Confira esta reflexão para o 2° domingo da Quaresma, escrita por Santo Afonso de Ligório, grande doutor da Igreja.
Confira esta reflexão para o 2° domingo da Quaresma, escrita por Santo Afonso de Ligório, grande doutor da Igreja.
Santo Afonso de Ligório nos ajuda com esta reflexão do 2° domingo da Quaresma a meditar sobre as leituras e o espírito com que a Igreja quer que vivamos esta liturgia.
Domine, bonum est nos hic esse – Senhor, é bom estarmos aqui. 1
Consideremos hoje a beleza do Paraíso e raciocinemos assim: São Pedro e os seus felizes companheiros provaram apenas uma só gota da doçura celestial; não viram senão um raio da divindade. Todavia ficaram de tal modo arrebatados, que desejavam permanecer ali para sempre. O que será então de nós, quando nos saciarmos na fonte das delícias e virmos a Deus tal qual é, face a face? Para chegarmos a tão grande recompensa, devemos antes de mais nada combater e sofrer alguma coisa na terra.
No Evangelho de hoje, lemos que certo dia Nosso Senhor, querendo dar a seus discípulos um antegozo da beleza do Paraíso, tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João seu irmão, e os conduziu de parte a um alto monte e transfigurou-se diante deles. O seu rosto ficou refulgente como o sol, e suas vestiduras se fizeram brancas como a neve. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele. E tomando a palavra, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é que estejamos aqui: se queres, façamos três tabernáculos, um para ti, outro para Moisés e outro para Elias – Domine, bonum est nos hic esse.2
Detenhamo-nos também a considerar um pouco a beleza do Paraíso e raciocinemos assim: São Pedro e os seus felizes companheiros provaram apenas uma só gota da doçura celestial e nem assim puderam conter-se que não rogassem a Jesus lhes fosse concedido permanecerem sempre naquele lugar. Que será então de nós, quando o Senhor saciar os seus escolhidos da abundância de sua casa e os fizer beber na torrente das suas delícias?3 São Pedro e os outros dois apóstolos não viram senão um único raio da divindade de Jesus Cristo, o qual transluziu da sua sagrada humanidade. Todavia, não podendo sustentar tão viva luz, ficaram deslumbrados, e como fora de si, caíram de bruços sobre a terra. Que será então quando o Senhor se deixar ver a seus escolhidos face a face, como é em si mesmo? Tão bela sorte nos espera também a nós, meu irmão, se nos esforçamos por merecê-la ao menos no tempo de vida que ainda nos resta.
Ó doce esperança! Virá um dia em que nós também veremos a Deus como é, isto é, veremos a beleza incriada, que encerra, de modo infinitamente perfeito, todas as belezas espalhadas pelo universo: Similes ei erimus, quoniam videbimus eum sicuti est – Seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como é. 4
Não deixe de conferir estas Meditações dos Mistérios Luminosos.
A glória de que gozaram os três venturosos discípulos foi de curta duração; porque enquanto (Pedro) ainda falava, uma nuvem luminosa os envolveu. E logo saiu da nuvem uma voz que disse: Este é meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência: ouvi-O (…). Chegou-se a eles Jesus, tocou-os e lhes disse: Levantai-vos e não temais. Eles então, levantando os olhos, já não viram ninguém senão só Jesus: Neminem viderunt, nisi solum Iesum.5
Falavam da sua saída deste mundo.6 São Pedro é de certo modo repreendido porque desejava ficar sempre no gozo daquelas delícias: Non enim sciebat quid diceret – Não sabia o que dizia.7
Animemo-nos portanto e procuremos sofrer com paciência as atribulações que Deus nos envia, oferecendo-as ao Senhor em união com as penas que Jesus Cristo sofreu por nosso amor. Quando as cruzes nos afligirem, levantemos os olhos ao céu e consolemo-nos com a esperança do Paraíso. Tudo é pouco ou antes nada para merecermos o Reino do Céu.
Meu amado Redentor, agradeço-vos as luzes que me dais agora! São sinais de que me quereis salvo a gozar um dia convosco no Céu. Quero salvar-me, não tanto para gozar, como para vos agradar e amar. Amo-vos, Jesus, meu Deus, amo-vos sobre todas as coisas. Pesa-me de vos ter ofendido e proponho nunca mais tornar a ofender-vos. Mas já que me vedes destituído de toda a força, amparai a minha fraqueza, a fim de que eu vos seja fiel. “Guardai-me interior e exteriormente, para que me defendais de adversidades no corpo e limpeis a minha alma de maus pensamentos”.8 Doce Coração de Maria, sede minha salvação.
Disponibilizamos no nosso blog não só esse dia, mas meditações de Santo Afonso para todos os dias da quaresma.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Santo Afonso de Ligório nos ajuda com esta reflexão do 2° domingo da Quaresma a meditar sobre as leituras e o espírito com que a Igreja quer que vivamos esta liturgia.
Domine, bonum est nos hic esse – Senhor, é bom estarmos aqui. 1
Consideremos hoje a beleza do Paraíso e raciocinemos assim: São Pedro e os seus felizes companheiros provaram apenas uma só gota da doçura celestial; não viram senão um raio da divindade. Todavia ficaram de tal modo arrebatados, que desejavam permanecer ali para sempre. O que será então de nós, quando nos saciarmos na fonte das delícias e virmos a Deus tal qual é, face a face? Para chegarmos a tão grande recompensa, devemos antes de mais nada combater e sofrer alguma coisa na terra.
No Evangelho de hoje, lemos que certo dia Nosso Senhor, querendo dar a seus discípulos um antegozo da beleza do Paraíso, tomou consigo a Pedro, a Tiago e a João seu irmão, e os conduziu de parte a um alto monte e transfigurou-se diante deles. O seu rosto ficou refulgente como o sol, e suas vestiduras se fizeram brancas como a neve. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com Ele. E tomando a palavra, disse Pedro a Jesus: Senhor, bom é que estejamos aqui: se queres, façamos três tabernáculos, um para ti, outro para Moisés e outro para Elias – Domine, bonum est nos hic esse.2
Detenhamo-nos também a considerar um pouco a beleza do Paraíso e raciocinemos assim: São Pedro e os seus felizes companheiros provaram apenas uma só gota da doçura celestial e nem assim puderam conter-se que não rogassem a Jesus lhes fosse concedido permanecerem sempre naquele lugar. Que será então de nós, quando o Senhor saciar os seus escolhidos da abundância de sua casa e os fizer beber na torrente das suas delícias?3 São Pedro e os outros dois apóstolos não viram senão um único raio da divindade de Jesus Cristo, o qual transluziu da sua sagrada humanidade. Todavia, não podendo sustentar tão viva luz, ficaram deslumbrados, e como fora de si, caíram de bruços sobre a terra. Que será então quando o Senhor se deixar ver a seus escolhidos face a face, como é em si mesmo? Tão bela sorte nos espera também a nós, meu irmão, se nos esforçamos por merecê-la ao menos no tempo de vida que ainda nos resta.
Ó doce esperança! Virá um dia em que nós também veremos a Deus como é, isto é, veremos a beleza incriada, que encerra, de modo infinitamente perfeito, todas as belezas espalhadas pelo universo: Similes ei erimus, quoniam videbimus eum sicuti est – Seremos semelhantes a Ele, porque o veremos como é. 4
Não deixe de conferir estas Meditações dos Mistérios Luminosos.
A glória de que gozaram os três venturosos discípulos foi de curta duração; porque enquanto (Pedro) ainda falava, uma nuvem luminosa os envolveu. E logo saiu da nuvem uma voz que disse: Este é meu Filho amado, em quem pus toda a minha complacência: ouvi-O (…). Chegou-se a eles Jesus, tocou-os e lhes disse: Levantai-vos e não temais. Eles então, levantando os olhos, já não viram ninguém senão só Jesus: Neminem viderunt, nisi solum Iesum.5
Falavam da sua saída deste mundo.6 São Pedro é de certo modo repreendido porque desejava ficar sempre no gozo daquelas delícias: Non enim sciebat quid diceret – Não sabia o que dizia.7
Animemo-nos portanto e procuremos sofrer com paciência as atribulações que Deus nos envia, oferecendo-as ao Senhor em união com as penas que Jesus Cristo sofreu por nosso amor. Quando as cruzes nos afligirem, levantemos os olhos ao céu e consolemo-nos com a esperança do Paraíso. Tudo é pouco ou antes nada para merecermos o Reino do Céu.
Meu amado Redentor, agradeço-vos as luzes que me dais agora! São sinais de que me quereis salvo a gozar um dia convosco no Céu. Quero salvar-me, não tanto para gozar, como para vos agradar e amar. Amo-vos, Jesus, meu Deus, amo-vos sobre todas as coisas. Pesa-me de vos ter ofendido e proponho nunca mais tornar a ofender-vos. Mas já que me vedes destituído de toda a força, amparai a minha fraqueza, a fim de que eu vos seja fiel. “Guardai-me interior e exteriormente, para que me defendais de adversidades no corpo e limpeis a minha alma de maus pensamentos”.8 Doce Coração de Maria, sede minha salvação.
Disponibilizamos no nosso blog não só esse dia, mas meditações de Santo Afonso para todos os dias da quaresma.