Formação

O trabalho dignifica o homem — e também santifica!

Saiba como o trabalho dignifica o homem e entenda também como ele pode ser um meio de santificação na vida cotidiana.

O trabalho dignifica o homem — e também santifica!
Formação

O trabalho dignifica o homem — e também santifica!

Saiba como o trabalho dignifica o homem e entenda também como ele pode ser um meio de santificação na vida cotidiana.

Data da Publicação: 28/04/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 28/04/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

Saiba como o trabalho dignifica o homem e entenda também como ele pode ser um meio de santificação na vida cotidiana.

Sem dúvida, você já ouviu dizer que o trabalho dignifica o homem. Mas você sabe o que isso significa? Podemos encarar o trabalho sob duas perspectivas: a humana e a espiritual. Em ambas, o ato de trabalhar traz dignidade; contudo, na dimensão espiritual, o trabalho transcende o que podemos enxergar. E isso fica evidente sobretudo na vida de Jesus, que aprendeu o ofício de São José — a carpintaria. Neste texto, você vai entender como o trabalho dignifica o homem e pode ser para ele um meio de santificação no mundo.

O trabalho dignifica o homem: o que essa frase quer dizer?


O trabalho tem um papel fundamental na vida do homem. O ato de trabalhar nos transforma e contribui para a nossa realização. Além disso, ele nos torna mais úteis e dá sentido aos nossos dias. Você consegue perceber quantas coisas presentes em nosso cotidiano dependem do trabalho das pessoas? O pão que está em nossa mesa pela manhã, o lixo que foi recolhido da calçada, a criança que precisa ir para o médico, a aula que está para começar — tudo isso depende do trabalho e do esforço de alguém. E, além do sustento material, a execução do próprio trabalho fortalece a personalidade humana.

Não à toa, muitos são conhecidos especialmente pelo ofício que exercem. O trabalho é, de fato, um bem para o homem e para a sociedade. Aliás, “o trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das criaturas […]; somente o homem tem capacidade para o trabalho e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua existência sobre a terra.” 1

Quando dizemos, portanto, que o trabalho — seja manual, seja intelectual — dignifica o homem, lembramos que é por meio dele que o homem obtém o pão cotidiano e contribui para o desenvolvimento das ciências e da técnica, bem como para a elevação cultural e moral da sociedade em que vive. 1 Sendo assim, se o trabalho já é edificante sob a perspectiva humana, quando se olha do ponto de vista espiritual, ele tem uma relevância ainda maior.

O trabalho não só dignifica, mas santifica o homem


A redenção do trabalho


Desde o início da criação, o homem é chamado a trabalhar — “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para cultivar o solo e o guardar.” 2 Dessa forma, fica claro que o trabalho não é um castigo de Deus para nós, mas uma missão nobre. Ainda que hoje o trabalho venha acompanhado da fadiga e do cansaço — o que não acontecia no Éden —, ele continua sendo um meio de engrandecer o homem. Muitas vezes, as dificuldades e a preguiça de realizar determinado ofício batem à nossa porta, no entanto precisamos nos lembrar mais uma vez de que o trabalho dignifica o homem. Além disso, ele traz ordem para nossa vida, uma vez que exige pontualidade, esforço, paciência, diligência etc.

Cristo, quando esteve na Terra, ensinou-nos muitas coisas por meio de suas parábolas, obras e milagres. Mas, antes de sua vida pública, viveu sob a obediência da Virgem Maria e de São José; e nesses muitos anos, que a Igreja chama de vida oculta de Jesus, Ele redime o trabalho humano na oficina de Nazaré. Ainda que não tenhamos muitos registros dessa época, uma passagem das Escrituras deixa evidente como Ele era conhecido em sua pátria: “Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedo­ria é essa […] Não é ele o carpinteiro […]?” 3

O mistério da encarnação do Verbo de Deus se deu no contato diário com a realidade do trabalho, na família e na oficina de Nazaré. Cristo quis assumir a natureza humana, e não destruí-la; Ele trabalhou com as suas mãos humanas — agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano — e, assim, uniu-se de certo modo a cada homem. 4 Por isso, cremos que o trabalho santifica o homem, pois também esta área de nossa vida humana foi assumida por Cristo — verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

Não deixe de rezar a oração a São José para antes do trabalho.

São Josemaria e a santificação do trabalho


São Josemaria, sem dúvida, trouxe à tona a vocação dos leigos unindo-a ao seu trabalho diário — santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar os outros com o trabalho. O santo do cotidiano afirma que santificar o próprio trabalho é uma missão de todo cristão. 5 Ele recorda as palavras do Gênesis — que Deus criou o homem para trabalhar — e tem como exemplo o próprio Cristo que passou a maior parte de sua vida terrena trabalhando como artesão na oficina de São José. E imagine como Jesus trabalhava! Não seria de qualquer jeito, com desleixo ou com reclamações, mas com muito amor, atenção e esmero.

Sendo assim, esta é a forma de santificar o trabalho: realizá-lo com a maior perfeição humana possível — com amor, competência e espírito de serviço. Em uma de suas homilias, São Josemaria recorda uma frase que a multidão repetia ao se referir aos feitos de Jesus: “Bene omnia fecit, fez tudo admiravelmente bem: os grandes prodígios e as coisas triviais, cotidianas, que a ninguém deslumbraram, mas que Cristo realizou com a plenitude de quem é […] perfeito Deus e homem perfeito.” 6

Cumprindo de tal forma nosso dever diário, com reta intenção, daremos glória a Deus e seremos testemunhas do Cristo no ambiente profissional. Somente quando há esforço em aprender o ofício, bem como em executá-lo com excelência é que se pode santificá-lo e oferecê-lo ao Senhor. “O único objetivo do Opus Dei sempre foi este: contribuir para que no meio do mundo, das realidades e afãs seculares, homens e mulheres de todas as raças e de todas as condições sociais procurassem amar e servir a Deus e a todos os demais, em seu trabalho ordinário e através dele.” 7

Conheça 3 conselhos de São Josemaria Escrivá para santificar o trabalho.

Na oficina de José, o trabalho dignifica e santifica o homem


São José é nosso grande modelo de trabalhador. Quem melhor do que aquele que ensinou a Jesus um ofício? Foi na Oficina de Nazaré que Cristo passou longos anos de sua vida oculta exercendo um trabalho honesto e diligente. Ele se fez carne e aprendeu a trabalhar como homem com seu pai na terra, São José. Dessa forma, Cristo santificou o trabalho humano e o elevou a um nível de grandeza. Agora podemos realizar atividades de forma digna e agradável a Deus e nos santificar por meio do trabalho.

Com afinco, São José realizava o seu ofício; era um trabalho árduo, duro, como o de muitos hoje, mas nosso modelo de trabalhador mantinha um espírito de oração e de união com Deus. Tudo o que fazia era para Deus, inclusive o seu trabalho. Cumpria o seu dever com excelência, dedicava tempo à sua família e sabia a hora do descanso; não havia espaço para a preguiça, o trabalho mal feito ou o orgulho. E tudo isso ensinava a Jesus.

Assim, com o intuito de preservar o verdadeiro sentido do trabalho humano deixado por Cristo, e combater as ideias contrárias a ele, o Papa Pio XII, com alegria, instituiu a festa de São José Operário, em 1955. 8 “Essa festa, que é uma canonização do valor divino do trabalho, mostra como a Igreja, na sua vida coletiva e pública, se faz eco das verdades centrais do Evangelho, que Deus deseja ver especialmente meditadas nos nossos dias.” 9

Se desejamos realizar bem o nosso trabalho — servindo aos demais e amando a Deus —, a fim de que as nossas tarefas nos dignifiquem e santifiquem, recorramos a São José. Nele vemos concretamente como o trabalho dignifica e santifica o homem; e não podemos esquecer que como foi o guardião da Sagrada Família, o é também da Igreja e de todos nós.

Conheça mais sobre São José Operário, o padroeiro dos trabalhadores.

Referências

  1. João Paulo II, Carta Encíclica Laborem exercens, 1981[][]
  2. Gn 2, 15[]
  3. Mc 6, 2-3[]
  4. Paulo VI, Gaudium et Spes, 1965[]
  5. Sulco, 517[]
  6. São Josemaria, Trabalhos de Deus, n. 56[]
  7. São Josemaria, Espontaneidade e pluralismo no Povo de Deus, n. 10[]
  8. Vatican News, PRIMEIRO DE MAIO, UM HINO AO TRABALHO DIGNO ENTRE SABERES ANTIGOS E NOVAS PROFISSÕES[]
  9. São Josemaria, É Cristo que passa, n.52[]
Redação MBC

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Saiba como o trabalho dignifica o homem e entenda também como ele pode ser um meio de santificação na vida cotidiana.

Sem dúvida, você já ouviu dizer que o trabalho dignifica o homem. Mas você sabe o que isso significa? Podemos encarar o trabalho sob duas perspectivas: a humana e a espiritual. Em ambas, o ato de trabalhar traz dignidade; contudo, na dimensão espiritual, o trabalho transcende o que podemos enxergar. E isso fica evidente sobretudo na vida de Jesus, que aprendeu o ofício de São José — a carpintaria. Neste texto, você vai entender como o trabalho dignifica o homem e pode ser para ele um meio de santificação no mundo.

O trabalho dignifica o homem: o que essa frase quer dizer?


O trabalho tem um papel fundamental na vida do homem. O ato de trabalhar nos transforma e contribui para a nossa realização. Além disso, ele nos torna mais úteis e dá sentido aos nossos dias. Você consegue perceber quantas coisas presentes em nosso cotidiano dependem do trabalho das pessoas? O pão que está em nossa mesa pela manhã, o lixo que foi recolhido da calçada, a criança que precisa ir para o médico, a aula que está para começar — tudo isso depende do trabalho e do esforço de alguém. E, além do sustento material, a execução do próprio trabalho fortalece a personalidade humana.

Não à toa, muitos são conhecidos especialmente pelo ofício que exercem. O trabalho é, de fato, um bem para o homem e para a sociedade. Aliás, “o trabalho é uma das características que distinguem o homem do resto das criaturas […]; somente o homem tem capacidade para o trabalho e somente o homem o realiza preenchendo ao mesmo tempo com ele a sua existência sobre a terra.” 1

Quando dizemos, portanto, que o trabalho — seja manual, seja intelectual — dignifica o homem, lembramos que é por meio dele que o homem obtém o pão cotidiano e contribui para o desenvolvimento das ciências e da técnica, bem como para a elevação cultural e moral da sociedade em que vive. 1 Sendo assim, se o trabalho já é edificante sob a perspectiva humana, quando se olha do ponto de vista espiritual, ele tem uma relevância ainda maior.

O trabalho não só dignifica, mas santifica o homem


A redenção do trabalho


Desde o início da criação, o homem é chamado a trabalhar — “O Senhor Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden, para cultivar o solo e o guardar.” 2 Dessa forma, fica claro que o trabalho não é um castigo de Deus para nós, mas uma missão nobre. Ainda que hoje o trabalho venha acompanhado da fadiga e do cansaço — o que não acontecia no Éden —, ele continua sendo um meio de engrandecer o homem. Muitas vezes, as dificuldades e a preguiça de realizar determinado ofício batem à nossa porta, no entanto precisamos nos lembrar mais uma vez de que o trabalho dignifica o homem. Além disso, ele traz ordem para nossa vida, uma vez que exige pontualidade, esforço, paciência, diligência etc.

Cristo, quando esteve na Terra, ensinou-nos muitas coisas por meio de suas parábolas, obras e milagres. Mas, antes de sua vida pública, viveu sob a obediência da Virgem Maria e de São José; e nesses muitos anos, que a Igreja chama de vida oculta de Jesus, Ele redime o trabalho humano na oficina de Nazaré. Ainda que não tenhamos muitos registros dessa época, uma passagem das Escrituras deixa evidente como Ele era conhecido em sua pátria: “Muitos o ouviam e, tomados de admiração, diziam: “Donde lhe vem isso? Que sabedo­ria é essa […] Não é ele o carpinteiro […]?” 3

O mistério da encarnação do Verbo de Deus se deu no contato diário com a realidade do trabalho, na família e na oficina de Nazaré. Cristo quis assumir a natureza humana, e não destruí-la; Ele trabalhou com as suas mãos humanas — agiu com uma vontade humana, amou com um coração humano — e, assim, uniu-se de certo modo a cada homem. 4 Por isso, cremos que o trabalho santifica o homem, pois também esta área de nossa vida humana foi assumida por Cristo — verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

Não deixe de rezar a oração a São José para antes do trabalho.

São Josemaria e a santificação do trabalho


São Josemaria, sem dúvida, trouxe à tona a vocação dos leigos unindo-a ao seu trabalho diário — santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar os outros com o trabalho. O santo do cotidiano afirma que santificar o próprio trabalho é uma missão de todo cristão. 5 Ele recorda as palavras do Gênesis — que Deus criou o homem para trabalhar — e tem como exemplo o próprio Cristo que passou a maior parte de sua vida terrena trabalhando como artesão na oficina de São José. E imagine como Jesus trabalhava! Não seria de qualquer jeito, com desleixo ou com reclamações, mas com muito amor, atenção e esmero.

Sendo assim, esta é a forma de santificar o trabalho: realizá-lo com a maior perfeição humana possível — com amor, competência e espírito de serviço. Em uma de suas homilias, São Josemaria recorda uma frase que a multidão repetia ao se referir aos feitos de Jesus: “Bene omnia fecit, fez tudo admiravelmente bem: os grandes prodígios e as coisas triviais, cotidianas, que a ninguém deslumbraram, mas que Cristo realizou com a plenitude de quem é […] perfeito Deus e homem perfeito.” 6

Cumprindo de tal forma nosso dever diário, com reta intenção, daremos glória a Deus e seremos testemunhas do Cristo no ambiente profissional. Somente quando há esforço em aprender o ofício, bem como em executá-lo com excelência é que se pode santificá-lo e oferecê-lo ao Senhor. “O único objetivo do Opus Dei sempre foi este: contribuir para que no meio do mundo, das realidades e afãs seculares, homens e mulheres de todas as raças e de todas as condições sociais procurassem amar e servir a Deus e a todos os demais, em seu trabalho ordinário e através dele.” 7

Conheça 3 conselhos de São Josemaria Escrivá para santificar o trabalho.

Na oficina de José, o trabalho dignifica e santifica o homem


São José é nosso grande modelo de trabalhador. Quem melhor do que aquele que ensinou a Jesus um ofício? Foi na Oficina de Nazaré que Cristo passou longos anos de sua vida oculta exercendo um trabalho honesto e diligente. Ele se fez carne e aprendeu a trabalhar como homem com seu pai na terra, São José. Dessa forma, Cristo santificou o trabalho humano e o elevou a um nível de grandeza. Agora podemos realizar atividades de forma digna e agradável a Deus e nos santificar por meio do trabalho.

Com afinco, São José realizava o seu ofício; era um trabalho árduo, duro, como o de muitos hoje, mas nosso modelo de trabalhador mantinha um espírito de oração e de união com Deus. Tudo o que fazia era para Deus, inclusive o seu trabalho. Cumpria o seu dever com excelência, dedicava tempo à sua família e sabia a hora do descanso; não havia espaço para a preguiça, o trabalho mal feito ou o orgulho. E tudo isso ensinava a Jesus.

Assim, com o intuito de preservar o verdadeiro sentido do trabalho humano deixado por Cristo, e combater as ideias contrárias a ele, o Papa Pio XII, com alegria, instituiu a festa de São José Operário, em 1955. 8 “Essa festa, que é uma canonização do valor divino do trabalho, mostra como a Igreja, na sua vida coletiva e pública, se faz eco das verdades centrais do Evangelho, que Deus deseja ver especialmente meditadas nos nossos dias.” 9

Se desejamos realizar bem o nosso trabalho — servindo aos demais e amando a Deus —, a fim de que as nossas tarefas nos dignifiquem e santifiquem, recorramos a São José. Nele vemos concretamente como o trabalho dignifica e santifica o homem; e não podemos esquecer que como foi o guardião da Sagrada Família, o é também da Igreja e de todos nós.

Conheça mais sobre São José Operário, o padroeiro dos trabalhadores.

Referências

  1. João Paulo II, Carta Encíclica Laborem exercens, 1981[][]
  2. Gn 2, 15[]
  3. Mc 6, 2-3[]
  4. Paulo VI, Gaudium et Spes, 1965[]
  5. Sulco, 517[]
  6. São Josemaria, Trabalhos de Deus, n. 56[]
  7. São Josemaria, Espontaneidade e pluralismo no Povo de Deus, n. 10[]
  8. Vatican News, PRIMEIRO DE MAIO, UM HINO AO TRABALHO DIGNO ENTRE SABERES ANTIGOS E NOVAS PROFISSÕES[]
  9. São Josemaria, É Cristo que passa, n.52[]

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