Saiba por que a Igreja celebra a Oitava de Natal, o que é comemorado neste período e como fica a abstinência de carne na sexta-feira.
Saiba por que a Igreja celebra a Oitava de Natal, o que é comemorado neste período e como fica a abstinência de carne na sexta-feira.
Imaginem o seguinte: todos nós, seres humanos, estávamos fadados a um destino triste de distância de Deus porque escolhemos pecar. Mas Deus, em sua infinita bondade, decide traçar uma aliança definitiva com o objetivo de nos salvar desse destino. E, para isso, manda seu Filho, que se encarna no meio de nós. Um dia não é suficiente para comemorar isso. Dedicamos normalmente três dias para as formaturas na faculdade (culto, colação e festa). A Encarnação do Verbo não merecia mais dias? Essa extensão é a chamada Oitava de Natal.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre ela. No final, queremos que todos tenham o coração inflado de alegria pelo Nascimento de nosso Salvador!
O grande escritor inglês, Gilbert Keith Chesterton, dizia que, se em um universo paralelo, a história da Salvação não existisse, nenhuma imaginação humana seria capaz de escrevê-la do zero, como se fosse uma aventura épica. E a rotina realmente nos torna um pouco indiferentes para a grandiosidade do acontecimento que celebramos no dia 25 de dezembro e que estendemos na Oitava de Natal.
Deus (infinito, Todo-poderoso, Criador do universo) enviou se próprio Filho (o Verbo, o Salvador) para redimir uma humanidade que conscientemente disse não a Ele. E escolheu fazer isso não usando a grandiosidade de Sua natureza, mas se valendo da forma mais humilde, simples e insegura possível. Escolheu nascer humano, com uma mãe humana, pobre, em um local ermo. Recebeu “nãos” já logo antes de nascer, pois teve de chegar ao mundo numa manjedoura.
Temos de refletir sobre isso profundamente: Jesus não precisava ter passado por isso. Poderia ter descido dos Céus majestosamente. Mas escolheu reduzir sua grandeza ao ponto de ser tocado pelas delicadas e simples mãos de Maria e de José.
E dessa humildade, desse evento extraordinário, brota a esperança da humanidade de, um dia, se reunir em definitivo e plenamente com Deus. Por isso, precisamos da Oitava de Natal para fazer mais jus ao que celebramos.
Conheça também a devoção a Nossa Senhora do Ó.
Tendo em vista essa realidade maravilhosa da Encarnação do Verbo, chegamos à Oitava de Natal: as festas não acabam (e nem devem acabar) no dia 25 de Dezembro. Elas perduram desde o dia 25 até o dia primeiro de Janeiro, quando celebramos a Solenidade de Maria, Mãe de Deus.
Quem é mais atento ao caminho do ano litúrgico, lembrará que não é a única vez no ano que comemoramos uma Oitava. Na Páscoa isso também é celebrado.
Portanto, devemos festejar a Encarnação de Jesus durante todo esse período, que ainda conta com outras festas relevantes: Santo Estêvão, dia 26; São João Evangelista, dia 27; Santos Inocentes e Mártires, dia 28; Sagrada Família, dia 31.
Vejam então o quão proveitoso pode ser esse período, pois até mesmo dentro das outras festas, podemos meditar com frutos o mistério do Natal:
1) Santo Estêvão foi o primeiro mártir da história. E isso só ocorreu por sua fé na Encarnação, Morte e Ressureição de Nosso Senhor.
2) São João conviveu com Jesus e eternizou em seu Evangelho os acontecimentos que embasam nossa fé. E o início do mesmo é a síntese de toda festa da Oitava de Natal: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” 1.
3) A festa dos Santos Inocentes traz a evidência de uma característica que Cristo, Rei do Universo, assumiu ao se encarnar: a inocência. É de se admirar a ideia de que o próprio Deus se tenha feito tão pequeno.
4) Por fim, que dispensaria até maiores explicações, a festa da Sagrada Família. Afinal, o que mais propício ao período da Oitava de Natal, do que refletir e rezar para Jesus, Maria e José enquanto família?
A Novena da Epifania do Senhor começa dentro da Oitava de Natal, no dia 28 de dezembro. Que tal rezá-la?
Essa questão sempre aparece e costuma gerar confusão entre os fieis, muito por causa da Oitava de Páscoa. O que diz a Santa Igreja?
1) Todas as sextas-feiras do ano devem ser de abstinência de carne ou comutação (caso autorizada pela conferência local) por outra penitência ou obra de misericórdia. Vale lembrar que no Brasil temos autorização da CNBB para isso.
2) Estamos dispensados da penitência caso a sexta-feira coincida com uma solenidade.
Então é aí que mora a confusão: o caráter da Oitava. Enquanto na Oitava de Páscoa o caráter é de solenidade, na Oitava de Natal o caráter é de festa. Portanto, neste caso, não estamos dispensados da abstinência de carne (ou da comutação por outra penitência).
Leia mais: Abstinência de carne: tudo que um católico precisa saber
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Imaginem o seguinte: todos nós, seres humanos, estávamos fadados a um destino triste de distância de Deus porque escolhemos pecar. Mas Deus, em sua infinita bondade, decide traçar uma aliança definitiva com o objetivo de nos salvar desse destino. E, para isso, manda seu Filho, que se encarna no meio de nós. Um dia não é suficiente para comemorar isso. Dedicamos normalmente três dias para as formaturas na faculdade (culto, colação e festa). A Encarnação do Verbo não merecia mais dias? Essa extensão é a chamada Oitava de Natal.
Neste artigo, vamos falar um pouco mais sobre ela. No final, queremos que todos tenham o coração inflado de alegria pelo Nascimento de nosso Salvador!
O grande escritor inglês, Gilbert Keith Chesterton, dizia que, se em um universo paralelo, a história da Salvação não existisse, nenhuma imaginação humana seria capaz de escrevê-la do zero, como se fosse uma aventura épica. E a rotina realmente nos torna um pouco indiferentes para a grandiosidade do acontecimento que celebramos no dia 25 de dezembro e que estendemos na Oitava de Natal.
Deus (infinito, Todo-poderoso, Criador do universo) enviou se próprio Filho (o Verbo, o Salvador) para redimir uma humanidade que conscientemente disse não a Ele. E escolheu fazer isso não usando a grandiosidade de Sua natureza, mas se valendo da forma mais humilde, simples e insegura possível. Escolheu nascer humano, com uma mãe humana, pobre, em um local ermo. Recebeu “nãos” já logo antes de nascer, pois teve de chegar ao mundo numa manjedoura.
Temos de refletir sobre isso profundamente: Jesus não precisava ter passado por isso. Poderia ter descido dos Céus majestosamente. Mas escolheu reduzir sua grandeza ao ponto de ser tocado pelas delicadas e simples mãos de Maria e de José.
E dessa humildade, desse evento extraordinário, brota a esperança da humanidade de, um dia, se reunir em definitivo e plenamente com Deus. Por isso, precisamos da Oitava de Natal para fazer mais jus ao que celebramos.
Conheça também a devoção a Nossa Senhora do Ó.
Tendo em vista essa realidade maravilhosa da Encarnação do Verbo, chegamos à Oitava de Natal: as festas não acabam (e nem devem acabar) no dia 25 de Dezembro. Elas perduram desde o dia 25 até o dia primeiro de Janeiro, quando celebramos a Solenidade de Maria, Mãe de Deus.
Quem é mais atento ao caminho do ano litúrgico, lembrará que não é a única vez no ano que comemoramos uma Oitava. Na Páscoa isso também é celebrado.
Portanto, devemos festejar a Encarnação de Jesus durante todo esse período, que ainda conta com outras festas relevantes: Santo Estêvão, dia 26; São João Evangelista, dia 27; Santos Inocentes e Mártires, dia 28; Sagrada Família, dia 31.
Vejam então o quão proveitoso pode ser esse período, pois até mesmo dentro das outras festas, podemos meditar com frutos o mistério do Natal:
1) Santo Estêvão foi o primeiro mártir da história. E isso só ocorreu por sua fé na Encarnação, Morte e Ressureição de Nosso Senhor.
2) São João conviveu com Jesus e eternizou em seu Evangelho os acontecimentos que embasam nossa fé. E o início do mesmo é a síntese de toda festa da Oitava de Natal: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” 1.
3) A festa dos Santos Inocentes traz a evidência de uma característica que Cristo, Rei do Universo, assumiu ao se encarnar: a inocência. É de se admirar a ideia de que o próprio Deus se tenha feito tão pequeno.
4) Por fim, que dispensaria até maiores explicações, a festa da Sagrada Família. Afinal, o que mais propício ao período da Oitava de Natal, do que refletir e rezar para Jesus, Maria e José enquanto família?
A Novena da Epifania do Senhor começa dentro da Oitava de Natal, no dia 28 de dezembro. Que tal rezá-la?
Essa questão sempre aparece e costuma gerar confusão entre os fieis, muito por causa da Oitava de Páscoa. O que diz a Santa Igreja?
1) Todas as sextas-feiras do ano devem ser de abstinência de carne ou comutação (caso autorizada pela conferência local) por outra penitência ou obra de misericórdia. Vale lembrar que no Brasil temos autorização da CNBB para isso.
2) Estamos dispensados da penitência caso a sexta-feira coincida com uma solenidade.
Então é aí que mora a confusão: o caráter da Oitava. Enquanto na Oitava de Páscoa o caráter é de solenidade, na Oitava de Natal o caráter é de festa. Portanto, neste caso, não estamos dispensados da abstinência de carne (ou da comutação por outra penitência).
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