Você sabe por que não cantamos glória no advento? Entenda o espírito deste tempo litúrgico e o que o glória significa.
Você sabe por que não cantamos glória no advento? Entenda o espírito deste tempo litúrgico e o que o glória significa.
Você sabe por que não cantamos glória no advento? Entenda o espírito deste tempo litúrgico e o que o glória significa.
“Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor.” 1 Não são poucas vezes na Bíblia que encontramos louvores exaltando as maravilhas do Senhor, especialmente no livro dos Salmos. O Senhor Deus que criou o universo e nos criou por amor merece e é digno de todo o louvor e adoração.
Desse modo, quando a Igreja, que é Mãe e Mestra, retira o hino do glória da liturgia é porque tem algo a nos dizer. Cada ação da Igreja tem um propósito, com o objetivo de nos auxiliar nesta caminhada rumo ao céu. Neste artigo, vamos entender o que o glória significa e por que não o cantamos no Advento.
O mistério Pascal organiza o ano litúrgico, transformando-o na narrativa contínua dos mistérios da fé. Celebramos um Deus que, deixando seu trono eterno, entra na história humana ao tornar-se homem como nós. A encarnação de Jesus não somente nos traz a salvação, mas também santifica todas as áreas da vida humana.
Os Tempos Litúrgicos, marcando diferentes fases do ano litúrgico, concentram a liturgia e as leituras bíblicas em aspectos específicos da vida e dos ensinamentos de Cristo. Sendo assim, cada período carrega um espírito distinto, moldando nosso comportamento e preparando-nos para a celebração que está por vir. Assim como as estações do ano influenciam nosso ambiente, esses tempos litúrgicos moldam a nossa perspectiva espiritual, convidando-nos a uma participação mais profunda em cada mistério da vida de Cristo.
Saiba mais em: Calendários litúrgico e civil: por que são diferentes?
Ao longo dos tempos, Deus preparou a sua vinda, fazendo aliança com seu povo e falando pelos profetas.
Ao celebrar em cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta expectativa do Messias. Comungando na longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua segunda vinda. 2
O Advento, marco inicial no calendário litúrgico dos católicos, assume um papel de grande importância. Nestas quatro semanas que antecedem o Natal, os fiéis mergulham em um período de preparação espiritual, aguardando com alegria a vinda de Cristo.
Além disso, o Advento também é um tempo de reflexão sobre a segunda vinda de Cristo. Por isso, somos impelidos através da liturgia a preparar o nosso coração para o encontro pessoal com Cristo no dia definitivo — cuja data desconhecemos.
Não sabemos quando Ele voltará, por isso a Igreja nos exorta a estar preparados a todo momento:
“[…] Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. 3
Sendo assim, o chamado à vigilância e à oração são características marcantes deste tempo, a fim de que os fiéis iniciem este novo ano litúrgico preparados para a vinda do Cristo — no Natal, nos seus corações e no fim dos tempos.
Desse modo, Encarnação e Parusia estão intrinsecamente relacionadas. Ao mesmo tempo que o Advento nos recorda o nascimento de Jesus, também direciona nosso olhar e o nosso coração para o Cristo que virá novamente, não mais na manjedoura, mas em glória, para estabelecer novos céus e nova terra. 4
Você já começou a Novena de Natal de 2023?
Descubra o que todo católico deve saber sobre o Advento.
O Catecismo da Igreja nos ensina que
O canto e a música desempenham a sua função de sinais, dum modo tanto mais significativo, quanto «mais intimamente estiverem unidos à ação litúrgica», segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o carácter solene da celebração. Participam, assim, na finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis. 5
Desse modo, fica evidente que a música deve estar de acordo com a liturgia, a fim de conduzir os fiéis a mergulhar neste mistério sagrado.
O Glória é um dos hinos mais antigos da tradição cristã. Ele é uma mistura de louvor e súplica. Ao cantar o Glória na Missa, a Igreja glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, unida pelo Espírito Santo. 6
O louvor é a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus! Canta-O por Si próprio, glorifica-O, não tanto pelo que Ele faz, mas sobretudo porque ELE É. […] O louvor integra as outras formas de oração e leva-as Aquele que delas é a fonte e o termo: «o único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos» (1 Cor 8, 6). 7
O hino se inicia com as palavras “Glória a Deus nas alturas”, recordando o cântico dos anjos proclamado no momento do nascimento de Jesus em Belém. 8 É, portanto, uma prece de louvor, reverência e alegria, que remete os fiéis à grandeza de Deus e à história da salvação.
Conheça as meditações de Santo Afonso para o tempo do Advento.
A Instrução do Missal Romano enfatiza que o “Glória” é entoado aos domingos, exceto nos períodos litúrgicos do Advento e da Quaresma. Durante o Advento, a ausência do “Glória” recorda-nos de que enquanto caminhamos nesta vida, ainda aguardamos a plenitude da alegria da presença de Cristo. A própria palavra Advento, que vem do latim, “adventus”, que significa “chegada” ou “vinda”, remete-nos àquilo que virá.
Neste caso, celebramos o nascimento de Jesus sabendo que Ele virá novamente no fim dos tempos. Assim, a liturgia do Advento não apenas destaca a alegria da espera, mas também enfatiza a vigilância, a oração e a conversão, pedindo uma celebração sóbria e reservando o Hino de Louvor para a noite santa do Natal: o nascimento de Jesus.
O silêncio e o recolhimento também caracterizam este tempo litúrgico, preparando os nossos corações para o Cristo que há de vir. A sobriedade nas celebrações do Advento intensificam, portanto, a nossa alegria para quando finalmente — assim como os anjos, na noite de Natal — entoarmos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados!”.
Descubra 5 dicas práticas para viver bem o Advento.
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Você sabe por que não cantamos glória no advento? Entenda o espírito deste tempo litúrgico e o que o glória significa.
“Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor.” 1 Não são poucas vezes na Bíblia que encontramos louvores exaltando as maravilhas do Senhor, especialmente no livro dos Salmos. O Senhor Deus que criou o universo e nos criou por amor merece e é digno de todo o louvor e adoração.
Desse modo, quando a Igreja, que é Mãe e Mestra, retira o hino do glória da liturgia é porque tem algo a nos dizer. Cada ação da Igreja tem um propósito, com o objetivo de nos auxiliar nesta caminhada rumo ao céu. Neste artigo, vamos entender o que o glória significa e por que não o cantamos no Advento.
O mistério Pascal organiza o ano litúrgico, transformando-o na narrativa contínua dos mistérios da fé. Celebramos um Deus que, deixando seu trono eterno, entra na história humana ao tornar-se homem como nós. A encarnação de Jesus não somente nos traz a salvação, mas também santifica todas as áreas da vida humana.
Os Tempos Litúrgicos, marcando diferentes fases do ano litúrgico, concentram a liturgia e as leituras bíblicas em aspectos específicos da vida e dos ensinamentos de Cristo. Sendo assim, cada período carrega um espírito distinto, moldando nosso comportamento e preparando-nos para a celebração que está por vir. Assim como as estações do ano influenciam nosso ambiente, esses tempos litúrgicos moldam a nossa perspectiva espiritual, convidando-nos a uma participação mais profunda em cada mistério da vida de Cristo.
Saiba mais em: Calendários litúrgico e civil: por que são diferentes?
Ao longo dos tempos, Deus preparou a sua vinda, fazendo aliança com seu povo e falando pelos profetas.
Ao celebrar em cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta expectativa do Messias. Comungando na longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua segunda vinda. 2
O Advento, marco inicial no calendário litúrgico dos católicos, assume um papel de grande importância. Nestas quatro semanas que antecedem o Natal, os fiéis mergulham em um período de preparação espiritual, aguardando com alegria a vinda de Cristo.
Além disso, o Advento também é um tempo de reflexão sobre a segunda vinda de Cristo. Por isso, somos impelidos através da liturgia a preparar o nosso coração para o encontro pessoal com Cristo no dia definitivo — cuja data desconhecemos.
Não sabemos quando Ele voltará, por isso a Igreja nos exorta a estar preparados a todo momento:
“[…] Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. 3
Sendo assim, o chamado à vigilância e à oração são características marcantes deste tempo, a fim de que os fiéis iniciem este novo ano litúrgico preparados para a vinda do Cristo — no Natal, nos seus corações e no fim dos tempos.
Desse modo, Encarnação e Parusia estão intrinsecamente relacionadas. Ao mesmo tempo que o Advento nos recorda o nascimento de Jesus, também direciona nosso olhar e o nosso coração para o Cristo que virá novamente, não mais na manjedoura, mas em glória, para estabelecer novos céus e nova terra. 4
Você já começou a Novena de Natal de 2023?
Descubra o que todo católico deve saber sobre o Advento.
O Catecismo da Igreja nos ensina que
O canto e a música desempenham a sua função de sinais, dum modo tanto mais significativo, quanto «mais intimamente estiverem unidos à ação litúrgica», segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o carácter solene da celebração. Participam, assim, na finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis. 5
Desse modo, fica evidente que a música deve estar de acordo com a liturgia, a fim de conduzir os fiéis a mergulhar neste mistério sagrado.
O Glória é um dos hinos mais antigos da tradição cristã. Ele é uma mistura de louvor e súplica. Ao cantar o Glória na Missa, a Igreja glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, unida pelo Espírito Santo. 6
O louvor é a forma de oração que mais imediatamente reconhece que Deus é Deus! Canta-O por Si próprio, glorifica-O, não tanto pelo que Ele faz, mas sobretudo porque ELE É. […] O louvor integra as outras formas de oração e leva-as Aquele que delas é a fonte e o termo: «o único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem nós somos» (1 Cor 8, 6). 7
O hino se inicia com as palavras “Glória a Deus nas alturas”, recordando o cântico dos anjos proclamado no momento do nascimento de Jesus em Belém. 8 É, portanto, uma prece de louvor, reverência e alegria, que remete os fiéis à grandeza de Deus e à história da salvação.
Conheça as meditações de Santo Afonso para o tempo do Advento.
A Instrução do Missal Romano enfatiza que o “Glória” é entoado aos domingos, exceto nos períodos litúrgicos do Advento e da Quaresma. Durante o Advento, a ausência do “Glória” recorda-nos de que enquanto caminhamos nesta vida, ainda aguardamos a plenitude da alegria da presença de Cristo. A própria palavra Advento, que vem do latim, “adventus”, que significa “chegada” ou “vinda”, remete-nos àquilo que virá.
Neste caso, celebramos o nascimento de Jesus sabendo que Ele virá novamente no fim dos tempos. Assim, a liturgia do Advento não apenas destaca a alegria da espera, mas também enfatiza a vigilância, a oração e a conversão, pedindo uma celebração sóbria e reservando o Hino de Louvor para a noite santa do Natal: o nascimento de Jesus.
O silêncio e o recolhimento também caracterizam este tempo litúrgico, preparando os nossos corações para o Cristo que há de vir. A sobriedade nas celebrações do Advento intensificam, portanto, a nossa alegria para quando finalmente — assim como os anjos, na noite de Natal — entoarmos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados!”.
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