felicidade está na busca dos interesses pessoais e na liberdade individual.  

Retrato de Rousseau por Allan Ramsay.

Para ele, a felicidade também é o motivador do homem, mas como desejo e como prazer máximo do homem. A visão dele, pautada pela política, vê que as regras e as medidas das ações humanas que conduzem a essa felicidade são objetos da ética.

Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) é considerado um dos principais filósofos da época do iluminismo, mas crítico deste. Ele possuía uma visão política e comunitária da felicidade. O homem só seria plenamente feliz se houvesse harmonia entre natureza e sociedade. A sociedade, por sua vez, como ele a via organizada na época, havia pervertido o homem e não o deixando feliz.

Arthur Schopenhauer

Schopenhauer (1799 – 1860) possuía uma visão mais pessimista em toda sua filosofia. Para ele, o homem só atingiria a felicidade se negasse absolutamente os seus desejos, o que nunca poderia acontecer definitivamente, sendo a felicidade sempre uma busca insatisfatória. A felicidade seria somente algo momentâneo, e o homem logo se perceberia no tédio e no sofrimento.

Friedrich Nietzsche

Para Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), a felicidade também é algo fundamental da vida humana, mas sua crítica estava na sociedade: se ela era capaz de criar indivíduos felizes, sendo a felicidade algo frágil e volátil. Além disso, para ele, mais que a felicidade, a vontade de poder é uma das forças impulsionadoras do homem.

Você pode se interessar por este artigo: Santo Afonso de Ligório e a revolução científica

A felicidade para a filosofia oriental

Budismo

O budismo vê a felicidade numa ótica de uma libertação do sofrimento, pela superação do desejo, através de um treinamento mental. O homem deve ir se libertando do ciclo do sofrimento para atingir a felicidade. É chamado de nirvana, estado de paz e tranquilidade alcançado com a sabedoria. Nada há de fixo, nem de permanente, estando o homem em constante transformação.

Taoísmo

A principal finalidade do taoísmo é a busca do equilíbrio e a aceitação do fluxo natural da vida humana. A felicidade do homem está na harmonia com o Tao. Tao significa caminho, via, princípio. Enquanto o budismo leva à iluminação, o taoísmo leva à busca da imortalidade.

Um livro sobre a felicidade

Em 59 capítulos breves e com linguagem simples, Fulton Sheen traz lições e reflexões que nos movem a voltar nosso coração ao que realmente importa – a felicidade eterna – e, a partir disso, encontrar a verdadeira felicidade no cotidiano.

Acesse a página do livro Rumo à Felicidade para conhecer mais sobre a obra.

Referências

  1. AGOSTINHO, Confissões. I, 1, I[]
  2. Cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologicae, Ia-IIae, q. 1, a. 1, resp.[]
Redação MBC

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O que é a felicidade? Para o homem ser feliz, o que deve fazer? Essas perguntas foram feitas há séculos atrás já no surgimento da filosofia, e são feitas até hoje por toda escola de pensamento. Confira o que é a felicidade para a filosofia, para as diversas escolas filosóficas, dos mais variados séculos, para entender um pouco mais da importância deste tema axial para a busca do homem por se realizar.

A felicidade para a filosofia: uma questão perene

A filosofia, que surgiu na Grécia por volta do século VI a.C, tem por finalidade buscar entender quem é o homem, para onde ele vai, o que é o mundo, enfim, explicar, de modo racional, os princípios da vida humana num geral. A palavra filosofia significa “amigo da sabedoria”. 

Muitos são os temas que permearam todas as culturas, das mais variadas épocas, no que se refere a buscar entender sistematicamente alguns princípios. Um deles, que sempre está presente, é a questão da felicidade: o que significa, para o homem, ser feliz, e como alcançar uma felicidade que seja plena? A questão sobre a felicidade permanece uma questão perene, pois todo homem a busca durante toda a vida.

A felicidade para a filosofia antiga

aristóteles felicidade para a filosofia
Estátua de Aristóteles na Biblioteca de Gladstone, País de Gales.

Aristóteles e Eudaimonia

Aristóteles (384 a.C – 322 a.C) é um dos maiores pensadores da filosofia grega e (não é ousadia afirmar) da filosofia até hoje, pois ele é o responsável, com Platão, de lançar as bases do que conhecemos hoje por filosofia. O método aristotélico baseia-se na observação da natureza, do homem em si a fim de alcançar a compreensão daquilo que uniforme a todos os particulares. 

Para Aristóteles, após análise da situação ética e moral do homem, ele constata que a felicidade é a finalidade, o telos, da vida de todo homem. Isso é justificado pelo fato de que em todas as ações humanas, a busca sempre está no alcançar a felicidade. Mas essa busca não ocorre de qualquer modo: deve ser ordenada para a felicidade dos outros, o bem comum da polis (sociedade), em ações pautadas pelas virtudes. A palavra Eudaimonia, traduzida por felicidade, em grego, significa “bom gênio”, saber deixar-se guiar por um “espírito bom”.

Epicuro e a Ataraxia

Epicuro, filósofo ateniense do século IV, cunha o termo ataraxia como meio pelo qual o homem atingirá a felicidade plena. A ataraxia pode ser traduzida e entendida como uma certa imperturbabilidade da alma. Diante das situações de dor e sofrimento, o homem busca viver uma vida tranquila e livre das perturbações.

Essa ataraxia para atingir a liberdade e a felicidade plenas se dá através da busca dos prazeres de um modo que sejam mais moderados. Não se trata tanto de negar, mas de moderar, mesmo ante as dificuldades.

A felicidade para a filosofia patrística

Agostinho

Santo Agostinho, imagem gerada por IA.

Santo Agostinho (354 d.C – 430 d.C), grande teólogo e filósofo, é um dos maiores pensadores que o Ocidente conheceu. Em sua obra Confissões, onde ele narra sua história de conversão, Agostinho constata que o sumo bem do homem é a felicidade, e que esta consiste no repouso absoluto em Deus. Buscar a felicidade é buscar a Deus. Essa busca por Deus já é permeada de felicidade, mas o homem só a atingirá plenamente em sua união definitiva com o eterno.

Em suma, o homem somente realizará sua natureza e será plenamente feliz caso se converta e se reconcilie com Deus. É de Agostinho a célebre frase: “Porque nos fizeste para ti, e nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso.” 1.

Não deixe de conferir nosso artigo Santo Agostinho: vida, conversão, influência e obra.

Orígenes

Orígenes viveu entre 185 d.C e 254 d.C. Teólogo e estudioso da Bíblia, ele lança as bases para uma aproximação da filosofia grega e do cristianismo. 

A felicidade, para Orígenes, consiste no buscar, conhecer e amar a Deus. Esse conhecimento de Deus reside no aprimoramento intelectual e espiritual. Por isso, o cristão não deve medir esforços por estudar e lever uma vida de piedade, pois estas é que conduzirão à felicidade plena.

Crisóstomo

São João Crisóstomo, bispo de Constantinopla, entre os séculos IV e V, tem esse nome por sua conhecida capacidade em proferir sermões eloquentes. Crisóstomo significa “boca de ouro”. 

Para ele, a felicidade é alcançada através da virtude, em especial, a da caridade. Essa felicidade não segue riquezas, nem saúde do corpo, nem glórias, mas provém do próprio Deus, que é amor. E por ser uma felicidade que tem origem no próprio Deus, nada pode a tirar do homem. As alegrias deste mundo passam, mas as alegrias eternas operam pela permanência.

A felicidade para a filosofia medieval

Tomás de Aquino

santo tomás de aquino felicidade para a filosofia
Santo Tomás de Aquino, imagem gerada por IA.

Tomás de Aquino (1225 d.C – 1274 d.C) é o expoente da teologia que até hoje é considerado por sua genialidade e abrangência. Dominicano, é chamado de Doutor Angélico pela teologia que parece vir diretamente dos anjos.

A felicidade consiste, para Tomás, na visão beatífica de Deus que é a visão direta de Deus. Somente pela união plena da alma com Deus é que se alcança a felicidade. Na observação das coisas criadas, todas elas participam do bem perfeito, mas somente Deus é perfeito em si, e só Ele é que pode satisfazer o apetite humano de modo definitivo. Só em Deus que está a felicidade. 2

Confira: Oração para antes dos estudos de Santo Tomás de Aquino.

Boécio

Boécio (480 d. C – 524 d.C) tem por obra mais distinta a chamada “A Consolação da Filosofia”. Nesta obra, num diálogo com a filosofia mesma, é feita uma constatação de que a filosofia terrena é transitória, como o são todas as coisas terrenas. Para Boécio, a verdadeira felicidade, a consolação plena, só poderá ser atingida por algo perene e eterno, que é a nossa conformidade para com a vontade de Deus. Para isso, o homem não pode incorrer nas meras aparências. 

A felicidade para a filosofia moderna

John Locke 

Na filosofia moderna, na época iluminista, temos, em John Locke (1632 – 1704), um conceito de felicidade pautado por uma filosofia empirista (pautada pelos sentidos e experiência). Para Locke, a felicidade está na busca dos interesses pessoais e na liberdade individual.  

Retrato de Rousseau por Allan Ramsay.

Para ele, a felicidade também é o motivador do homem, mas como desejo e como prazer máximo do homem. A visão dele, pautada pela política, vê que as regras e as medidas das ações humanas que conduzem a essa felicidade são objetos da ética.

Jean-Jacques Rousseau

Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) é considerado um dos principais filósofos da época do iluminismo, mas crítico deste. Ele possuía uma visão política e comunitária da felicidade. O homem só seria plenamente feliz se houvesse harmonia entre natureza e sociedade. A sociedade, por sua vez, como ele a via organizada na época, havia pervertido o homem e não o deixando feliz.

Arthur Schopenhauer

Schopenhauer (1799 – 1860) possuía uma visão mais pessimista em toda sua filosofia. Para ele, o homem só atingiria a felicidade se negasse absolutamente os seus desejos, o que nunca poderia acontecer definitivamente, sendo a felicidade sempre uma busca insatisfatória. A felicidade seria somente algo momentâneo, e o homem logo se perceberia no tédio e no sofrimento.

Friedrich Nietzsche

Para Friedrich Nietzsche (1844 – 1900), a felicidade também é algo fundamental da vida humana, mas sua crítica estava na sociedade: se ela era capaz de criar indivíduos felizes, sendo a felicidade algo frágil e volátil. Além disso, para ele, mais que a felicidade, a vontade de poder é uma das forças impulsionadoras do homem.

Você pode se interessar por este artigo: Santo Afonso de Ligório e a revolução científica

A felicidade para a filosofia oriental

Budismo

O budismo vê a felicidade numa ótica de uma libertação do sofrimento, pela superação do desejo, através de um treinamento mental. O homem deve ir se libertando do ciclo do sofrimento para atingir a felicidade. É chamado de nirvana, estado de paz e tranquilidade alcançado com a sabedoria. Nada há de fixo, nem de permanente, estando o homem em constante transformação.

Taoísmo

A principal finalidade do taoísmo é a busca do equilíbrio e a aceitação do fluxo natural da vida humana. A felicidade do homem está na harmonia com o Tao. Tao significa caminho, via, princípio. Enquanto o budismo leva à iluminação, o taoísmo leva à busca da imortalidade.

Um livro sobre a felicidade

Em 59 capítulos breves e com linguagem simples, Fulton Sheen traz lições e reflexões que nos movem a voltar nosso coração ao que realmente importa – a felicidade eterna – e, a partir disso, encontrar a verdadeira felicidade no cotidiano.

Acesse a página do livro Rumo à Felicidade para conhecer mais sobre a obra.

Referências

  1. AGOSTINHO, Confissões. I, 1, I[]
  2. Cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologicae, Ia-IIae, q. 1, a. 1, resp.[]

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