Formação

A mensagem central da Bula “Spes Non Confundit”

Conheça a mensagem central da Bula Spes Non Confundit e seus principais temas, assim como o objetivo da Igreja com o Ano Jubilar 2025.

A mensagem central da Bula “Spes Non Confundit”
Formação

A mensagem central da Bula “Spes Non Confundit”

Conheça a mensagem central da Bula Spes Non Confundit e seus principais temas, assim como o objetivo da Igreja com o Ano Jubilar 2025.

Data da Publicação: 08/01/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 08/01/2025
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

Conheça a mensagem central da Bula Spes Non Confundit e seus principais temas, assim como o objetivo da Igreja com o Ano Jubilar 2025.

Spes Non Confundit – a esperança não engana” (Rm 5, 5). Com essas palavras, a bula proclama o Ano Jubilar de 2025, um convite universal à renovação da esperança em tempos de desafios e incertezas. Conforme o Papa Francisco escreve: “Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expectativa do bem, apesar de não saber o que traz consigo o amanhã”. 1 O documento destaca a centralidade de Jesus Cristo, apresentado como “porta de salvação” (cf. Jo 10, 7.9) e como “nossa esperança” (1 Tm 1, 1), e convida os fiéis a viverem um encontro pessoal com Ele.

Neste artigo, abordaremos os principais temas da bula Spes non confundit, com um foco especial na renovação da esperança cristã, um pilar central do Jubileu de 2025. Refletiremos sobre a importância das peregrinações como meio de fortalecer a fé e aprofundar a reconciliação com Deus e com o próximo. Também abordaremos o papel essencial do sacramento da Reconciliação, que oferece um caminho de conversão e renovação espiritual para os fiéis durante este tempo especial.

Leia mais sobre o que é o Ano Jubilar 2025, aqui você um guia para católicos sobre o assunto.

O significado do lema “Spes Non Confundit”

O lema “Spes Non Confundit” (A esperança não engana) foi inspirado na Carta aos Romanos: “Ora, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5,)

São Paulo, ao falar sobre a esperança, lembra-nos de que ela não decepciona, pois é alicerce no amor infundido por Deus em nossos corações, por meio do Espírito Santo. Este apóstolo é apresentado como um exemplo de quem encontrou, na esperança cristã, a força para enfrentar as tribulações. O Papa, ao refletir sobre essa virtude, destaca que a esperança “funda-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na cruz”. 2

Ao enfatizar que a esperança “não cede nas dificuldades” 2, o Papa nos convoca a viver com paciência e confiança, permitindo que a virtude da esperança transforme nossa maneira de viver, especialmente nas adversidades.

Além disso, ele destaca que a esperança é sustentada pela paciência, virtude que “mantém viva a esperança e consolida-a como virtude e estilo de vida” 3. A virtude da esperança, portanto, vai além de uma simples expectativa; ela é a base que nos sustenta em Cristo rumo à vida eterna.

A esperança é uma virtude teologal, você sabe o que são as virtudes teologais? Descubra aqui.

Os objetivos do Ano Jubilar

A bula expõe com clareza os principais objetivos do Ano Santo, sintetizando o que ele significa para os fiéis e para a Igreja como um todo. Veja a seguir.

Renovação da esperança e reconciliação

O Jubileu de 2025 é um convite profundo à renovação da esperança e à reconciliação. Como afirma o Papa, este tempo deve ser “um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus”. 4 Essa afirmação revela o coração do Ano Santo: um chamado à experiência de Cristo como “porta” de salvação, capaz de transformar a vida de quem se abre a Ele.

Num mundo marcado por incertezas e desânimos, o Jubileu propõe uma resposta cristã às inquietações do coração humano. A esperança que ele evoca não é um simples otimismo, mas uma certeza firmada no amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

Além disso, o Jubileu oferece uma oportunidade de reconciliação, tanto com Deus quanto com o próximo. Através da Porta Santa, os fiéis são convidados a um ato simbólico de conversão, podendo receber indulgências que aliviam as penas temporais dos pecados. Os cristãos são chamados a viver com maior profundidade sua vocação ao amor e à santidade, renovados na sua caminhada de fé.

Promoção da paciência como virtude espiritual e prática

O Ano Jubilar é um convite para redescobrir a paciência como virtude essencial em um mundo marcado pela pressa e pela superficialidade. São Paulo ensina que as tribulações produzem paciência e que essa, por sua vez, fortalece a esperança. Com isso, o Papa enfatiza a importância de que “aprendamos a pedir muitas vezes a graça da paciência, que é filha da esperança e, ao mesmo tempo, seu suporte.” 3

O documento também denuncia os males da pressa e da intolerância, destacando que “a paciência foi posta em fuga pela pressa, causando grave dano às pessoas”. 3 E, assim, o Papa reflete que a paciência, fruto do Espírito Santo, ajuda-nos a perseverar em meio às dificuldades e a contemplar a criação com um olhar renovador.

Desse modo, o Jubileu propõe aos fiéis uma vivência mais profunda da esperança, sustentada pela paciência que transforma o coração das pessoas e, consequentemente, as relações humanas.

Fomento de peregrinações

A peregrinação é apresentada na Bula como um símbolo profundo de busca espiritual e transformação interior: “Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida.” 5 Um caminho que reflete a jornada cristã em direção ao encontro com Deus. E este gesto, característico daqueles que buscam o sentido da vida, é marcado pelo silêncio, pelo esforço e pela essencialidade, destaca o Papa Francisco, elementos que fortalecem a fé e a esperança.

No contexto do Ano Jubilar, os peregrinos são convidados a peregrinar, acumulando experiências que integram cultura e espiritualidade. As igrejas ao longo do caminho tornam-se verdadeiros oásis, onde os fiéis podem renovar a fé e buscar a reconciliação, especialmente por meio do sacramento da Confissão. 5 Em Roma, as peregrinações serão enriquecidas por itinerários de fé que se unem às tradições das catacumbas e das Sete Igrejas, proporcionando momentos únicos de oração e contemplação.

Principais temas da bula

A renovação da esperança

Neste Ano Jubilar, o Papa nos chama a renovar a esperança, que não é uma expectativa vaga, mas uma certeza sólida, ancorada no amor imutável de Deus. Essa virtude nos lembra que, mesmo em meio às dificuldades e incertezas, nada pode nos separar de Cristo, nossa esperança verdadeira. 2

A esperança cristã não engana nem desilude, porque está fundada na certeza de que nada e ninguém poderá jamais separar-nos do amor divino. 2

Ela é uma âncora que, mesmo nos momentos de sofrimento e incerteza, nos mantém firmes e seguros, pois nada pode nos separar do amor de Cristo. O Jubileu é, assim, um convite para reavivar a nossa confiança no Senhor e fortalecer a nossa fé.

Que tal conhecer melhor o que é a Esperança Cristã?

O papel das peregrinações

As peregrinações, de acordo com o Papa Francisco, são vistas como oportunidades de graça e reconciliação, por isso vão além de uma jornada física:

Deslocar-se dum país ao outro como se as fronteiras estivessem superadas, passar duma cidade a outra contemplando a criação e as obras de arte, permitirá acumular experiências e culturas diferentes.” 5

O Papa destaca que, ao percorrer novos caminhos, o peregrino experimenta não apenas a superação das distâncias geográficas, mas também o aprofundamento interior, permitindo a contemplação da criação, da arte e da obra de Deus. 5 Cada passo dado é uma oportunidade para a oração, a reflexão e a reconciliação, buscando o sentido profundo da vida e da fé.

O sacramento da Reconciliação

A bula sublinha o papel fundamental do sacramento da Confissão no caminho jubilar:

“As igrejas jubilares, ao longo dos percursos e em Roma, poderão ser oásis de espiritualidade onde é possível restaurar o caminho da fé e dessedentar-se nas fontes da esperança, a começar pelo sacramento da Reconciliação”. 5

A Reconciliação é o ponto de partida para uma verdadeira transformação interior, permitindo que o peregrino retorne ao caminho de Cristo com o coração purificado. Nesse sacramento, a esperança e o perdão encontram seu lugar mais pleno, restaurando a alma para novos passos na fé.

Trechos destacados da bula

Estes são alguns dos trechos mais marcantes da Bula Spes Non Confundit:

“A esperança nasce do amor e funda-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na cruz” 2

A esperança cristã tem sua raiz no amor divino, revelada de forma plena na cruz de Cristo. Esse amor, que se oferece como sacrifício por todos, fundamenta a esperança, pois é eterno e imutável.

O Catecismo nos ensina que a esperança se baseia na confiança na promessa de Deus, que não falha. 6 Ao olhar para o Coração de Jesus, vemos a força que nos mantém firmes na confiança, mesmo nas adversidades.

“Gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança.” (Rm 5, 3-4) 3

O apóstolo Paulo nos ensina que as tribulações, longe de afastar-nos de Deus, podem nos aproximar dele, pois são ocasião para cultivar virtudes como a paciência e a firmeza. O sofrimento, quando vivido com fé, torna-se um meio de purificação e crescimento espiritual. 7

As tribulações ajudam a forjar nossa esperança, que se fortalece na confiança em Deus, que jamais abandona seus filhos, como podemos ler na Carta aos Romanos. 8

“O Ano Santo orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção”. 9

A Redenção é o mistério que dá sentido a toda a história humana. O Ano Santo, ao apontar para o jubileu de 2033, sublinha a importância de celebrarmos a obra da Redenção, que culmina na morte e ressurreição de Cristo.

A Igreja, no Catecismo, nos ensina que a Páscoa de Cristo é o centro da história da salvação e a chave para entender todo o plano divino. 10 Assim, o Ano Jubilar não só nos convida a refletir sobre a salvação, mas também nos prepara para o grande evento da Redenção, que será realizado em 2033.

Como acessar a bula completa?

Para acessar a bula completa e entender mais profundamente o chamado de Deus, através do convite do Papa com a proclamação deste Ano Santo, ela está disponível no site oficial do Vaticano. A leitura direta do documento proporciona uma experiência mais completa e enriquecedora, permitindo que cada cristão se aproxime do espírito do Jubileu. Este é um convite à reflexão pessoal e à renovação da fé, em um tempo de graça e reconciliação.

Acesse o site do Vaticano para explorar a bula na íntegra e mergulhar nesta convocação à conversão e a renovação da fé.

Referências

  1. Bula Spes Non Confundit, §1[]
  2. Bula Spes Non Confundit, §3[][][][][]
  3. Bula Spes Non Confundit, §4[][][][]
  4. Bula Spes Non Confundit , §3[]
  5. Bula Spes Non Confundit, §5[][][][][]
  6. CIC 1817[]
  7. CIC 1502[]
  8. Rm 5, 3-4[]
  9. Bula Spes Non Confundit, §6[]
  10. CIC 1067[]

Redação Minha Biblioteca Católica

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Conheça a mensagem central da Bula Spes Non Confundit e seus principais temas, assim como o objetivo da Igreja com o Ano Jubilar 2025.

Spes Non Confundit – a esperança não engana” (Rm 5, 5). Com essas palavras, a bula proclama o Ano Jubilar de 2025, um convite universal à renovação da esperança em tempos de desafios e incertezas. Conforme o Papa Francisco escreve: “Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expectativa do bem, apesar de não saber o que traz consigo o amanhã”. 1 O documento destaca a centralidade de Jesus Cristo, apresentado como “porta de salvação” (cf. Jo 10, 7.9) e como “nossa esperança” (1 Tm 1, 1), e convida os fiéis a viverem um encontro pessoal com Ele.

Neste artigo, abordaremos os principais temas da bula Spes non confundit, com um foco especial na renovação da esperança cristã, um pilar central do Jubileu de 2025. Refletiremos sobre a importância das peregrinações como meio de fortalecer a fé e aprofundar a reconciliação com Deus e com o próximo. Também abordaremos o papel essencial do sacramento da Reconciliação, que oferece um caminho de conversão e renovação espiritual para os fiéis durante este tempo especial.

Leia mais sobre o que é o Ano Jubilar 2025, aqui você um guia para católicos sobre o assunto.

O significado do lema “Spes Non Confundit”

O lema “Spes Non Confundit” (A esperança não engana) foi inspirado na Carta aos Romanos: “Ora, a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5,)

São Paulo, ao falar sobre a esperança, lembra-nos de que ela não decepciona, pois é alicerce no amor infundido por Deus em nossos corações, por meio do Espírito Santo. Este apóstolo é apresentado como um exemplo de quem encontrou, na esperança cristã, a força para enfrentar as tribulações. O Papa, ao refletir sobre essa virtude, destaca que a esperança “funda-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na cruz”. 2

Ao enfatizar que a esperança “não cede nas dificuldades” 2, o Papa nos convoca a viver com paciência e confiança, permitindo que a virtude da esperança transforme nossa maneira de viver, especialmente nas adversidades.

Além disso, ele destaca que a esperança é sustentada pela paciência, virtude que “mantém viva a esperança e consolida-a como virtude e estilo de vida” 3. A virtude da esperança, portanto, vai além de uma simples expectativa; ela é a base que nos sustenta em Cristo rumo à vida eterna.

A esperança é uma virtude teologal, você sabe o que são as virtudes teologais? Descubra aqui.

Os objetivos do Ano Jubilar

A bula expõe com clareza os principais objetivos do Ano Santo, sintetizando o que ele significa para os fiéis e para a Igreja como um todo. Veja a seguir.

Renovação da esperança e reconciliação

O Jubileu de 2025 é um convite profundo à renovação da esperança e à reconciliação. Como afirma o Papa, este tempo deve ser “um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus”. 4 Essa afirmação revela o coração do Ano Santo: um chamado à experiência de Cristo como “porta” de salvação, capaz de transformar a vida de quem se abre a Ele.

Num mundo marcado por incertezas e desânimos, o Jubileu propõe uma resposta cristã às inquietações do coração humano. A esperança que ele evoca não é um simples otimismo, mas uma certeza firmada no amor de Deus, derramado em nossos corações pelo Espírito Santo.

Além disso, o Jubileu oferece uma oportunidade de reconciliação, tanto com Deus quanto com o próximo. Através da Porta Santa, os fiéis são convidados a um ato simbólico de conversão, podendo receber indulgências que aliviam as penas temporais dos pecados. Os cristãos são chamados a viver com maior profundidade sua vocação ao amor e à santidade, renovados na sua caminhada de fé.

Promoção da paciência como virtude espiritual e prática

O Ano Jubilar é um convite para redescobrir a paciência como virtude essencial em um mundo marcado pela pressa e pela superficialidade. São Paulo ensina que as tribulações produzem paciência e que essa, por sua vez, fortalece a esperança. Com isso, o Papa enfatiza a importância de que “aprendamos a pedir muitas vezes a graça da paciência, que é filha da esperança e, ao mesmo tempo, seu suporte.” 3

O documento também denuncia os males da pressa e da intolerância, destacando que “a paciência foi posta em fuga pela pressa, causando grave dano às pessoas”. 3 E, assim, o Papa reflete que a paciência, fruto do Espírito Santo, ajuda-nos a perseverar em meio às dificuldades e a contemplar a criação com um olhar renovador.

Desse modo, o Jubileu propõe aos fiéis uma vivência mais profunda da esperança, sustentada pela paciência que transforma o coração das pessoas e, consequentemente, as relações humanas.

Fomento de peregrinações

A peregrinação é apresentada na Bula como um símbolo profundo de busca espiritual e transformação interior: “Pôr-se a caminho é típico de quem anda à procura do sentido da vida.” 5 Um caminho que reflete a jornada cristã em direção ao encontro com Deus. E este gesto, característico daqueles que buscam o sentido da vida, é marcado pelo silêncio, pelo esforço e pela essencialidade, destaca o Papa Francisco, elementos que fortalecem a fé e a esperança.

No contexto do Ano Jubilar, os peregrinos são convidados a peregrinar, acumulando experiências que integram cultura e espiritualidade. As igrejas ao longo do caminho tornam-se verdadeiros oásis, onde os fiéis podem renovar a fé e buscar a reconciliação, especialmente por meio do sacramento da Confissão. 5 Em Roma, as peregrinações serão enriquecidas por itinerários de fé que se unem às tradições das catacumbas e das Sete Igrejas, proporcionando momentos únicos de oração e contemplação.

Principais temas da bula

A renovação da esperança

Neste Ano Jubilar, o Papa nos chama a renovar a esperança, que não é uma expectativa vaga, mas uma certeza sólida, ancorada no amor imutável de Deus. Essa virtude nos lembra que, mesmo em meio às dificuldades e incertezas, nada pode nos separar de Cristo, nossa esperança verdadeira. 2

A esperança cristã não engana nem desilude, porque está fundada na certeza de que nada e ninguém poderá jamais separar-nos do amor divino. 2

Ela é uma âncora que, mesmo nos momentos de sofrimento e incerteza, nos mantém firmes e seguros, pois nada pode nos separar do amor de Cristo. O Jubileu é, assim, um convite para reavivar a nossa confiança no Senhor e fortalecer a nossa fé.

Que tal conhecer melhor o que é a Esperança Cristã?

O papel das peregrinações

As peregrinações, de acordo com o Papa Francisco, são vistas como oportunidades de graça e reconciliação, por isso vão além de uma jornada física:

Deslocar-se dum país ao outro como se as fronteiras estivessem superadas, passar duma cidade a outra contemplando a criação e as obras de arte, permitirá acumular experiências e culturas diferentes.” 5

O Papa destaca que, ao percorrer novos caminhos, o peregrino experimenta não apenas a superação das distâncias geográficas, mas também o aprofundamento interior, permitindo a contemplação da criação, da arte e da obra de Deus. 5 Cada passo dado é uma oportunidade para a oração, a reflexão e a reconciliação, buscando o sentido profundo da vida e da fé.

O sacramento da Reconciliação

A bula sublinha o papel fundamental do sacramento da Confissão no caminho jubilar:

“As igrejas jubilares, ao longo dos percursos e em Roma, poderão ser oásis de espiritualidade onde é possível restaurar o caminho da fé e dessedentar-se nas fontes da esperança, a começar pelo sacramento da Reconciliação”. 5

A Reconciliação é o ponto de partida para uma verdadeira transformação interior, permitindo que o peregrino retorne ao caminho de Cristo com o coração purificado. Nesse sacramento, a esperança e o perdão encontram seu lugar mais pleno, restaurando a alma para novos passos na fé.

Trechos destacados da bula

Estes são alguns dos trechos mais marcantes da Bula Spes Non Confundit:

“A esperança nasce do amor e funda-se no amor que brota do Coração de Jesus trespassado na cruz” 2

A esperança cristã tem sua raiz no amor divino, revelada de forma plena na cruz de Cristo. Esse amor, que se oferece como sacrifício por todos, fundamenta a esperança, pois é eterno e imutável.

O Catecismo nos ensina que a esperança se baseia na confiança na promessa de Deus, que não falha. 6 Ao olhar para o Coração de Jesus, vemos a força que nos mantém firmes na confiança, mesmo nas adversidades.

“Gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança.” (Rm 5, 3-4) 3

O apóstolo Paulo nos ensina que as tribulações, longe de afastar-nos de Deus, podem nos aproximar dele, pois são ocasião para cultivar virtudes como a paciência e a firmeza. O sofrimento, quando vivido com fé, torna-se um meio de purificação e crescimento espiritual. 7

As tribulações ajudam a forjar nossa esperança, que se fortalece na confiança em Deus, que jamais abandona seus filhos, como podemos ler na Carta aos Romanos. 8

“O Ano Santo orientará o caminho rumo a outra data fundamental para todos os cristãos: em 2033, celebrar-se-ão os dois mil anos da Redenção”. 9

A Redenção é o mistério que dá sentido a toda a história humana. O Ano Santo, ao apontar para o jubileu de 2033, sublinha a importância de celebrarmos a obra da Redenção, que culmina na morte e ressurreição de Cristo.

A Igreja, no Catecismo, nos ensina que a Páscoa de Cristo é o centro da história da salvação e a chave para entender todo o plano divino. 10 Assim, o Ano Jubilar não só nos convida a refletir sobre a salvação, mas também nos prepara para o grande evento da Redenção, que será realizado em 2033.

Como acessar a bula completa?

Para acessar a bula completa e entender mais profundamente o chamado de Deus, através do convite do Papa com a proclamação deste Ano Santo, ela está disponível no site oficial do Vaticano. A leitura direta do documento proporciona uma experiência mais completa e enriquecedora, permitindo que cada cristão se aproxime do espírito do Jubileu. Este é um convite à reflexão pessoal e à renovação da fé, em um tempo de graça e reconciliação.

Acesse o site do Vaticano para explorar a bula na íntegra e mergulhar nesta convocação à conversão e a renovação da fé.

Referências

  1. Bula Spes Non Confundit, §1[]
  2. Bula Spes Non Confundit, §3[][][][][]
  3. Bula Spes Non Confundit, §4[][][][]
  4. Bula Spes Non Confundit , §3[]
  5. Bula Spes Non Confundit, §5[][][][][]
  6. CIC 1817[]
  7. CIC 1502[]
  8. Rm 5, 3-4[]
  9. Bula Spes Non Confundit, §6[]
  10. CIC 1067[]

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