Conheça a importância do perdão e o que a Igreja ensina sobre o trecho "perdoai-nos as nossas ofensas", da oração do Pai Nosso.
Conheça a importância do perdão e o que a Igreja ensina sobre o trecho "perdoai-nos as nossas ofensas", da oração do Pai Nosso.
Jesus, em sua sabedoria divina, nos ensinou uma das petições mais significativas de todas: pedir perdão a Deus pelas nossas ofensas. Durante Sua vida terrena, Ele assumiu nossa natureza humana e demonstrou Seu poder perdoando pecados e trazendo cura para muitos. Podemos encontrar um exemplo disso quando apresentaram um paralítico diante Dele. “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.” 1
Esse episódio nos revela a profunda misericórdia de Deus para aqueles que buscam o perdão de coração sincero. Neste artigo, abordaremos a importância do perdão e o que a Igreja nos ensina sobre este trecho da oração: “perdoai-nos as nossas ofensas.”
A oração do Pai Nosso é composta por sete petições, que abrangem as nossas necessidades espirituais e físicas. Sendo assim, ela serve como um guia para a oração, fornecendo uma estrutura sólida para nos aproximarmos de Deus e expressarmos nossos anseios mais profundos.
A primeira parte da oração inclui a santificação do nome de Deus, a busca por Seu Reino e o desejo de que a vontade de Deus se cumpra. Em seguida, pedimos o sustento diário, o perdão e a capacidade de perdoar, além da proteção contra tentações e o livramento do mal.
No Evangelho de Mateus, encontramos um relato detalhado da oração do Pai Nosso, onde Jesus a apresenta como parte de Sermão da Montanha 2. Neste discurso, Cristo aborda diversos aspectos da vida e da busca de santidade, sendo a oração do Pai Nosso uma parte essencial do sermão.
Essa oração também é conhecida como “oração dominical” ou “oração do Senhor”, pois Jesus a ensinou aos seus discípulos como um modelo de oração. Dessa forma, ela se tornou uma parte integral da liturgia cristã. Saiba mais sobre a oração do Pai Nosso e o que Santo Tomás comenta sobre ela.
Sem dúvida, o perdão ocupa um lugar central na nossa fé. Isso porque “Com muita dificuldade, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer. Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” 3
Deus é o primeiro a vir até nós e tomar a iniciativa da reconciliação. “Não nos trata segundo os nossos pecados, […] porque tanto os céus distam da terra quanto sua misericórdia é grande para os que o temem; tanto o oriente dista do ocidente quanto ele afasta de nós nossos pecados.” 4
A graça de Deus é a origem do perdão, e embora não se possa merecer a graça inicial do perdão e da justificação, é possível, sob a ação do Espírito Santo e da caridade, merecer graças para a santificação e a vida eterna. 5 Além disso, o perdão é a condição prévia para uma oração justa e pura. 6
O perdão é, portanto, uma expressão do amor divino e uma condição para a reconciliação com Deus e com os outros. Através do perdão, o discípulo se configura ao Mestre, testemunhando que o amor é mais forte que o pecado 7. Não há limite para o perdão divino 8, e a Igreja — pelo poder dado por Cristo aos presbíteros por meio do sacramento da Reconciliação — está pronta para perdoar todos os pecados, desde que o nosso arrependimento seja sincero 9.
“Cristo quis que a sua Igreja fosse, toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua actividade, sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue.” 10
Recebemos o batismo, tornamo-nos filhos de Deus, no entanto ainda pecamos e nos afastamos de Deus, pois está em nós o pecado original. Mas, ainda assim, Deus não nos abandona. Quando Jesus nos ensina a pedir ao Pai o perdão dos pecados, voltamos para Ele como o filho pródigo 11 e nos reconhecemos como pecadores em Sua presença 12.
Por isso, iniciamos essa petição com uma confissão sincera, admitindo nossa miséria e reconhecendo a misericórdia divina. Nossa esperança é firme, pois através de Cristo temos a redenção e o perdão dos nossos pecados. Além disso, encontramos nos sacramentos da Igreja o sinal eficaz do perdão divino. 12
No entanto, tamanha misericórdia de Deus só pode penetrar nos nossos corações, se estivermos dispostos a imitá-lo — perdoando também aqueles que nos ofenderam. Do contrário, o nosso coração se fecha à misericórdia de Deus e endurece 13 , pois “aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.” 14
O perdão é uma expressão do amor, pois só aqueles que estão dispostos a amar são capazes de perdoar. Ao confessarmos nossos pecados, abrimos nosso coração para receber a graça de Deus. 15 Essa é a única petição da qual Cristo volta a falar no decorrer do Sermão da Montanha, “vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.” 16 Muitas vezes, perdoar — ou ser perdoado — parece, de fato, impossível para nós, mas não para Deus.
Precisamos de humildade e confiança, pois além de pedir o perdão de Deus, é preciso crer que o recebemos. Dessa forma, podemos também oferecer o perdão àqueles que nos pedem ou àqueles os quais sabemos que precisamos perdoar. “O Pai, que é Deus de perdão e de misericórdia, deseja agir precisamente neste espaço do perdão humano — deseja perdoar àqueles que são reciprocamente capazes de perdoar […]” 17
Aprenda a fazer o Ato de Contrição neste artigo.
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Jesus, em sua sabedoria divina, nos ensinou uma das petições mais significativas de todas: pedir perdão a Deus pelas nossas ofensas. Durante Sua vida terrena, Ele assumiu nossa natureza humana e demonstrou Seu poder perdoando pecados e trazendo cura para muitos. Podemos encontrar um exemplo disso quando apresentaram um paralítico diante Dele. “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados.” 1
Esse episódio nos revela a profunda misericórdia de Deus para aqueles que buscam o perdão de coração sincero. Neste artigo, abordaremos a importância do perdão e o que a Igreja nos ensina sobre este trecho da oração: “perdoai-nos as nossas ofensas.”
A oração do Pai Nosso é composta por sete petições, que abrangem as nossas necessidades espirituais e físicas. Sendo assim, ela serve como um guia para a oração, fornecendo uma estrutura sólida para nos aproximarmos de Deus e expressarmos nossos anseios mais profundos.
A primeira parte da oração inclui a santificação do nome de Deus, a busca por Seu Reino e o desejo de que a vontade de Deus se cumpra. Em seguida, pedimos o sustento diário, o perdão e a capacidade de perdoar, além da proteção contra tentações e o livramento do mal.
No Evangelho de Mateus, encontramos um relato detalhado da oração do Pai Nosso, onde Jesus a apresenta como parte de Sermão da Montanha 2. Neste discurso, Cristo aborda diversos aspectos da vida e da busca de santidade, sendo a oração do Pai Nosso uma parte essencial do sermão.
Essa oração também é conhecida como “oração dominical” ou “oração do Senhor”, pois Jesus a ensinou aos seus discípulos como um modelo de oração. Dessa forma, ela se tornou uma parte integral da liturgia cristã. Saiba mais sobre a oração do Pai Nosso e o que Santo Tomás comenta sobre ela.
Sem dúvida, o perdão ocupa um lugar central na nossa fé. Isso porque “Com muita dificuldade, a gente aceitaria morrer por um justo, por um homem de bem, quiçá se consentiria em morrer. Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” 3
Deus é o primeiro a vir até nós e tomar a iniciativa da reconciliação. “Não nos trata segundo os nossos pecados, […] porque tanto os céus distam da terra quanto sua misericórdia é grande para os que o temem; tanto o oriente dista do ocidente quanto ele afasta de nós nossos pecados.” 4
A graça de Deus é a origem do perdão, e embora não se possa merecer a graça inicial do perdão e da justificação, é possível, sob a ação do Espírito Santo e da caridade, merecer graças para a santificação e a vida eterna. 5 Além disso, o perdão é a condição prévia para uma oração justa e pura. 6
O perdão é, portanto, uma expressão do amor divino e uma condição para a reconciliação com Deus e com os outros. Através do perdão, o discípulo se configura ao Mestre, testemunhando que o amor é mais forte que o pecado 7. Não há limite para o perdão divino 8, e a Igreja — pelo poder dado por Cristo aos presbíteros por meio do sacramento da Reconciliação — está pronta para perdoar todos os pecados, desde que o nosso arrependimento seja sincero 9.
“Cristo quis que a sua Igreja fosse, toda ela, na sua oração, na sua vida e na sua actividade, sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que Ele nos adquiriu pelo preço do seu sangue.” 10
Recebemos o batismo, tornamo-nos filhos de Deus, no entanto ainda pecamos e nos afastamos de Deus, pois está em nós o pecado original. Mas, ainda assim, Deus não nos abandona. Quando Jesus nos ensina a pedir ao Pai o perdão dos pecados, voltamos para Ele como o filho pródigo 11 e nos reconhecemos como pecadores em Sua presença 12.
Por isso, iniciamos essa petição com uma confissão sincera, admitindo nossa miséria e reconhecendo a misericórdia divina. Nossa esperança é firme, pois através de Cristo temos a redenção e o perdão dos nossos pecados. Além disso, encontramos nos sacramentos da Igreja o sinal eficaz do perdão divino. 12
No entanto, tamanha misericórdia de Deus só pode penetrar nos nossos corações, se estivermos dispostos a imitá-lo — perdoando também aqueles que nos ofenderam. Do contrário, o nosso coração se fecha à misericórdia de Deus e endurece 13 , pois “aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.” 14
O perdão é uma expressão do amor, pois só aqueles que estão dispostos a amar são capazes de perdoar. Ao confessarmos nossos pecados, abrimos nosso coração para receber a graça de Deus. 15 Essa é a única petição da qual Cristo volta a falar no decorrer do Sermão da Montanha, “vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.” 16 Muitas vezes, perdoar — ou ser perdoado — parece, de fato, impossível para nós, mas não para Deus.
Precisamos de humildade e confiança, pois além de pedir o perdão de Deus, é preciso crer que o recebemos. Dessa forma, podemos também oferecer o perdão àqueles que nos pedem ou àqueles os quais sabemos que precisamos perdoar. “O Pai, que é Deus de perdão e de misericórdia, deseja agir precisamente neste espaço do perdão humano — deseja perdoar àqueles que são reciprocamente capazes de perdoar […]” 17
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