Formação

Como surgiu o presépio?

Entende como surgiu o presépio, o papel de São Francisco de Assis nesse história e o significado de cada coisa do presépio.

Como surgiu o presépio?
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Como surgiu o presépio?

Entende como surgiu o presépio, o papel de São Francisco de Assis nesse história e o significado de cada coisa do presépio.

Data da Publicação: 22/12/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC
Data da Publicação: 22/12/2023
Tempo de leitura:
Autor: Redação MBC

Você sabe como surgiu o presépio? Pois bem, este artigo tem por finalidade te responder e apresentar um detalhado relato da biografia de São Francisco de Assis sobre esse acontecimento.

A primeira festa natalina em que se montou um presépio ocorreu no ano de 1223, na Véspera de Natal, tendo sido a cena interpretada por São Francisco de Assis em uma caverna perto da ermida de Greccio (Itália). A cena do Nascimento de Cristo não fora nessa ocasião representada com estatuetas e miniaturas de objetos do cotidiano, tal como fazemos hoje, e sim numa manjedoura, com a presença apenas do boi e do jumento (animais de verdade, e sem a figura do Menino), imagem inspirada na tradição cristã e no trecho bíblico do Livro de Isaías: “Conheceu o boi a seu possuidor, e o jumento o presépio de seu dono, mas Israel não me conheceu, e o meu povo não entendeu”. Esses animais aparecem já representados num presépio do século IV, o qual foi descoberto em 1877 nas catacumbas da Basílica de São Sebastião Fora-dos-Muros em Roma. Segundo a Legenda de São Francisco, escrita por São Boaventura, o Santo de Assis leu o Evangelho e pregou a respeito do Nascimento de Cristo, que ocorreu durante uma noite fria de inverno dentro de uma caverna em que se abrigavam animais que, junto ao Menino, O aqueciam com seu próprio hálito. O sermão causou enorme comoção nos fiéis presentes. O senhor do lugar, João de Greccio, “garantiu que vira na manjedoura uma linda criança adormecida, a qual o Padre Francisco tinha acolhido em seus braços e feito dormir”.

Veja também: O simbolismo do Natal

Relato de como surgiu o presépio por Tomás de Celano

Leia agora o relato de como surgiu o presépio em Grecccio nas palavras de Tomás Celano, autor da principal biografia de São Francisco:

como surgiu o presepio são francisco giotto
São Francisco em Greccio, por Giotto, 1295.
“A suprema aspiração de Francisco, o seu mais vivo desejo e mais elevado propósito era observar em tudo e sempre o Santo Evangelho e seguir a doutrina e os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo com suma aplicação da mente e fervor do coração. Reevocava as suas divinas palavras em meditação assídua e jamais deixava de ter presentes, em aprofundada contemplação, os passos da Sua vida. Tinha tão vivas na memória a humildade da Encarnação e a caridade da Paixão, que lhe era difícil pensar noutra coisa.
Muito digno de piedosa e perene memória foi o que ele fez três anos antes da sua gloriosa morte, perto de Greccio, no dia da Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivia nessa comarca um homem chamado João, de boa fama e melhor teor de vida, a quem o bem-aventurado Pai queria com singular afeição, pois sendo ele de honrada estirpe, desprezava a linhagem de sangue e aspirava unicamente à nobreza do espírito. Uns quinze dias antes do Natal, Francisco mandou-o chamar, como aliás amiúde fazia, e disse-lhe: ‘Se queres que celebremos em Greccio o próximo Natal do Senhor, vai imediatamente e começa já a prepará-lo como vou dizer. É meu desejo celebrar a memória do Menino que nasceu em Belém de modo a poder contemplar com os meus próprios olhos o desconforto que então padeceu e o modo como foi reclinado no feno da manjedoura, entre o boi e o jumento’. Ao ouvir isso, o fiel e bondoso amigo partiu apressadamente, a fim de preparar no local designado tudo o que o santo acabava de lhe pedir.

E o dia chegou, festivo, jubiloso. Foram convocados irmãos dos vários conventos em redor. Homens e mulheres da região, coração em festa, prepararam, como puderam, círios e archotes para iluminarem aquela noite que viu aparecer no céu, rutilante, a Estrela que havia de iluminar todas as noites e todos os tempos. Por fim, chega Francisco. Vê que tudo está a postos e fica radiante. Lá estava a manjedoura com o feno e, junto dela, o boi e o jumento. Ali receberia honras a simplicidade, ali seria a vitória da pobreza, ali se aprenderia a lição melhor da humildade. Greccio seria a nova Belém.

A noite resplandecia feito o dia, noite de encanto para homens e animais. Vem chegando gente. A renovação do mistério dá a todos motivos novos para rejubilarem. Erguem-se vozes na floresta e as rochas alcantiladas repercutem os hinos festivos. Os irmãos entoam os louvores do Senhor, e entre cânticos de júbilo fremente decorre toda a noite. O santo de Deus está de pé diante do presépio, desfeito em suspiros, trespassado de piedade, submerso em gozo inefável. Por fim, é celebrado o rito solene da Eucaristia sobre a manjedoura, e o sacerdote que a celebra sente uma consolação jamais experimentada.

Francisco reveste-se com os paramentos diaconais, pois era diácono, e, com voz sonora, canta o santo Evangelho. A sua voz potente e doce, límpida e bem timbrada, convida os presentes às mais altas alegrias. Pregando ao povo, tem palavras doces feito o mel para evocar o nascimento do Rei pobre e a pequena cidade de Belém. Por vezes, ao mencionar Jesus Cristo, abrasado de amor, chama-lhe o ‘menino de Belém’, e, ao dizer ‘Belém’, era como se imitasse o balir duma ovelha e deixasse extravasar da boca toda a maviosidade da voz e toda a ternura do coração. Quando lhe chamava ‘menino de Belém’ ou ‘Jesus’, passava a língua pelos lábios, como para saborear e reter a doçura de tão abençoados nomes.

Entre as graças prodigalizadas pelo Senhor nesse lugar, conta-se a visão admirável com que foi favorecido certo homem de grande virtude. Pareceu-lhe ver, reclinado no presépio, um menino sem vida. Mas quando dele se abeirou o santo, logo despertou, suavemente arrancado ao sono profundo. De resto, não deixava essa visão de ter um sentido real, já que, pelos méritos do santo, o Menino Jesus ressuscitou no coração de muitos que o tinham esquecido e a sua imagem ficou indelevelmente impressa em suas memórias. Terminada a solene vigília, todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria.

O feno que havia sido colocado na manjedoura foi conservado ‘para que Javé, em sua misericórdia, curasse os jumentos e outros animais’. E, na verdade, assim aconteceu. Muitos animais daquela região, atingidos de várias moléstias, comeram desse feno e ficaram curados. Mais: mulheres com partos longos e difíceis colocaram sobre si mesmas um pouco desse feno e deram à luz facilmente. Do mesmo modo, incontáveis homens e mulheres puderam dessa forma recobrar a saúde.

O presépio é hoje um templo consagrado ao Senhor. No lugar da manjedoura foi construído um altar em honra do bem-aventurado Pai Francisco, a fim de que ali, onde outrora os animais se alimentavam com feno, pudessem os homens alimentar-se continuamente, para saúde da alma e do corpo, com a carne do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo Senhor Nosso, que a Si mesmo se nos deu com sumo e inefável amor, Ele que vive e reina, eternamente glorioso com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia!”

Você também vai gostar de ler Nossa Senhora do Ó: uma devoção especial para o natal

O significado de cada coisa do presépio

Depois de entender como surgiu o presépio, confira um pouco mais sobre o significado de cada um dos elementos que compõem um presépio.

A Gruta: 

Nenhum dos Evangelhos canônicos fala expressamente a respeito de uma gruta ou de um estábulo onde Maria teria dado à luz o Messias. Na única menção canônica, em Lc 2,7 (fala-se que Maria O enfaixou e reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para a Sagrada Família na estalagem), essa tradição foi então suplantada no século IV, quando se entendeu a gruta como sendo o local do nascimento. Ela fica posicionada ao centro da cena, na parte inferior, às vezes tendo ambos os lados com proporções reduzidas, nos quais se encontram os pastores com os rebanhos, as fogueiras e os animais da fazenda. Caminhos acidentados conduzem das montanhas até a gruta, símbolo materno por excelência e lugar do nascimento miraculoso. Trata-se de uma jornada desde as alturas até as regiões inferiores, até as entranhas da terra e o subterrâneo, para que testemunhamos – depois de vencidas as aflições que se apresentam na descida até a escuridão – o triunfo da luz sobre as trevas, bem como o renascer da natureza após a retirada do inverno. A gruta se apresenta como uma divisa entre a luz e as trevas, assim como o lugar de ingresso ao Inferno e ao mistério da própria morte.

como surgiu o presépio

Os animais:

Representam a natureza a serviço do homem e de Deus. No nascimento de Jesus forneceram calor ao local e simbolizam a simplicidade do local onde Jesus quis nascer.

Pastores:

Depois de Maria e José, os pastores foram os primeiros a saberem do nascimento do Salvador. Os pastores também simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos conhecidas.

O anjo:

Representa o céu que celebra o nascimento de Jesus. É o mensageiro de Deus, comunicador da Boa Notícia. O anjo do presépio, normalmente, segura uma faixa com a frase: “Gloria in excelsis Deo”, que significa: Glória a Deus nas alturas.

Estrela:

Simboliza a luz de Deus que guia guiou os Reis Magos onde estava Jesus. É a indicação do caminho que se deve percorrer para encontrar o Menino Jesus.

Reis Magos:

Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência. Conheciam astronomia, medicina e matemática. Eles representam a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Segundo São João Paulo II, “a verdadeira ciência nos leva à fé”, pois nos revela a grandeza da criação.

Ouro, incenso e mirra:

O ouro significa a realeza; era um presente dados aos reis. 

O incenso significa a divindade, um presente dado aos sacerdotes. Sua fumaça simboliza as orações que sobem ao céu. Dando este presente a Jesus, os magos reconhecem que o Menino é divino. 

A mirra simboliza o sofrimento e a eternidade. É um presente profético: anuncia que Jesus vai sofrer, mas também que seu reinado será eterno.

São José:

É o pai adotivo de Jesus, o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. São José deu ao Menino Jesus a experiência de ser filho de um pai terreno.

Nossa Senhora:

É a Mãe do Menino Jesus, a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse ‘sim’ à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu Jesus.

A Manjedoura: 

A manjedoura é o lugar onde se colocava a comida para o gado. A palavra manjedoura vem do Latim “manjare”, que significa “comer”. Jesus sendo colocado na manjedoura é prenúncio da Eucaristia: Jesus será o “Pão da Vida” que alimenta os homens. A manjedoura também simboliza a simplicidade, a pobreza de coração, a humildade.

Menino Jesus:

É o Filho de Deus que Se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. “Sendo ele de condição divina,não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens”

(Filipenses 2, 6-7)

A festa do Natal é tão especial que dura 8 dias. Saiba o que é a Oitava de Natal.

Redação MBC

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O que você vai encontrar neste artigo?

Você sabe como surgiu o presépio? Pois bem, este artigo tem por finalidade te responder e apresentar um detalhado relato da biografia de São Francisco de Assis sobre esse acontecimento.

A primeira festa natalina em que se montou um presépio ocorreu no ano de 1223, na Véspera de Natal, tendo sido a cena interpretada por São Francisco de Assis em uma caverna perto da ermida de Greccio (Itália). A cena do Nascimento de Cristo não fora nessa ocasião representada com estatuetas e miniaturas de objetos do cotidiano, tal como fazemos hoje, e sim numa manjedoura, com a presença apenas do boi e do jumento (animais de verdade, e sem a figura do Menino), imagem inspirada na tradição cristã e no trecho bíblico do Livro de Isaías: “Conheceu o boi a seu possuidor, e o jumento o presépio de seu dono, mas Israel não me conheceu, e o meu povo não entendeu”. Esses animais aparecem já representados num presépio do século IV, o qual foi descoberto em 1877 nas catacumbas da Basílica de São Sebastião Fora-dos-Muros em Roma. Segundo a Legenda de São Francisco, escrita por São Boaventura, o Santo de Assis leu o Evangelho e pregou a respeito do Nascimento de Cristo, que ocorreu durante uma noite fria de inverno dentro de uma caverna em que se abrigavam animais que, junto ao Menino, O aqueciam com seu próprio hálito. O sermão causou enorme comoção nos fiéis presentes. O senhor do lugar, João de Greccio, “garantiu que vira na manjedoura uma linda criança adormecida, a qual o Padre Francisco tinha acolhido em seus braços e feito dormir”.

Veja também: O simbolismo do Natal

Relato de como surgiu o presépio por Tomás de Celano

Leia agora o relato de como surgiu o presépio em Grecccio nas palavras de Tomás Celano, autor da principal biografia de São Francisco:

como surgiu o presepio são francisco giotto
São Francisco em Greccio, por Giotto, 1295.
“A suprema aspiração de Francisco, o seu mais vivo desejo e mais elevado propósito era observar em tudo e sempre o Santo Evangelho e seguir a doutrina e os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo com suma aplicação da mente e fervor do coração. Reevocava as suas divinas palavras em meditação assídua e jamais deixava de ter presentes, em aprofundada contemplação, os passos da Sua vida. Tinha tão vivas na memória a humildade da Encarnação e a caridade da Paixão, que lhe era difícil pensar noutra coisa.
Muito digno de piedosa e perene memória foi o que ele fez três anos antes da sua gloriosa morte, perto de Greccio, no dia da Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Vivia nessa comarca um homem chamado João, de boa fama e melhor teor de vida, a quem o bem-aventurado Pai queria com singular afeição, pois sendo ele de honrada estirpe, desprezava a linhagem de sangue e aspirava unicamente à nobreza do espírito. Uns quinze dias antes do Natal, Francisco mandou-o chamar, como aliás amiúde fazia, e disse-lhe: ‘Se queres que celebremos em Greccio o próximo Natal do Senhor, vai imediatamente e começa já a prepará-lo como vou dizer. É meu desejo celebrar a memória do Menino que nasceu em Belém de modo a poder contemplar com os meus próprios olhos o desconforto que então padeceu e o modo como foi reclinado no feno da manjedoura, entre o boi e o jumento’. Ao ouvir isso, o fiel e bondoso amigo partiu apressadamente, a fim de preparar no local designado tudo o que o santo acabava de lhe pedir.

E o dia chegou, festivo, jubiloso. Foram convocados irmãos dos vários conventos em redor. Homens e mulheres da região, coração em festa, prepararam, como puderam, círios e archotes para iluminarem aquela noite que viu aparecer no céu, rutilante, a Estrela que havia de iluminar todas as noites e todos os tempos. Por fim, chega Francisco. Vê que tudo está a postos e fica radiante. Lá estava a manjedoura com o feno e, junto dela, o boi e o jumento. Ali receberia honras a simplicidade, ali seria a vitória da pobreza, ali se aprenderia a lição melhor da humildade. Greccio seria a nova Belém.

A noite resplandecia feito o dia, noite de encanto para homens e animais. Vem chegando gente. A renovação do mistério dá a todos motivos novos para rejubilarem. Erguem-se vozes na floresta e as rochas alcantiladas repercutem os hinos festivos. Os irmãos entoam os louvores do Senhor, e entre cânticos de júbilo fremente decorre toda a noite. O santo de Deus está de pé diante do presépio, desfeito em suspiros, trespassado de piedade, submerso em gozo inefável. Por fim, é celebrado o rito solene da Eucaristia sobre a manjedoura, e o sacerdote que a celebra sente uma consolação jamais experimentada.

Francisco reveste-se com os paramentos diaconais, pois era diácono, e, com voz sonora, canta o santo Evangelho. A sua voz potente e doce, límpida e bem timbrada, convida os presentes às mais altas alegrias. Pregando ao povo, tem palavras doces feito o mel para evocar o nascimento do Rei pobre e a pequena cidade de Belém. Por vezes, ao mencionar Jesus Cristo, abrasado de amor, chama-lhe o ‘menino de Belém’, e, ao dizer ‘Belém’, era como se imitasse o balir duma ovelha e deixasse extravasar da boca toda a maviosidade da voz e toda a ternura do coração. Quando lhe chamava ‘menino de Belém’ ou ‘Jesus’, passava a língua pelos lábios, como para saborear e reter a doçura de tão abençoados nomes.

Entre as graças prodigalizadas pelo Senhor nesse lugar, conta-se a visão admirável com que foi favorecido certo homem de grande virtude. Pareceu-lhe ver, reclinado no presépio, um menino sem vida. Mas quando dele se abeirou o santo, logo despertou, suavemente arrancado ao sono profundo. De resto, não deixava essa visão de ter um sentido real, já que, pelos méritos do santo, o Menino Jesus ressuscitou no coração de muitos que o tinham esquecido e a sua imagem ficou indelevelmente impressa em suas memórias. Terminada a solene vigília, todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria.

O feno que havia sido colocado na manjedoura foi conservado ‘para que Javé, em sua misericórdia, curasse os jumentos e outros animais’. E, na verdade, assim aconteceu. Muitos animais daquela região, atingidos de várias moléstias, comeram desse feno e ficaram curados. Mais: mulheres com partos longos e difíceis colocaram sobre si mesmas um pouco desse feno e deram à luz facilmente. Do mesmo modo, incontáveis homens e mulheres puderam dessa forma recobrar a saúde.

O presépio é hoje um templo consagrado ao Senhor. No lugar da manjedoura foi construído um altar em honra do bem-aventurado Pai Francisco, a fim de que ali, onde outrora os animais se alimentavam com feno, pudessem os homens alimentar-se continuamente, para saúde da alma e do corpo, com a carne do Cordeiro Imaculado, Jesus Cristo Senhor Nosso, que a Si mesmo se nos deu com sumo e inefável amor, Ele que vive e reina, eternamente glorioso com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia!”

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O significado de cada coisa do presépio

Depois de entender como surgiu o presépio, confira um pouco mais sobre o significado de cada um dos elementos que compõem um presépio.

A Gruta: 

Nenhum dos Evangelhos canônicos fala expressamente a respeito de uma gruta ou de um estábulo onde Maria teria dado à luz o Messias. Na única menção canônica, em Lc 2,7 (fala-se que Maria O enfaixou e reclinou numa manjedoura, porque não havia lugar para a Sagrada Família na estalagem), essa tradição foi então suplantada no século IV, quando se entendeu a gruta como sendo o local do nascimento. Ela fica posicionada ao centro da cena, na parte inferior, às vezes tendo ambos os lados com proporções reduzidas, nos quais se encontram os pastores com os rebanhos, as fogueiras e os animais da fazenda. Caminhos acidentados conduzem das montanhas até a gruta, símbolo materno por excelência e lugar do nascimento miraculoso. Trata-se de uma jornada desde as alturas até as regiões inferiores, até as entranhas da terra e o subterrâneo, para que testemunhamos – depois de vencidas as aflições que se apresentam na descida até a escuridão – o triunfo da luz sobre as trevas, bem como o renascer da natureza após a retirada do inverno. A gruta se apresenta como uma divisa entre a luz e as trevas, assim como o lugar de ingresso ao Inferno e ao mistério da própria morte.

como surgiu o presépio

Os animais:

Representam a natureza a serviço do homem e de Deus. No nascimento de Jesus forneceram calor ao local e simbolizam a simplicidade do local onde Jesus quis nascer.

Pastores:

Depois de Maria e José, os pastores foram os primeiros a saberem do nascimento do Salvador. Os pastores também simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos conhecidas.

O anjo:

Representa o céu que celebra o nascimento de Jesus. É o mensageiro de Deus, comunicador da Boa Notícia. O anjo do presépio, normalmente, segura uma faixa com a frase: “Gloria in excelsis Deo”, que significa: Glória a Deus nas alturas.

Estrela:

Simboliza a luz de Deus que guia guiou os Reis Magos onde estava Jesus. É a indicação do caminho que se deve percorrer para encontrar o Menino Jesus.

Reis Magos:

Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência. Conheciam astronomia, medicina e matemática. Eles representam a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Segundo São João Paulo II, “a verdadeira ciência nos leva à fé”, pois nos revela a grandeza da criação.

Ouro, incenso e mirra:

O ouro significa a realeza; era um presente dados aos reis. 

O incenso significa a divindade, um presente dado aos sacerdotes. Sua fumaça simboliza as orações que sobem ao céu. Dando este presente a Jesus, os magos reconhecem que o Menino é divino. 

A mirra simboliza o sofrimento e a eternidade. É um presente profético: anuncia que Jesus vai sofrer, mas também que seu reinado será eterno.

São José:

É o pai adotivo de Jesus, o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. São José deu ao Menino Jesus a experiência de ser filho de um pai terreno.

Nossa Senhora:

É a Mãe do Menino Jesus, a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse ‘sim’ à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu Jesus.

A Manjedoura: 

A manjedoura é o lugar onde se colocava a comida para o gado. A palavra manjedoura vem do Latim “manjare”, que significa “comer”. Jesus sendo colocado na manjedoura é prenúncio da Eucaristia: Jesus será o “Pão da Vida” que alimenta os homens. A manjedoura também simboliza a simplicidade, a pobreza de coração, a humildade.

Menino Jesus:

É o Filho de Deus que Se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. “Sendo ele de condição divina,não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens”

(Filipenses 2, 6-7)

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