Neste dia Internacional da Mulher, convidamos você a conhecer mais sobre algumas santas mulheres, que são inspiração para a Igreja e para o mundo, e trazemos a importância do “ser mulher”, a partir da ótica apresentada por São João Paulo II em sua Carta Apostólica “Mulieris Dignitatem“.1
Afinal, como nos lembra o pontífice, não foi nela e por seu meio que se operou o que há de maior na história do homem sobre a terra: o evento pelo qual Deus mesmo se fez homem?
O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março e para nós, católicos, esse dia deve ser de reflexão sobre o que verdadeiramente significa ser mulher. Por isso, nesse tópico, abordaremos o que é feminilidade, qual a sua importância e por que ela se contrapõe ao feminismo.
Antes, porém, vale lembrar a origem desta data, que nasce a partir da marcha realizada por 15 mil mulheres em 1908, pela cidade de Nova York. Suas bandeiras eram salários melhores, direito ao voto e redução nas jornadas de trabalho.
No ano seguinte, foi declarado o primeiro Dia Nacional das Mulheres, pelo Partido Socialista da América. Entretanto, a data tornou-se internacional somente em 1975, quando foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta partiu da ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres, Clara Zetkin.
Infelizmente, hoje a data é marcada por protestos de ativistas feministas que, longe de enaltecer a importância da mulher e sua dignidade, buscam a desconstrução da identidade feminina, com o pretexto de “igualitarismo radical”
Ou seja, busca-se uma apropriação dos trejeitos masculinos em detrimento da “originalidade” própria da mulher e daquilo que somente sua feminilidade pode oferecer. Mas você sabe, afinal, o que é feminilidade?
Para a santa Edith Stein, a feminilidade é a chave para compreender a capacidade que temos de amar e de nos conectar com nosso Criador.2 A feminilidade pode ser expressada de várias formas. Edith Stein define três categorias possíveis: esposa e mãe, solteira “no mundo” e solteira consagrada à vida religiosa.
Todas as mulheres que se deixam guiar por Deus, segundo a santa, realizam o sentido profundo da feminilidade, pois têm uma intuição particular para descobrir como amar.
Conforme a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, “a mulher não pode encontrar a si mesma senão doando amor aos outros”. O texto de São João Paulo II ressalta que isso se refere a todas as mulheres, “independentemente do contexto cultural em que cada uma se encontra e das suas características espirituais, psíquicas e corporais, como, por exemplo, a idade, a instrução, a saúde, o trabalho, o fato de ser casada ou solteira.”
A mulher é um ícone da graça 3 – a começar por ter sido escolhida para ser a Mãe de Deus. Ela foi a primeira a anunciar a ressurreição de Cristo, e sua imagem aparece em inúmeras parábolas: da dracma perdida4, do fermento5, das virgens prudentes e das virgens estultas6. As palavras de Nosso Senhor e as suas obras exprimem sempre o respeito e a honra devidos à mulher.
O livro dos Provérbios, por exemplo, traça o magnífico perfil da “mulher forte”. A mulher, ali retratada, é aquela que sabe cumprir os deveres da sua condição e do seu sexo com energia e firmeza. “A mulher que teme ao Senhor, essa é que faz jus a todos esses louvores” 7. Ou seja, a mulher forte é aquela que teme a Deus.
Mulheres como Santa Joana D´Arc, Santa Gianna Beretta, Santa Teresinha do Menino Jesus são alguns modelos da coragem, piedade e docilidade feminina. A mulher, no entanto, muitas vezes considera que essas virtudes não podem andar juntas. Que a mulher não pode ser corajosa e ao mesmo tempo doce.
Por isso, é preciso entender que, só em Deus, a mulher encontrará forças para desempenhar tanto a sua missão natural como outras extraordinárias, que pareceriam impossíveis de serem executadas por elas e mais próprias de gigantes.
Vejamos o exemplo de Santa Joana D´Arc, uma jovem camponesa de 19 anos que esteve à frente de um exército e salvou a França com o poder da oração e o amor pela Igreja.
Como nos lembra a autora Alice von Hildebrand em seu livro “O privilégio de ser mulher”8, as mulheres não podem ser consideradas inferiores a partir do pressuposto de que os sentimentos ocupam papel central em suas vidas.
Ela ressalta que “se os sentimentos vibrando em seus corações são nobres, apropriados, bons, legítimos, sancionados por Deus e aprazíveis a Ele, então elas são joias preciosas aos olhos de Deus”.
Essa religiosa beneditina de origem alemã, que teve uma série de visões místicas, escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade. Foi declarada doutora da Igreja por Bento XVI em 2012.
Conheça 10 fatos curiosos sobre Santa Hildegarda.
Essa santa peruana escolheu uma vida de virgindade e serviço aos pobres e doentes. Segundo São João Paulo II, sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
Marcou a Igreja com a reforma na Ordem do Carmo. Apesar de ter sido muito perseguida por suas contemporâneas, o amor a Deus impulsionou essa mística e doutora da Igreja a fundar novos conventos.
Saiba mais sobre a história de Santa Teresa d’Ávila.
“É a mais jovem dos ‘doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.
Durante a perseguição aos judeus, no século XX, surgiu na Europa esta grande mulher, religiosa carmelita descalça e mártir, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz. Morreu em Auschwitz, nas câmaras de gás.
Conheça mais sobre a vida de Santa Edith Stein.
Esta santa italiana médica decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida de um câncer. Foi canonizada em 2004 pelo então Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Que tal rezar a Novena a Santa Gianna Beretta Molla?
Santa Joana D’Arc, heroína mártir que salvou a França com o poder da oração e o amor pela Igreja. Foi queimada viva, enquanto gritava pelo nome de Jesus e olhava uma cruz. Em 1920, o Papa Bento XV a canonizou.
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Neste dia Internacional da Mulher, convidamos você a conhecer mais sobre algumas santas mulheres, que são inspiração para a Igreja e para o mundo, e trazemos a importância do “ser mulher”, a partir da ótica apresentada por São João Paulo II em sua Carta Apostólica “Mulieris Dignitatem“.1
Afinal, como nos lembra o pontífice, não foi nela e por seu meio que se operou o que há de maior na história do homem sobre a terra: o evento pelo qual Deus mesmo se fez homem?
O Dia Internacional da Mulher é celebrado em 8 de março e para nós, católicos, esse dia deve ser de reflexão sobre o que verdadeiramente significa ser mulher. Por isso, nesse tópico, abordaremos o que é feminilidade, qual a sua importância e por que ela se contrapõe ao feminismo.
Antes, porém, vale lembrar a origem desta data, que nasce a partir da marcha realizada por 15 mil mulheres em 1908, pela cidade de Nova York. Suas bandeiras eram salários melhores, direito ao voto e redução nas jornadas de trabalho.
No ano seguinte, foi declarado o primeiro Dia Nacional das Mulheres, pelo Partido Socialista da América. Entretanto, a data tornou-se internacional somente em 1975, quando foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). A proposta partiu da ativista comunista e defensora dos direitos das mulheres, Clara Zetkin.
Infelizmente, hoje a data é marcada por protestos de ativistas feministas que, longe de enaltecer a importância da mulher e sua dignidade, buscam a desconstrução da identidade feminina, com o pretexto de “igualitarismo radical”
Ou seja, busca-se uma apropriação dos trejeitos masculinos em detrimento da “originalidade” própria da mulher e daquilo que somente sua feminilidade pode oferecer. Mas você sabe, afinal, o que é feminilidade?
Para a santa Edith Stein, a feminilidade é a chave para compreender a capacidade que temos de amar e de nos conectar com nosso Criador.2 A feminilidade pode ser expressada de várias formas. Edith Stein define três categorias possíveis: esposa e mãe, solteira “no mundo” e solteira consagrada à vida religiosa.
Todas as mulheres que se deixam guiar por Deus, segundo a santa, realizam o sentido profundo da feminilidade, pois têm uma intuição particular para descobrir como amar.
Conforme a Carta Apostólica Mulieris Dignitatem, “a mulher não pode encontrar a si mesma senão doando amor aos outros”. O texto de São João Paulo II ressalta que isso se refere a todas as mulheres, “independentemente do contexto cultural em que cada uma se encontra e das suas características espirituais, psíquicas e corporais, como, por exemplo, a idade, a instrução, a saúde, o trabalho, o fato de ser casada ou solteira.”
A mulher é um ícone da graça 3 – a começar por ter sido escolhida para ser a Mãe de Deus. Ela foi a primeira a anunciar a ressurreição de Cristo, e sua imagem aparece em inúmeras parábolas: da dracma perdida4, do fermento5, das virgens prudentes e das virgens estultas6. As palavras de Nosso Senhor e as suas obras exprimem sempre o respeito e a honra devidos à mulher.
O livro dos Provérbios, por exemplo, traça o magnífico perfil da “mulher forte”. A mulher, ali retratada, é aquela que sabe cumprir os deveres da sua condição e do seu sexo com energia e firmeza. “A mulher que teme ao Senhor, essa é que faz jus a todos esses louvores” 7. Ou seja, a mulher forte é aquela que teme a Deus.
Mulheres como Santa Joana D´Arc, Santa Gianna Beretta, Santa Teresinha do Menino Jesus são alguns modelos da coragem, piedade e docilidade feminina. A mulher, no entanto, muitas vezes considera que essas virtudes não podem andar juntas. Que a mulher não pode ser corajosa e ao mesmo tempo doce.
Por isso, é preciso entender que, só em Deus, a mulher encontrará forças para desempenhar tanto a sua missão natural como outras extraordinárias, que pareceriam impossíveis de serem executadas por elas e mais próprias de gigantes.
Vejamos o exemplo de Santa Joana D´Arc, uma jovem camponesa de 19 anos que esteve à frente de um exército e salvou a França com o poder da oração e o amor pela Igreja.
Como nos lembra a autora Alice von Hildebrand em seu livro “O privilégio de ser mulher”8, as mulheres não podem ser consideradas inferiores a partir do pressuposto de que os sentimentos ocupam papel central em suas vidas.
Ela ressalta que “se os sentimentos vibrando em seus corações são nobres, apropriados, bons, legítimos, sancionados por Deus e aprazíveis a Ele, então elas são joias preciosas aos olhos de Deus”.
Essa religiosa beneditina de origem alemã, que teve uma série de visões místicas, escreveu obras teológicas e de moral com notável profundidade. Foi declarada doutora da Igreja por Bento XVI em 2012.
Conheça 10 fatos curiosos sobre Santa Hildegarda.
Essa santa peruana escolheu uma vida de virgindade e serviço aos pobres e doentes. Segundo São João Paulo II, sua vida simples e austera era “testemunho eloquente do papel decisivo que a mulher teve e segue tendo no anúncio do Evangelho”.
Marcou a Igreja com a reforma na Ordem do Carmo. Apesar de ter sido muito perseguida por suas contemporâneas, o amor a Deus impulsionou essa mística e doutora da Igreja a fundar novos conventos.
Saiba mais sobre a história de Santa Teresa d’Ávila.
“É a mais jovem dos ‘doutores da Igreja’, mas seu ardente itinerário espiritual manifesta tal maturidade, e as intuições de fé expressas em seus escritos são tão vastas e profundas, que lhe merecem um lugar entre os grandes professores do espírito”, disse São João Paulo II sobre esta santa.
Durante a perseguição aos judeus, no século XX, surgiu na Europa esta grande mulher, religiosa carmelita descalça e mártir, também conhecida como Santa Teresa Benedita da Cruz. Morreu em Auschwitz, nas câmaras de gás.
Conheça mais sobre a vida de Santa Edith Stein.
Esta santa italiana médica decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho, em vez submeter-se a um aborto, como lhe sugeriam os médicos para salvar sua vida de um câncer. Foi canonizada em 2004 pelo então Papa João Paulo II, que a tornou padroeira da defesa da vida.
Que tal rezar a Novena a Santa Gianna Beretta Molla?
Santa Joana D’Arc, heroína mártir que salvou a França com o poder da oração e o amor pela Igreja. Foi queimada viva, enquanto gritava pelo nome de Jesus e olhava uma cruz. Em 1920, o Papa Bento XV a canonizou.