Devoção

A medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

Conheça a devoção a Nossa Senhora das Graças por meio da medalha milagrosa, sua origem e como os devotos podem usá-la.

A medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças
Devoção

A medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

Conheça a devoção a Nossa Senhora das Graças por meio da medalha milagrosa, sua origem e como os devotos podem usá-la.

Data da Publicação: 23/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 23/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

No coração da fé católica, encontra-se a devoção a Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa mãe, que intercede por nós junto a Deus. Entre as manifestações de sua bondade, destaca-se a Medalha Milagrosa, um sinal que torna mais próxima a presença consoladora de Maria na vida dos fiéis.

Neste artigo, convidamos você a explorar a origem da Medalha Milagrosa, um sacramental que não apenas testemunha a intercessão da Virgem Maria, mas também reflete o seu papel como medianeira e corredentora. Além disso, vamos abordar como usar a medalha milagrosa, a fim de incorporar este sacramental nas nossas vidas.

A origem da medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Laboré

Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora Senhora das Graças, com frente e verso da medalha milagrosa.
Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora Senhora das Graças.

Santa Catarina Labouré foi uma freira da Companhia das Filhas da Caridade, nascida em 1806. Ela se tornou conhecida por suas visões da Virgem Maria em 1830, nas quais recebeu instruções para criar a Medalha Milagrosa. Desde à infância, essa simples noviça dedicava-se a Deus com fé e devoção. Após a morte de sua mãe, ela ingressou no convento e teve visões de Nossa Senhora logo nos primeiros dias de vida religiosa.

Catarina desempenhou um papel fundamental na propagação da devoção mariana e da medalha milagrosa. Contudo, sua identidade como a freira que teve as visões de Nossa Senhora permaneceu oculta por mais de quatro décadas. Catarina passou a vida dedicando-se à caridade e ao serviço aos pobres, conforme os princípios de sua ordem, fundada por São Vicente de Paulo.

Conheça a história completa de Santa Catarina Labouré.

As aparições de Nossa Senhora das Graças

No ano de 1830 em Paris, numa humilde capela, Santa Catarina Labouré recebeu a visita celestial de Nossa Senhora. Ao longo de três aparições divinas, a Virgem compartilhou com esta santa mensagens e revelações que moldariam o curso dessa devoção mariana.

Durante uma dessas aparições, a Nossa Senhora mostrou à jovem noviça a visão e o propósito de uma medalha única, que mais tarde se tornaria conhecida como a “Medalha Milagrosa”. Este momento foi acompanhado da visão da Virgem estendendo seus braços maternos e derramando graças sobre aqueles que as pedem.  1

A visão disse a ela: 2

“Manda gravar uma medalha de acordo com este modelo. Todos aqueles que a usarem receberão grandes graças; eles devem usá-la em volta do pescoço. Abundarão graças para aqueles que a usarem com confiança”.

Durante a segunda aparição, Nossa Senhora instruiu Catarina a propagar a devoção à Medalha Milagrosa. Desse modo, a Virgem afirmou que aqueles que a usassem com devoção receberiam graças especiais. A medalha seria um meio de proteção espiritual, um canal de verdadeiras bênçãos para todos que a acolhessem com devoção.

Além disso — e mais importante — vale recordar que a origem da medalha vem acompanhada da mensagem de que, ainda que os tempos sejam maus, 3 Nosso Senhor estaria conosco. Este é o cerne da mensagem: Jesus, juntamente com a Sua mãe, que é também nossa mãe, se aproxima de nós e deseja permanecer sempre ao nosso lado.

Conheça mais detalhes sobre a história de Nossa Senhora das Graças.

A devoção à medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

medalha milagrosa amontoada

Desde sua origem em 1830, quando a Virgem Maria apareceu à noviça Santa Catarina Labouré, a medalha tem sido um símbolo poderoso de graça e proteção espiritual. Sendo assim, a devoção à Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças tornou-se uma prática comum e profundamente enraizada na fé católica.

As instruções divinas dadas a Catarina para propagar a devoção à medalha desencadearam um rápido aumento de sua popularidade, impulsionado sobretudo pelos muitos favores que lhe foram atribuídos. A beleza simbólica da medalha, aliada às promessas de abundantes graças para aqueles que a usam com devoção, também contribuiu para a sua disseminação.

Sem dúvida, muitos fiéis usam a Medalha Milagrosa em todo o mundo como um meio visível da intercessão e da proteção materna de Maria. Além disso, muitos buscam nela proteção, auxílio e cura. No entanto, é importante lembrar que as principais graças que Nossa Senhora deseja derramar sobre nós são as espirituais: pureza, vida de oração, arrependimento, perseverança, entre outras que nos conduzem ao nosso fim último, o céu.

Portanto, ao dirigir nossas preces usando a Medalha Milagrosa, devemos aproveitar esta grande graça, compreendendo que tudo o que Deus nos oferece, inclusive este sacramental, tem como objetivo nos conduzir ao céu. E qual caminho poderia ser mais eficaz do que ter Maria como nossa mediadora junto a Cristo, como no episódio das Bodas de Caná? 4

Conheça 4 meios para aumentar a sua devoção à Nossa Senhora.

Como usar a medalha milagrosa?

A Medalha Milagrosa é um sacramental poderoso que traz grandes graças aos que a carregam com confiança. No entanto, ao contrário de um amuleto, não deve ser usado com superstição. Um sacramental é um sinal que manifesta a ação divina conforme a disposição interior de quem o carrega. Sendo assim, a medalha não precisa ser abençoada por um sacerdote para ser eficaz. É um adereço simples, geralmente usado no pescoço como expressão de devoção.

A utilização da Medalha Milagrosa não segue a mesma prática do escapulário, por exemplo, que tem um caráter mais formal e é ligado a uma fraternidade específica. Portanto, não é necessário que um sacerdote a coloque, e sua simplicidade a torna acessível a todos. O fundamental é usá-la com confiança, reconhecendo que é um símbolo de intercessão e proteção de Nossa Senhora das Graças.

Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Referências

  1. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.107-108[]
  2. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.108[]
  3. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.106[]
  4. João 2, 1-11[]

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    Redação MBC

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    O que você vai encontrar neste artigo?

    No coração da fé católica, encontra-se a devoção a Nossa Senhora, mãe de Deus e nossa mãe, que intercede por nós junto a Deus. Entre as manifestações de sua bondade, destaca-se a Medalha Milagrosa, um sinal que torna mais próxima a presença consoladora de Maria na vida dos fiéis.

    Neste artigo, convidamos você a explorar a origem da Medalha Milagrosa, um sacramental que não apenas testemunha a intercessão da Virgem Maria, mas também reflete o seu papel como medianeira e corredentora. Além disso, vamos abordar como usar a medalha milagrosa, a fim de incorporar este sacramental nas nossas vidas.

    A origem da medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

    Santa Catarina Laboré

    Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora Senhora das Graças, com frente e verso da medalha milagrosa.
    Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora Senhora das Graças.

    Santa Catarina Labouré foi uma freira da Companhia das Filhas da Caridade, nascida em 1806. Ela se tornou conhecida por suas visões da Virgem Maria em 1830, nas quais recebeu instruções para criar a Medalha Milagrosa. Desde à infância, essa simples noviça dedicava-se a Deus com fé e devoção. Após a morte de sua mãe, ela ingressou no convento e teve visões de Nossa Senhora logo nos primeiros dias de vida religiosa.

    Catarina desempenhou um papel fundamental na propagação da devoção mariana e da medalha milagrosa. Contudo, sua identidade como a freira que teve as visões de Nossa Senhora permaneceu oculta por mais de quatro décadas. Catarina passou a vida dedicando-se à caridade e ao serviço aos pobres, conforme os princípios de sua ordem, fundada por São Vicente de Paulo.

    Conheça a história completa de Santa Catarina Labouré.

    As aparições de Nossa Senhora das Graças

    No ano de 1830 em Paris, numa humilde capela, Santa Catarina Labouré recebeu a visita celestial de Nossa Senhora. Ao longo de três aparições divinas, a Virgem compartilhou com esta santa mensagens e revelações que moldariam o curso dessa devoção mariana.

    Durante uma dessas aparições, a Nossa Senhora mostrou à jovem noviça a visão e o propósito de uma medalha única, que mais tarde se tornaria conhecida como a “Medalha Milagrosa”. Este momento foi acompanhado da visão da Virgem estendendo seus braços maternos e derramando graças sobre aqueles que as pedem.  1

    A visão disse a ela: 2

    “Manda gravar uma medalha de acordo com este modelo. Todos aqueles que a usarem receberão grandes graças; eles devem usá-la em volta do pescoço. Abundarão graças para aqueles que a usarem com confiança”.

    Durante a segunda aparição, Nossa Senhora instruiu Catarina a propagar a devoção à Medalha Milagrosa. Desse modo, a Virgem afirmou que aqueles que a usassem com devoção receberiam graças especiais. A medalha seria um meio de proteção espiritual, um canal de verdadeiras bênçãos para todos que a acolhessem com devoção.

    Além disso — e mais importante — vale recordar que a origem da medalha vem acompanhada da mensagem de que, ainda que os tempos sejam maus, 3 Nosso Senhor estaria conosco. Este é o cerne da mensagem: Jesus, juntamente com a Sua mãe, que é também nossa mãe, se aproxima de nós e deseja permanecer sempre ao nosso lado.

    Conheça mais detalhes sobre a história de Nossa Senhora das Graças.

    A devoção à medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças

    medalha milagrosa amontoada

    Desde sua origem em 1830, quando a Virgem Maria apareceu à noviça Santa Catarina Labouré, a medalha tem sido um símbolo poderoso de graça e proteção espiritual. Sendo assim, a devoção à Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças tornou-se uma prática comum e profundamente enraizada na fé católica.

    As instruções divinas dadas a Catarina para propagar a devoção à medalha desencadearam um rápido aumento de sua popularidade, impulsionado sobretudo pelos muitos favores que lhe foram atribuídos. A beleza simbólica da medalha, aliada às promessas de abundantes graças para aqueles que a usam com devoção, também contribuiu para a sua disseminação.

    Sem dúvida, muitos fiéis usam a Medalha Milagrosa em todo o mundo como um meio visível da intercessão e da proteção materna de Maria. Além disso, muitos buscam nela proteção, auxílio e cura. No entanto, é importante lembrar que as principais graças que Nossa Senhora deseja derramar sobre nós são as espirituais: pureza, vida de oração, arrependimento, perseverança, entre outras que nos conduzem ao nosso fim último, o céu.

    Portanto, ao dirigir nossas preces usando a Medalha Milagrosa, devemos aproveitar esta grande graça, compreendendo que tudo o que Deus nos oferece, inclusive este sacramental, tem como objetivo nos conduzir ao céu. E qual caminho poderia ser mais eficaz do que ter Maria como nossa mediadora junto a Cristo, como no episódio das Bodas de Caná? 4

    Conheça 4 meios para aumentar a sua devoção à Nossa Senhora.

    Como usar a medalha milagrosa?

    A Medalha Milagrosa é um sacramental poderoso que traz grandes graças aos que a carregam com confiança. No entanto, ao contrário de um amuleto, não deve ser usado com superstição. Um sacramental é um sinal que manifesta a ação divina conforme a disposição interior de quem o carrega. Sendo assim, a medalha não precisa ser abençoada por um sacerdote para ser eficaz. É um adereço simples, geralmente usado no pescoço como expressão de devoção.

    A utilização da Medalha Milagrosa não segue a mesma prática do escapulário, por exemplo, que tem um caráter mais formal e é ligado a uma fraternidade específica. Portanto, não é necessário que um sacerdote a coloque, e sua simplicidade a torna acessível a todos. O fundamental é usá-la com confiança, reconhecendo que é um símbolo de intercessão e proteção de Nossa Senhora das Graças.

    Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

    Referências

    1. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.107-108[]
    2. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.108[]
    3. Santo Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.106[]
    4. João 2, 1-11[]

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