Padre Pio e o demônio: conselhos do santo para vencer as tentações com oração, fé, sacramentos e vigilância espiritual.
Padre Pio e o demônio: conselhos do santo para vencer as tentações com oração, fé, sacramentos e vigilância espiritual.
Entre os muitos santos que enfrentaram o demônio com coragem e lucidez, poucos são tão lembrados quanto Padre Pio. O tema “Padre Pio e o demônio” não aparece apenas em relatos extraordinários, mas atravessa toda a sua vida espiritual, marcada pelo discernimento e pela vigilância constante.
Seus conselhos sobre o combate espiritual continuam atuais e valiosos. Enraizados na tradição da Igreja, eles oferecem clareza e firmeza a todos os que desejam resistir às tentações e perseverar no caminho da graça.
Neste artigo, reunimos esses ensinamentos com base em seus testemunhos e escritos. São luzes seguras para quem deseja compreender e enfrentar, com maturidade cristã, as investidas do inimigo.
Padre Pio de Pietrelcina, nascido Francesco Forgione em 1887, foi um sacerdote capuchinho italiano cuja vida foi marcada por dons extraordinários e uma profunda união com Cristo.
Recebeu os estigmas da Paixão de Nosso Senhor, viveu intensas experiências místicas e dedicou toda sua vida sacerdotal à celebração da Eucaristia e ao ministério da confissão. Sua frase mais conhecida sobre sua identidade era: “Quero ser apenas um frade que reza”, revelação de sua humildade radical.
Conhecido por bilocação, leitura de consciências e milagres, Padre Pio, contudo, destacava-se pela vida de oração incessante, penitência rigorosa e total obediência à Igreja, mesmo quando foi injustamente investigado ou proibido de exercer seu ministério publicamente. Sua fidelidade e entrega foram provas de santidade autêutica, longe de qualquer sensacionalismo.
Padre Pio foi canonizado por São João Paulo II em 2002, e sua festa litúrgica é celebrada em 23 de setembro. A cada ano, milhões de fiéis recorrem à sua intercessão confiando em sua proximidade com Deus e sua compaixão pelas almas.
Para saber mais sobre a vida do Padre Pio, confira este artigo.
O combate contra o demônio não era, para Padre Pio, uma abstração teológica, mas uma realidade concreta e cotidiana. Desde jovem, ele experimentava a presença do maligno por meio de tentações intensas, ataques físicos e fenômenos espirituais que desafiavam a razão.
Essas manifestações não se limitaram a episódios isolados. Ao longo de sua vida sacerdotal, elas se intensificaram e exigiram dele vigilância constante, mortificação interior e profunda união com Cristo.
Padre Pio enfrentava essas investidas não com medo, mas com confiança em Deus, fidelidade à Igreja e o uso diligente dos meios espirituais recomendados pela tradição católica.
Os episódios místicos que ele viveu e os conselhos que transmitiu aos seus filhos espirituais formam um verdadeiro manual de combate espiritual — como veremos nos tópicos a seguir.
O combate contra o demônio não era, para Padre Pio, uma abstração teológica, mas uma realidade concreta e cotidiana. Desde jovem, ele experimentava a presença do maligno por meio de tentações intensas, ataques físicos e fenômenos místicos que desafiavam a razão.
Ao longo de sua vida sacerdotal, essas manifestações se intensificaram, exigindo vigilância constante e profunda união com Cristo. Padre Pio enfrentava essas investidas não com medo, mas com oração, discernimento e obediência à Igreja — as verdadeiras armas de um autêntico combatente espiritual.
Padre Pio não apenas falava sobre o demônio — ele o confrontava diariamente. Para ele, a existência de Satanás e sua influência sobre a humanidade eram realidades concretas e dolorosas, parte do que chamava de “mistério do mal”, algo que toca profundamente a existência humana.
Ele via o demônio como “o grande artífice do mal”, que “nunca dorme” e está sempre pronto para atacar. Em sua sabedoria, compreendia as estratégias do inimigo e por isso suas orientações estavam “cheias de sabedoria e discernimento”.
Uma verdade central na espiritualidade de Padre Pio era que a obra salvífica de Cristo se dirige, substancialmente, contra Satanás. Ele mesmo afirmava:
“Padre Pio não é, portanto, o religioso ‘obcecado pelo demônio’, como se escreveu, mas aquele que, com suas experiências e seus ensinamentos (que não são tão raros), me sinto como que esmagado sob a força desse triste brutamontes” 1.
Sua vida foi marcada por intensos combates espirituais. Em uma de suas descrições mais vívidas, relatou:
“Meu coração, mãos e pés parecem atravessados por uma espada; o sofrimento é tão grande (…). E enquanto isso o diabo nunca cessou de aparecer diante de mim em disfarces horrendos e a me espancar de forma terrível e atemorizante” 2.
Esses episódios não eram meramente subjetivos. Segundo Cleonice Morcaldi, os testemunhos de Padre Pio sobre esses confrontos são “inúmeros” e revelam situações “assustadoras, racionalmente inadmissíveis”, mas em perfeita sintonia com a doutrina católica 3.
Padre Pio usava diferentes termos para se referir ao demônio: “Bigodudo, bigodão, barba-azul, patife, infeliz, espírito maligno, coisa-ruim, coisa feia, besta feia, coisa triste, carrancas feias, espíritos impuros, aqueles desgraçados, maligno espírito, besta-fera, besta maldita, apóstata infame, apóstatas impuros, caras patibulares, feras que rugem, insidiador maligno, e príncipe das trevas” 3.
O que a Igreja ensina sobre anjos e demônios? Descubra neste artigo.
ara Padre Pio, oração e discernimento espiritual eram armas indispensáveis no combate ao mal. Ele ensinava que a oração é a “arma mais eficaz para nos defendermos dos inimigos” 4.
São Boaventura reforça esse princípio ao afirmar: “Se queres alcançar virtude e força para vencer as tentações do inimigo, deves ser um homem de oração” 5.
Padre Pio sabia, por experiência, que a vigilância contínua e a oração perseverante protegem o fiel das investidas espirituais.
“O Inimigo nunca dorme, meu filho. É preciso estar atento, vigiando e orando. Quando vigiamos, percebemo-lo; quando oramos, dispomos das armas para defender-nos” 6.
O discernimento, para ele, era a chave para identificar a origem dos pensamentos: se vinham de Deus, do diabo ou de si mesmo. Santa Teresa de Ávila e São João Cassiano também ensinam essa distinção 7.
Por isso, Padre Pio orientava seus filhos espirituais a buscar sempre a luz da fé e o auxílio de diretores espirituais sábios. Assim, evitavam as ciladas sutis e os enganos do maligno.
Padre Pio nos deixou um verdadeiro manual prático de combate espiritual. Suas orientações, baseadas na própria experiência mística e nos ensinamentos da Igreja, continuam válidas e necessárias para os fiéis de hoje.
Seus conselhos não são teóricos ou abstratos. São concretos, exigentes e profundamente enraizados na vida sacramental, na vigilância e na confiança em Deus. A seguir, destacamos cinco pilares da sua orientação para quem deseja resistir ao maligno com fidelidade.
O Rosário foi uma das devoções mais promovidas por Padre Pio. Ele o considerava uma arma poderosíssima contra o mal. Embora ele mesmo não tenha deixado muitos escritos sobre isso, sua prática constante e a recomendação frequente aos fiéis falam por si.
São Luís Maria Grignion de Montfort, cuja espiritualidade influenciou gerações, escreveu:
“Essas histórias demonstram o poder do Rosário em vencer toda a espécie de tentações dos espíritos malignos e toda a sorte de pecados, pois estas contas põem os demônios para fugir” 8.
E ainda: “Onde, porém, falhou o homem, registra a história que o Rosário por si só obteve bom êxito” 9.
Você também pode gostar deste artigo: Mistérios do Terço: a contemplação da história da Redenção.
Padre Pio passava horas diárias no confessionário, guiando almas com firmeza e misericórdia. Ele sabia que a confissão sincera fecha as portas à ação do demônio.
Dom Bosco, mestre da juventude e da espiritualidade prática, também enfatizava esse ponto:
“Não se calcula quanto Dom Bosco insistiu durante toda a sua vida em recomendar a confissão! Para ele era esse o grande meio educativo” 10.
Padre Pio aconselhava com firmeza:
“Com uma nova contrição, arrepende-te da ofensa de Deus e expõe com sinceridade tuas faltas ao padre espiritual, com firmes propósitos de não mais ofender a Deus” 11.
Entenda como fazer uma boa confissão.
A vigilância começa pela prudência. Padre Pio sempre alertava seus filhos espirituais a evitar as ocasiões que predispõem à queda.
Monsenhor de Ségur ensinava de forma clara:
“A prudência em relação às ocasiões perigosas é uma exigência da vida espiritual” 12.
São João da Cruz descrevia essa luta interior como uma noite escura necessária à purificação:
“Assumir a luta contra ela [a concupiscência] ou tomar a própria cruz [que] significa entrar ativamente na noite escura” 13.
A mortificação da vontade desordenada é, segundo São Boaventura, um passo essencial na direção da perfeição cristã 14.
Você sabe o que são e como combater as tentações?
Padre Pio foi um diretor espiritual muito procurado. Ele insistia na importância da obediência e da transparência para progredir na vida interior.
São Francisco de Sales ensinava:
“Quão necessário é um diretor para entrar e progredir na devoção” 15.
Padre Pio ecoava esse ensinamento com palavras incisivas:
“Meus filhos, digo-lhes, com Santo Ambrósio, que é necessário, a quem deseja se aperfeiçoar no espírito, abrir seu coração e revelar suas próprias fraquezas e inclinações a seu guia. Pode um médico curar uma ferida que você não quer lhe mostrar?” 16.
Saiba o que é e entenda a importância da direção espiritual.
Padre Pio nunca minimizou a ação do demônio, mas sempre exortava à confiança total em Jesus Cristo.
Ele afirmava com clareza:
“Jesus, que sempre está com você, e luta com você e por você, nunca deixará que seja enganado ou vencido” 17.
Essa confiança é uma virtude profundamente bíblica e tradicional. São Pedro exorta os fiéis a não temer os que matam o corpo, mas a temer a Deus 18.
A fé é o escudo com que se apagam “todos os dardos inflamados do maligno” 19. Santa Teresa de Ávila confirma:
“A fé inabalável no que a Santa Madre Igreja ensina é um caminho seguro” 20.
Ao longo de sua vida, Padre Pio deixou expressões memoráveis que revelam sua clareza diante do combate espiritual. Suas palavras, simples e diretas, são verdadeiros ensinamentos para os fiéis que enfrentam tentações e provações.
Cada frase aqui destacada reflete não apenas sua experiência pessoal, mas também uma profunda conformidade com a doutrina da Igreja e a tradição dos santos.
“O Inimigo nunca dorme, meu filho. É preciso estar atento, vigiando e orando. Quando vigiamos, percebemo-lo; quando oramos, dispomos das armas para defender-nos.”
21
“O diabo é um formidável gigante para aqueles que o temem, mas uma criança covarde para aqueles que o desprezam.”
22
“Jesus, que sempre está com você, e luta com você e por você, nunca deixará que seja enganado ou vencido.”
22
“Em todas as questões humanas (…) aprenda acima de tudo a reconhecer e a adorar a vontade de Deus em tudo. Repita frequentemente as palavras divinas de nosso amado Mestre: ‘Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu (Mt 6,10)’. Que esta bela exclamação esteja sempre em seu coração e em seus lábios durante todas as vicissitudes da vida. Repita-a na aflição. Repita-a na tentação e nas provas que forem do agrado de Jesus submeter-lhe. Repita-a ainda quando estiver imerso no oceano do amor de Jesus. Essa será sua âncora e sua salvação.”
23
“Lembre-se que é melhor ser repreendido por um homem neste mundo do que por Deus no outro.”
24
O combate espiritual não é uma metáfora devocional, mas uma realidade constante na vida cristã. Padre Pio soube reconhecê-la com clareza e enfrentá-la com firmeza, sem jamais ceder ao medo ou ao desespero. Sua vida mostra que a fidelidade a Deus — sustentada pela oração, pelos sacramentos e pela vigilância — é o caminho seguro para a vitória.
A tradição da Igreja confirma essa certeza. São João escreve no Apocalipse que os santos venceram o maligno “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram” 25.
A armadura do cristão está na fé, na oração perseverante e na vida sacramental.
“A oração é defesa da castidade, impedimento para a ira, apaziguamento e domínio da soberba” 26.
Padre Pio recomendava insistentemente a Confissão e a Eucaristia, em total sintonia com Dom Bosco, que dizia:
“Confissão e Comunhão são as duas forças de que dispõe um cristão na luta contra o mal” 27.
Deus não abandona aqueles que n’Ele confiam.
“Deus não nos permite sermos tentados além de nossas forças” 28.
A vitória, portanto, não está nas próprias forças, mas na perseverança humilde daquele que se apoia inteiramente em Deus e na Sua Igreja. Essa é a grande lição de Padre Pio: combater com coragem, confiar com simplicidade e permanecer fiel até o fim.
Que tal rezar o Pequeno Exorcismo de São Miguel Arcanjo?
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Entre os muitos santos que enfrentaram o demônio com coragem e lucidez, poucos são tão lembrados quanto Padre Pio. O tema “Padre Pio e o demônio” não aparece apenas em relatos extraordinários, mas atravessa toda a sua vida espiritual, marcada pelo discernimento e pela vigilância constante.
Seus conselhos sobre o combate espiritual continuam atuais e valiosos. Enraizados na tradição da Igreja, eles oferecem clareza e firmeza a todos os que desejam resistir às tentações e perseverar no caminho da graça.
Neste artigo, reunimos esses ensinamentos com base em seus testemunhos e escritos. São luzes seguras para quem deseja compreender e enfrentar, com maturidade cristã, as investidas do inimigo.
Padre Pio de Pietrelcina, nascido Francesco Forgione em 1887, foi um sacerdote capuchinho italiano cuja vida foi marcada por dons extraordinários e uma profunda união com Cristo.
Recebeu os estigmas da Paixão de Nosso Senhor, viveu intensas experiências místicas e dedicou toda sua vida sacerdotal à celebração da Eucaristia e ao ministério da confissão. Sua frase mais conhecida sobre sua identidade era: “Quero ser apenas um frade que reza”, revelação de sua humildade radical.
Conhecido por bilocação, leitura de consciências e milagres, Padre Pio, contudo, destacava-se pela vida de oração incessante, penitência rigorosa e total obediência à Igreja, mesmo quando foi injustamente investigado ou proibido de exercer seu ministério publicamente. Sua fidelidade e entrega foram provas de santidade autêutica, longe de qualquer sensacionalismo.
Padre Pio foi canonizado por São João Paulo II em 2002, e sua festa litúrgica é celebrada em 23 de setembro. A cada ano, milhões de fiéis recorrem à sua intercessão confiando em sua proximidade com Deus e sua compaixão pelas almas.
Para saber mais sobre a vida do Padre Pio, confira este artigo.
O combate contra o demônio não era, para Padre Pio, uma abstração teológica, mas uma realidade concreta e cotidiana. Desde jovem, ele experimentava a presença do maligno por meio de tentações intensas, ataques físicos e fenômenos espirituais que desafiavam a razão.
Essas manifestações não se limitaram a episódios isolados. Ao longo de sua vida sacerdotal, elas se intensificaram e exigiram dele vigilância constante, mortificação interior e profunda união com Cristo.
Padre Pio enfrentava essas investidas não com medo, mas com confiança em Deus, fidelidade à Igreja e o uso diligente dos meios espirituais recomendados pela tradição católica.
Os episódios místicos que ele viveu e os conselhos que transmitiu aos seus filhos espirituais formam um verdadeiro manual de combate espiritual — como veremos nos tópicos a seguir.
O combate contra o demônio não era, para Padre Pio, uma abstração teológica, mas uma realidade concreta e cotidiana. Desde jovem, ele experimentava a presença do maligno por meio de tentações intensas, ataques físicos e fenômenos místicos que desafiavam a razão.
Ao longo de sua vida sacerdotal, essas manifestações se intensificaram, exigindo vigilância constante e profunda união com Cristo. Padre Pio enfrentava essas investidas não com medo, mas com oração, discernimento e obediência à Igreja — as verdadeiras armas de um autêntico combatente espiritual.
Padre Pio não apenas falava sobre o demônio — ele o confrontava diariamente. Para ele, a existência de Satanás e sua influência sobre a humanidade eram realidades concretas e dolorosas, parte do que chamava de “mistério do mal”, algo que toca profundamente a existência humana.
Ele via o demônio como “o grande artífice do mal”, que “nunca dorme” e está sempre pronto para atacar. Em sua sabedoria, compreendia as estratégias do inimigo e por isso suas orientações estavam “cheias de sabedoria e discernimento”.
Uma verdade central na espiritualidade de Padre Pio era que a obra salvífica de Cristo se dirige, substancialmente, contra Satanás. Ele mesmo afirmava:
“Padre Pio não é, portanto, o religioso ‘obcecado pelo demônio’, como se escreveu, mas aquele que, com suas experiências e seus ensinamentos (que não são tão raros), me sinto como que esmagado sob a força desse triste brutamontes” 1.
Sua vida foi marcada por intensos combates espirituais. Em uma de suas descrições mais vívidas, relatou:
“Meu coração, mãos e pés parecem atravessados por uma espada; o sofrimento é tão grande (…). E enquanto isso o diabo nunca cessou de aparecer diante de mim em disfarces horrendos e a me espancar de forma terrível e atemorizante” 2.
Esses episódios não eram meramente subjetivos. Segundo Cleonice Morcaldi, os testemunhos de Padre Pio sobre esses confrontos são “inúmeros” e revelam situações “assustadoras, racionalmente inadmissíveis”, mas em perfeita sintonia com a doutrina católica 3.
Padre Pio usava diferentes termos para se referir ao demônio: “Bigodudo, bigodão, barba-azul, patife, infeliz, espírito maligno, coisa-ruim, coisa feia, besta feia, coisa triste, carrancas feias, espíritos impuros, aqueles desgraçados, maligno espírito, besta-fera, besta maldita, apóstata infame, apóstatas impuros, caras patibulares, feras que rugem, insidiador maligno, e príncipe das trevas” 3.
O que a Igreja ensina sobre anjos e demônios? Descubra neste artigo.
ara Padre Pio, oração e discernimento espiritual eram armas indispensáveis no combate ao mal. Ele ensinava que a oração é a “arma mais eficaz para nos defendermos dos inimigos” 4.
São Boaventura reforça esse princípio ao afirmar: “Se queres alcançar virtude e força para vencer as tentações do inimigo, deves ser um homem de oração” 5.
Padre Pio sabia, por experiência, que a vigilância contínua e a oração perseverante protegem o fiel das investidas espirituais.
“O Inimigo nunca dorme, meu filho. É preciso estar atento, vigiando e orando. Quando vigiamos, percebemo-lo; quando oramos, dispomos das armas para defender-nos” 6.
O discernimento, para ele, era a chave para identificar a origem dos pensamentos: se vinham de Deus, do diabo ou de si mesmo. Santa Teresa de Ávila e São João Cassiano também ensinam essa distinção 7.
Por isso, Padre Pio orientava seus filhos espirituais a buscar sempre a luz da fé e o auxílio de diretores espirituais sábios. Assim, evitavam as ciladas sutis e os enganos do maligno.
Padre Pio nos deixou um verdadeiro manual prático de combate espiritual. Suas orientações, baseadas na própria experiência mística e nos ensinamentos da Igreja, continuam válidas e necessárias para os fiéis de hoje.
Seus conselhos não são teóricos ou abstratos. São concretos, exigentes e profundamente enraizados na vida sacramental, na vigilância e na confiança em Deus. A seguir, destacamos cinco pilares da sua orientação para quem deseja resistir ao maligno com fidelidade.
O Rosário foi uma das devoções mais promovidas por Padre Pio. Ele o considerava uma arma poderosíssima contra o mal. Embora ele mesmo não tenha deixado muitos escritos sobre isso, sua prática constante e a recomendação frequente aos fiéis falam por si.
São Luís Maria Grignion de Montfort, cuja espiritualidade influenciou gerações, escreveu:
“Essas histórias demonstram o poder do Rosário em vencer toda a espécie de tentações dos espíritos malignos e toda a sorte de pecados, pois estas contas põem os demônios para fugir” 8.
E ainda: “Onde, porém, falhou o homem, registra a história que o Rosário por si só obteve bom êxito” 9.
Você também pode gostar deste artigo: Mistérios do Terço: a contemplação da história da Redenção.
Padre Pio passava horas diárias no confessionário, guiando almas com firmeza e misericórdia. Ele sabia que a confissão sincera fecha as portas à ação do demônio.
Dom Bosco, mestre da juventude e da espiritualidade prática, também enfatizava esse ponto:
“Não se calcula quanto Dom Bosco insistiu durante toda a sua vida em recomendar a confissão! Para ele era esse o grande meio educativo” 10.
Padre Pio aconselhava com firmeza:
“Com uma nova contrição, arrepende-te da ofensa de Deus e expõe com sinceridade tuas faltas ao padre espiritual, com firmes propósitos de não mais ofender a Deus” 11.
Entenda como fazer uma boa confissão.
A vigilância começa pela prudência. Padre Pio sempre alertava seus filhos espirituais a evitar as ocasiões que predispõem à queda.
Monsenhor de Ségur ensinava de forma clara:
“A prudência em relação às ocasiões perigosas é uma exigência da vida espiritual” 12.
São João da Cruz descrevia essa luta interior como uma noite escura necessária à purificação:
“Assumir a luta contra ela [a concupiscência] ou tomar a própria cruz [que] significa entrar ativamente na noite escura” 13.
A mortificação da vontade desordenada é, segundo São Boaventura, um passo essencial na direção da perfeição cristã 14.
Você sabe o que são e como combater as tentações?
Padre Pio foi um diretor espiritual muito procurado. Ele insistia na importância da obediência e da transparência para progredir na vida interior.
São Francisco de Sales ensinava:
“Quão necessário é um diretor para entrar e progredir na devoção” 15.
Padre Pio ecoava esse ensinamento com palavras incisivas:
“Meus filhos, digo-lhes, com Santo Ambrósio, que é necessário, a quem deseja se aperfeiçoar no espírito, abrir seu coração e revelar suas próprias fraquezas e inclinações a seu guia. Pode um médico curar uma ferida que você não quer lhe mostrar?” 16.
Saiba o que é e entenda a importância da direção espiritual.
Padre Pio nunca minimizou a ação do demônio, mas sempre exortava à confiança total em Jesus Cristo.
Ele afirmava com clareza:
“Jesus, que sempre está com você, e luta com você e por você, nunca deixará que seja enganado ou vencido” 17.
Essa confiança é uma virtude profundamente bíblica e tradicional. São Pedro exorta os fiéis a não temer os que matam o corpo, mas a temer a Deus 18.
A fé é o escudo com que se apagam “todos os dardos inflamados do maligno” 19. Santa Teresa de Ávila confirma:
“A fé inabalável no que a Santa Madre Igreja ensina é um caminho seguro” 20.
Ao longo de sua vida, Padre Pio deixou expressões memoráveis que revelam sua clareza diante do combate espiritual. Suas palavras, simples e diretas, são verdadeiros ensinamentos para os fiéis que enfrentam tentações e provações.
Cada frase aqui destacada reflete não apenas sua experiência pessoal, mas também uma profunda conformidade com a doutrina da Igreja e a tradição dos santos.
“O Inimigo nunca dorme, meu filho. É preciso estar atento, vigiando e orando. Quando vigiamos, percebemo-lo; quando oramos, dispomos das armas para defender-nos.”
21
“O diabo é um formidável gigante para aqueles que o temem, mas uma criança covarde para aqueles que o desprezam.”
22
“Jesus, que sempre está com você, e luta com você e por você, nunca deixará que seja enganado ou vencido.”
22
“Em todas as questões humanas (…) aprenda acima de tudo a reconhecer e a adorar a vontade de Deus em tudo. Repita frequentemente as palavras divinas de nosso amado Mestre: ‘Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu (Mt 6,10)’. Que esta bela exclamação esteja sempre em seu coração e em seus lábios durante todas as vicissitudes da vida. Repita-a na aflição. Repita-a na tentação e nas provas que forem do agrado de Jesus submeter-lhe. Repita-a ainda quando estiver imerso no oceano do amor de Jesus. Essa será sua âncora e sua salvação.”
23
“Lembre-se que é melhor ser repreendido por um homem neste mundo do que por Deus no outro.”
24
O combate espiritual não é uma metáfora devocional, mas uma realidade constante na vida cristã. Padre Pio soube reconhecê-la com clareza e enfrentá-la com firmeza, sem jamais ceder ao medo ou ao desespero. Sua vida mostra que a fidelidade a Deus — sustentada pela oração, pelos sacramentos e pela vigilância — é o caminho seguro para a vitória.
A tradição da Igreja confirma essa certeza. São João escreve no Apocalipse que os santos venceram o maligno “pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do testemunho que deram” 25.
A armadura do cristão está na fé, na oração perseverante e na vida sacramental.
“A oração é defesa da castidade, impedimento para a ira, apaziguamento e domínio da soberba” 26.
Padre Pio recomendava insistentemente a Confissão e a Eucaristia, em total sintonia com Dom Bosco, que dizia:
“Confissão e Comunhão são as duas forças de que dispõe um cristão na luta contra o mal” 27.
Deus não abandona aqueles que n’Ele confiam.
“Deus não nos permite sermos tentados além de nossas forças” 28.
A vitória, portanto, não está nas próprias forças, mas na perseverança humilde daquele que se apoia inteiramente em Deus e na Sua Igreja. Essa é a grande lição de Padre Pio: combater com coragem, confiar com simplicidade e permanecer fiel até o fim.
Que tal rezar o Pequeno Exorcismo de São Miguel Arcanjo?