Devoção

A vida de Santa Catarina Labouré

Conheça a vida de Santa Catarina Labouré, a freira a quem apareceu Nossa Senhora das Graças pedindo a confecção da Medalha Milagrosa.

A vida de Santa Catarina Labouré
Devoção

A vida de Santa Catarina Labouré

Conheça a vida de Santa Catarina Labouré, a freira a quem apareceu Nossa Senhora das Graças pedindo a confecção da Medalha Milagrosa.

Data da Publicação: 20/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 20/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

Você já se perguntou quem é a vidente por trás das visões de Nossa Senhora das Graças que deram origem à Medalha Milagrosa, que alcançou milhões de pessoas ao redor de todo o mundo e foi canal de incontáveis graças e milagres? Neste artigo, exploraremos a vida de Santa Catarina Labouré, uma irmã vicentina que, ainda na infância, após a morte de sua mãe, escolheu a Virgem Maria como mãe e protetora. A Virgem Maria acolheu a pequena Catarina e atribuiu-lhe uma missão de grande responsabilidade: propagar a devoção à Medalha Milagrosa e suas promessas.

Quem foi Santa Catarina Labouré?

Catarina Labouré nasceu na França, em uma família de camponeses muito numerosa e viveu entre os anos de 1806 e 1876. Catarina foi, desde a infância, uma piedosa cristã, buscando sempre jejuar, comungar e servir através do trabalho doméstico. Mais tarde ingressou na Congregação das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, e ali vivenciou inúmeras experiências místicas, visões e experimentou a graça de ser visitada pela Virgem Maria que lhe incumbiu a missão de propagar as medalhas milagrosas que alcançariam milhões de almas em todo o mundo.

Os principais episódios da vida de Santa Catarina Labouré

Nascimento e infância

Catarina nasceu na França, na vila de Fain-les-Moutiers, em 1806, num contexto pós revolução francesa e foi batizada pelo nome Zoe Labouré. Em face da recente revolução, havia grande negligência religiosa, que atingia até mesmo o próprio pai de Catarina. 

Foi a mãe de Catarina que fez nascer no coração dos filhos uma especial devoção à Virgem Maria, que veio a se concretizar na vida da menina quando ela tinha nove anos, pois, com a morte da mãe terrena, entregou-se à Mãe espiritual, a Santíssima Virgem Maria. Desde a infância, era muito piedosa e de grande pureza, jejuava semanalmente, comungava diariamente e servia com amor nas tarefas mais simples e cotidianas.

Quando tinha 21 anos, Catarina expôs o seu desejo de ingressar na vida religiosa, que foi expressamente negado pelo pai. Ele a enviou para Paris, a fim tentar convencê-la dos prazeres terrenos e fazer com que ela se casasse. As tentativas foram frustradas, pois Catarina apenas fortaleceu seu anseio e insistiu ao pai com mais fervor para se tornar uma irmã.

Santa Catarina Labouré e São Vicente de Paulo

Imagem de São Vicente de Paulo.

Catarina convenceu o seu pai e entrou finalmente, em 21 de abril de 1830, para o convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, à Rue du Bac 140.

Logo no início do noviciado, Catarina teve suas primeiras visões místicas. Ela visitava com frequência a relíquia do coração do fundador de sua ordem, São Vicente de Paulo, a quem nutria grande devoção. Durante três dias consecutivos, teve a visualização de um coração em cores distintas: primeiro na cor branca, cor da paz, depois na cor vermelha, cor da caridade e, por fim, na cor preta, que simbolizava as desgraças que iriam cair sobre a França.

Aparição de Nossa Senhora das Graças

As visões mais impressionantes de Santa Catarina são, sem dúvida, as da Santíssima Virgem Maria, que foram, ao todo, 3 visões. Nossa Senhora lhe comunicou direcionamentos, profecias e, por fim, o seu desejo de que a Medalha fosse feita e distribuída.

O mais impressionante é que Santa Catarina viveu no escondimento e não permitiu que ninguém, exceto seu diretor e sua madre, ficassem sabendo que era a vidente por trás das visões da medalha milagrosa. Tal fato evidencia sua total imitação da Virgem Maria, que nunca quis glórias para si, mas sempre permaneceu no silêncio e na profunda humildade.

Leia também: A história de Nossa Senhora das Graças.

Final da vida

A humildade de Catarina permaneceu em sua alma até o fim. Ela morreu em 31 de dezembro de 1876, em Paris, no local onde trabalhou cerca de 46 anos: o Asilo de Enghien, ajudando os pobres e socorrendo os necessitados. Apenas no seu leito de morte é que foi reconhecida como a vidente que viu Nossa Senhora das Graças e recebeu a ordem de mandar fazer a Medalha Milagrosa.

Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora das Graças

a vida de santa catarina labouré capela

A primeira aparição ocorreu no dia 18 de julho de 1830, quando Santa Catarina Labouré foi despertada de seu sono pelo seu anjo da guarda, que a levou para a capela onde a Virgem Maria a esperava. Nessa primeira visão, Nossa Senhora lhe comunicou sua missão, lhe deu direcionamentos sobre a vida cristã e lhe revelou profecias relacionadas à França.

A segunda aparição — a mais importante e conhecida — aconteceu no dia 27 de novembro de 1830, durante a meditação que Catarina fazia na mesma capela. A santa viu dois quadros vivos, onde estava a Virgem Maria de pé sobre meio globo terrestre, esmagando a cabeça de uma serpente. Os dedos da Virgem tinham anéis dos quais saíam raios de luz. Ao redor da Santíssima Virgem Maria, havia uma moldura em formato oval, onde estava escrito: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. 

Neste momento, Nossa Senhora instrui Catarina: “Tu deves cunhar uma medalha a partir deste modelo. As pessoas que a usarem depois de indulgenciada receberão grandes graças, especialmente se a usarem em torno do pescoço; graças serão distribuídas abundantemente sobre aqueles que tiverem confiança.” A Virgem também mostra o verso da medalha contendo o monograma de Maria. A terceira visão é idêntica à segunda, com a única diferença de que a Virgem aparece em cima e atrás do tabernáculo, onde hoje existe uma imagem que representa essa visão.

Saiba mais sobre Nossa Senhora das Graças.

O legado de Santa Catarina Labouré

Canonização e devoção

Santa Catarina Labouré foi beatificada no ano de 1933, pelo Papa Pio XI, e canonizada em 1947, pelo Papa Pio XII. Após 46 anos de sua morte, quando abriram o caixão da santa, descobriram que o corpo de Catarina Labouré não tinha nenhum sinal de decomposição. Até hoje, o corpo de Santa Catarina está incorrupto e pode ser visitado no Santuário de Nossa Senhora das Graças, na França.

Corpo incorrupto de a vida de Santa Catarina Labouré
Corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré.

A memória litúrgica de Santa Catarina Labouré é comemorada no dia 28 de novembro, um dia depois da festa da Medalha Milagrosa.

A medalha milagrosa

Quando Santa Catarina recebeu as instruções de Nossa Senhora das Graças para a confecção da medalha, ela apresentou o desejo da Virgem ao seu confessor, que de imediato não acreditou na vidente e pediu-lhe que se esquecesse de tal visão. Meses depois, a Virgem comunicou a Catarina que estava desgostosa pois não foi atendida. Catarina levou tal mensagem novamente ao seu confessor, que decidiu retratar a situação ao Arcebispo.

O Arcebispo escutou com grande interesse os relatos das aparições e afirmou que não havia motivos para negar a fabricação das medalhas. Deste modo, no final do mês de julho de 1832, foram feitas as primeiras 2 mil medalhas.

A França passava por um período de terrível epidemia de cólera e, em vista disso, as irmãs distribuíram as medalhas que até então eram chamadas “Medalhas de Nossa Senhora das Graças”. As curas milagrosamente aumentaram, muitos foram protegidos da cólera e muitas conversões passaram a acontecer. Logo toda cidade já se referia à medalha como “Medalha Milagrosa”. Em 1835, já haviam mais de um milhão de medalhas. Além disso, na ocasião da morte de Catarina, foram distribuídas mais de 1 bilhão de medalhas ao redor de todo o mundo.

Não deixe de rezar a Novena a Nossa Senhora das Graças.

Redação MBC

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Você já se perguntou quem é a vidente por trás das visões de Nossa Senhora das Graças que deram origem à Medalha Milagrosa, que alcançou milhões de pessoas ao redor de todo o mundo e foi canal de incontáveis graças e milagres? Neste artigo, exploraremos a vida de Santa Catarina Labouré, uma irmã vicentina que, ainda na infância, após a morte de sua mãe, escolheu a Virgem Maria como mãe e protetora. A Virgem Maria acolheu a pequena Catarina e atribuiu-lhe uma missão de grande responsabilidade: propagar a devoção à Medalha Milagrosa e suas promessas.

Quem foi Santa Catarina Labouré?

Catarina Labouré nasceu na França, em uma família de camponeses muito numerosa e viveu entre os anos de 1806 e 1876. Catarina foi, desde a infância, uma piedosa cristã, buscando sempre jejuar, comungar e servir através do trabalho doméstico. Mais tarde ingressou na Congregação das Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, e ali vivenciou inúmeras experiências místicas, visões e experimentou a graça de ser visitada pela Virgem Maria que lhe incumbiu a missão de propagar as medalhas milagrosas que alcançariam milhões de almas em todo o mundo.

Os principais episódios da vida de Santa Catarina Labouré

Nascimento e infância

Catarina nasceu na França, na vila de Fain-les-Moutiers, em 1806, num contexto pós revolução francesa e foi batizada pelo nome Zoe Labouré. Em face da recente revolução, havia grande negligência religiosa, que atingia até mesmo o próprio pai de Catarina. 

Foi a mãe de Catarina que fez nascer no coração dos filhos uma especial devoção à Virgem Maria, que veio a se concretizar na vida da menina quando ela tinha nove anos, pois, com a morte da mãe terrena, entregou-se à Mãe espiritual, a Santíssima Virgem Maria. Desde a infância, era muito piedosa e de grande pureza, jejuava semanalmente, comungava diariamente e servia com amor nas tarefas mais simples e cotidianas.

Quando tinha 21 anos, Catarina expôs o seu desejo de ingressar na vida religiosa, que foi expressamente negado pelo pai. Ele a enviou para Paris, a fim tentar convencê-la dos prazeres terrenos e fazer com que ela se casasse. As tentativas foram frustradas, pois Catarina apenas fortaleceu seu anseio e insistiu ao pai com mais fervor para se tornar uma irmã.

Santa Catarina Labouré e São Vicente de Paulo

Imagem de São Vicente de Paulo.

Catarina convenceu o seu pai e entrou finalmente, em 21 de abril de 1830, para o convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, à Rue du Bac 140.

Logo no início do noviciado, Catarina teve suas primeiras visões místicas. Ela visitava com frequência a relíquia do coração do fundador de sua ordem, São Vicente de Paulo, a quem nutria grande devoção. Durante três dias consecutivos, teve a visualização de um coração em cores distintas: primeiro na cor branca, cor da paz, depois na cor vermelha, cor da caridade e, por fim, na cor preta, que simbolizava as desgraças que iriam cair sobre a França.

Aparição de Nossa Senhora das Graças

As visões mais impressionantes de Santa Catarina são, sem dúvida, as da Santíssima Virgem Maria, que foram, ao todo, 3 visões. Nossa Senhora lhe comunicou direcionamentos, profecias e, por fim, o seu desejo de que a Medalha fosse feita e distribuída.

O mais impressionante é que Santa Catarina viveu no escondimento e não permitiu que ninguém, exceto seu diretor e sua madre, ficassem sabendo que era a vidente por trás das visões da medalha milagrosa. Tal fato evidencia sua total imitação da Virgem Maria, que nunca quis glórias para si, mas sempre permaneceu no silêncio e na profunda humildade.

Leia também: A história de Nossa Senhora das Graças.

Final da vida

A humildade de Catarina permaneceu em sua alma até o fim. Ela morreu em 31 de dezembro de 1876, em Paris, no local onde trabalhou cerca de 46 anos: o Asilo de Enghien, ajudando os pobres e socorrendo os necessitados. Apenas no seu leito de morte é que foi reconhecida como a vidente que viu Nossa Senhora das Graças e recebeu a ordem de mandar fazer a Medalha Milagrosa.

Santa Catarina Labouré e Nossa Senhora das Graças

a vida de santa catarina labouré capela

A primeira aparição ocorreu no dia 18 de julho de 1830, quando Santa Catarina Labouré foi despertada de seu sono pelo seu anjo da guarda, que a levou para a capela onde a Virgem Maria a esperava. Nessa primeira visão, Nossa Senhora lhe comunicou sua missão, lhe deu direcionamentos sobre a vida cristã e lhe revelou profecias relacionadas à França.

A segunda aparição — a mais importante e conhecida — aconteceu no dia 27 de novembro de 1830, durante a meditação que Catarina fazia na mesma capela. A santa viu dois quadros vivos, onde estava a Virgem Maria de pé sobre meio globo terrestre, esmagando a cabeça de uma serpente. Os dedos da Virgem tinham anéis dos quais saíam raios de luz. Ao redor da Santíssima Virgem Maria, havia uma moldura em formato oval, onde estava escrito: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. 

Neste momento, Nossa Senhora instrui Catarina: “Tu deves cunhar uma medalha a partir deste modelo. As pessoas que a usarem depois de indulgenciada receberão grandes graças, especialmente se a usarem em torno do pescoço; graças serão distribuídas abundantemente sobre aqueles que tiverem confiança.” A Virgem também mostra o verso da medalha contendo o monograma de Maria. A terceira visão é idêntica à segunda, com a única diferença de que a Virgem aparece em cima e atrás do tabernáculo, onde hoje existe uma imagem que representa essa visão.

Saiba mais sobre Nossa Senhora das Graças.

O legado de Santa Catarina Labouré

Canonização e devoção

Santa Catarina Labouré foi beatificada no ano de 1933, pelo Papa Pio XI, e canonizada em 1947, pelo Papa Pio XII. Após 46 anos de sua morte, quando abriram o caixão da santa, descobriram que o corpo de Catarina Labouré não tinha nenhum sinal de decomposição. Até hoje, o corpo de Santa Catarina está incorrupto e pode ser visitado no Santuário de Nossa Senhora das Graças, na França.

Corpo incorrupto de a vida de Santa Catarina Labouré
Corpo incorrupto de Santa Catarina Labouré.

A memória litúrgica de Santa Catarina Labouré é comemorada no dia 28 de novembro, um dia depois da festa da Medalha Milagrosa.

A medalha milagrosa

Quando Santa Catarina recebeu as instruções de Nossa Senhora das Graças para a confecção da medalha, ela apresentou o desejo da Virgem ao seu confessor, que de imediato não acreditou na vidente e pediu-lhe que se esquecesse de tal visão. Meses depois, a Virgem comunicou a Catarina que estava desgostosa pois não foi atendida. Catarina levou tal mensagem novamente ao seu confessor, que decidiu retratar a situação ao Arcebispo.

O Arcebispo escutou com grande interesse os relatos das aparições e afirmou que não havia motivos para negar a fabricação das medalhas. Deste modo, no final do mês de julho de 1832, foram feitas as primeiras 2 mil medalhas.

A França passava por um período de terrível epidemia de cólera e, em vista disso, as irmãs distribuíram as medalhas que até então eram chamadas “Medalhas de Nossa Senhora das Graças”. As curas milagrosamente aumentaram, muitos foram protegidos da cólera e muitas conversões passaram a acontecer. Logo toda cidade já se referia à medalha como “Medalha Milagrosa”. Em 1835, já haviam mais de um milhão de medalhas. Além disso, na ocasião da morte de Catarina, foram distribuídas mais de 1 bilhão de medalhas ao redor de todo o mundo.

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