Compilamos neste artigo, com a ajuda do Papa Bento XVI, tudo o que se sabe sobre os reis magos. Confira agora mesmo!
Compilamos neste artigo, com a ajuda do Papa Bento XVI, tudo o que se sabe sobre os reis magos. Confira agora mesmo!
Os Reis Magos eram astrólogos e sua participação no nascimento de Jesus decretou o fim da astrologia. Não são minhas essas palavras, mas do Papa Bento XVI.
Este artigo também pode ser chamado de “O mínimo que você precisa saber sobre os reis magos”.
Quais eram seus nomes? O que cada um deles levou para Jesus? Por que são chamados de reis magos? Quem realmente os guiou até Jesus? Em qual dia comemoramos sua festa? Onde estão seus corpos?
Bastante coisa, né? Então vamos lá.
Nomes, origem e por que reis magos. Vamos começar respondendo isso.
Em primeiro lugar, os nomes dos reis magos. Athos, Porthos e Aramis? Não, eram os três mosqueteiros. Belquior, Gaspar e Baltasar eram os nomes dos reis magos.
A tradição conta que Belquior era mais velho, setenta anos, cabelos e barbas grisalhas. Gaspar era moço, vinte anos. Baltasar era intermediário, tinha cerca de 40 anos.
Cada um era associado às três idades da vida do homem: juventude, idade adulta e velhice. O papa Bento XVI conta sobre isso no seu A infância de Jesus da trilogia Jesus de Nazaré.
Essas três idades distintas mostram como as diversas formas da vida humana encontram o respectivo significado e a sua unidade interior na comunhão com Jesus.
Cada rei mago também foi interpretado como vindo de um continente distinto. A tradição reforçou essa ideia. Inclusive, sempre faz parte dessa tríade o rei negro. Não há distinção de raça, distinção de caça e nem de providência no reino de Jesus Cristo: Nele e por Ele a humanidade une-se sem perder a riqueza da variedade.
Diz-se que eram religiosos, mas influenciados pelo pensamento filosófico e pela astronomia — esse era o principal significado de “magos”.
Inclusive, nos anos próximos ao nascimento de Cristo, houve uma conjunção astral dos planetas Júpiter e Saturno, ou seja, um alinhamento desses planetas. E essa conjunção poderia ter sido calculada pelos astrônomos — ou seja, os magos — indicando a terra de Judá e um recém-nascido “rei dos judeus”.
“Nossa, mas por que pagãos se interessariam por um rei judeu?”
É aí que está o pulo do gato: Deus quis que uma profecia sobre um rei, vindo da casa de Jacó, viesse da boca de um pagão.
Em Nm 24, 17 vemos Balaão, advinho do Rei Moab, ao tentar invocar uma maldição contra Israel, sendo não só impedido por Deus, mas obrigado a pronunciar uma profecia de benção:
“Eu o vejo, mas não agora; eu o contemplo, mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel”.
A estrela de que fala Balaão não é um simples astro, mas o próprio rei que deve vir, a estrela que brilha sobre o mundo e termina o seu destino.
Até aqui, temos:
Como esses magos se tornaram reis?
Bom, aí entra a tradição da Igreja. Essa mesma tradição que enxergou um boi e um jumento no presépio, mesmo sem os Evangelhos mencioná-los, a partir da leitura de Isaías 1, 3, que menciona esses dois animais, enxergou também na figura dos magos o Salmo 70, quando diz que “os reis de Társis lhe trarão presentes” e “os reis da Arábia lhe trarão seus dons”.
O que mesmo os magos trouxeram? Presentes. A Igreja enxergou neles esses reis.
E enxergou também a profecia de Isaías 60: “As nações se encaminharão à tua luz, e os reis ao brilho de tua aurora”.
Mais uma vez os reis, mas aqui se encaminham a um brilho que viria desse Messias esperado.
Falando em brilho, falta falarmos um pouquinho da estrela que conduziu os reis magos até as terras dos judeus.
Grande parte da tradição da Igreja vê na estrela um aspecto extraordinário. Santo Inácio de Antioquia mesmo vê o sol e a lua girarem em volta da estrela. Um hino antigo diz que a estrela teria superado em beleza e brilho o sol.
Mas a astronomia moderna também dá a sua contribuição. E o papa Bento XVI menciona isso na sua trilogia Jesus de Nazaré quando fala da estrela.
Johannes Kepler calculou que, na passagem entre os anos 7 e 6 a.C. — considerado hoje o ano provável do nascimento de Jesus — se verificou uma conjunção (ou alinhamento) dos planetas Júpiter, Saturno e Marte.
Kepler também observou uma conjunção semelhante em 1604, que se juntou a uma supernova. Supernova é o termo astronômico empregado para descrever uma estrela débil ou muito distante na qual acontece uma explosão enorme, irradiando dela um brilho intenso durante semanas, até meses.
Outras pesquisas encontraram em tábuas cronológicas chineses que no ano 4 a.C. apareceu e foi vista durante um bom tempo uma estrela brilhante.
Há estudos suficientes para mostrar que, além do aspecto teológico, um fenômeno natural também aconteceu. A estrela era real. A criação apontava para o seu criador.
Também é interessante considerarmos o significado dos planetas Júpiter e Saturno.
Júpiter era a estrela da mais alta divindade babilônica. E nessa conjunção, nesse alinhamento, estava lado a lado com Saturno, representante cósmico do povo dos judeus. Pagãos e Judeus, alinhados em uma única direção.
No mundo antigo, os corpos celestes eram considerados como forças divinas que decidiam o destino dos homens, não à toa os planetas tinham nomes de divindades.
Nessa conjunção, nesse alinhamento de planetas, Júpiter em especial, o deus máximo pagão, nessa prestação dos magos diante de Jesus, São Gregório de Nazianzeno, doutor da Igreja, diz que representava o fim da astrologia porque a partir de então as estrelas teriam girado na órbita estabelecida por Cristo.
Aliás, temos um artigo sobre o simbolismo do Natal aqui no blog. Não deixe de conferir.
Cada um trouxe um presente ao Menino Jesus: ouro, incenso e mirra. Mas você sabe o que cada um deles significa?
O ouro é mais fácil. Está atrelado à realeza de Cristo. Esse presente reconhece que Nosso Senhor é Rei.
Mas não apenas isso. Ele é Deus. E o Incenso é o presente que reconhece isso. Somente aos deuses se queimava incenso. Esse presente só reforça a divindade de Jesus.
Por fim, a Mirra. Tradicionalmente usa-se a mirra em mortos, em sua cor para amenizar a dor por um lado e conservá-lo por outro. Por que algo usado na preparação e conservação dos corpos de mortos se estamos falando do Menino Deus? Porque Nosso Senhor também é homem. A mirra simboliza a humanidade de Cristo.
Outro, incenso e mirra, esses eram seus presentes ao Menino.
Onde estão enterrados os reis magos? Para onde eles foram depois de adorar o Menino Jesus e entregar os presentes?
Os restos mortais dos reis magos estão hoje na Catedral de Colônia, na Alemanha. Não se sabe ao certo como se deu o término de sua vida, alguns lugares contam que, depois de adorar Jesus, regressaram juntos à Índia, onde construíram uma igreja. Teriam falecido ao mesmo tempo e enterrados nessa mesma igreja. Anos mais tarde, a mãe do imperador Constantino, em uma viagem à Índia, teria recuperado seus corpos, depositando-os em um belo túmulo na igreja de Santa Sofia, em Constantinopla.
O imperador Maurício teria, no final do século VI, transportado as relíquias à Milão. No século XII, a cidade de Milão se rebelou contra o imperador que teria pedido ajuda ao arcebispo de Colônia. Juntos, recuperaram a cidade e o imperador, como gesto de gratidão, teria dado ao arcebispo as relíquias.
Uma catedral gótica foi construída em sua honra. No século XIX, o relicário foi aberto e nele estavam esqueletos de três homens: um jovem, um de meia idade e um idoso, como os Padres da Igreja já afirmavam serem os reis magos.
Já ouviu falar da novena da epifania do Senhor? Reze-a com a gente!
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Os Reis Magos eram astrólogos e sua participação no nascimento de Jesus decretou o fim da astrologia. Não são minhas essas palavras, mas do Papa Bento XVI.
Este artigo também pode ser chamado de “O mínimo que você precisa saber sobre os reis magos”.
Quais eram seus nomes? O que cada um deles levou para Jesus? Por que são chamados de reis magos? Quem realmente os guiou até Jesus? Em qual dia comemoramos sua festa? Onde estão seus corpos?
Bastante coisa, né? Então vamos lá.
Nomes, origem e por que reis magos. Vamos começar respondendo isso.
Em primeiro lugar, os nomes dos reis magos. Athos, Porthos e Aramis? Não, eram os três mosqueteiros. Belquior, Gaspar e Baltasar eram os nomes dos reis magos.
A tradição conta que Belquior era mais velho, setenta anos, cabelos e barbas grisalhas. Gaspar era moço, vinte anos. Baltasar era intermediário, tinha cerca de 40 anos.
Cada um era associado às três idades da vida do homem: juventude, idade adulta e velhice. O papa Bento XVI conta sobre isso no seu A infância de Jesus da trilogia Jesus de Nazaré.
Essas três idades distintas mostram como as diversas formas da vida humana encontram o respectivo significado e a sua unidade interior na comunhão com Jesus.
Cada rei mago também foi interpretado como vindo de um continente distinto. A tradição reforçou essa ideia. Inclusive, sempre faz parte dessa tríade o rei negro. Não há distinção de raça, distinção de caça e nem de providência no reino de Jesus Cristo: Nele e por Ele a humanidade une-se sem perder a riqueza da variedade.
Diz-se que eram religiosos, mas influenciados pelo pensamento filosófico e pela astronomia — esse era o principal significado de “magos”.
Inclusive, nos anos próximos ao nascimento de Cristo, houve uma conjunção astral dos planetas Júpiter e Saturno, ou seja, um alinhamento desses planetas. E essa conjunção poderia ter sido calculada pelos astrônomos — ou seja, os magos — indicando a terra de Judá e um recém-nascido “rei dos judeus”.
“Nossa, mas por que pagãos se interessariam por um rei judeu?”
É aí que está o pulo do gato: Deus quis que uma profecia sobre um rei, vindo da casa de Jacó, viesse da boca de um pagão.
Em Nm 24, 17 vemos Balaão, advinho do Rei Moab, ao tentar invocar uma maldição contra Israel, sendo não só impedido por Deus, mas obrigado a pronunciar uma profecia de benção:
“Eu o vejo, mas não agora; eu o contemplo, mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel”.
A estrela de que fala Balaão não é um simples astro, mas o próprio rei que deve vir, a estrela que brilha sobre o mundo e termina o seu destino.
Até aqui, temos:
Como esses magos se tornaram reis?
Bom, aí entra a tradição da Igreja. Essa mesma tradição que enxergou um boi e um jumento no presépio, mesmo sem os Evangelhos mencioná-los, a partir da leitura de Isaías 1, 3, que menciona esses dois animais, enxergou também na figura dos magos o Salmo 70, quando diz que “os reis de Társis lhe trarão presentes” e “os reis da Arábia lhe trarão seus dons”.
O que mesmo os magos trouxeram? Presentes. A Igreja enxergou neles esses reis.
E enxergou também a profecia de Isaías 60: “As nações se encaminharão à tua luz, e os reis ao brilho de tua aurora”.
Mais uma vez os reis, mas aqui se encaminham a um brilho que viria desse Messias esperado.
Falando em brilho, falta falarmos um pouquinho da estrela que conduziu os reis magos até as terras dos judeus.
Grande parte da tradição da Igreja vê na estrela um aspecto extraordinário. Santo Inácio de Antioquia mesmo vê o sol e a lua girarem em volta da estrela. Um hino antigo diz que a estrela teria superado em beleza e brilho o sol.
Mas a astronomia moderna também dá a sua contribuição. E o papa Bento XVI menciona isso na sua trilogia Jesus de Nazaré quando fala da estrela.
Johannes Kepler calculou que, na passagem entre os anos 7 e 6 a.C. — considerado hoje o ano provável do nascimento de Jesus — se verificou uma conjunção (ou alinhamento) dos planetas Júpiter, Saturno e Marte.
Kepler também observou uma conjunção semelhante em 1604, que se juntou a uma supernova. Supernova é o termo astronômico empregado para descrever uma estrela débil ou muito distante na qual acontece uma explosão enorme, irradiando dela um brilho intenso durante semanas, até meses.
Outras pesquisas encontraram em tábuas cronológicas chineses que no ano 4 a.C. apareceu e foi vista durante um bom tempo uma estrela brilhante.
Há estudos suficientes para mostrar que, além do aspecto teológico, um fenômeno natural também aconteceu. A estrela era real. A criação apontava para o seu criador.
Também é interessante considerarmos o significado dos planetas Júpiter e Saturno.
Júpiter era a estrela da mais alta divindade babilônica. E nessa conjunção, nesse alinhamento, estava lado a lado com Saturno, representante cósmico do povo dos judeus. Pagãos e Judeus, alinhados em uma única direção.
No mundo antigo, os corpos celestes eram considerados como forças divinas que decidiam o destino dos homens, não à toa os planetas tinham nomes de divindades.
Nessa conjunção, nesse alinhamento de planetas, Júpiter em especial, o deus máximo pagão, nessa prestação dos magos diante de Jesus, São Gregório de Nazianzeno, doutor da Igreja, diz que representava o fim da astrologia porque a partir de então as estrelas teriam girado na órbita estabelecida por Cristo.
Aliás, temos um artigo sobre o simbolismo do Natal aqui no blog. Não deixe de conferir.
Cada um trouxe um presente ao Menino Jesus: ouro, incenso e mirra. Mas você sabe o que cada um deles significa?
O ouro é mais fácil. Está atrelado à realeza de Cristo. Esse presente reconhece que Nosso Senhor é Rei.
Mas não apenas isso. Ele é Deus. E o Incenso é o presente que reconhece isso. Somente aos deuses se queimava incenso. Esse presente só reforça a divindade de Jesus.
Por fim, a Mirra. Tradicionalmente usa-se a mirra em mortos, em sua cor para amenizar a dor por um lado e conservá-lo por outro. Por que algo usado na preparação e conservação dos corpos de mortos se estamos falando do Menino Deus? Porque Nosso Senhor também é homem. A mirra simboliza a humanidade de Cristo.
Outro, incenso e mirra, esses eram seus presentes ao Menino.
Onde estão enterrados os reis magos? Para onde eles foram depois de adorar o Menino Jesus e entregar os presentes?
Os restos mortais dos reis magos estão hoje na Catedral de Colônia, na Alemanha. Não se sabe ao certo como se deu o término de sua vida, alguns lugares contam que, depois de adorar Jesus, regressaram juntos à Índia, onde construíram uma igreja. Teriam falecido ao mesmo tempo e enterrados nessa mesma igreja. Anos mais tarde, a mãe do imperador Constantino, em uma viagem à Índia, teria recuperado seus corpos, depositando-os em um belo túmulo na igreja de Santa Sofia, em Constantinopla.
O imperador Maurício teria, no final do século VI, transportado as relíquias à Milão. No século XII, a cidade de Milão se rebelou contra o imperador que teria pedido ajuda ao arcebispo de Colônia. Juntos, recuperaram a cidade e o imperador, como gesto de gratidão, teria dado ao arcebispo as relíquias.
Uma catedral gótica foi construída em sua honra. No século XIX, o relicário foi aberto e nele estavam esqueletos de três homens: um jovem, um de meia idade e um idoso, como os Padres da Igreja já afirmavam serem os reis magos.
Já ouviu falar da novena da epifania do Senhor? Reze-a com a gente!