Tudo o que você precisa saber sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, a obra que o demônio quis esconder por mais de cem anos.
Tudo o que você precisa saber sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, a obra que o demônio quis esconder por mais de cem anos.
Tudo o que você precisa saber sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, a obra que o demônio quis esconder por mais de cem anos.
Você sabia que para ser cristão autêntico devemos ter uma autêntica devoção a Maria? E sabia que há meios de se buscar uma verdadeira devoção e evitar devoções falsas?
Preocupado com a salvação das almas, São Luís Maria Grignion de Montfort redigiu um Tratado, de forma simples e sistemática, para que todos adentrem na Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem.
Confira, abaixo, um breve resumo desta obra clássica e indispensável na vida de todo católico, e se encante por Nosso Senhor através de Maria, como tantos santos já o fizeram por meio da leitura deste livro.
Dentre todas as devoções que existem, a devoção à Nossa Senhora é a que ocupa um lugar especial na vida de todo católico. Com efeito, tal necessidade se encontra no fato de que o próprio Deus quis se usar de Maria como meio para a encarnação do Verbo eterno, e é por meio dEla que Deus quer se fazer presente e gerar o Cristo na alma de todos os fieis.
Para se ter uma profunda devoção à Nossa Senhora, o católico pode se usar de várias expressões de piedade popular: Santo Rosário, Ofício da Imaculada, Oração do Angelus e do Regina Coeli, dentre tantas outras orações marianas riquíssimas.
Uma das formas existentes de culto à Virgem Maria – segundo o criador de tal devoção, a melhor forma de se unir a Jesus através de maria – é a Consagração a Jesus através do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luís Maria Grignion de Montfort.
Mais adiante, vamos entender o que significa essa consagração.
Luís Maria Grignion nasceu em 31 de janeiro de 1673, na cidade de Montfort-sur-Meu, na França, oriundo de uma família com profundos costumes cristãos. Ordenado sacerdote com 27 anos, é um desses santos pastores que se destacaram pelo seu ardor missionário e pregação incansável numa época de grande crise na Igreja da França.
Faleceu com apenas 43 anos, mas deixou um importante legado espiritual, com livros célebres como O Segredo Admirável do Santíssimo Rosário e o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem.
Luís Maria Grignion foi beatificado, em 1888, pelo Papa Leão XIII e canonizado, em 1947, por Pio XII.
Sua influência até hoje é notável. São João Paulo II adotou para o seu Pontificado o lema “Totus Tuus”, que é extraído da espiritualidade de São Luís Maria.
Para saber mais, acesse São Luís Maria Grignion de Montfort: vida e obra
São Luís tem uma intenção muito clara ao escrever o Tratado da Verdadeira Devoção: explicar às almas mais simples como se aproximar de Jesus através da devoção autêntica à Virgem Imaculada.
Com este escrito, é oferecido aos fiéis um itinerário espiritual concreto e simples para que a alma, se fazendo escrava de Maria, atinja a perfeição da santidade. Segundo esta devoção, quanto mais a alma se consagra e se aproxima da Virgem Maria, mais ela está se consagrando e aproximando de Jesus Cristo.
São Luís Maria tinha tanta consciência da necessidade dessa obra, e de como ela seria decisiva para a conversão de muitos católicos, que ele previu que o livro, escrito por ele, seria perseguido.
“Antevejo, claramente, que feras raivosas hão de acometer em fúria para estraçalhar com seus dentes diabólicos este livreto e a ferramenta usada pelo Espírito Santo para escrevê-lo, ou ao menos farão com que fique escondido nas sombras e no silêncio de um caixão, para impedi-lo de ver a luz do dia. Hão mesmo de atacar e perseguir quem ler e pôr em prática o que estiver escrito neste livro. Mas não importa! Tanto melhor! Dá-me mesmo encorajamento para esperar um grande sucesso à luz da perspectiva de uma poderosa legião de soldados valentes e valorosos de Jesus e Maria, tanto homens quanto mulheres, que hão de lutar contra o diabo, o mundo e a natureza corrupta nos tempos perigosos que por certo virão (Mt 24,15).” 1
Curiosidade: essa obra ficou escondida num cofre por 150 anos. Em 1842, ao ser descoberta, foi publicada. Hoje, é referência da espiritualidade mariana no mundo inteiro.
Antes de explicar, em detalhes, no que consiste a Verdadeira devoção, São Luís Maria inicia seu livro com abundantes fundamentos teológicos, mas expostos de modo simples (como todo livro), para que se busque um culto à Maria de acordo com os planos de Deus.
A fundamentação inicia com o fato de que se sabe que Deus em nada precisa de Maria, e que ela é criatura, não criadora. Porém, depois de tê-La criado, Deus quis precisar dela para operar através do seu sim, sobretudo na encarnação do Verbo eterno, e esse é o primeiro motivo pelo qual os fieis buscam a devoção a Maria como espiritualidade, pois não é razoável que Deus mude a sua conduta.
O fim último desta devoção, bem como de todas as devoções, deve ser sempre Jesus Cristo. Através de Maria, o fiel se aproxima mais de Jesus, sendo fiel escravo de ambos, ou seja, dando sua vida e méritos, todos, a eles. Maria age como medianeira do Mediador: temos junto a Jesus, perfeito homem e verdadeiro Deus, Mediador entre os homens e Deus Pai, uma boa Mãe, Maria, criatura como nós, mas predileta de Deus.
Antes de falar do que consiste a Verdadeira devoção a Maria, São Luís especifica as falsas devoções, para que as evite todo aquele que busca progredir na santidade. Ele lista os sete principais falsos devotos2:
Os verdadeiros devotos, ao contrário dos falsos, buscam uma devoção que seja autêntica, e mais voltada ao interior e à gratuidade. São Luís elenca alguns pontos para definir no que consiste a devoção de um perfeito devoto da Virgem Maria 3:
Interior: a devoção nasce, antes de mais nada, do coração;
Confiável: faz com que alma devota recorra a Maria com confiança, ternura, simplicidade, em todo momento;
Santa: a alma busca, de todo coração, evitar o pecado e imitar as virtudes de Maria;
Constante: não é suscetível a qualquer coisa para abandonar as práticas de devoção, sendo a alma forte e resiliente;
Desinteressada: não ama a Maria para receber algo em troca, mas gratuitamente A ama por ser ela digna desse amor.
O devoto de Maria, por meio desta devoção, busca se entregar mais a Deus, e, por ela, imitando a Maria, sabe-se imitadora fiel do próprio Jesus.
Dentre os muitos motivos pelos quais esta devoção é a mais apropriada dentre todas as devoções, São Luís Maria elenca algumas principais a fim de que, convencidos, os que se aproximarem deste Tratado, não retardem sua consagração. O primeiro dos motivos está no fato de que por esta consagração estamos nos dando completamente a Deus por intermédio de Maria, ou seja, é a forma perfeitíssima de nos unirmos, sem reservas, a Deus. Depois disso, por essa devoção nós obteremos auxílios muito úteis para imitar a Cristo mais perfeitamente ao passo que nos concede muitas graças e bençãos pela intercessão de Maria.
Enfim, dentre os vários motivos listados, mesmo nos tornando escravos de Maria, por esta devoção nos fazemos livres em Deus, confiando tudo a Ele e à Maria. É uma devoção especial para os Últimos Dias, como afirma São Luís, para o combate final, pois pela consagração a Maria o fiel obtém uma força e uma sabedoria que não provém de si, mas do próprio Deus em Maria. Muitos são os santos que se usaram deste método em sua vida espiritual, o que comprova a profundidade e seriedade deste Tratado.
A fim de ilustrar com as Escrituras a verdade desta devoção, São Luis Maria cita a passagem de Esaú e Jacó e da grande valia de Rebeca, mãe de ambos, como figura de Nossa Senhora. (Gn 27)). Esaú é figura dos pecadores, que confiam na sua própria força e habilidade, nada fazendo pela sua mãe, mais preocupados com as bebedeiras e farras. Já Jacó é figura do próprio Jesus Cristo e das almas que este deseja salvar, e eis a grande sabedoria escondida nesta história: Jacó confiava em sua mãe, e por seu auxílio, recebeu a benção de seu Isaac. Além disso, ele confiava e se submetia em tudo a sua mãe, imitando-lhes as virtudes e seguindo fielmente e obedientemente suas ordens. É assim que ocorre conosco, se formos fieis à nossa entrega a Jesus por Maria.
Alguns efeitos dessa devoção:
– Conheceremos nossa indignidade de modo mais profundo;
– Compartilharemos da fé que move Maria, o que será de grande utilidade, sobretudo nos Últimos Dias;
– Maria será encarregada, particularmente, de alargar nosso amor, até que este seja puro (sem escrúpulos ou temor servil desordenado), o que gerará uma grande confiança em Deus;
– Teremos uma união íntima com o Espírito Santo, como Maria. Assim como o fruto do ventre de Maria foi Jesus, ela gerará, no fiel, sempre e novamente, o Verbo eterno;
– E, por fim, a vivência de um mês desta devoção dará mais glória a Jesus do que a vida inteira de outra devoção.
Ainda que a verdadeira devoção a Maria seja, antes de mais anda, interior, a devoção consiste em algumas práticas (interiores e exteriores), descritas por São Luís no capítulo VII de seu Tratado, que são:
Práticas exteriores (interiores na intenção mas exteriores na forma):
Práticas interiores:
Em suma, um verdadeiro devoto de Maria escolhe entregar-se totalmente à Virgem, para que ela cuide de tudo como aprouver a Deus, e sempre conduza seus filhos a Jesus. Toda a vida interior, obras, méritos, virtudes, do fiel devoto, estarão seguros nas mãos de Maria, que certamente os engrandecerá ainda mais em virtude de sua natureza Imaculada. Ademais, um fiel que se confia inteiramente a Maria sabe que nada lhe faltará.
As devoções exteriores, assim, ganham novo vigor, pois são impulsionadas pela interioridade de um escravo que em tudo quer honrar a Deus por Maria. Procissões, altares, rosários, atos de piedade diversos serão muito mais úteis e santos se movidos por esta verdadeira devoção à Santíssima Virgem.
Saiba mais no artigo Práticas da consagração a Nossa Senhora.
Depois de ter exposto, brevemente, no que consiste a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, quais as devoções, as práticas, as virtudes e disposições interiores para que se busque esta verdadeira devoção, de modo a fugir da superficialidade, o Tratado nos apresenta o modo para que se faça a consagração solene.
Primeiramente, depois de lido o livro, o fiel que deseja se consagrar deve rezar por 12 dias seguidos, antes do dia da Consagração (este dia deve sempre ser um dia em honra da Santíssima Virgem, como dia de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Imaculada Conceição…). Esta preparação tem por finalidade auxiliar no conhecimento de si mesmo, de Deus e de Maria, e no desapego do espírito do mundo, a fim de que esta consagração seja, de fato, sincera e autêntica.
No dia escolhido, após profunda preparação e disposição suficiente para entregar a Deus, por Maria, toda a vida, faz-se a leitura, solenemente, da oração e ato de consagração total a Jesus por meio de Maria, e se assina no mesmo dia em que se faz a Consagração, devendo-a renovar no mesmo dia dos anos subsequentes.
Feito isso, leva-se, como aponta o Tratado, uma vida unida a Jesus por Maria, primeiramente interiormente, mas expressa na exterioridade devocional: uso da cadeia, orações diárias previstas pela devoção (Magnificat, rosário, pequena coroa de Nossa Senhora), bem como o sincero desejo de servir e amar a Deus.
A melhor maneira de conhecer o santo por trás da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem é a biografia de Louis Le Crom.
Em aproximadamente 500 páginas, o autor faz uma verdadeira imersão na vida do Santo e não há quem leia que não se comova com tamanha santidade.
Uma vida de penitência, entrega à vontade de Deus, amor à Virgem Maria e à Eucaristia, sem nunca cansar-se de pregar. Essa é a vida de São Luís.
E ao assinar a Minha Biblioteca Católica neste mês de Agosto, você garante a biografia de São Luís e pode ganhar ainda a nossa edição do Tratado da Verdadeira Devoção. Clique aqui e saiba como.
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Tudo o que você precisa saber sobre o Tratado da Verdadeira Devoção, a obra que o demônio quis esconder por mais de cem anos.
Você sabia que para ser cristão autêntico devemos ter uma autêntica devoção a Maria? E sabia que há meios de se buscar uma verdadeira devoção e evitar devoções falsas?
Preocupado com a salvação das almas, São Luís Maria Grignion de Montfort redigiu um Tratado, de forma simples e sistemática, para que todos adentrem na Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem.
Confira, abaixo, um breve resumo desta obra clássica e indispensável na vida de todo católico, e se encante por Nosso Senhor através de Maria, como tantos santos já o fizeram por meio da leitura deste livro.
Dentre todas as devoções que existem, a devoção à Nossa Senhora é a que ocupa um lugar especial na vida de todo católico. Com efeito, tal necessidade se encontra no fato de que o próprio Deus quis se usar de Maria como meio para a encarnação do Verbo eterno, e é por meio dEla que Deus quer se fazer presente e gerar o Cristo na alma de todos os fieis.
Para se ter uma profunda devoção à Nossa Senhora, o católico pode se usar de várias expressões de piedade popular: Santo Rosário, Ofício da Imaculada, Oração do Angelus e do Regina Coeli, dentre tantas outras orações marianas riquíssimas.
Uma das formas existentes de culto à Virgem Maria – segundo o criador de tal devoção, a melhor forma de se unir a Jesus através de maria – é a Consagração a Jesus através do Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, de São Luís Maria Grignion de Montfort.
Mais adiante, vamos entender o que significa essa consagração.
Luís Maria Grignion nasceu em 31 de janeiro de 1673, na cidade de Montfort-sur-Meu, na França, oriundo de uma família com profundos costumes cristãos. Ordenado sacerdote com 27 anos, é um desses santos pastores que se destacaram pelo seu ardor missionário e pregação incansável numa época de grande crise na Igreja da França.
Faleceu com apenas 43 anos, mas deixou um importante legado espiritual, com livros célebres como O Segredo Admirável do Santíssimo Rosário e o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem.
Luís Maria Grignion foi beatificado, em 1888, pelo Papa Leão XIII e canonizado, em 1947, por Pio XII.
Sua influência até hoje é notável. São João Paulo II adotou para o seu Pontificado o lema “Totus Tuus”, que é extraído da espiritualidade de São Luís Maria.
Para saber mais, acesse São Luís Maria Grignion de Montfort: vida e obra
São Luís tem uma intenção muito clara ao escrever o Tratado da Verdadeira Devoção: explicar às almas mais simples como se aproximar de Jesus através da devoção autêntica à Virgem Imaculada.
Com este escrito, é oferecido aos fiéis um itinerário espiritual concreto e simples para que a alma, se fazendo escrava de Maria, atinja a perfeição da santidade. Segundo esta devoção, quanto mais a alma se consagra e se aproxima da Virgem Maria, mais ela está se consagrando e aproximando de Jesus Cristo.
São Luís Maria tinha tanta consciência da necessidade dessa obra, e de como ela seria decisiva para a conversão de muitos católicos, que ele previu que o livro, escrito por ele, seria perseguido.
“Antevejo, claramente, que feras raivosas hão de acometer em fúria para estraçalhar com seus dentes diabólicos este livreto e a ferramenta usada pelo Espírito Santo para escrevê-lo, ou ao menos farão com que fique escondido nas sombras e no silêncio de um caixão, para impedi-lo de ver a luz do dia. Hão mesmo de atacar e perseguir quem ler e pôr em prática o que estiver escrito neste livro. Mas não importa! Tanto melhor! Dá-me mesmo encorajamento para esperar um grande sucesso à luz da perspectiva de uma poderosa legião de soldados valentes e valorosos de Jesus e Maria, tanto homens quanto mulheres, que hão de lutar contra o diabo, o mundo e a natureza corrupta nos tempos perigosos que por certo virão (Mt 24,15).” 1
Curiosidade: essa obra ficou escondida num cofre por 150 anos. Em 1842, ao ser descoberta, foi publicada. Hoje, é referência da espiritualidade mariana no mundo inteiro.
Antes de explicar, em detalhes, no que consiste a Verdadeira devoção, São Luís Maria inicia seu livro com abundantes fundamentos teológicos, mas expostos de modo simples (como todo livro), para que se busque um culto à Maria de acordo com os planos de Deus.
A fundamentação inicia com o fato de que se sabe que Deus em nada precisa de Maria, e que ela é criatura, não criadora. Porém, depois de tê-La criado, Deus quis precisar dela para operar através do seu sim, sobretudo na encarnação do Verbo eterno, e esse é o primeiro motivo pelo qual os fieis buscam a devoção a Maria como espiritualidade, pois não é razoável que Deus mude a sua conduta.
O fim último desta devoção, bem como de todas as devoções, deve ser sempre Jesus Cristo. Através de Maria, o fiel se aproxima mais de Jesus, sendo fiel escravo de ambos, ou seja, dando sua vida e méritos, todos, a eles. Maria age como medianeira do Mediador: temos junto a Jesus, perfeito homem e verdadeiro Deus, Mediador entre os homens e Deus Pai, uma boa Mãe, Maria, criatura como nós, mas predileta de Deus.
Antes de falar do que consiste a Verdadeira devoção a Maria, São Luís especifica as falsas devoções, para que as evite todo aquele que busca progredir na santidade. Ele lista os sete principais falsos devotos2:
Os verdadeiros devotos, ao contrário dos falsos, buscam uma devoção que seja autêntica, e mais voltada ao interior e à gratuidade. São Luís elenca alguns pontos para definir no que consiste a devoção de um perfeito devoto da Virgem Maria 3:
Interior: a devoção nasce, antes de mais nada, do coração;
Confiável: faz com que alma devota recorra a Maria com confiança, ternura, simplicidade, em todo momento;
Santa: a alma busca, de todo coração, evitar o pecado e imitar as virtudes de Maria;
Constante: não é suscetível a qualquer coisa para abandonar as práticas de devoção, sendo a alma forte e resiliente;
Desinteressada: não ama a Maria para receber algo em troca, mas gratuitamente A ama por ser ela digna desse amor.
O devoto de Maria, por meio desta devoção, busca se entregar mais a Deus, e, por ela, imitando a Maria, sabe-se imitadora fiel do próprio Jesus.
Dentre os muitos motivos pelos quais esta devoção é a mais apropriada dentre todas as devoções, São Luís Maria elenca algumas principais a fim de que, convencidos, os que se aproximarem deste Tratado, não retardem sua consagração. O primeiro dos motivos está no fato de que por esta consagração estamos nos dando completamente a Deus por intermédio de Maria, ou seja, é a forma perfeitíssima de nos unirmos, sem reservas, a Deus. Depois disso, por essa devoção nós obteremos auxílios muito úteis para imitar a Cristo mais perfeitamente ao passo que nos concede muitas graças e bençãos pela intercessão de Maria.
Enfim, dentre os vários motivos listados, mesmo nos tornando escravos de Maria, por esta devoção nos fazemos livres em Deus, confiando tudo a Ele e à Maria. É uma devoção especial para os Últimos Dias, como afirma São Luís, para o combate final, pois pela consagração a Maria o fiel obtém uma força e uma sabedoria que não provém de si, mas do próprio Deus em Maria. Muitos são os santos que se usaram deste método em sua vida espiritual, o que comprova a profundidade e seriedade deste Tratado.
A fim de ilustrar com as Escrituras a verdade desta devoção, São Luis Maria cita a passagem de Esaú e Jacó e da grande valia de Rebeca, mãe de ambos, como figura de Nossa Senhora. (Gn 27)). Esaú é figura dos pecadores, que confiam na sua própria força e habilidade, nada fazendo pela sua mãe, mais preocupados com as bebedeiras e farras. Já Jacó é figura do próprio Jesus Cristo e das almas que este deseja salvar, e eis a grande sabedoria escondida nesta história: Jacó confiava em sua mãe, e por seu auxílio, recebeu a benção de seu Isaac. Além disso, ele confiava e se submetia em tudo a sua mãe, imitando-lhes as virtudes e seguindo fielmente e obedientemente suas ordens. É assim que ocorre conosco, se formos fieis à nossa entrega a Jesus por Maria.
Alguns efeitos dessa devoção:
– Conheceremos nossa indignidade de modo mais profundo;
– Compartilharemos da fé que move Maria, o que será de grande utilidade, sobretudo nos Últimos Dias;
– Maria será encarregada, particularmente, de alargar nosso amor, até que este seja puro (sem escrúpulos ou temor servil desordenado), o que gerará uma grande confiança em Deus;
– Teremos uma união íntima com o Espírito Santo, como Maria. Assim como o fruto do ventre de Maria foi Jesus, ela gerará, no fiel, sempre e novamente, o Verbo eterno;
– E, por fim, a vivência de um mês desta devoção dará mais glória a Jesus do que a vida inteira de outra devoção.
Ainda que a verdadeira devoção a Maria seja, antes de mais anda, interior, a devoção consiste em algumas práticas (interiores e exteriores), descritas por São Luís no capítulo VII de seu Tratado, que são:
Práticas exteriores (interiores na intenção mas exteriores na forma):
Práticas interiores:
Em suma, um verdadeiro devoto de Maria escolhe entregar-se totalmente à Virgem, para que ela cuide de tudo como aprouver a Deus, e sempre conduza seus filhos a Jesus. Toda a vida interior, obras, méritos, virtudes, do fiel devoto, estarão seguros nas mãos de Maria, que certamente os engrandecerá ainda mais em virtude de sua natureza Imaculada. Ademais, um fiel que se confia inteiramente a Maria sabe que nada lhe faltará.
As devoções exteriores, assim, ganham novo vigor, pois são impulsionadas pela interioridade de um escravo que em tudo quer honrar a Deus por Maria. Procissões, altares, rosários, atos de piedade diversos serão muito mais úteis e santos se movidos por esta verdadeira devoção à Santíssima Virgem.
Saiba mais no artigo Práticas da consagração a Nossa Senhora.
Depois de ter exposto, brevemente, no que consiste a Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, quais as devoções, as práticas, as virtudes e disposições interiores para que se busque esta verdadeira devoção, de modo a fugir da superficialidade, o Tratado nos apresenta o modo para que se faça a consagração solene.
Primeiramente, depois de lido o livro, o fiel que deseja se consagrar deve rezar por 12 dias seguidos, antes do dia da Consagração (este dia deve sempre ser um dia em honra da Santíssima Virgem, como dia de Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Imaculada Conceição…). Esta preparação tem por finalidade auxiliar no conhecimento de si mesmo, de Deus e de Maria, e no desapego do espírito do mundo, a fim de que esta consagração seja, de fato, sincera e autêntica.
No dia escolhido, após profunda preparação e disposição suficiente para entregar a Deus, por Maria, toda a vida, faz-se a leitura, solenemente, da oração e ato de consagração total a Jesus por meio de Maria, e se assina no mesmo dia em que se faz a Consagração, devendo-a renovar no mesmo dia dos anos subsequentes.
Feito isso, leva-se, como aponta o Tratado, uma vida unida a Jesus por Maria, primeiramente interiormente, mas expressa na exterioridade devocional: uso da cadeia, orações diárias previstas pela devoção (Magnificat, rosário, pequena coroa de Nossa Senhora), bem como o sincero desejo de servir e amar a Deus.
A melhor maneira de conhecer o santo por trás da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem é a biografia de Louis Le Crom.
Em aproximadamente 500 páginas, o autor faz uma verdadeira imersão na vida do Santo e não há quem leia que não se comova com tamanha santidade.
Uma vida de penitência, entrega à vontade de Deus, amor à Virgem Maria e à Eucaristia, sem nunca cansar-se de pregar. Essa é a vida de São Luís.
E ao assinar a Minha Biblioteca Católica neste mês de Agosto, você garante a biografia de São Luís e pode ganhar ainda a nossa edição do Tratado da Verdadeira Devoção. Clique aqui e saiba como.