Você sabe o que são as relíquias de santos? Confira neste artigo por que a Igreja permite a sua veneração e como se caracterizam.
Você sabe o que são as relíquias de santos? Confira neste artigo por que a Igreja permite a sua veneração e como se caracterizam.
Você sabe o que são as relíquias de santos? Confira neste artigo por que a Igreja permite a sua veneração e como se caracterizam.
Como fiéis católicos, desejamos estar mais perto de Deus. Quando conhecemos alguém que possui uma fé profunda, queremos nos aproximar dessa pessoa e até pedimos as suas orações, uma vez que acreditamos na sua comunhão com Deus. Agora, imagine a oportunidade de estar em contato com alguém que já contempla a face de Deus?
É precisamente essa experiência que se manifesta quando nos deparamos com as relíquias dos santos. Ao nos aproximarmos, temos a oportunidade única de tocar ou estar em proximidade física com alguém que alcançou o ápice espiritual desejado por todos nós: a morada celeste. Confira neste artigo o significado das relíquias, a razão pela qual a Igreja permite sua veneração e saiba sobre a peregrinação das relíquias de Santa Teresinha pelo Brasil.
Se consultarmos o dicionário, veremos que a palavra “relíquia” refere-se ao corpo ou a uma parte do corpo de algum santo. Além disso, pode ser também um objeto que pertenceu ao santo. Assim, essas relíquias incluem ossos, cabelos, vestimentas, terços, objetos de devoção, entre outros.
Desde os primórdios do cristianismo, os fiéis sepultavam com devoção os corpos ou partes dos corpos dos mártires e daqueles que pelas suas virtudes tornaram-se santos, e também guardavam objetos que pertenciam a eles. Essa prática de devoção e veneração surgiu como uma forma de honrar aqueles que deram testemunho do Evangelho com suas vidas.
Os cristãos, ainda hoje, cultivam uma profunda devoção pelas relíquias, considerando-as sinais visíveis da presença e da intercessão dos santos. Vale lembrar que existem diversos tipos de relíquias de santos, portanto não são todas iguais. Elas se dividem em três classes, que serão detalhadas mais adiante neste artigo.
Algumas pessoas podem achar estranho guardar partes do corpo dos santos ou mesmo venerar objetos deixados por eles. No entanto, tudo o que faz ou manda a Santa Igreja é para o bem e a salvação dos fiéis. Portanto, se ela permite a veneração das relíquias, sem dúvida, esse é um meio de nos ajudar a caminhar rumo à santidade.
Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, aborda essa prática na Terceira Seção, Questão 25, Artigo 6, onde destaca que não é apenas a devoção dos fiéis que honra as relíquias, mas é o próprio Deus quem as honra, realizando milagres na presença delas. Esses milagres são um testemunho visível da aprovação divina às relíquias e à veneração dos santos.
A relíquia não faz milagres nem é uma prática supersticiosa. Contudo, Deus, reconhecendo os seus santos, faz milagres pela intercessão deles, muitas vezes associados à veneração de suas relíquias — como já aconteceu inúmeras vezes.
Além disso, encontramos nas Sagradas Escrituras, no Segundo Livro dos Reis, o relato da ressurreição de um homem pelo contato com as relíquias do profeta Eliseu.
Ora, aconteceu que um grupo de pessoas, estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida e pôs-se de pé. 1
Até agora vimos sobre a veneração dos corpos, mas e quanto às vestimentas ou objetos de devoção, você pode se perguntar. Também encontramos uma referência a isso nas Sagradas Escrituras, no Novo Testamento:
Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos. 2
A Igreja Católica, ao permitir essa veneração, não apenas respeita a tradição cristã, mas também destaca a importância da intercessão dos santos na vida dos fiéis. Assim, a veneração das relíquias torna-se não apenas um gesto de devoção, mas um testemunho tangível do amor divino pelos santos e da influência contínua de seus exemplos na vida da Igreja e de cada um dos fiéis.
A Igreja jamais abominou a matéria, inclusive combateu heresias, como o maniqueísmo, que diziam que o corpo era ruim ou só servia para o mal. Ao contrário, A Igreja crê que o corpo é templo do Espírito Santo e, portanto, pode ser um instrumento de salvação e de dar honra a Deus.
Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo. 3
Além disso, os fiéis católicos adoram o Corpo de Cristo, e a união dos corpos no ato sexual é fundamental no sacramento do matrimônio. No século XVI, o Concílio de Trento reafirmou e consolidou a importância da veneração dos corpos dos santos como um dever dos fiéis.
Devem ser venerados pelos fiéis os santos corpos dos santos mártires e dos outros que vivem com Cristo, que foram membros vivos do mesmo Cristo e templo do Espírito Santo [cf. 1Cor 3,16; 6,15.19; 2Cor 6,16], que por ele devem ser ressuscitados para a vida eterna e glorificados e pelos quais Deus concede aos homens muitos benefícios. 4
Portanto, a valorização do corpo na Igreja Católica não é uma mera aceitação física, mas se relaciona ainda com a ressureição dos corpos para a vida eterna. A veneração das relíquias dos santos é, portanto, um reflexo desse respeito pela materialidade do corpo, enraizado na compreensão de que esses corpos foram instrumentos vivos da manifestação da graça divina e, agora, são testemunhas de uma fé que transcende a morte.
As relíquias de santos podem se apresentar de diversos tipos, desde ossos até objetos de devoção do santo. Sendo assim, elas são divididas em 3 classes ou graus. Vamos detalhar cada uma a seguir.
Essas são as relíquias propriamente ditas, sendo constituídas pelas partes do corpo dessas figuras veneráveis. As relíquias de primeira classe incluem fragmentos de ossos, partes da carne, cabelo, ou qualquer outra parte tangível do corpo do santo.
A veneração dessas relíquias é uma expressão profunda de devoção, permitindo aos fiéis estar mais fisicamente próximos da presença espiritual daqueles que viveram uma vida exemplar de amor e serviço a Deus. A tradição de preservar e honrar as relíquias de primeira classe remonta aos primeiros séculos do cristianismo, consolidando-se como um meio de honrar aqueles que já alcançaram o que almejamos e pedir a sua intercessão.
As relíquias de segunda classe consistem em objetos que, em vida, pertenceram ao santo e tiveram contato direto com seu corpo. Isso pode incluir vestimentas, utensílios pessoais, ou qualquer item que estivesse em proximidade física com o santo. As relíquias de segunda classe, além de servirem para a veneração do santo, destacam para nós a importância simbólica desses objetos como testemunhos visíveis da sua vida e devoção.
Ademais, a veneração de objetos considerados sagrados por estarem em contato com o corpo de uma pessoa santa enfatiza como a Igreja atribui um valor genuíno ao corpo humano, reconhecendo que este pode ser um veículo sagrado que testemunha e carrega a presença divina.
Embora sejam conhecidas como “relíquias de terceira classe”, elas são mais adequadamente chamadas de “lembranças”. Isso porque são objetos pessoais que pertencem aos fiéis e que são tocados ou encostados nos túmulos dos santos. Sendo assim, ao contrário das relíquias de primeira e segunda classes, essas não possuem uma conexão direta com o corpo do santo.
Desse modo, podem incluir itens como terços, panos, ou pétalas de rosa que, quando tocados no local de sepultamento, tornam-se lembranças sagradas. Embora não sejam partes físicas do corpo do santo, essas relíquias de terceira classe são consideradas canais de intercessão e bênçãos divinas, proporcionando uma forma pessoal e íntima de expressar a devoção e buscar a proteção dos santos venerados.
Santa Teresinha tinha uma alma missionária, como escreve Papa Francisco na Exortação Apostólica C’est la confiance, mesmo tendo vivido a sua vida dentro do Carmelo. No entanto, agora, enquanto intercede por nós junto a Deus, os seus restos mortais, que para nós são relíquias, percorrem o Brasil, continuando sua missão de aproximar os fiéis de Cristo.
A emocionante peregrinação das relíquias de Santa Teresinha no Brasil, que teve início em fevereiro deste ano, 2024, representa uma celebração profunda em honra ao 150º aniversário do nascimento da santa, comemorado em 2023. O percurso abrange 70 cidades brasileiras e está programado para se estender até o mês de setembro, alcançando casas e conventos dos Carmelitas ao redor do país.
Nascida em Alençon, França, em 1873, Santa Teresinha do Menino Jesus faleceu aos 24 anos em 1897. Entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, aos 15 anos, com a autorização do Papa Leão XIII. Mesmo sem sair do Carmelo, tornou-se padroeira das missões, dedicando-se à oração pela conversão das almas e pelos sacerdotes. Beatificada em 1923 e canonizada por Pio XI em 1925, sua peregrinação mundial começou em 1997, percorrendo aproximadamente 70 países até o momento.
A peregrinação não se limita a um percurso geográfico, mas é uma jornada espiritual que inspira devoção e reflexão sobre o legado desta pequena grande santa. Além dos momentos de visitação às relíquias, a peregrinação é marcada por eventos especiais nas cidades por onde passa. Missas, celebrações e diversas atividades são organizadas para enriquecer a experiência dos fiéis, proporcionando momentos de profunda devoção e comunhão.
Conheça mais detalhes sobre a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus.
01/02 a 03/02 – Trindade (GO): Carmelo
04/02 a 09/02 – Brasília (DF): Carmelo Frades e Monjas
10/02 a 12/02 – Cuiabá (MT): Carmelo
13/02 a 14/02 – Carceres (MT): OCDS
15/02 a 16/02 – Sinop (MT): OCDS
17/02 a 18/02 – Londrina (PR): Frades
19/02 – Paranavaí (PR): OCarm.
20 a 21/02 – Campo Mourão (PR): Monjas
22 a 23/02 – Francisco Beltrão (PR): Monjas
24 a 25/02 – Rio Grande do Sul (RS): Santo Angelo (Monjas)
26 a 27/02 – Giruá (RS): Monjas
28/02 a 01/03 – Uruguaiana (RS): Frades
02 a 04/03: Santa Maria (RS): Frades e Monjas
05 a 07/03: Rio Grande (RS): Frades e Monjas
08/03: Pelotas (RS): Monjas
09 a 14/03: Porto Alegre (RS): Frades e Monjas
15 a 16/03: São Leopoldo (RS): Monjas
17 a 18/03: Caxias do Sul (RS): Monjas
19 a 20/03: São José (SC): Monjas
21 a 22/03: Florianópolis (SC): OCarm
23/03: Navegantes (SC): OCarm
24/03: Itajaí (SC): OCarm
25 a 31/03: Curitiba (PR): Frades, Monjas e OCarm.
01/04 a 04/04 – Macapá (AP): OCDS
05 a 08/04: Belém e Benevides (PA)
09 a 12/04 – São Luís (MA): Carmelo
13 a 16/04 – Teresina (PI): Carmelo
17 a 19/04 – Paranaíba (PI): OCDS
20 a 21/04 – Ibiapina (CE): OCDS
22 a 24/04 – Quixadá (CE): OCDS
25 a 30/04 – Fortaleza (CE): Carmelo
01 a 04/05 – Natal (RN): Carmelo
05 a 07/05 – Bananeiras (PB): Carmelo
08 a 11/05 – Conde (PB): Carmelo
12 a 17/05 – Recife e Camaragibe (PR)
18 a 23/05 – Maceió e Marechal Deodoro (AL)
24 a 26/05 – Propriá (SE): Carmelo
27 a 29/05 – Senhor do Bonfim (BA): Carmelo
30/05 a 02/06 – Salvador (BA): Carmelo
03 a 06/06 – Montes Claros (MG): Carmelo
07 a 09/06 – Patos de Minas (MG): Carmelo
10 a 12/06 – Sete Lagoas (MG): Carmelo
13 a 19/06 – Belo Horizonte (MG): Carmelo Monjas e frades
20 a 22/06 – Divinópolis (MG): Carmelo
23 a 25/06 – Caratinga (MG): Carmelo frades
26 a 28/06 – Coronel Fabriciano (MG)
29/06 a 01/07 – Piedade de Caratinga (MG)
02 a 05/07 – Cariacica (ES): Carmelo
06 a 08/07 – Cachoeiro de Itapemirim (ES): Carmelo
09 a 11/07 – Campos dos Goytacazes (RJ): Carmelo
12 a 15/07 – Niterói e Tanguá (RJ): Carmelo
16 a 23/07 – Rio de Janeiro (RJ)
24 a 28/07 – Petrópolis e Teresópolis (RJ)
29 a 31/03 – Três Pontas (MG): Carmelo
01 a 3/08 – Pouso Alegre (MG): Carmelo
04 a 06/08 – Passos (MG): Carmelo
07 a 09/08 – Uberaba (MG): Carmelo
10 a 12/08 – Franca (SP): Carmelo
13 a 15/08 – São João da Boa Vista: Carmelo
16 a 18/08 – Piracicaba (SP): Carmelo
19 a 21/08 – Campinas (SP): Carmelo
22 a 24/08 – Jundiaí (SP)
25/08 a 01/09 – Diocese de Bauru (SP)
02 a 03/09 – Avaré (SP)
04 a 05/09 – Itapetininga (SP)
06 a 10/09 – Aparecida (SP): Carmelo
11 a 13/09 – Tremembé (SP): Carmelo
14 a 16/09 – Bertioga (SP)
17 a 19/09 – Santos (SP): Carmelo
20 a 22/09 – São Roque (SP): Centro Teresiano
23 a 25/09 – Cotia (SP): Carmelo
26 a 29/09 – Ordem do Carmo (SP)
30/09 – Basílica de Santa Teresinha (RJ)
01 a 19/10 – São Paulo (SP)
Que tal rezar a Novena das Rosas, pedindo a intercessão de Santa Teresinha por uma graça que você deseja alcançar?
O maior clube de leitores católicos do Brasil.
Você sabe o que são as relíquias de santos? Confira neste artigo por que a Igreja permite a sua veneração e como se caracterizam.
Como fiéis católicos, desejamos estar mais perto de Deus. Quando conhecemos alguém que possui uma fé profunda, queremos nos aproximar dessa pessoa e até pedimos as suas orações, uma vez que acreditamos na sua comunhão com Deus. Agora, imagine a oportunidade de estar em contato com alguém que já contempla a face de Deus?
É precisamente essa experiência que se manifesta quando nos deparamos com as relíquias dos santos. Ao nos aproximarmos, temos a oportunidade única de tocar ou estar em proximidade física com alguém que alcançou o ápice espiritual desejado por todos nós: a morada celeste. Confira neste artigo o significado das relíquias, a razão pela qual a Igreja permite sua veneração e saiba sobre a peregrinação das relíquias de Santa Teresinha pelo Brasil.
Se consultarmos o dicionário, veremos que a palavra “relíquia” refere-se ao corpo ou a uma parte do corpo de algum santo. Além disso, pode ser também um objeto que pertenceu ao santo. Assim, essas relíquias incluem ossos, cabelos, vestimentas, terços, objetos de devoção, entre outros.
Desde os primórdios do cristianismo, os fiéis sepultavam com devoção os corpos ou partes dos corpos dos mártires e daqueles que pelas suas virtudes tornaram-se santos, e também guardavam objetos que pertenciam a eles. Essa prática de devoção e veneração surgiu como uma forma de honrar aqueles que deram testemunho do Evangelho com suas vidas.
Os cristãos, ainda hoje, cultivam uma profunda devoção pelas relíquias, considerando-as sinais visíveis da presença e da intercessão dos santos. Vale lembrar que existem diversos tipos de relíquias de santos, portanto não são todas iguais. Elas se dividem em três classes, que serão detalhadas mais adiante neste artigo.
Algumas pessoas podem achar estranho guardar partes do corpo dos santos ou mesmo venerar objetos deixados por eles. No entanto, tudo o que faz ou manda a Santa Igreja é para o bem e a salvação dos fiéis. Portanto, se ela permite a veneração das relíquias, sem dúvida, esse é um meio de nos ajudar a caminhar rumo à santidade.
Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, aborda essa prática na Terceira Seção, Questão 25, Artigo 6, onde destaca que não é apenas a devoção dos fiéis que honra as relíquias, mas é o próprio Deus quem as honra, realizando milagres na presença delas. Esses milagres são um testemunho visível da aprovação divina às relíquias e à veneração dos santos.
A relíquia não faz milagres nem é uma prática supersticiosa. Contudo, Deus, reconhecendo os seus santos, faz milagres pela intercessão deles, muitas vezes associados à veneração de suas relíquias — como já aconteceu inúmeras vezes.
Além disso, encontramos nas Sagradas Escrituras, no Segundo Livro dos Reis, o relato da ressurreição de um homem pelo contato com as relíquias do profeta Eliseu.
Ora, aconteceu que um grupo de pessoas, estando a enterrar um homem, viu uma turma desses guerrilheiros e jogou o cadáver no túmulo de Eliseu. O morto, ao tocar os ossos de Eliseu, voltou à vida e pôs-se de pé. 1
Até agora vimos sobre a veneração dos corpos, mas e quanto às vestimentas ou objetos de devoção, você pode se perguntar. Também encontramos uma referência a isso nas Sagradas Escrituras, no Novo Testamento:
Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, de modo que lenços e outros panos que tinham tocado o seu corpo eram levados aos enfermos; e afastavam-se deles as doenças e retiravam-se os espíritos malignos. 2
A Igreja Católica, ao permitir essa veneração, não apenas respeita a tradição cristã, mas também destaca a importância da intercessão dos santos na vida dos fiéis. Assim, a veneração das relíquias torna-se não apenas um gesto de devoção, mas um testemunho tangível do amor divino pelos santos e da influência contínua de seus exemplos na vida da Igreja e de cada um dos fiéis.
A Igreja jamais abominou a matéria, inclusive combateu heresias, como o maniqueísmo, que diziam que o corpo era ruim ou só servia para o mal. Ao contrário, A Igreja crê que o corpo é templo do Espírito Santo e, portanto, pode ser um instrumento de salvação e de dar honra a Deus.
Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo. 3
Além disso, os fiéis católicos adoram o Corpo de Cristo, e a união dos corpos no ato sexual é fundamental no sacramento do matrimônio. No século XVI, o Concílio de Trento reafirmou e consolidou a importância da veneração dos corpos dos santos como um dever dos fiéis.
Devem ser venerados pelos fiéis os santos corpos dos santos mártires e dos outros que vivem com Cristo, que foram membros vivos do mesmo Cristo e templo do Espírito Santo [cf. 1Cor 3,16; 6,15.19; 2Cor 6,16], que por ele devem ser ressuscitados para a vida eterna e glorificados e pelos quais Deus concede aos homens muitos benefícios. 4
Portanto, a valorização do corpo na Igreja Católica não é uma mera aceitação física, mas se relaciona ainda com a ressureição dos corpos para a vida eterna. A veneração das relíquias dos santos é, portanto, um reflexo desse respeito pela materialidade do corpo, enraizado na compreensão de que esses corpos foram instrumentos vivos da manifestação da graça divina e, agora, são testemunhas de uma fé que transcende a morte.
As relíquias de santos podem se apresentar de diversos tipos, desde ossos até objetos de devoção do santo. Sendo assim, elas são divididas em 3 classes ou graus. Vamos detalhar cada uma a seguir.
Essas são as relíquias propriamente ditas, sendo constituídas pelas partes do corpo dessas figuras veneráveis. As relíquias de primeira classe incluem fragmentos de ossos, partes da carne, cabelo, ou qualquer outra parte tangível do corpo do santo.
A veneração dessas relíquias é uma expressão profunda de devoção, permitindo aos fiéis estar mais fisicamente próximos da presença espiritual daqueles que viveram uma vida exemplar de amor e serviço a Deus. A tradição de preservar e honrar as relíquias de primeira classe remonta aos primeiros séculos do cristianismo, consolidando-se como um meio de honrar aqueles que já alcançaram o que almejamos e pedir a sua intercessão.
As relíquias de segunda classe consistem em objetos que, em vida, pertenceram ao santo e tiveram contato direto com seu corpo. Isso pode incluir vestimentas, utensílios pessoais, ou qualquer item que estivesse em proximidade física com o santo. As relíquias de segunda classe, além de servirem para a veneração do santo, destacam para nós a importância simbólica desses objetos como testemunhos visíveis da sua vida e devoção.
Ademais, a veneração de objetos considerados sagrados por estarem em contato com o corpo de uma pessoa santa enfatiza como a Igreja atribui um valor genuíno ao corpo humano, reconhecendo que este pode ser um veículo sagrado que testemunha e carrega a presença divina.
Embora sejam conhecidas como “relíquias de terceira classe”, elas são mais adequadamente chamadas de “lembranças”. Isso porque são objetos pessoais que pertencem aos fiéis e que são tocados ou encostados nos túmulos dos santos. Sendo assim, ao contrário das relíquias de primeira e segunda classes, essas não possuem uma conexão direta com o corpo do santo.
Desse modo, podem incluir itens como terços, panos, ou pétalas de rosa que, quando tocados no local de sepultamento, tornam-se lembranças sagradas. Embora não sejam partes físicas do corpo do santo, essas relíquias de terceira classe são consideradas canais de intercessão e bênçãos divinas, proporcionando uma forma pessoal e íntima de expressar a devoção e buscar a proteção dos santos venerados.
Santa Teresinha tinha uma alma missionária, como escreve Papa Francisco na Exortação Apostólica C’est la confiance, mesmo tendo vivido a sua vida dentro do Carmelo. No entanto, agora, enquanto intercede por nós junto a Deus, os seus restos mortais, que para nós são relíquias, percorrem o Brasil, continuando sua missão de aproximar os fiéis de Cristo.
A emocionante peregrinação das relíquias de Santa Teresinha no Brasil, que teve início em fevereiro deste ano, 2024, representa uma celebração profunda em honra ao 150º aniversário do nascimento da santa, comemorado em 2023. O percurso abrange 70 cidades brasileiras e está programado para se estender até o mês de setembro, alcançando casas e conventos dos Carmelitas ao redor do país.
Nascida em Alençon, França, em 1873, Santa Teresinha do Menino Jesus faleceu aos 24 anos em 1897. Entrou no Mosteiro das Carmelitas, em Lisieux, aos 15 anos, com a autorização do Papa Leão XIII. Mesmo sem sair do Carmelo, tornou-se padroeira das missões, dedicando-se à oração pela conversão das almas e pelos sacerdotes. Beatificada em 1923 e canonizada por Pio XI em 1925, sua peregrinação mundial começou em 1997, percorrendo aproximadamente 70 países até o momento.
A peregrinação não se limita a um percurso geográfico, mas é uma jornada espiritual que inspira devoção e reflexão sobre o legado desta pequena grande santa. Além dos momentos de visitação às relíquias, a peregrinação é marcada por eventos especiais nas cidades por onde passa. Missas, celebrações e diversas atividades são organizadas para enriquecer a experiência dos fiéis, proporcionando momentos de profunda devoção e comunhão.
Conheça mais detalhes sobre a vida de Santa Teresinha do Menino Jesus.
01/02 a 03/02 – Trindade (GO): Carmelo
04/02 a 09/02 – Brasília (DF): Carmelo Frades e Monjas
10/02 a 12/02 – Cuiabá (MT): Carmelo
13/02 a 14/02 – Carceres (MT): OCDS
15/02 a 16/02 – Sinop (MT): OCDS
17/02 a 18/02 – Londrina (PR): Frades
19/02 – Paranavaí (PR): OCarm.
20 a 21/02 – Campo Mourão (PR): Monjas
22 a 23/02 – Francisco Beltrão (PR): Monjas
24 a 25/02 – Rio Grande do Sul (RS): Santo Angelo (Monjas)
26 a 27/02 – Giruá (RS): Monjas
28/02 a 01/03 – Uruguaiana (RS): Frades
02 a 04/03: Santa Maria (RS): Frades e Monjas
05 a 07/03: Rio Grande (RS): Frades e Monjas
08/03: Pelotas (RS): Monjas
09 a 14/03: Porto Alegre (RS): Frades e Monjas
15 a 16/03: São Leopoldo (RS): Monjas
17 a 18/03: Caxias do Sul (RS): Monjas
19 a 20/03: São José (SC): Monjas
21 a 22/03: Florianópolis (SC): OCarm
23/03: Navegantes (SC): OCarm
24/03: Itajaí (SC): OCarm
25 a 31/03: Curitiba (PR): Frades, Monjas e OCarm.
01/04 a 04/04 – Macapá (AP): OCDS
05 a 08/04: Belém e Benevides (PA)
09 a 12/04 – São Luís (MA): Carmelo
13 a 16/04 – Teresina (PI): Carmelo
17 a 19/04 – Paranaíba (PI): OCDS
20 a 21/04 – Ibiapina (CE): OCDS
22 a 24/04 – Quixadá (CE): OCDS
25 a 30/04 – Fortaleza (CE): Carmelo
01 a 04/05 – Natal (RN): Carmelo
05 a 07/05 – Bananeiras (PB): Carmelo
08 a 11/05 – Conde (PB): Carmelo
12 a 17/05 – Recife e Camaragibe (PR)
18 a 23/05 – Maceió e Marechal Deodoro (AL)
24 a 26/05 – Propriá (SE): Carmelo
27 a 29/05 – Senhor do Bonfim (BA): Carmelo
30/05 a 02/06 – Salvador (BA): Carmelo
03 a 06/06 – Montes Claros (MG): Carmelo
07 a 09/06 – Patos de Minas (MG): Carmelo
10 a 12/06 – Sete Lagoas (MG): Carmelo
13 a 19/06 – Belo Horizonte (MG): Carmelo Monjas e frades
20 a 22/06 – Divinópolis (MG): Carmelo
23 a 25/06 – Caratinga (MG): Carmelo frades
26 a 28/06 – Coronel Fabriciano (MG)
29/06 a 01/07 – Piedade de Caratinga (MG)
02 a 05/07 – Cariacica (ES): Carmelo
06 a 08/07 – Cachoeiro de Itapemirim (ES): Carmelo
09 a 11/07 – Campos dos Goytacazes (RJ): Carmelo
12 a 15/07 – Niterói e Tanguá (RJ): Carmelo
16 a 23/07 – Rio de Janeiro (RJ)
24 a 28/07 – Petrópolis e Teresópolis (RJ)
29 a 31/03 – Três Pontas (MG): Carmelo
01 a 3/08 – Pouso Alegre (MG): Carmelo
04 a 06/08 – Passos (MG): Carmelo
07 a 09/08 – Uberaba (MG): Carmelo
10 a 12/08 – Franca (SP): Carmelo
13 a 15/08 – São João da Boa Vista: Carmelo
16 a 18/08 – Piracicaba (SP): Carmelo
19 a 21/08 – Campinas (SP): Carmelo
22 a 24/08 – Jundiaí (SP)
25/08 a 01/09 – Diocese de Bauru (SP)
02 a 03/09 – Avaré (SP)
04 a 05/09 – Itapetininga (SP)
06 a 10/09 – Aparecida (SP): Carmelo
11 a 13/09 – Tremembé (SP): Carmelo
14 a 16/09 – Bertioga (SP)
17 a 19/09 – Santos (SP): Carmelo
20 a 22/09 – São Roque (SP): Centro Teresiano
23 a 25/09 – Cotia (SP): Carmelo
26 a 29/09 – Ordem do Carmo (SP)
30/09 – Basílica de Santa Teresinha (RJ)
01 a 19/10 – São Paulo (SP)
Que tal rezar a Novena das Rosas, pedindo a intercessão de Santa Teresinha por uma graça que você deseja alcançar?