Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do segundo domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do segundo domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do segundo domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
O caminho proposto pela liturgia neste domingo é de uma riqueza sem tamanho. Com Jesus, avançaremos um pouco mais na nossa busca pela conversão nesta Quaresma, sem esmorecer e sem desesperar da Cruz.
Saiba tudo o que um católico precisa saber sobre a Quaresma, tempo de conversão.
O segundo domingo da Quaresma segue a mesma trilha traçada pelo primeiro: construir um itinerário firme para bem viver este tempo santo, preparando-nos para a Páscoa de Cristo e para a nossa Páscoa com ele.
O que a liturgia deste domingo nos ensina? Em poucas palavras: a fé verdadeira não se esconde nas dificuldades, mas se fortalece diante delas: Abraão confia em Deus mesmo quando tudo parece impossível; São Paulo alerta sobre as falsas promessas do mundo, e Jesus, no Tabor, revela a nós que a glória vem através da cruz.
Sem a força divina, a cruz pode parecer um peso insuportável, mas com Cristo, ela se torna o caminho da verdadeira vida e da ressurreição.
A primeira leitura deste segundo domingo da Quaresma é extraída do livro de Gênesis, capítulo 15 (Gn 15,5-12.17-18), onde Deus faz uma aliança com Abraão, assegurando-lhe a promessa de uma grande descendência. Deus, ao convidar Abraão a olhar para o céu e contar as estrelas, promete que sua posteridade será tão numerosa quanto elas. Apesar de Abraão ser idoso e sem filhos, Deus faz essa promessa de forma irrevogável.
Neste momento, Deus exige de Abraão uma confiança total, até mesmo diante da impossibilidade humana. Ao longo da leitura, Abraão questiona como poderia confiar em uma promessa tão grandiosa, e Deus lhe confirma com um sinal, um sacrifício de animais, e faz com ele uma aliança solene. Este episódio destaca não só a fé de Abraão, mas também a fidelidade de Deus, que cumpre suas promessas, mesmo quando a situação parece desfavorável. Essa aliança se torna o ponto de partida para a história da salvação, marcada pela confiança e fidelidade mútua entre Deus e os homens.
Entenda a origem, divisão e os principais temas tratados no Antigo Testamento.
O salmo da liturgia do segundo Domingo da Quaresma é o 26(27), e este canta: O Senhor é minha luz e salvação.
Esse salmo expressa de forma plena o sentido da liturgia deste domingo, ecoando a fé inabalável de Abraão diante da promessa divina de uma vasta descendência e de uma terra a ser herdada. Assim como ele confiou sem hesitar, o salmista proclama com firmeza: “O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?”
Assim como Abraão acreditou na promessa divina mesmo diante da provação, a Transfiguração de Jesus manifesta a entrega total ao desígnio do Pai, revelando a glória que se esconde sob a sombra da cruz. Dessa forma, tanto Cristo quanto Abraão podem proclamar com confiança:
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
Prepare-se para a Páscoa com Santo Afonso de Ligório, acesse as meditações diárias para a Quaresma neste artigo.
Na segunda leitura deste domingo, extraída da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 3,17-4,1), o apóstolo Paulo faz um convite claro e decisivo aos fiéis: “sede meus imitadores” 1. Ele exorta aquela comunidade — e nós hoje — a permanecer firme na fé, buscando não a glória passageira das coisas terrenas, mas a verdadeira pátria, que está nos céus. Paulo nos coloca diante de uma escolha: seguir os caminhos do mundo ou ancorar nossa esperança naquilo que é eterno e imutável.
São Paulo distingue, assim, aqueles que vivem para os prazeres efêmeros e aqueles que têm seus corações voltados para a glória futura. Ele afirma, com clareza, que a nossa pátria está nos céus 2, enfatizando que nossa identidade não está neste mundo, mas em Cristo. Ele nos aponta para a transformação que aguarda os fiéis: “[Cristo] transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso […]” 3.
Esse trecho nos desafia a viver com a perspectiva da ressurreição, aguardando com esperança a vinda do Senhor. A tentativa de buscar soluções imediatas e prazeres temporários afasta-nos dessa visão eterna. Somos, então, convidados a nos questionar: estamos dispostos a viver com os olhos fixos no céu e não nas coisas que se perdem?
Saiba porque fazemos penitência na quaresma.
O Evangelho deste segundo Domingo da Quaresma é a narração da Transfiguração de Jesus, escrito por São Lucas (Lc 9,28b-36). Este relato apresenta o episódio da Transfiguração de Jesus. Nesta passagem, revela-se a sua glória e a sua identidade como Filho de Deus, mas também se antecipa o mistério da sua Paixão, pois Moisés e Elias dialogam com Ele sobre os sofrimentos que enfrentará em Jerusalém.
A cena relatada no evangelho acontece oito dias depois de Cristo ter anunciado: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” 4 Jesus leva Pedro, Tiago e João ao monte para orar e, enquanto orava, Sua aparência muda e Suas vestes se tornam resplandecentes.
Este momento é um convite para compreender a verdadeira natureza de Cristo e o caminho que Ele deve percorrer. Pedro, extasiado, sugere construir três tendas, mas é interrompido por uma nuvem que os envolve.
Esta nuvem, símbolo da presença divina, se abre e a voz do Pai proclama: “Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” 5. Essa revelação é um claro apontamento de que, embora Jesus seja o Messias glorioso, Sua missão envolve também o sofrimento e a cruz. Tal momento de êxtase é, portanto, preparatório para o escândalo da Paixão, que os discípulos ainda precisam compreender e aceitar.
Com a Transfiguração, os apóstolos são chamados a olhar para além das dificuldades que virão, reforçando a fé em Jesus como Filho de Deus. Para nós, também é um convite para discernir a glória de Cristo não só nas alegrias, mas também nas provas. A reflexão que surge é: estamos prontos para ouvir e seguir Jesus, mesmo quando a cruz se apresenta em nosso caminho?
Uma das cenas que contemplamos ao meditar os mistérios luminosos é a Transfiguração do Senhor. Que tal saber mais sobre eles?
A liturgia deste segundo domingo de Quaresma nos conduz a uma experiência profunda de fé e esperança. Abraão, ao confiar na promessa de Deus, ensina-nos que a fé verdadeira exige entrega e abandono aos planos de Deus. No Salmo, encontramos essa mesma certeza: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo?”
A confiança no Senhor não elimina as dificuldades, mas nos dá forças para enfrentá-las. Assim como Deus firmou uma aliança com Abraão, Ele também nos chama a caminhar em sua presença, sustentados pela fé e pela esperança na vida eterna.
Outro aspecto central desta liturgia é a Transfiguração de Jesus como um momento de preparação espiritual, no qual a contemplação do mistério fortalece a fé dos discípulos. Antes de subir ao Tabor, Cristo já havia anunciado a cruz, o sofrimento e a necessidade da renúncia. No entanto, antes de enfrentar Sua Paixão, Ele concede a Pedro, Tiago e João uma visão antecipada da glória que virá. Esse episódio ilumina toda a Sua missão e nos ensina que a cruz não é o destino final, mas o caminho para a vitória. Da dor, nasce a redenção.
“Jesus queria armar os seus apóstolos com uma grande força de alma e uma constância que lhes permitissem carregar sem temor a sua própria cruz, a despeito da sua dureza. Queria também que eles não corassem com o seu suplício, que não considerassem uma vergonha a paciência com que Ele haveria de suportar uma Paixão tão cruel, sem nada perder da glória do seu poder.” 6
Confira também a liturgia e os ensinamentos do primeiro domingo da Quaresma.
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Entenda o que a Igreja nos ensina por meio da liturgia do segundo domingo da Quaresma, meditando cada uma das leituras.
O caminho proposto pela liturgia neste domingo é de uma riqueza sem tamanho. Com Jesus, avançaremos um pouco mais na nossa busca pela conversão nesta Quaresma, sem esmorecer e sem desesperar da Cruz.
Saiba tudo o que um católico precisa saber sobre a Quaresma, tempo de conversão.
O segundo domingo da Quaresma segue a mesma trilha traçada pelo primeiro: construir um itinerário firme para bem viver este tempo santo, preparando-nos para a Páscoa de Cristo e para a nossa Páscoa com ele.
O que a liturgia deste domingo nos ensina? Em poucas palavras: a fé verdadeira não se esconde nas dificuldades, mas se fortalece diante delas: Abraão confia em Deus mesmo quando tudo parece impossível; São Paulo alerta sobre as falsas promessas do mundo, e Jesus, no Tabor, revela a nós que a glória vem através da cruz.
Sem a força divina, a cruz pode parecer um peso insuportável, mas com Cristo, ela se torna o caminho da verdadeira vida e da ressurreição.
A primeira leitura deste segundo domingo da Quaresma é extraída do livro de Gênesis, capítulo 15 (Gn 15,5-12.17-18), onde Deus faz uma aliança com Abraão, assegurando-lhe a promessa de uma grande descendência. Deus, ao convidar Abraão a olhar para o céu e contar as estrelas, promete que sua posteridade será tão numerosa quanto elas. Apesar de Abraão ser idoso e sem filhos, Deus faz essa promessa de forma irrevogável.
Neste momento, Deus exige de Abraão uma confiança total, até mesmo diante da impossibilidade humana. Ao longo da leitura, Abraão questiona como poderia confiar em uma promessa tão grandiosa, e Deus lhe confirma com um sinal, um sacrifício de animais, e faz com ele uma aliança solene. Este episódio destaca não só a fé de Abraão, mas também a fidelidade de Deus, que cumpre suas promessas, mesmo quando a situação parece desfavorável. Essa aliança se torna o ponto de partida para a história da salvação, marcada pela confiança e fidelidade mútua entre Deus e os homens.
Entenda a origem, divisão e os principais temas tratados no Antigo Testamento.
O salmo da liturgia do segundo Domingo da Quaresma é o 26(27), e este canta: O Senhor é minha luz e salvação.
Esse salmo expressa de forma plena o sentido da liturgia deste domingo, ecoando a fé inabalável de Abraão diante da promessa divina de uma vasta descendência e de uma terra a ser herdada. Assim como ele confiou sem hesitar, o salmista proclama com firmeza: “O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?”
Assim como Abraão acreditou na promessa divina mesmo diante da provação, a Transfiguração de Jesus manifesta a entrega total ao desígnio do Pai, revelando a glória que se esconde sob a sombra da cruz. Dessa forma, tanto Cristo quanto Abraão podem proclamar com confiança:
Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
Prepare-se para a Páscoa com Santo Afonso de Ligório, acesse as meditações diárias para a Quaresma neste artigo.
Na segunda leitura deste domingo, extraída da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 3,17-4,1), o apóstolo Paulo faz um convite claro e decisivo aos fiéis: “sede meus imitadores” 1. Ele exorta aquela comunidade — e nós hoje — a permanecer firme na fé, buscando não a glória passageira das coisas terrenas, mas a verdadeira pátria, que está nos céus. Paulo nos coloca diante de uma escolha: seguir os caminhos do mundo ou ancorar nossa esperança naquilo que é eterno e imutável.
São Paulo distingue, assim, aqueles que vivem para os prazeres efêmeros e aqueles que têm seus corações voltados para a glória futura. Ele afirma, com clareza, que a nossa pátria está nos céus 2, enfatizando que nossa identidade não está neste mundo, mas em Cristo. Ele nos aponta para a transformação que aguarda os fiéis: “[Cristo] transformará nosso mísero corpo, tornando-o semelhante ao seu corpo glorioso […]” 3.
Esse trecho nos desafia a viver com a perspectiva da ressurreição, aguardando com esperança a vinda do Senhor. A tentativa de buscar soluções imediatas e prazeres temporários afasta-nos dessa visão eterna. Somos, então, convidados a nos questionar: estamos dispostos a viver com os olhos fixos no céu e não nas coisas que se perdem?
Saiba porque fazemos penitência na quaresma.
O Evangelho deste segundo Domingo da Quaresma é a narração da Transfiguração de Jesus, escrito por São Lucas (Lc 9,28b-36). Este relato apresenta o episódio da Transfiguração de Jesus. Nesta passagem, revela-se a sua glória e a sua identidade como Filho de Deus, mas também se antecipa o mistério da sua Paixão, pois Moisés e Elias dialogam com Ele sobre os sofrimentos que enfrentará em Jerusalém.
A cena relatada no evangelho acontece oito dias depois de Cristo ter anunciado: “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.” 4 Jesus leva Pedro, Tiago e João ao monte para orar e, enquanto orava, Sua aparência muda e Suas vestes se tornam resplandecentes.
Este momento é um convite para compreender a verdadeira natureza de Cristo e o caminho que Ele deve percorrer. Pedro, extasiado, sugere construir três tendas, mas é interrompido por uma nuvem que os envolve.
Esta nuvem, símbolo da presença divina, se abre e a voz do Pai proclama: “Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o” 5. Essa revelação é um claro apontamento de que, embora Jesus seja o Messias glorioso, Sua missão envolve também o sofrimento e a cruz. Tal momento de êxtase é, portanto, preparatório para o escândalo da Paixão, que os discípulos ainda precisam compreender e aceitar.
Com a Transfiguração, os apóstolos são chamados a olhar para além das dificuldades que virão, reforçando a fé em Jesus como Filho de Deus. Para nós, também é um convite para discernir a glória de Cristo não só nas alegrias, mas também nas provas. A reflexão que surge é: estamos prontos para ouvir e seguir Jesus, mesmo quando a cruz se apresenta em nosso caminho?
Uma das cenas que contemplamos ao meditar os mistérios luminosos é a Transfiguração do Senhor. Que tal saber mais sobre eles?
A liturgia deste segundo domingo de Quaresma nos conduz a uma experiência profunda de fé e esperança. Abraão, ao confiar na promessa de Deus, ensina-nos que a fé verdadeira exige entrega e abandono aos planos de Deus. No Salmo, encontramos essa mesma certeza: “O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo?”
A confiança no Senhor não elimina as dificuldades, mas nos dá forças para enfrentá-las. Assim como Deus firmou uma aliança com Abraão, Ele também nos chama a caminhar em sua presença, sustentados pela fé e pela esperança na vida eterna.
Outro aspecto central desta liturgia é a Transfiguração de Jesus como um momento de preparação espiritual, no qual a contemplação do mistério fortalece a fé dos discípulos. Antes de subir ao Tabor, Cristo já havia anunciado a cruz, o sofrimento e a necessidade da renúncia. No entanto, antes de enfrentar Sua Paixão, Ele concede a Pedro, Tiago e João uma visão antecipada da glória que virá. Esse episódio ilumina toda a Sua missão e nos ensina que a cruz não é o destino final, mas o caminho para a vitória. Da dor, nasce a redenção.
“Jesus queria armar os seus apóstolos com uma grande força de alma e uma constância que lhes permitissem carregar sem temor a sua própria cruz, a despeito da sua dureza. Queria também que eles não corassem com o seu suplício, que não considerassem uma vergonha a paciência com que Ele haveria de suportar uma Paixão tão cruel, sem nada perder da glória do seu poder.” 6
Confira também a liturgia e os ensinamentos do primeiro domingo da Quaresma.