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Já ouviu falar nos Milagres Eucarísticos? Saiba o que a Igreja diz sobre eles e conheça os mais famosos que temos documentado.
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Já ouviu falar nos Milagres Eucarísticos? Saiba o que a Igreja diz sobre eles e conheça os mais famosos que temos documentado.
A Fé Católica desde sempre professou e ensinou que uma hóstia consagrada por um sacerdote é verdadeiramente Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo. Este ensinamento perene do magistério da Igreja é o que coloca todos os fiéis em torno do Santo Sacrifício da Missa – ou seja, do ritual sacramental que atualiza o único sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, que, querendo permanecer com os homens de todos os tempos, se deu a si mesmo como verdadeira comida e verdadeira bebida.
Este centro da vida cristã, que move os fiéis a estarem em torno de Cristo eucarístico, e dele comungarem, é explicado teologicamente por um termo conhecido como transubstanciação: o milagre da transformação do pão e do vinho em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo.
Ao serem consagradas as espécies na Santa Missa, a substância delas (o pão e o vinho) é transformada em Corpo e Sangue de Cristo, porém ainda permanecendo com os seus acidentes, isto é, com as suas aparências de pão e vinho. Contudo, ao longo dos séculos houve diversos eventos na história da Igreja nos quais ocorreu também a transformação das aparências, a qual pôde ser vista por todos os fiéis, estando em alguns casos conservadas as espécies até hoje.
A esses casos extraordinários se deu o nome de milagres eucarísticos. Embora sejam raros, são muito bem documentados. Diversas exposições trazem uma descrição geral dos casos através da história. O Beato Carlo Acutis, inclusive, realizou durante a sua vida um belíssimo trabalho de mapeamento histórico e geográfico desses milagres, levantando o incrível número de 136 casos notórios, apresentados numa exposição virtual, que pode ser consultada pela internet.
Veja também: A Santa Missa ao longo da história.
O mais famoso e notório dos Milagres Eucarísticos é o de Lanciano, ocorrido em meados do século VIII, na cidade italiana de Lanciano. Enquanto celebrava a Missa na Igreja dos Santos Degonciano e Domiciano, um monge da Ordem de São Basílio, que andava descrente com a sua fé, notou que dentro do cálice da consagração o pão e vinho haviam se transformado em carne e sangue, fato que o fez cair em lágrimas, pedindo perdão a Deus.
O monge então anunciou o milagre aos fiéis, que exultaram em êxtase e adoraram Jesus presente na Eucaristia. Depois disso as relíquias foram postas em um tabernáculo de marfim até 1713, onde a carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o sangue em um cálice de cristal, onde se conservam até hoje.
Ainda no século passado, os Frades Menores Conventuais, que detêm a guarda das relíquias, pediram que cientistas analisassem o conteúdo delas. Os doutores Odoardo Linoli, chefe de serviço dos hospitais reunidos de Arezzo e livre docente de anatomia e histologia patológica, e Ruggero Bertelli, professor emérito de anatomia humana da Universidade de Siena, foram os responsáveis pela análise do material conservado.
Os laudos emitidos pelos dois foram publicados no dia 4 de março de 1971, doze séculos após a ocorrência do milagre. A conclusão foi a seguinte: “A carne é verdadeira carne, o sangue é verdadeiro sangue. A carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago). A carne e o sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes materiais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio. A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário”.
Após as investigações, os cientistas enviaram um telegrama aos Frades nos seguintes termos: “O verbo se fez carne!”. Fazendo referência ao Evangelho de São João, e admitindo a presença verdadeira de Cristo na Sagrada Eucaristia.
Outro caso bastante conhecido e notório é o Milagre Eucarístico de Santarém, cidade portuguesa não muito distante da capital Lisboa. O milagre ocorreu no dia 16 de fevereiro de 1247, quando uma dona de casa portuguesa, chamada Euvira, decidiu consultar uma bruxa para resolver os problemas de infidelidade em seu casamento.
A bruxa lhe disse que certamente poderia ajudá-la caso trouxesse uma hóstia consagrada como pagamento. A mulher, então, enganando o padre, tomou a hóstia em uma missa semanal e, sem que ninguém percebesse, envolveu-a em seu véu, que de imediato tomou-se inteiramente de um tom vermelho sangue. Desesperada, a mulher correu para a casa na Rua das Esteiras, perto da antiga Igreja de São Cristóvão, onde havia roubado a hóstia, e a colocou dentro de um pequeno baú que tinha em sua casa.
Ao acordar pela madrugada, ela e o marido depararam com uma visão espetacular: anjos adorando a hóstia que sangrava, enquanto uma luz sobrenatural resplandecia por todo o cômodo. Imediatamente contaram ao padre tudo o que havia acontecido, e ele, presenciando o milagre pela manhã, notificou as autoridades da Igreja para que começassem as investigações do caso.
As investigações duraram séculos, sendo intensificadas em 1340, quando foi aberto o sacrário onde ficava a relíquia do milagre, envolta em uma custódia feita de cera, para exposição aos fiéis. Mas ao fazerem isso, todos os presentes depararam com a custódia de cera completamente destruída, e a Sagrada Partícula envolta milagrosamente numa âmbula de cristal, configurando-se um segundo milagre.
Depois disso, as investigações duraram até 1612, quando finalmente todos os laudos provaram a autenticidade do milagre, que pode ser visto até hoje na antiga Igreja de São Cristóvão, a qual em abril de 1997 foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue, pelo Bispo de Santarém. A antiga casa da mulher também foi transformada em uma capela, conhecida como Ermida do Milagre, recebendo todos os anos a visita de milhares de fiéis.
Também vale a pena citar o caso do Milagre Eucarístico de Orvieto/Bolsena, ocorrido na Itália no ano de 1263, e que marcou o início da celebração da Festa de Corpus Christi.
O milagre ocorreu enquanto um padre chamado Pedro de Praga, da Boêmia, celebrava uma missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena. Após a consagração da Sagrada Partícula, o padre e todos os presentes foram tomados pela surpresa de verem gotas de sangue caindo sobre o corporal.
O Papa Urbano IV, que vivia em Orvieto, cidade muito próxima de Bolsena, pediu que fossem levadas as relíquias até a sua cidade, o que foi feito por uma multidão em procissão. Na entrada da cidade, o Papa foi ao encontro da procissão e, após ver com seus próprios olhos o milagre, proclamou: “Corpus Christi!”.
Em 8 de agosto de 1264, cerca de um ano após o ocorrido, o Papa Urbano IV promulgou, através da bula Transiturus de hoc mundo, que todos os anos, na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa do Corpo do Senhor, intitulada Corpus Christi. E com isso foi oficialmente introduzida a festa no calendário litúrgico da Igreja. O seu ofício de celebração foi composto pelo doutor angélico, Santo Tomás de Aquino, a pedido do próprio Papa Urbano IV: o belíssimo Lauda Sion Salvatorem, até hoje cantado pelos fiéis ao redor do mundo.
Milagre Eucarístico de Orvieto
Seguindo ainda com esses casos notórios na Itália, é mister que se conheça o Milagre Eucarístico de Ferrara e o Milagre Eucarístico de Offida. O primeiro, ocorrido em 28 de março de 1171, na Basílica de Santa Maria in Vado. A este milagre se atribui uma importância especial, por conta de todo o contexto no qual a Cristandade se encontrava naquela época, em luta contra a heresia de Berengário de Tours, que negava a presença real de Cristo na Eucaristia.
Aconteceu que, na Páscoa daquele ano, um padre chamado Pedro de Verona celebrava a Missa e, no momento de partir a hóstia, após a consagração, ela se tornou carne e despejou um fluxo de sangue na parte superior do altar, que pode ser vista até os dias de hoje. Diversos documentos foram encontrados narrando o fato, dentre eles uma descrição por parte do Cardeal Migliatori (1404), e também uma bula de Eugênio IV (1442), todas originais e encontradas em Roma no último século.
Milagre Eucarístico de Ferrara
Já o segundo dos milagres eucarísticos, o Milagre Eucarístico de Offida, ou também chamado de Segundo Milagre de Lanciano, ocorreu em 1273, mais um vez em Lanciano. Uma mulher, chamada Ricciarela, roubou uma hóstia a mando de uma feiticeira, que lhe disse para pô-la no fogo e espalhar as cinzas na refeição do marido, com a intenção de que a relação entre o casal melhorasse. Entretanto, quando posta no fogo, a hóstia começou a transbordar sangue, e suas bordas se transformaram em carne.
Em desespero, a mulher acabou enterrando a hóstia envolta numa malha no estábulo, para que o marido não a descobrisse. O que ela não esperava é que uma série de eventos estranhos começasse a acontecer, como o caso dos animais que, passando por lá, ao entrarem no estábulo, reverenciavam e se prostravam em direção do local onde a hóstia havia sido enterrada.
Passados sete anos, a mulher, sentindo-se muito culpada, confessou o seu pecado ao Padre Diotallevi, pertencente à Ordem de Santo Agostinho, cuja sede ficava em Offida. O padre, escandalizado com o ocorrido, foi com a mulher até a sua casa e desenterrou a hóstia. Para a surpresa deles, encontrava-se completamente incorrupta. O padre então transferiu as relíquias com todo o cuidado para a Igreja de Santo Agostinho em Offida. A igreja passou então a ser considerada Santuário do Milagre Eucarístico.
A hóstia se conserva lá até os dias atuais, onde é exposta todos os anos para veneração dos fiéis. Além disso, a telha usada para apoiar a hóstia que seria queimada, e a toalha onde a mulher envolveu a hóstia ao enterrá-la, ambas com resquícios de sangue, estão expostas publicamente numa capela anexa ao Santuário.
Veja também: Eucaristia — o pulsar do coração de Cristo.
O livro “Milagres Eucarísticos” é uma das poucas obras que reúne, com detalhes, os acontecimentos sobrenaturais com o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar. Além de esmiuçar cada um dos milagres relatados, o autor apresenta os fenômenos sobrenaturais que alguns santos tiveram com a Sagrada Comunhão. De fato, esta é uma obra que nos ajuda, através dos sentidos, a crer e amar ainda mais a Divina Eucaristia.
Esta é uma edição exclusiva dos assinantes da Minha Biblioteca Católica. Saiba mais sobre o clube.
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Já ouviu falar nos Milagres Eucarísticos? Saiba o que a Igreja diz sobre eles e conheça os mais famosos que temos documentado.
A Fé Católica desde sempre professou e ensinou que uma hóstia consagrada por um sacerdote é verdadeiramente Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo. Este ensinamento perene do magistério da Igreja é o que coloca todos os fiéis em torno do Santo Sacrifício da Missa – ou seja, do ritual sacramental que atualiza o único sacrifício de Jesus Cristo na Cruz, que, querendo permanecer com os homens de todos os tempos, se deu a si mesmo como verdadeira comida e verdadeira bebida.
Este centro da vida cristã, que move os fiéis a estarem em torno de Cristo eucarístico, e dele comungarem, é explicado teologicamente por um termo conhecido como transubstanciação: o milagre da transformação do pão e do vinho em Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo.
Ao serem consagradas as espécies na Santa Missa, a substância delas (o pão e o vinho) é transformada em Corpo e Sangue de Cristo, porém ainda permanecendo com os seus acidentes, isto é, com as suas aparências de pão e vinho. Contudo, ao longo dos séculos houve diversos eventos na história da Igreja nos quais ocorreu também a transformação das aparências, a qual pôde ser vista por todos os fiéis, estando em alguns casos conservadas as espécies até hoje.
A esses casos extraordinários se deu o nome de milagres eucarísticos. Embora sejam raros, são muito bem documentados. Diversas exposições trazem uma descrição geral dos casos através da história. O Beato Carlo Acutis, inclusive, realizou durante a sua vida um belíssimo trabalho de mapeamento histórico e geográfico desses milagres, levantando o incrível número de 136 casos notórios, apresentados numa exposição virtual, que pode ser consultada pela internet.
Veja também: A Santa Missa ao longo da história.
O mais famoso e notório dos Milagres Eucarísticos é o de Lanciano, ocorrido em meados do século VIII, na cidade italiana de Lanciano. Enquanto celebrava a Missa na Igreja dos Santos Degonciano e Domiciano, um monge da Ordem de São Basílio, que andava descrente com a sua fé, notou que dentro do cálice da consagração o pão e vinho haviam se transformado em carne e sangue, fato que o fez cair em lágrimas, pedindo perdão a Deus.
O monge então anunciou o milagre aos fiéis, que exultaram em êxtase e adoraram Jesus presente na Eucaristia. Depois disso as relíquias foram postas em um tabernáculo de marfim até 1713, onde a carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o sangue em um cálice de cristal, onde se conservam até hoje.
Ainda no século passado, os Frades Menores Conventuais, que detêm a guarda das relíquias, pediram que cientistas analisassem o conteúdo delas. Os doutores Odoardo Linoli, chefe de serviço dos hospitais reunidos de Arezzo e livre docente de anatomia e histologia patológica, e Ruggero Bertelli, professor emérito de anatomia humana da Universidade de Siena, foram os responsáveis pela análise do material conservado.
Os laudos emitidos pelos dois foram publicados no dia 4 de março de 1971, doze séculos após a ocorrência do milagre. A conclusão foi a seguinte: “A carne é verdadeira carne, o sangue é verdadeiro sangue. A carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago). A carne e o sangue são do mesmo tipo sanguíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes materiais: cloretos, fósforos, magnésio, potássio, sódio e cálcio. A conservação da carne e do sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário”.
Após as investigações, os cientistas enviaram um telegrama aos Frades nos seguintes termos: “O verbo se fez carne!”. Fazendo referência ao Evangelho de São João, e admitindo a presença verdadeira de Cristo na Sagrada Eucaristia.
Outro caso bastante conhecido e notório é o Milagre Eucarístico de Santarém, cidade portuguesa não muito distante da capital Lisboa. O milagre ocorreu no dia 16 de fevereiro de 1247, quando uma dona de casa portuguesa, chamada Euvira, decidiu consultar uma bruxa para resolver os problemas de infidelidade em seu casamento.
A bruxa lhe disse que certamente poderia ajudá-la caso trouxesse uma hóstia consagrada como pagamento. A mulher, então, enganando o padre, tomou a hóstia em uma missa semanal e, sem que ninguém percebesse, envolveu-a em seu véu, que de imediato tomou-se inteiramente de um tom vermelho sangue. Desesperada, a mulher correu para a casa na Rua das Esteiras, perto da antiga Igreja de São Cristóvão, onde havia roubado a hóstia, e a colocou dentro de um pequeno baú que tinha em sua casa.
Ao acordar pela madrugada, ela e o marido depararam com uma visão espetacular: anjos adorando a hóstia que sangrava, enquanto uma luz sobrenatural resplandecia por todo o cômodo. Imediatamente contaram ao padre tudo o que havia acontecido, e ele, presenciando o milagre pela manhã, notificou as autoridades da Igreja para que começassem as investigações do caso.
As investigações duraram séculos, sendo intensificadas em 1340, quando foi aberto o sacrário onde ficava a relíquia do milagre, envolta em uma custódia feita de cera, para exposição aos fiéis. Mas ao fazerem isso, todos os presentes depararam com a custódia de cera completamente destruída, e a Sagrada Partícula envolta milagrosamente numa âmbula de cristal, configurando-se um segundo milagre.
Depois disso, as investigações duraram até 1612, quando finalmente todos os laudos provaram a autenticidade do milagre, que pode ser visto até hoje na antiga Igreja de São Cristóvão, a qual em abril de 1997 foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue, pelo Bispo de Santarém. A antiga casa da mulher também foi transformada em uma capela, conhecida como Ermida do Milagre, recebendo todos os anos a visita de milhares de fiéis.
Também vale a pena citar o caso do Milagre Eucarístico de Orvieto/Bolsena, ocorrido na Itália no ano de 1263, e que marcou o início da celebração da Festa de Corpus Christi.
O milagre ocorreu enquanto um padre chamado Pedro de Praga, da Boêmia, celebrava uma missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena. Após a consagração da Sagrada Partícula, o padre e todos os presentes foram tomados pela surpresa de verem gotas de sangue caindo sobre o corporal.
O Papa Urbano IV, que vivia em Orvieto, cidade muito próxima de Bolsena, pediu que fossem levadas as relíquias até a sua cidade, o que foi feito por uma multidão em procissão. Na entrada da cidade, o Papa foi ao encontro da procissão e, após ver com seus próprios olhos o milagre, proclamou: “Corpus Christi!”.
Em 8 de agosto de 1264, cerca de um ano após o ocorrido, o Papa Urbano IV promulgou, através da bula Transiturus de hoc mundo, que todos os anos, na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa do Corpo do Senhor, intitulada Corpus Christi. E com isso foi oficialmente introduzida a festa no calendário litúrgico da Igreja. O seu ofício de celebração foi composto pelo doutor angélico, Santo Tomás de Aquino, a pedido do próprio Papa Urbano IV: o belíssimo Lauda Sion Salvatorem, até hoje cantado pelos fiéis ao redor do mundo.
Milagre Eucarístico de Orvieto
Seguindo ainda com esses casos notórios na Itália, é mister que se conheça o Milagre Eucarístico de Ferrara e o Milagre Eucarístico de Offida. O primeiro, ocorrido em 28 de março de 1171, na Basílica de Santa Maria in Vado. A este milagre se atribui uma importância especial, por conta de todo o contexto no qual a Cristandade se encontrava naquela época, em luta contra a heresia de Berengário de Tours, que negava a presença real de Cristo na Eucaristia.
Aconteceu que, na Páscoa daquele ano, um padre chamado Pedro de Verona celebrava a Missa e, no momento de partir a hóstia, após a consagração, ela se tornou carne e despejou um fluxo de sangue na parte superior do altar, que pode ser vista até os dias de hoje. Diversos documentos foram encontrados narrando o fato, dentre eles uma descrição por parte do Cardeal Migliatori (1404), e também uma bula de Eugênio IV (1442), todas originais e encontradas em Roma no último século.
Milagre Eucarístico de Ferrara
Já o segundo dos milagres eucarísticos, o Milagre Eucarístico de Offida, ou também chamado de Segundo Milagre de Lanciano, ocorreu em 1273, mais um vez em Lanciano. Uma mulher, chamada Ricciarela, roubou uma hóstia a mando de uma feiticeira, que lhe disse para pô-la no fogo e espalhar as cinzas na refeição do marido, com a intenção de que a relação entre o casal melhorasse. Entretanto, quando posta no fogo, a hóstia começou a transbordar sangue, e suas bordas se transformaram em carne.
Em desespero, a mulher acabou enterrando a hóstia envolta numa malha no estábulo, para que o marido não a descobrisse. O que ela não esperava é que uma série de eventos estranhos começasse a acontecer, como o caso dos animais que, passando por lá, ao entrarem no estábulo, reverenciavam e se prostravam em direção do local onde a hóstia havia sido enterrada.
Passados sete anos, a mulher, sentindo-se muito culpada, confessou o seu pecado ao Padre Diotallevi, pertencente à Ordem de Santo Agostinho, cuja sede ficava em Offida. O padre, escandalizado com o ocorrido, foi com a mulher até a sua casa e desenterrou a hóstia. Para a surpresa deles, encontrava-se completamente incorrupta. O padre então transferiu as relíquias com todo o cuidado para a Igreja de Santo Agostinho em Offida. A igreja passou então a ser considerada Santuário do Milagre Eucarístico.
A hóstia se conserva lá até os dias atuais, onde é exposta todos os anos para veneração dos fiéis. Além disso, a telha usada para apoiar a hóstia que seria queimada, e a toalha onde a mulher envolveu a hóstia ao enterrá-la, ambas com resquícios de sangue, estão expostas publicamente numa capela anexa ao Santuário.
Veja também: Eucaristia — o pulsar do coração de Cristo.
O livro “Milagres Eucarísticos” é uma das poucas obras que reúne, com detalhes, os acontecimentos sobrenaturais com o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar. Além de esmiuçar cada um dos milagres relatados, o autor apresenta os fenômenos sobrenaturais que alguns santos tiveram com a Sagrada Comunhão. De fato, esta é uma obra que nos ajuda, através dos sentidos, a crer e amar ainda mais a Divina Eucaristia.
Esta é uma edição exclusiva dos assinantes da Minha Biblioteca Católica. Saiba mais sobre o clube.