Devoção

A vida de Santa Cecília

Conheça a história de Santa Cecília, Virgem e Mártir, e entenda porquê ela é considerada a padroeira dos músicos.

A vida de Santa Cecília
Devoção

A vida de Santa Cecília

Conheça a história de Santa Cecília, Virgem e Mártir, e entenda porquê ela é considerada a padroeira dos músicos.

Data da Publicação: 21/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 21/11/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

Você sabia que a padroeira dos músicos, Santa Cecília, foi também mártir nos primeiros séculos do cristianismo, preferindo morrer do que deixar de professar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo? Consagrada a Deus desde a infância, casou-se mas permaneceu virgem, convertendo o esposo, o cunhado e muitos à sua volta.

Por trás da pureza da voz e dos dons musicais, havia uma virtude radical maior, que levou a jovem a continuar firme e decidida a agradar Cristo para, assim, cantar ao Seu lado as glórias da eternidade.

Quem foi Santa Cecília?

Jovem romana de família nobre do século III, Santa Cecília recebeu uma educação cristã e desde cedo praticava piedosamente a fé em Jesus Cristo. Ela foi perseguida e terrivelmente martirizada pelo império romano em aproximadamente 177 d.C., durante o pontificado do Papa Urbano I, através da condenação à morte por asfixia em sua própria casa. Milagrosamente, em meio aos cânticos e orações, Cecília sobreviveu à primeira condenação, assim como Ananias, Azarias e Misael resistiram à fornalha de Nabucodonosor. Mas os seus perseguidores não desistiram e fizeram Cecília sofrer até a morte.

Os principais episódios da vida de Santa Cecília

Nascimento e infância

Cecília nasceu no século III, em Roma, no seio de uma boa família cristã. Desde cedo foi educada nos ensinamentos cristãos e cresceu seguindo o Evangelho. Sua piedade era tão profunda e autêntica que, ainda na infância, fez um voto de castidade, consagrando a sua virgindade e prometendo unir-se unicamente a Jesus Cristo. Porém, ao crescer, como era o costume de sua época, Cecília foi obrigada pelos seus pais a se casar com Valeriano, um jovem romano que pertencia à nobreza. 

Casamento com Valeriano

Santa Cecília, obediente aos seus pais, casou-se com Valeriano e, por graça divina, convenceu o esposo a não terem relações matrimoniais, revelando a ele, assim que ficaram a sós, que havia feito um voto de virgindade a Jesus Cristo, seu único e eterno Esposo. 

Imagem Santa Cecília com seu marido e cunhado.
Santa Cecília, Valeriano e Tibúrcio

Valeriano não apenas ficou convencido da pureza de Cecília, como também converteu-se ao cristianismo, procurando o Papa Urbano I a fim de receber o batismo. Valeriano foi também um instrumento de conversão para o seu irmão, Tibúrcio.

Uma vida de oração e caridade

Oração, caridade e música, tal era o cenário que reinava no lar do casal casto e consagrado a Deus. Com a conversão de Valeriano e seu irmão, Tibúrcio, a casa dos Valérios passou a ser uma casa santa, onde reinava a caridade cristã e o auxílio aos pobres e necessitados. Uma casa repleta de alegria, cuja expressão se dava através dos belos cânticos entoados por Cecília.

Quando a perseguição aos cristãos se intensificou, Valeriano e Tibúrcio foram os primeiros a serem martirizados, mas não sem antes converterem os soldados responsáveis pela prisão deles, que se tornaram cristãos e também foram vítimas do martírio.

O martírio de Santa Cecília

Pouco tempo depois a perseguição alcançou Cecília que, antes de morrer, vivenciou três dias de grande sofrimento. Apesar disso, foi firme até o fim, esboçando alegria e cantarolando para Jesus enquanto esperava o momento de encontrá-Lo. Cecília foi condenada à morte por asfixia, ficando um dia e uma noite presa em um recinto em sua própria casa, tomando um banho de vapores escaldantes com altas temperaturas.

No dia seguinte, a jovem foi encontrada milagrosamente viva, sorrindo e cantarolando, mas os perseguidores não desistiram de matá-la e um soldado desferiu, com certo titubeio, três golpes em seu pescoço, o máximo permitido pela lei. Os golpes não foram suficientes para matar a jovem, que permaneceu viva por mais dois dias e duas noites com a cabeça semi-decepada. Ela permaneceu consciente, sofrendo e alegrando-se por saber que em breve uniria sua alma plenamente a Jesus, o que se deu no terceiro dia após o início de seu martírio, em 177 d.C.

Santa Maria Goretti foi uma jovem santa que também escolheu morrer a perder sua pureza. Que tal conhecer mais sobre ela?

Por que Santa Cecília é padroeira dos músicos?

“Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”, esse trecho da “Passio Sanctae Caeciliae”, documento datado do século V que narra o martírio de Santa Cecília, refere-se ao dia em que ela contraiu matrimônio com Valeriano e cantava ao Senhor no íntimo de seu coração. 

Não apenas no dia de seu casamento, mas durante toda a sua vida, Santa Cecília entoou belíssimos cânticos ao Senhor. Além de cantar, também tocava alguns instrumentos musicais como forma de adorar ao Senhor.

A música é uma belíssima forma de elevarmos as nossas orações e expressarmos o nosso amor a Deus, mas também pode ser um meio de sucumbirmos às paixões e aos instintos mais primitivos da carne. Que Santa Cecília interceda por nós para que ouçamos e entoemos músicas que elevem nossas almas a Deus e o glorifiquem, junto ao coro dos anjos.

Você sabia que São Filipe Néri tem uma grande influência na história da música? Leia mais neste artigo.

O legado de Santa Cecília

Canonização e devoção

Dentre as inúmeras basílicas romanas que levam o nome de algum santo, Cecília é a mais homenageada. Sua vida é alvo de numerosa devoção e ela é reconhecida como mártir desde os primeiros séculos. Porém, a devoção apenas se intensificou ao longo dos anos, chegando ao ápice na Idade Média.

O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por séculos e só foi encontrado pelo Papa São Pascoal, no ano de 821, junto com os restos de Valeriano e Tibúrcio. Todas as relíquias foram trasladadas para a igreja dentro da cidade. 

O corpo de Santa Cecília foi o primeiro a ser encontrado incorrupto em toda a história da Igreja. Foi localizado preservado e estava coberto por uma túnica de ouro. Hoje, existe uma representação fiel da forma como ela foi encontrada, esculpida por Stefano Maderno. Em 1599, o Cardeal Sfondrati abriu novamente o túmulo de Santa Cecília, e seu corpo foi encontrado exatamente na mesma posição em que estava quando o Papa Pascoal I o abriu pela primeira vez.

Representação do corpo de Santa Cecília, esculpida por Stefano Maderno e exposta da Basílica de Santa Cecília

Quando é o dia de Santa Cecília?

Comemoramos o dia de Santa Cecília no dia 22 de novembro, dia dedicado aos músicos.

Redação MBC

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Você sabia que a padroeira dos músicos, Santa Cecília, foi também mártir nos primeiros séculos do cristianismo, preferindo morrer do que deixar de professar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo? Consagrada a Deus desde a infância, casou-se mas permaneceu virgem, convertendo o esposo, o cunhado e muitos à sua volta.

Por trás da pureza da voz e dos dons musicais, havia uma virtude radical maior, que levou a jovem a continuar firme e decidida a agradar Cristo para, assim, cantar ao Seu lado as glórias da eternidade.

Quem foi Santa Cecília?

Jovem romana de família nobre do século III, Santa Cecília recebeu uma educação cristã e desde cedo praticava piedosamente a fé em Jesus Cristo. Ela foi perseguida e terrivelmente martirizada pelo império romano em aproximadamente 177 d.C., durante o pontificado do Papa Urbano I, através da condenação à morte por asfixia em sua própria casa. Milagrosamente, em meio aos cânticos e orações, Cecília sobreviveu à primeira condenação, assim como Ananias, Azarias e Misael resistiram à fornalha de Nabucodonosor. Mas os seus perseguidores não desistiram e fizeram Cecília sofrer até a morte.

Os principais episódios da vida de Santa Cecília

Nascimento e infância

Cecília nasceu no século III, em Roma, no seio de uma boa família cristã. Desde cedo foi educada nos ensinamentos cristãos e cresceu seguindo o Evangelho. Sua piedade era tão profunda e autêntica que, ainda na infância, fez um voto de castidade, consagrando a sua virgindade e prometendo unir-se unicamente a Jesus Cristo. Porém, ao crescer, como era o costume de sua época, Cecília foi obrigada pelos seus pais a se casar com Valeriano, um jovem romano que pertencia à nobreza. 

Casamento com Valeriano

Santa Cecília, obediente aos seus pais, casou-se com Valeriano e, por graça divina, convenceu o esposo a não terem relações matrimoniais, revelando a ele, assim que ficaram a sós, que havia feito um voto de virgindade a Jesus Cristo, seu único e eterno Esposo. 

Imagem Santa Cecília com seu marido e cunhado.
Santa Cecília, Valeriano e Tibúrcio

Valeriano não apenas ficou convencido da pureza de Cecília, como também converteu-se ao cristianismo, procurando o Papa Urbano I a fim de receber o batismo. Valeriano foi também um instrumento de conversão para o seu irmão, Tibúrcio.

Uma vida de oração e caridade

Oração, caridade e música, tal era o cenário que reinava no lar do casal casto e consagrado a Deus. Com a conversão de Valeriano e seu irmão, Tibúrcio, a casa dos Valérios passou a ser uma casa santa, onde reinava a caridade cristã e o auxílio aos pobres e necessitados. Uma casa repleta de alegria, cuja expressão se dava através dos belos cânticos entoados por Cecília.

Quando a perseguição aos cristãos se intensificou, Valeriano e Tibúrcio foram os primeiros a serem martirizados, mas não sem antes converterem os soldados responsáveis pela prisão deles, que se tornaram cristãos e também foram vítimas do martírio.

O martírio de Santa Cecília

Pouco tempo depois a perseguição alcançou Cecília que, antes de morrer, vivenciou três dias de grande sofrimento. Apesar disso, foi firme até o fim, esboçando alegria e cantarolando para Jesus enquanto esperava o momento de encontrá-Lo. Cecília foi condenada à morte por asfixia, ficando um dia e uma noite presa em um recinto em sua própria casa, tomando um banho de vapores escaldantes com altas temperaturas.

No dia seguinte, a jovem foi encontrada milagrosamente viva, sorrindo e cantarolando, mas os perseguidores não desistiram de matá-la e um soldado desferiu, com certo titubeio, três golpes em seu pescoço, o máximo permitido pela lei. Os golpes não foram suficientes para matar a jovem, que permaneceu viva por mais dois dias e duas noites com a cabeça semi-decepada. Ela permaneceu consciente, sofrendo e alegrando-se por saber que em breve uniria sua alma plenamente a Jesus, o que se deu no terceiro dia após o início de seu martírio, em 177 d.C.

Santa Maria Goretti foi uma jovem santa que também escolheu morrer a perder sua pureza. Que tal conhecer mais sobre ela?

Por que Santa Cecília é padroeira dos músicos?

“Enquanto os órgãos tocavam, ela canta, em seu coração, somente ao Senhor”, esse trecho da “Passio Sanctae Caeciliae”, documento datado do século V que narra o martírio de Santa Cecília, refere-se ao dia em que ela contraiu matrimônio com Valeriano e cantava ao Senhor no íntimo de seu coração. 

Não apenas no dia de seu casamento, mas durante toda a sua vida, Santa Cecília entoou belíssimos cânticos ao Senhor. Além de cantar, também tocava alguns instrumentos musicais como forma de adorar ao Senhor.

A música é uma belíssima forma de elevarmos as nossas orações e expressarmos o nosso amor a Deus, mas também pode ser um meio de sucumbirmos às paixões e aos instintos mais primitivos da carne. Que Santa Cecília interceda por nós para que ouçamos e entoemos músicas que elevem nossas almas a Deus e o glorifiquem, junto ao coro dos anjos.

Você sabia que São Filipe Néri tem uma grande influência na história da música? Leia mais neste artigo.

O legado de Santa Cecília

Canonização e devoção

Dentre as inúmeras basílicas romanas que levam o nome de algum santo, Cecília é a mais homenageada. Sua vida é alvo de numerosa devoção e ela é reconhecida como mártir desde os primeiros séculos. Porém, a devoção apenas se intensificou ao longo dos anos, chegando ao ápice na Idade Média.

O túmulo de Santa Cecília ficou desaparecido por séculos e só foi encontrado pelo Papa São Pascoal, no ano de 821, junto com os restos de Valeriano e Tibúrcio. Todas as relíquias foram trasladadas para a igreja dentro da cidade. 

O corpo de Santa Cecília foi o primeiro a ser encontrado incorrupto em toda a história da Igreja. Foi localizado preservado e estava coberto por uma túnica de ouro. Hoje, existe uma representação fiel da forma como ela foi encontrada, esculpida por Stefano Maderno. Em 1599, o Cardeal Sfondrati abriu novamente o túmulo de Santa Cecília, e seu corpo foi encontrado exatamente na mesma posição em que estava quando o Papa Pascoal I o abriu pela primeira vez.

Representação do corpo de Santa Cecília, esculpida por Stefano Maderno e exposta da Basílica de Santa Cecília

Quando é o dia de Santa Cecília?

Comemoramos o dia de Santa Cecília no dia 22 de novembro, dia dedicado aos músicos.

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