Formação

Não tomar seu santo nome em vão: o 2° Mandamento

Saiba o que significa não tomar seu santo nome em vão, quais pecados atentam contra o segundo mandamento e o que a Igreja ensina sobre ele.

Não tomar seu santo nome em vão: o 2° Mandamento
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Não tomar seu santo nome em vão: o 2° Mandamento

Saiba o que significa não tomar seu santo nome em vão, quais pecados atentam contra o segundo mandamento e o que a Igreja ensina sobre ele.

Data da Publicação: 03/09/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 03/09/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

O segundo mandamento exige que honremos o nome do Senhor, não tomar seu santo nome em vão, reconhecendo a sua santidade, pois Ele mesmo o revelou àqueles que creem. Esta instrução também orienta o uso apropriado da palavra em relação às coisas sagradas. E assim como demonstramos respeito pela presença de Deus, também devemos agir com a mesma reverência e discrição ao mencionar o Seu nome. Dessa forma, este mandamento proíbe ações como o perjúrio e o falso juramento.

Neste artigo, exploraremos as condutas que violam o segundo mandamento e examinaremos o ensinamento da Igreja sobre ele. Ademais, consideraremos as reflexões de Santo Tomás de Aquino que abordam as questões relacionadas ao pecado contra este mandamento e a maneira apropriada de usar o nome de Deus.

Os 10 Mandamentos

“Se amares o teu Deus, andares nos seus caminhos e guardares os seus mandamentos, leis e costumes, viverás e multiplicar-te-ás.” 1 

Os dez mandamentos são para nós um caminho de vida, de vida eterna e vida em abundância. Desde a criação, Deus os gravou no coração do homem — o que chamamos de lei natural —, no entanto o pecado obscureceu a sua razão, de modo que também a sua carne e a sua vontade não mais se inclinam totalmente ao bem. 

Tabua dos mandamentos que contém Não tomar seu santo nome em vão.

Então, por mais que desejemos o bem, ainda somos inclinados ao mal, por causa da concupiscência. Sendo assim, a lei da Escritura se fez necessária2, Deus revelou o Decálogo ao Seu povo na montanha, escrevendo-o com seu próprio Dedo em tábuas de pedra. 3

Confira um texto completo sobre os 10 mandamentos aqui.

Não tomar seu santo nome em vão nas Escrituras

O segundo mandamento é uma das dez leis fundamentais dadas por Deus aos filhos de Israel, registradas tanto no livro do Êxodo quanto no do Deuteronômio. Essa proibição visa preservar a santidade do nome de Deus e orientar os fiéis a tratar o nome divino com respeito e reverência.

No livro do Êxodo, este mandamento encontra-se da seguinte forma “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em prova de falsi­dade, porque o Senhor não dei­xa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro.” 4 Esta versão do mandamento destaca a seriedade de usar o nome de Deus de maneira leviana ou sem respeito, indicando que quem o fizer será punido.

“Não pronunciarás em vão o nome do Senhor, teu Deus; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tiver pronunciado em vão o seu nome.” 5 Neste contexto, Moisés relembra os mandamentos ao povo de Israel antes de entrar na Terra Prometida. Sendo assim, a versão do Deuteronômio ecoa a mesma proibição do livro do Êxodo, enfatizando mais uma vez que aqueles que profanam o nome de Deus não serão considerados inocentes diante dele. 

Embora o segundo mandamento não seja diretamente citado no Novo Testamento, os princípios de reverência, respeito e santidade associados ao nome de Deus são abordados de maneira consistente ao longo dos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. No Evangelho de Mateus, Jesus fala sobre a questão dos juramentos e a importância de manter a palavra 6, essa instrução está alinhada com o princípio de não usar o nome de Deus de forma leviana. 

Além disso, na oração do Pai Nosso 7 há uma ênfase na santificação do nome de Deus: “Santificado seja o Teu nome.” A maneira como Jesus se relacionava com Deus e se referia a Ele também demonstrava um profundo respeito pelo nome divino.

O que a Igreja ensina sobre Não tomar seu santo nome em vão?

O nome do Senhor é Santo

O nome de Deus é sagrado e revelado aos que creem nele, exigindo uso reverente. Deve ser lembrado com adoração e só usado para louvor. 8 Respeitar Seu nome reflete a reverência devida a Ele e ao que Ele representa. Isso deriva da virtude da religião e envolve sentimentos de temor e sacralidade que teríamos na presença divina. Acreditando em Sua presença, devemos manter esses sentimentos também em relação ao Seu nome. 9

Os fiéis devem testemunhar o nome do Senhor corajosamente, confessando sua fé sem medo, além de pregar e catequizar com profundo respeito ao nome do Senhor. 10 Ademais, o segundo mandamento proíbe o uso inadequado do nome divino, incluindo o de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos11

As promessas feitas em nome de Deus envolvem Sua honra e devem ser cumpridas, por isso desrespeitá-las é abusar do nome de Deus. 12 Também a blasfêmia é uma oposição direta ao segundo mandamento, pois consiste em palavras de ódio ou desrespeito a Deus, à Igreja, aos santos e ao sagrado. Usar o nome de Deus para justificar crimes também é blasfêmia e, portanto, pecado grave. 13

Por fim, os juramentos que invocam o nome de Deus demonstram falta de respeito, e o uso mágico do nome divino também é proibido. Assim, o nome de Deus deve ser sempre pronunciado com reverência à Sua grandeza e santidade. 14

O nome do Senhor pronunciado em vão

Jurar em falso atenta contra o segundo mandamento. 15. Isso significa que quando fazemos um juramento, estamos invocando Deus como testemunha da verdade do que afirmamos. 15.

O respeito por esse mandamento é um dever fundamental para com Deus, pois Ele é a própria fonte da verdade. A palavra humana está intrinsecamente ligada à verdade divina, portanto um juramento verdadeiro e legítimo fortalece a relação da palavra humana com a verdade de Deus. Ao contrário, um juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira, profanando Seu nome. 16

O perjúrio ocorre quando alguém faz um juramento sem a intenção de cumpri-lo ou quando, após prestar juramento, não cumpre o que prometeu. Isso também é uma séria falta de respeito pelo Senhor e atenta contra a santidade de Seu nome, assim como comprometer-se sob juramento a praticar uma ação má. 17

Jesus também abordou o segundo mandamento no Sermão da Montanha, destacando que todo juramento envolve uma referência a Deus. Ele enfatizou que a presença de Deus e Sua verdade devem ser honradas em todas as palavras. 18 A Tradição da Igreja segue o exemplo de São Paulo, entendendo que o juramento é permitido em casos graves e justos, como em tribunal. No entanto, é essencial que o juramento seja feito com verdade, discernimento e justiça 19.

É importante lembrar que quando autoridades civis ilegítimas exigem juramentos, estes podem ser recusados, especialmente se forem solicitados para fins contrários à dignidade humana ou à comunhão da Igreja. 20

O nome cristão

O segundo mandamento também influencia a perspectiva do nome cristão. 21 No sacramento do Batismo, conferido “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” 22, o nome do Senhor santifica o indivíduo, e os cristãos recebem seus nomes na Igreja. Esse nome pode ser o de um santo, alguém que viveu em fidelidade exemplar ao Senhor, a fim de oferecer um modelo de caridade e intercessão. Além disso, o “nome de batismo” pode expressar um mistério cristão ou virtude. 21.

Os cristãos começam seu dia, suas orações e atividades fazendo o sinal da cruz — “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo “ —, ao fazer isso, consagram o dia à glória de Deus e invocam a graça do Salvador, capacitando-os a agir no Espírito como filhos do Pai. O sinal da cruz também traz fortalecimento durante tentações e dificuldades. 23

Deus chama cada pessoa pelo seu nome, tornando cada nome sagrado; o nome é uma imagem da pessoa. Assim, exige respeito como um sinal da dignidade da identidade de alguém 24, uma vez que o nome recebido pelo cristão é um nome de eternidade. 25 

Santo Tomás de Aquino sobre o mandamento Não tomar seu santo nome em vão

Santo Tomás de Aquino

Na sua catequese sobre os mandamentos, Santo Tomás de Aquino aborda diversos aspectos relacionados ao mandamento Não tomar seu santo nome em vão. Em primeiro lugar, ele ressalta que utilizar o nome divino para sustentar falsidades constitui um perjúrio, que compromete tanto a relação com Deus quanto com os outros. Em seguida, ele destaca que invocar o nome de Deus para confirmar questões fúteis ou sem importância também está em desacordo com o mandamento. Além disso, Santo Tomás explora como a tentativa de justificar ações pecaminosas ou injustas usando o nome de Deus também viola este preceito.

O Doutor Angélico discute ainda a importância dos juramentos, destacando que devem ser empregados apenas quando necessários, feitos com verdade, discernimento e justiça. Ele adverte sobre a seriedade de fazer juramentos falsos ou desnecessários, que não apenas ofendem a Deus, mas também prejudicam a confiança nas relações humanas.

Além disso, Santo Tomás explora a variedade de maneiras pelas quais os cristãos invocam o nome de Deus, incluindo para confirmar, santificar, expulsar o mal, confessar, proteger e ao completar nossas obras. Ele evidencia a importância de invocar o nome de Deus com fé genuína, respeito apropriado, efetiva proteção e justificação correta, caso contrário, o ato se torna vazio.

A perspectiva de Santo Tomás ressalta a importância de usar o nome de Deus com reverência, sinceridade e sabedoria, lembrando-nos de que o nome divino deve ser invocado com o devido respeito e intenção adequada, evitando usos desnecessários, inadequados e vazios.

Saiba mais sobre a vida e o pensamento de Santo Tomás de Aquino.

Como se aprofundar no estudo dos 10 Mandamentos?

Se você se interessou pelo tema dos 10 Mandamentos e gostaria de se aprofundar nele, Santo Tomás de Aquino deu algumas catequeses sobre cada um dos mandamentos, incluindo amar a Deus sobre todas as coisas. A obra Catequeses de Santo Tomás reúne não só essas catequeses, como também sermões do santo sobre o Pai Nosso, a Ave Maria, os Sacramentos e o Credo. Para saber como adquirir essa obra, acesse: Catequeses de Santo Tomás.

catequeses de santo tomás contém Não tomar seu santo nome em vão

Referências

  1. Dt 30, 16[]
  2. Santo Tomás de Aquino, Catequeses. Tradução: Tiago Gadotti — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2023., p.152[]
  3. CIC, 2056[]
  4. Ex 20, 7[]
  5. Dt 5, 11[]
  6. Mateus 5, 33-37[]
  7. Mateus 6, 9-13[]
  8. CIC, 2143[]
  9. CIC, 2144[]
  10. CIC, 2145[]
  11. CIC, 2146[]
  12. CIC, 2147[]
  13. CIC, 2148[]
  14. CIC, 2149[]
  15. CIC, 2150[][]
  16. CIC, 2151[]
  17. CIC, 2152[]
  18. CIC, 2153[]
  19. CIC, 2154[]
  20. CIC, 2155[]
  21. CIC, 2156[][]
  22. Mt 28, 19[]
  23. CIC, 2157[]
  24. CIC, 2158[]
  25. CIC, 2159[]
Redação MBC

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O que você vai encontrar neste artigo?

O segundo mandamento exige que honremos o nome do Senhor, não tomar seu santo nome em vão, reconhecendo a sua santidade, pois Ele mesmo o revelou àqueles que creem. Esta instrução também orienta o uso apropriado da palavra em relação às coisas sagradas. E assim como demonstramos respeito pela presença de Deus, também devemos agir com a mesma reverência e discrição ao mencionar o Seu nome. Dessa forma, este mandamento proíbe ações como o perjúrio e o falso juramento.

Neste artigo, exploraremos as condutas que violam o segundo mandamento e examinaremos o ensinamento da Igreja sobre ele. Ademais, consideraremos as reflexões de Santo Tomás de Aquino que abordam as questões relacionadas ao pecado contra este mandamento e a maneira apropriada de usar o nome de Deus.

Os 10 Mandamentos

“Se amares o teu Deus, andares nos seus caminhos e guardares os seus mandamentos, leis e costumes, viverás e multiplicar-te-ás.” 1 

Os dez mandamentos são para nós um caminho de vida, de vida eterna e vida em abundância. Desde a criação, Deus os gravou no coração do homem — o que chamamos de lei natural —, no entanto o pecado obscureceu a sua razão, de modo que também a sua carne e a sua vontade não mais se inclinam totalmente ao bem. 

Tabua dos mandamentos que contém Não tomar seu santo nome em vão.

Então, por mais que desejemos o bem, ainda somos inclinados ao mal, por causa da concupiscência. Sendo assim, a lei da Escritura se fez necessária2, Deus revelou o Decálogo ao Seu povo na montanha, escrevendo-o com seu próprio Dedo em tábuas de pedra. 3

Confira um texto completo sobre os 10 mandamentos aqui.

Não tomar seu santo nome em vão nas Escrituras

O segundo mandamento é uma das dez leis fundamentais dadas por Deus aos filhos de Israel, registradas tanto no livro do Êxodo quanto no do Deuteronômio. Essa proibição visa preservar a santidade do nome de Deus e orientar os fiéis a tratar o nome divino com respeito e reverência.

No livro do Êxodo, este mandamento encontra-se da seguinte forma “Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em prova de falsi­dade, porque o Senhor não dei­xa impune aquele que pronuncia o seu nome em favor do erro.” 4 Esta versão do mandamento destaca a seriedade de usar o nome de Deus de maneira leviana ou sem respeito, indicando que quem o fizer será punido.

“Não pronunciarás em vão o nome do Senhor, teu Deus; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tiver pronunciado em vão o seu nome.” 5 Neste contexto, Moisés relembra os mandamentos ao povo de Israel antes de entrar na Terra Prometida. Sendo assim, a versão do Deuteronômio ecoa a mesma proibição do livro do Êxodo, enfatizando mais uma vez que aqueles que profanam o nome de Deus não serão considerados inocentes diante dele. 

Embora o segundo mandamento não seja diretamente citado no Novo Testamento, os princípios de reverência, respeito e santidade associados ao nome de Deus são abordados de maneira consistente ao longo dos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos. No Evangelho de Mateus, Jesus fala sobre a questão dos juramentos e a importância de manter a palavra 6, essa instrução está alinhada com o princípio de não usar o nome de Deus de forma leviana. 

Além disso, na oração do Pai Nosso 7 há uma ênfase na santificação do nome de Deus: “Santificado seja o Teu nome.” A maneira como Jesus se relacionava com Deus e se referia a Ele também demonstrava um profundo respeito pelo nome divino.

O que a Igreja ensina sobre Não tomar seu santo nome em vão?

O nome do Senhor é Santo

O nome de Deus é sagrado e revelado aos que creem nele, exigindo uso reverente. Deve ser lembrado com adoração e só usado para louvor. 8 Respeitar Seu nome reflete a reverência devida a Ele e ao que Ele representa. Isso deriva da virtude da religião e envolve sentimentos de temor e sacralidade que teríamos na presença divina. Acreditando em Sua presença, devemos manter esses sentimentos também em relação ao Seu nome. 9

Os fiéis devem testemunhar o nome do Senhor corajosamente, confessando sua fé sem medo, além de pregar e catequizar com profundo respeito ao nome do Senhor. 10 Ademais, o segundo mandamento proíbe o uso inadequado do nome divino, incluindo o de Jesus Cristo, da Virgem Maria e dos santos11

As promessas feitas em nome de Deus envolvem Sua honra e devem ser cumpridas, por isso desrespeitá-las é abusar do nome de Deus. 12 Também a blasfêmia é uma oposição direta ao segundo mandamento, pois consiste em palavras de ódio ou desrespeito a Deus, à Igreja, aos santos e ao sagrado. Usar o nome de Deus para justificar crimes também é blasfêmia e, portanto, pecado grave. 13

Por fim, os juramentos que invocam o nome de Deus demonstram falta de respeito, e o uso mágico do nome divino também é proibido. Assim, o nome de Deus deve ser sempre pronunciado com reverência à Sua grandeza e santidade. 14

O nome do Senhor pronunciado em vão

Jurar em falso atenta contra o segundo mandamento. 15. Isso significa que quando fazemos um juramento, estamos invocando Deus como testemunha da verdade do que afirmamos. 15.

O respeito por esse mandamento é um dever fundamental para com Deus, pois Ele é a própria fonte da verdade. A palavra humana está intrinsecamente ligada à verdade divina, portanto um juramento verdadeiro e legítimo fortalece a relação da palavra humana com a verdade de Deus. Ao contrário, um juramento falso invoca Deus como testemunha de uma mentira, profanando Seu nome. 16

O perjúrio ocorre quando alguém faz um juramento sem a intenção de cumpri-lo ou quando, após prestar juramento, não cumpre o que prometeu. Isso também é uma séria falta de respeito pelo Senhor e atenta contra a santidade de Seu nome, assim como comprometer-se sob juramento a praticar uma ação má. 17

Jesus também abordou o segundo mandamento no Sermão da Montanha, destacando que todo juramento envolve uma referência a Deus. Ele enfatizou que a presença de Deus e Sua verdade devem ser honradas em todas as palavras. 18 A Tradição da Igreja segue o exemplo de São Paulo, entendendo que o juramento é permitido em casos graves e justos, como em tribunal. No entanto, é essencial que o juramento seja feito com verdade, discernimento e justiça 19.

É importante lembrar que quando autoridades civis ilegítimas exigem juramentos, estes podem ser recusados, especialmente se forem solicitados para fins contrários à dignidade humana ou à comunhão da Igreja. 20

O nome cristão

O segundo mandamento também influencia a perspectiva do nome cristão. 21 No sacramento do Batismo, conferido “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” 22, o nome do Senhor santifica o indivíduo, e os cristãos recebem seus nomes na Igreja. Esse nome pode ser o de um santo, alguém que viveu em fidelidade exemplar ao Senhor, a fim de oferecer um modelo de caridade e intercessão. Além disso, o “nome de batismo” pode expressar um mistério cristão ou virtude. 21.

Os cristãos começam seu dia, suas orações e atividades fazendo o sinal da cruz — “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo “ —, ao fazer isso, consagram o dia à glória de Deus e invocam a graça do Salvador, capacitando-os a agir no Espírito como filhos do Pai. O sinal da cruz também traz fortalecimento durante tentações e dificuldades. 23

Deus chama cada pessoa pelo seu nome, tornando cada nome sagrado; o nome é uma imagem da pessoa. Assim, exige respeito como um sinal da dignidade da identidade de alguém 24, uma vez que o nome recebido pelo cristão é um nome de eternidade. 25 

Santo Tomás de Aquino sobre o mandamento Não tomar seu santo nome em vão

Santo Tomás de Aquino

Na sua catequese sobre os mandamentos, Santo Tomás de Aquino aborda diversos aspectos relacionados ao mandamento Não tomar seu santo nome em vão. Em primeiro lugar, ele ressalta que utilizar o nome divino para sustentar falsidades constitui um perjúrio, que compromete tanto a relação com Deus quanto com os outros. Em seguida, ele destaca que invocar o nome de Deus para confirmar questões fúteis ou sem importância também está em desacordo com o mandamento. Além disso, Santo Tomás explora como a tentativa de justificar ações pecaminosas ou injustas usando o nome de Deus também viola este preceito.

O Doutor Angélico discute ainda a importância dos juramentos, destacando que devem ser empregados apenas quando necessários, feitos com verdade, discernimento e justiça. Ele adverte sobre a seriedade de fazer juramentos falsos ou desnecessários, que não apenas ofendem a Deus, mas também prejudicam a confiança nas relações humanas.

Além disso, Santo Tomás explora a variedade de maneiras pelas quais os cristãos invocam o nome de Deus, incluindo para confirmar, santificar, expulsar o mal, confessar, proteger e ao completar nossas obras. Ele evidencia a importância de invocar o nome de Deus com fé genuína, respeito apropriado, efetiva proteção e justificação correta, caso contrário, o ato se torna vazio.

A perspectiva de Santo Tomás ressalta a importância de usar o nome de Deus com reverência, sinceridade e sabedoria, lembrando-nos de que o nome divino deve ser invocado com o devido respeito e intenção adequada, evitando usos desnecessários, inadequados e vazios.

Saiba mais sobre a vida e o pensamento de Santo Tomás de Aquino.

Como se aprofundar no estudo dos 10 Mandamentos?

Se você se interessou pelo tema dos 10 Mandamentos e gostaria de se aprofundar nele, Santo Tomás de Aquino deu algumas catequeses sobre cada um dos mandamentos, incluindo amar a Deus sobre todas as coisas. A obra Catequeses de Santo Tomás reúne não só essas catequeses, como também sermões do santo sobre o Pai Nosso, a Ave Maria, os Sacramentos e o Credo. Para saber como adquirir essa obra, acesse: Catequeses de Santo Tomás.

catequeses de santo tomás contém Não tomar seu santo nome em vão

Referências

  1. Dt 30, 16[]
  2. Santo Tomás de Aquino, Catequeses. Tradução: Tiago Gadotti — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2023., p.152[]
  3. CIC, 2056[]
  4. Ex 20, 7[]
  5. Dt 5, 11[]
  6. Mateus 5, 33-37[]
  7. Mateus 6, 9-13[]
  8. CIC, 2143[]
  9. CIC, 2144[]
  10. CIC, 2145[]
  11. CIC, 2146[]
  12. CIC, 2147[]
  13. CIC, 2148[]
  14. CIC, 2149[]
  15. CIC, 2150[][]
  16. CIC, 2151[]
  17. CIC, 2152[]
  18. CIC, 2153[]
  19. CIC, 2154[]
  20. CIC, 2155[]
  21. CIC, 2156[][]
  22. Mt 28, 19[]
  23. CIC, 2157[]
  24. CIC, 2158[]
  25. CIC, 2159[]

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