Espiritualidade

Indulgência plenária na solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Saiba quais requisitos você deve atender para obter indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

Indulgência plenária na solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Espiritualidade

Indulgência plenária na solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Saiba quais requisitos você deve atender para obter indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

Data da Publicação: 31/05/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 31/05/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

Saiba como receber indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

O que é indulgência?

A Igreja ensina que por meio da confissão, nossos pecados são perdoados e nossa amizade com Deus é reestabelecida. O salário do pecado é a morte 1, a morte eterna da nossa alma, que é padecer no inferno. Todo aquele que não morre em amizade com Deus, ou seja, em pecado mortal sem arrependimento e sem absolvição sacramental está fadado, por sua própria opção, ao inferno.

Acontece que, ainda que o pecado seja perdoado, há marcas, consequências deixadas por ela. Essas marcas, imperfeições na nossa alma, não são anuladas pelo sacramento da confissão.

Por exemplo, ao confessar uma mentira de matéria grave, a pessoa será perdoada, mas também precisará reparar o erro junto aos envolvidos. Caso contrário, contrairá uma dívida. Essa dívida é chamada de pena temporal e, caso a pessoa não consiga quitá-la ainda em vida, terá que passar pelo purgatório para isso.

Essa pena temporal pode ser remida por meio de indulgências que a Igreja concede. Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. 2.

A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados, podendo ser adquiridas para si mesmo ou para aplicá-las aos defuntos que padecem no purgatório como um sufrágio.

Conheça mais sobre A devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Condições para receber qualquer indulgência plenária e, em especial, na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus


Em algumas ocasiões, como em Finados ou mesmo em várias oportunidades no ano de São José, a Igreja concede a indulgência plenária, que redime totalmente a pena temporal causada pelos nossos pecados.

Para obtê-la, é necessário atender a condições universais para qualquer ocasião e específicas daquela festa. Em síntese, as condições universais são: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Além disso, é necessário rejeitar todo apego ao pecado, ainda que venial. Se faltar essa disposição, a indulgência não é obtida3.

Veja também: 5 passos para fazer uma boa confissão

A indulgência plenária só pode ser adquirida uma vez por dia4, exceto em caso de um fiel estar em perigo de morte e não houver um padre para lhe administrar os sacramentos e a bênção apostólica com a indulgência plenária própria da ocasião5.

A condição específica para se obter a indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus é a recitação pública do seguinte Ato de Reparação:

Oração específica para obter indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Indulgência plenária na solenidade do Sagrado Coração de Jesus ilustrado por este quadro.
Sagrado Coração de Jesus com Santo Inácio de Loyola e São Luis Gonzaga, por José de Paez.

Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na Vossa presença, para Vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o Vosso amorosíssimo coração.

Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós mais de uma vez cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a Vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não Vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da Vossa santa lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-Vos, mais particularmente da licença dos costumes e imodéstia do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra Vós e Vossos Santos, dos insultos ao Vosso Vigário e a todo o Vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações contra os direitos e o Magistério da Vossa Igreja.

Oh! Se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades!

Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, Vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação, que Vós oferecestes ao eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre nossos altares.

Ajudai-nos Senhor, com o auxílio da Vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a vivência da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso próximo, impedir, por todos os meios, novas injúrias de Vossa divina Majestade e atrair ao Vosso serviço o maior número de almas possível.

Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes, até à morte, no fiel cumprimento de nossos deveres e no Vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde Vós com o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Você já ouviu falar dos Mártires do Sagrado Coração?

Referências

  1. Romanos 6, 23[]
  2. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 1[]
  3. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 7[]
  4. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 6[]
  5. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 18[]

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    Saiba como receber indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

    O que é indulgência?

    A Igreja ensina que por meio da confissão, nossos pecados são perdoados e nossa amizade com Deus é reestabelecida. O salário do pecado é a morte 1, a morte eterna da nossa alma, que é padecer no inferno. Todo aquele que não morre em amizade com Deus, ou seja, em pecado mortal sem arrependimento e sem absolvição sacramental está fadado, por sua própria opção, ao inferno.

    Acontece que, ainda que o pecado seja perdoado, há marcas, consequências deixadas por ela. Essas marcas, imperfeições na nossa alma, não são anuladas pelo sacramento da confissão.

    Por exemplo, ao confessar uma mentira de matéria grave, a pessoa será perdoada, mas também precisará reparar o erro junto aos envolvidos. Caso contrário, contrairá uma dívida. Essa dívida é chamada de pena temporal e, caso a pessoa não consiga quitá-la ainda em vida, terá que passar pelo purgatório para isso.

    Essa pena temporal pode ser remida por meio de indulgências que a Igreja concede. Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos. 2.

    A indulgência é parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados, podendo ser adquiridas para si mesmo ou para aplicá-las aos defuntos que padecem no purgatório como um sufrágio.

    Conheça mais sobre A devoção ao Sagrado Coração de Jesus

    Condições para receber qualquer indulgência plenária e, em especial, na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus


    Em algumas ocasiões, como em Finados ou mesmo em várias oportunidades no ano de São José, a Igreja concede a indulgência plenária, que redime totalmente a pena temporal causada pelos nossos pecados.

    Para obtê-la, é necessário atender a condições universais para qualquer ocasião e específicas daquela festa. Em síntese, as condições universais são: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Além disso, é necessário rejeitar todo apego ao pecado, ainda que venial. Se faltar essa disposição, a indulgência não é obtida3.

    Veja também: 5 passos para fazer uma boa confissão

    A indulgência plenária só pode ser adquirida uma vez por dia4, exceto em caso de um fiel estar em perigo de morte e não houver um padre para lhe administrar os sacramentos e a bênção apostólica com a indulgência plenária própria da ocasião5.

    A condição específica para se obter a indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus é a recitação pública do seguinte Ato de Reparação:

    Oração específica para obter indulgência plenária na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

    Indulgência plenária na solenidade do Sagrado Coração de Jesus ilustrado por este quadro.
    Sagrado Coração de Jesus com Santo Inácio de Loyola e São Luis Gonzaga, por José de Paez.

    Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é por eles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados na Vossa presença, para Vos desagravarmos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o Vosso amorosíssimo coração.

    Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós mais de uma vez cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a Vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, senão também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade, não Vos querendo como pastor e guia, ou, conculcando as promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da Vossa santa lei.

    De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-Vos, mais particularmente da licença dos costumes e imodéstia do vestido, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra Vós e Vossos Santos, dos insultos ao Vosso Vigário e a todo o Vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino amor e, enfim, dos atentados e rebeldias das nações contra os direitos e o Magistério da Vossa Igreja.

    Oh! Se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniquidades!

    Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, Vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação, que Vós oferecestes ao eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre nossos altares.

    Ajudai-nos Senhor, com o auxílio da Vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a vivência da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e por nosso próximo, impedir, por todos os meios, novas injúrias de Vossa divina Majestade e atrair ao Vosso serviço o maior número de almas possível.

    Recebei, ó benigníssimo Jesus, pelas mãos de Maria santíssima reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes, até à morte, no fiel cumprimento de nossos deveres e no Vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à pátria bem-aventurada, onde Vós com o Pai e o Espírito Santo viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

    Você já ouviu falar dos Mártires do Sagrado Coração?

    Referências

    1. Romanos 6, 23[]
    2. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 1[]
    3. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 7[]
    4. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 6[]
    5. Constituição Apostólica Indulgentiarum Doctrina, Norma 18[]

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