ATENÇÃO PARA GOLPES: nosso único site oficial é bibliotecacatolica.com.br
Conheça a história de Santo Antão, que se tornou Pai dos Monges e tem muito a nos ensinar sobre como vencer as tentações do demônio.
Conheça a história de Santo Antão, que se tornou Pai dos Monges e tem muito a nos ensinar sobre como vencer as tentações do demônio.
Santo Antão do Egito. Quando pensamos em santos, com certeza o nome dele não vem logo à mente da maioria das pessoas. Talvez por ser parte dos primeiros séculos da Igreja, talvez por termos poucas fontes confiáveis sobre seus feitos. Fato é: Santo Antão é importantíssimo. É considerado o Pai dos Monges e um dos grandes defensores da Igreja contra as heresias dos primeiros séculos.
Iremos conversar sobre ele hoje. Viajar pelo deserto e pela Igreja primitiva para entender como esse santo foi um ponto de inflexão para a vida eclesial.
Boa parte das informações que temos de Santo Antão são derivadas da biografia feita por Santo Atanásio de Alexandria. É por meio dela que compreendemos os caminhos espirituais do asceta do deserto. Para termos uma ideia, são contemporâneos (Antão nascendo por volta de 260 d.C e Atanásio por volta de 295 d.C.) Portanto, é lindo refletir que as informações que vamos contar foram escritas por uma testemunha histórica dos feitos de Santo Antão.
A Igreja comemora o dia de Santo Antão em 17 de janeiro, dia em que se atribui sua morte, no ano de 356 d.C.
Também conhecido por Antão, o Grande, o santo é egípcio de nascimento. Há discreta incerteza sobre sua data de nascimento, sendo que é estimada entre 255 e 260 d.C. Era de família cristã, motivo pelo qual, desde cedo, teve plantado em seu coração a piedade com as coisas de Deus.
Seus pais eram ricos, mas, nem por isso, foi uma criança mimada. Nunca pedia regalias ou futilidades, sendo muito obediente e agradecido com o que recebia.
Seus pais morreram quando o santo tinha 20 anos. Durante os próximos seis meses, Antão meditava diariamente a entrega total a Deus e como os Apóstolos faziam isso sem medo do amanhã. E foi num desses dias de maior meditação que, ao ir à Missa, foi proclamado o Evangelho com a passagem do jovem rico. Foi o que o asceta precisava para tomar a decisão inversa do desfecho conhecido da famosa passagem: vendeu todos os bens e os distribuiu aos pobres.
Santo Antão gradualmente foi se tornando mais rígido e firme nos propósitos da vida ascética. Possuía trabalhos manuais, mas doava praticamente tudo o que ganhava para os mais necessitados. No entanto, sentia que Deus queria mais dele. Sentia que deveria se isolar com mais furor do mundo. E assim decidiu viver no deserto, mantendo uma vida austera em seu limite, dedicada à oração.
O demônio usou todo seu arsenal contra Antão. Desde o início de sua firme decisão de ser todo de Cristo, ele enfrentou tentações, ameaças psicológicas, visões e até mesmo golpes físicos.
Frequentemente era assediado com pensamentos contra a pureza. Em sua estadia no deserto, também era colocado diante das riquezas que o mundo oferecia, da fama que tinha adquirido e das glórias que poderia alcançar.
Em sua biografia, Santo Atanásio ainda descreve que em pelo menos duas oportunidades foi açoitado por uma horda de demônios durante a noite.
Além disso, o inimigo ainda se apresentava como animais disformes e criaturas horrendas.
Nada disso foi suficiente para ludibriar o grande santo.
Você sabia que outros santos também já sofreram fortes tentações, incluindo golpes físicos do demônio? Padre Pio é um deles. Saiba mais sobre a sua vida aqui.
Assim, Santo Antão ficou por 20 anos. Como bem sabemos, o testemunho arrasta! O estilo de vida do eremita foi se tornando cada vez mais popular, com verdadeira multidão desejando seguir seus passos. Então, ele abandonou a vida totalmente isolada e se transformou em um pai espiritual para todos aqueles que tinham interesse em levar a vida monástica em seu estado completo. Nasciam, então, as comunidades monásticas.
Conheça também a história de outro santo importantíssimo para a vida monástica da Igreja: São Bento.
Em 311, a Igreja passava por pesada perseguição sob o governo de Diocleciano e Maximino. E, diante dos mártires que multiplicavam, Santo Antão decidiu ir à Alexandria para estar junto de seus irmãos. Foi nesse contexto que dois dos maiores nomes dos primeiros séculos se encontraram: Atanásio, Bispo de Alexandria, e Antão.
Ainda nessa oportunidade, se estendendo até o Concílio de Niceia, ele pregou veementemente contra o arianismo, heresia que dizia que Jesus não era Deus.
Saiba mais sobre o que é uma heresia neste artigo.
Morreu aos surpreendentes 105 anos de idade, no ano de 356 d.C. Nessa época, as comunidades já estavam bem estabelecidas. Teve uma premonição de sua morte e a comunicou aos seus discípulos, dando instruções claras de que não queria ser mumificado e sim sepultado (vamos lembrar que o embalsamento e a mumificação eram comuns no Egito, tendo sua prática diminuída à medida que o cristianismo foi se difundindo).
Sua passagem foi serena e, com uma face alegre, foi para junto de Deus.
Santo Antão é venerado desde sua morte, antes mesmo da Igreja estabelecer o processo formal de canonização como conhecemos hoje. Sua devoção é grande especialmente no oriente, apesar de, em maior ou menor grau, toda a Igreja reconhecer e admirar suas virtudes heroicas e sua importância.
Praticamente todas as informações que temos vem da biografia feita por Santo Atanásio, seu contemporâneo. A MBC publicou uma edição especial que, além da biografia, ainda inclui a Conferência I de São João Cassiano sobre a Virtude Monástica, como forma de complementação ao estudo desse estado de vida do qual Antão é pai. É uma leitura cativante, simples e essencial a todos os que desejam conhecer mais sobre esse santo!
Essa edição está disponível na loja exclusiva para membros do clube. Garanta seu exemplar aqui.
Temos que entender uma coisa: ao lermos sobre as batalhas do demônio contra Antão, podemos ficar espantados. Agressões físicas? Visões perturbadoras? Opressões? Isso afeta muito o nosso imaginário, mas não devemos nos fixar muito nisso. Santo Antão nos ensina a enfrentar a mais perigosa das armas do demônio: a tentação.
Ele foi tentado com as riquezas, glórias, orgulho, luxúria… Coisas com que frequentemente nós também somos tentados. A resposta foi: oração, confiança em Deus e penitência. Vejam que desde os primórdios da Igreja, a fórmula é a mesma! É o que nós também devemos fazer quando a tentação vier. Não precisamos abraçar a vida monástica para isso. Mas podemos, sim, entrar no “deserto” durante nossa rotina. Com esse caminho, podemos sim vencer as tentações.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Santo Antão do Egito. Quando pensamos em santos, com certeza o nome dele não vem logo à mente da maioria das pessoas. Talvez por ser parte dos primeiros séculos da Igreja, talvez por termos poucas fontes confiáveis sobre seus feitos. Fato é: Santo Antão é importantíssimo. É considerado o Pai dos Monges e um dos grandes defensores da Igreja contra as heresias dos primeiros séculos.
Iremos conversar sobre ele hoje. Viajar pelo deserto e pela Igreja primitiva para entender como esse santo foi um ponto de inflexão para a vida eclesial.
Boa parte das informações que temos de Santo Antão são derivadas da biografia feita por Santo Atanásio de Alexandria. É por meio dela que compreendemos os caminhos espirituais do asceta do deserto. Para termos uma ideia, são contemporâneos (Antão nascendo por volta de 260 d.C e Atanásio por volta de 295 d.C.) Portanto, é lindo refletir que as informações que vamos contar foram escritas por uma testemunha histórica dos feitos de Santo Antão.
A Igreja comemora o dia de Santo Antão em 17 de janeiro, dia em que se atribui sua morte, no ano de 356 d.C.
Também conhecido por Antão, o Grande, o santo é egípcio de nascimento. Há discreta incerteza sobre sua data de nascimento, sendo que é estimada entre 255 e 260 d.C. Era de família cristã, motivo pelo qual, desde cedo, teve plantado em seu coração a piedade com as coisas de Deus.
Seus pais eram ricos, mas, nem por isso, foi uma criança mimada. Nunca pedia regalias ou futilidades, sendo muito obediente e agradecido com o que recebia.
Seus pais morreram quando o santo tinha 20 anos. Durante os próximos seis meses, Antão meditava diariamente a entrega total a Deus e como os Apóstolos faziam isso sem medo do amanhã. E foi num desses dias de maior meditação que, ao ir à Missa, foi proclamado o Evangelho com a passagem do jovem rico. Foi o que o asceta precisava para tomar a decisão inversa do desfecho conhecido da famosa passagem: vendeu todos os bens e os distribuiu aos pobres.
Santo Antão gradualmente foi se tornando mais rígido e firme nos propósitos da vida ascética. Possuía trabalhos manuais, mas doava praticamente tudo o que ganhava para os mais necessitados. No entanto, sentia que Deus queria mais dele. Sentia que deveria se isolar com mais furor do mundo. E assim decidiu viver no deserto, mantendo uma vida austera em seu limite, dedicada à oração.
O demônio usou todo seu arsenal contra Antão. Desde o início de sua firme decisão de ser todo de Cristo, ele enfrentou tentações, ameaças psicológicas, visões e até mesmo golpes físicos.
Frequentemente era assediado com pensamentos contra a pureza. Em sua estadia no deserto, também era colocado diante das riquezas que o mundo oferecia, da fama que tinha adquirido e das glórias que poderia alcançar.
Em sua biografia, Santo Atanásio ainda descreve que em pelo menos duas oportunidades foi açoitado por uma horda de demônios durante a noite.
Além disso, o inimigo ainda se apresentava como animais disformes e criaturas horrendas.
Nada disso foi suficiente para ludibriar o grande santo.
Você sabia que outros santos também já sofreram fortes tentações, incluindo golpes físicos do demônio? Padre Pio é um deles. Saiba mais sobre a sua vida aqui.
Assim, Santo Antão ficou por 20 anos. Como bem sabemos, o testemunho arrasta! O estilo de vida do eremita foi se tornando cada vez mais popular, com verdadeira multidão desejando seguir seus passos. Então, ele abandonou a vida totalmente isolada e se transformou em um pai espiritual para todos aqueles que tinham interesse em levar a vida monástica em seu estado completo. Nasciam, então, as comunidades monásticas.
Conheça também a história de outro santo importantíssimo para a vida monástica da Igreja: São Bento.
Em 311, a Igreja passava por pesada perseguição sob o governo de Diocleciano e Maximino. E, diante dos mártires que multiplicavam, Santo Antão decidiu ir à Alexandria para estar junto de seus irmãos. Foi nesse contexto que dois dos maiores nomes dos primeiros séculos se encontraram: Atanásio, Bispo de Alexandria, e Antão.
Ainda nessa oportunidade, se estendendo até o Concílio de Niceia, ele pregou veementemente contra o arianismo, heresia que dizia que Jesus não era Deus.
Saiba mais sobre o que é uma heresia neste artigo.
Morreu aos surpreendentes 105 anos de idade, no ano de 356 d.C. Nessa época, as comunidades já estavam bem estabelecidas. Teve uma premonição de sua morte e a comunicou aos seus discípulos, dando instruções claras de que não queria ser mumificado e sim sepultado (vamos lembrar que o embalsamento e a mumificação eram comuns no Egito, tendo sua prática diminuída à medida que o cristianismo foi se difundindo).
Sua passagem foi serena e, com uma face alegre, foi para junto de Deus.
Santo Antão é venerado desde sua morte, antes mesmo da Igreja estabelecer o processo formal de canonização como conhecemos hoje. Sua devoção é grande especialmente no oriente, apesar de, em maior ou menor grau, toda a Igreja reconhecer e admirar suas virtudes heroicas e sua importância.
Praticamente todas as informações que temos vem da biografia feita por Santo Atanásio, seu contemporâneo. A MBC publicou uma edição especial que, além da biografia, ainda inclui a Conferência I de São João Cassiano sobre a Virtude Monástica, como forma de complementação ao estudo desse estado de vida do qual Antão é pai. É uma leitura cativante, simples e essencial a todos os que desejam conhecer mais sobre esse santo!
Essa edição está disponível na loja exclusiva para membros do clube. Garanta seu exemplar aqui.
Temos que entender uma coisa: ao lermos sobre as batalhas do demônio contra Antão, podemos ficar espantados. Agressões físicas? Visões perturbadoras? Opressões? Isso afeta muito o nosso imaginário, mas não devemos nos fixar muito nisso. Santo Antão nos ensina a enfrentar a mais perigosa das armas do demônio: a tentação.
Ele foi tentado com as riquezas, glórias, orgulho, luxúria… Coisas com que frequentemente nós também somos tentados. A resposta foi: oração, confiança em Deus e penitência. Vejam que desde os primórdios da Igreja, a fórmula é a mesma! É o que nós também devemos fazer quando a tentação vier. Não precisamos abraçar a vida monástica para isso. Mas podemos, sim, entrar no “deserto” durante nossa rotina. Com esse caminho, podemos sim vencer as tentações.