Saiba o que é o mal, por que Deus permite sua ação no mundo e como a Igreja interpreta o trecho “mas livrai-nos do mal”.
Saiba o que é o mal, por que Deus permite sua ação no mundo e como a Igreja interpreta o trecho “mas livrai-nos do mal”.
Saiba o que é o mal, por que Deus permite sua ação no mundo e como a Igreja interpreta o trecho “mas livrai-nos do mal”, da oração do Pai Nosso.
O mal não é apenas uma abstração, mas uma entidade real: Satanás. Sua atuação no mundo está relacionada à liberdade que Deus nos concedeu, permitindo que suas criaturas façam escolhas. É por meio da oração, especialmente ao rezar o Pai Nosso, que expressamos nosso desejo de sermos libertos do mal.
No entanto, esse pedido vai além, pois também nos comprometemos a corresponder à vontade de Deus, buscando Seu perdão e aguardando a vinda do Seu Reino — outras petições essenciais do Pai Nosso. Por isso, neste artigo, abordaremos a presença do mal no mundo, bem como o que a Igreja ensina sobre o trecho “mas livrai-nos mal” e como se vence o mal com o bem.
A Oração do Pai Nosso é uma das mais conhecidas e significativas preces cristãs, com suas raízes profundamente enraizadas nos Evangelhos do Novo Testamento. Ela foi ensinada por Jesus Cristo aos seus discípulos, como um modelo de oração, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus 1 e Lucas 2.
De acordo com o Evangelho de Mateus, Jesus proferiu a Oração do Pai Nosso durante o Sermão da Montanha, como parte de seus ensinamentos sobre como se aproximar de Deus em oração. No Evangelho de Lucas, a oração é registrada em resposta a um pedido dos discípulos para que Jesus os ensinasse a orar.
Além disso, a oração consiste em sete pedidos que expressam as necessidades espirituais e materiais dos fiéis. Santo Tomás de Aquino, um teólogo e filósofo medieval, comentou sobre a Oração do Pai Nosso em suas obras teológicas. Ele a considerava uma oração perfeita e modelar, que continha todos os elementos essenciais de uma prece autêntica e profunda. Seus escritos ajudaram a elucidar e aprofundar a compreensão dessa oração ao longo da história da Igreja.
Conheça mais sobre a oração do Pai Nosso.
“Deus é infinitamente bom e todas as suas obras são boas.” 3 Dessa forma, o mal não foi criado por Deus, mas tem sua origem na liberdade das criaturas, os anjos decaídos e os seres humanos que muitas vezes fazem mal uso desse dom e se afastam da presença de Deus e de Seus caminhos. 4
Sem dúvida, a presença do mal no mundo pode suscitar questionamentos, uma vez que Deus é tão bom. No entanto, não podemos esquecer que Deus não é, de modo algum, a causa direta ou indireta do mal. 4 Ele permite o mal em virtude da liberdade humana, pois deseja que o ser humano tenha uma liberdade genuína, capaz de fazer escolhas, mesmo que algumas delas sejam más. Deus não interfere em nossa liberdade de escolha, pois deseja que O amemos e sirvamos livremente. 5
Além disso, Deus pode tirar o bem do mal permitido, pois Sua bondade e poder são maiores do que qualquer mal que possa existir. 4 Assim como acontece no mistério pascal de Cristo, em que Deus transformou o maior ato de maldade — a morte de Jesus na cruz — em um ato supremo de redenção e salvação para a humanidade 6.
Não precisamos entender, de fato, por que Deus permite o mal, apenas crer que “[…] tudo o que ele quer, por pior que possa parecer-nos, é o que há de melhor para nós” 7. Pois foi o que os santos fizeram, eles tiveram fé na vontade de Deus e a obedeceram, aceitaram e seguiram-na. Afinal “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus.” 8
A oração do Pai Nosso culmina com a petição: “Mas livrai-nos do Mal” 9. Tal pedido é uma súplica para que Deus nos proteja do Maligno, Satanás, o anjo que se opõe a Deus e cuja ação é responsável pela entrada do pecado e da morte no mundo 10.
A vitória sobre o príncipe deste mundo, Satanás, foi alcançada por Jesus Cristo, que livremente Se entregou à morte para nos dar a Sua vida. Sua ressurreição e ascensão foram o julgamento deste mundo e a derrota definitiva do Maligno 11. Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, também pedimos para sermos livres de todos os males que ele instiga e provoca 12.
Sendo assim, nessa última petição, ao pedir a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora a preciosa dádiva da paz e a graça para aguardar com perseverança o retorno de Cristo. 12. Essa oração nos recorda, portanto, a necessidade de confiar plenamente em Deus para vencer as forças do mal e nos mantermos firmes na fé, esperando a realização completa de Sua promessa de salvação.
E não há resposta mais simples e certa para combater o mal que o verdadeiro bem, o amor. Pois “Devemos estar bem cientes de que o mal não é uma força anônima que atua no mundo de forma impessoal ou determinista. O mal, o demônio, passa através da liberdade humana, […]; procura um aliado, o homem: o mal precisa dele para se espalhar. E assim, depois de ter violado o primeiro mandamento, o amor a Deus, vem para perverter o segundo, o amor ao próximo. Com ele, o amor ao próximo desaparece, deixando o lugar à mentira e à inveja, ao ódio e à morte. Mas é possível não se deixar vencer pelo mal, e vencer o mal com o bem (…).” 13
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Saiba o que é o mal, por que Deus permite sua ação no mundo e como a Igreja interpreta o trecho “mas livrai-nos do mal”, da oração do Pai Nosso.
O mal não é apenas uma abstração, mas uma entidade real: Satanás. Sua atuação no mundo está relacionada à liberdade que Deus nos concedeu, permitindo que suas criaturas façam escolhas. É por meio da oração, especialmente ao rezar o Pai Nosso, que expressamos nosso desejo de sermos libertos do mal.
No entanto, esse pedido vai além, pois também nos comprometemos a corresponder à vontade de Deus, buscando Seu perdão e aguardando a vinda do Seu Reino — outras petições essenciais do Pai Nosso. Por isso, neste artigo, abordaremos a presença do mal no mundo, bem como o que a Igreja ensina sobre o trecho “mas livrai-nos mal” e como se vence o mal com o bem.
A Oração do Pai Nosso é uma das mais conhecidas e significativas preces cristãs, com suas raízes profundamente enraizadas nos Evangelhos do Novo Testamento. Ela foi ensinada por Jesus Cristo aos seus discípulos, como um modelo de oração, conforme registrado nos Evangelhos de Mateus 1 e Lucas 2.
De acordo com o Evangelho de Mateus, Jesus proferiu a Oração do Pai Nosso durante o Sermão da Montanha, como parte de seus ensinamentos sobre como se aproximar de Deus em oração. No Evangelho de Lucas, a oração é registrada em resposta a um pedido dos discípulos para que Jesus os ensinasse a orar.
Além disso, a oração consiste em sete pedidos que expressam as necessidades espirituais e materiais dos fiéis. Santo Tomás de Aquino, um teólogo e filósofo medieval, comentou sobre a Oração do Pai Nosso em suas obras teológicas. Ele a considerava uma oração perfeita e modelar, que continha todos os elementos essenciais de uma prece autêntica e profunda. Seus escritos ajudaram a elucidar e aprofundar a compreensão dessa oração ao longo da história da Igreja.
Conheça mais sobre a oração do Pai Nosso.
“Deus é infinitamente bom e todas as suas obras são boas.” 3 Dessa forma, o mal não foi criado por Deus, mas tem sua origem na liberdade das criaturas, os anjos decaídos e os seres humanos que muitas vezes fazem mal uso desse dom e se afastam da presença de Deus e de Seus caminhos. 4
Sem dúvida, a presença do mal no mundo pode suscitar questionamentos, uma vez que Deus é tão bom. No entanto, não podemos esquecer que Deus não é, de modo algum, a causa direta ou indireta do mal. 4 Ele permite o mal em virtude da liberdade humana, pois deseja que o ser humano tenha uma liberdade genuína, capaz de fazer escolhas, mesmo que algumas delas sejam más. Deus não interfere em nossa liberdade de escolha, pois deseja que O amemos e sirvamos livremente. 5
Além disso, Deus pode tirar o bem do mal permitido, pois Sua bondade e poder são maiores do que qualquer mal que possa existir. 4 Assim como acontece no mistério pascal de Cristo, em que Deus transformou o maior ato de maldade — a morte de Jesus na cruz — em um ato supremo de redenção e salvação para a humanidade 6.
Não precisamos entender, de fato, por que Deus permite o mal, apenas crer que “[…] tudo o que ele quer, por pior que possa parecer-nos, é o que há de melhor para nós” 7. Pois foi o que os santos fizeram, eles tiveram fé na vontade de Deus e a obedeceram, aceitaram e seguiram-na. Afinal “todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus.” 8
A oração do Pai Nosso culmina com a petição: “Mas livrai-nos do Mal” 9. Tal pedido é uma súplica para que Deus nos proteja do Maligno, Satanás, o anjo que se opõe a Deus e cuja ação é responsável pela entrada do pecado e da morte no mundo 10.
A vitória sobre o príncipe deste mundo, Satanás, foi alcançada por Jesus Cristo, que livremente Se entregou à morte para nos dar a Sua vida. Sua ressurreição e ascensão foram o julgamento deste mundo e a derrota definitiva do Maligno 11. Ao pedirmos para sermos libertados do Maligno, também pedimos para sermos livres de todos os males que ele instiga e provoca 12.
Sendo assim, nessa última petição, ao pedir a libertação dos males que pesam sobre a humanidade, a Igreja implora a preciosa dádiva da paz e a graça para aguardar com perseverança o retorno de Cristo. 12. Essa oração nos recorda, portanto, a necessidade de confiar plenamente em Deus para vencer as forças do mal e nos mantermos firmes na fé, esperando a realização completa de Sua promessa de salvação.
E não há resposta mais simples e certa para combater o mal que o verdadeiro bem, o amor. Pois “Devemos estar bem cientes de que o mal não é uma força anônima que atua no mundo de forma impessoal ou determinista. O mal, o demônio, passa através da liberdade humana, […]; procura um aliado, o homem: o mal precisa dele para se espalhar. E assim, depois de ter violado o primeiro mandamento, o amor a Deus, vem para perverter o segundo, o amor ao próximo. Com ele, o amor ao próximo desaparece, deixando o lugar à mentira e à inveja, ao ódio e à morte. Mas é possível não se deixar vencer pelo mal, e vencer o mal com o bem (…).” 13