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Formação

Santíssima Trindade: um mistério para se celebrar

O mínimo que um católico precisa saber sobre a Santíssima Trindade, o mistério central da nossa fé, que celebramos logo após Pentecostes.

Santíssima Trindade: um mistério para se celebrar
Formação

Santíssima Trindade: um mistério para se celebrar

O mínimo que um católico precisa saber sobre a Santíssima Trindade, o mistério central da nossa fé, que celebramos logo após Pentecostes.

Data da Publicação: 08/04/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 08/04/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

O mínimo que um católico precisa saber sobre a Santíssima Trindade, o mistério central da nossa fé, que celebramos logo após Pentecostes.

O grande escritor inglês Gilbert Keith Chesterton, conhecido pelos seus paradoxos, tinha uma teoria muito interessante. Ele dizia que o Catolicismo era verdadeiro justamente porque era muito difícil de acreditar. Entendia que as verdades de fé, a história da salvação, a redenção humana… Tudo isso era fantástico demais para ter sido apenas criado pela imaginação. Ilustrava isso dizendo que se, num mundo hipotético, não existisse nada da Igreja Católica, ser humano nenhum seria capaz de bolar essa história. 

Essa pequena introdução serve para adentrarmos no insondável mistério da Santíssima Trindade. Ora, não seria mais fácil e confortável a ideia de um Deus “simples”? Sem essa história de Uno e Trino? Mas não é assim. Porque isso não seria a Verdade. E, no geral, a Verdade incomoda! A Santíssima Trindade é infinitamente gloriosa e vale a pena ser celebrada.

O que é a Santíssima Trindade?

A Santíssima Trindade é o mistério central da fé cristã. E está presente na mais medular das invocações católicas. Afinal, todas as vezes que dizemos “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” estamos fazendo referência e reverência a esse mistério, que o é em sentido estrito. Isso quer dizer que é inacessível à pura razão.

Para entender o que acabamos de dizer, basta fazer um simples exercício de consciência. Um católico jamais será capaz de explicar por vias da razão a Santíssima Trindade. No entanto, compreendemos no fundo da nossa alma que isso é verdade mesmo que não saibamos explicar. E quanto mais íntimo de Deus, maior é essa certeza. 

O que é acessível às nossas faculdades intelectivas é: Deus é Trino e Uno. Isso quer dizer que há 3 pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E os três não são divindades separadas e nem dividem uma mesma divindade. Mas todos são Deus por completo. Essa lógica é o que explica a frase: “Deus é único, mas não está só”.

Santo Tomás de Aquino exortava que “Ao discorrer sobre a Santíssima Trindade, importa proceder com prudência e reserva, porque, conforme diz Santo Agostinho, não existe estudo onde o erro seja mais perigoso, as investigações sejam mais penosas, as descobertas sejam mais frutíferas”. Sabendo dessa limitação, para tornar mais palatável às nossas mentes, podemos pensar em três chamas de vela que, quando se juntam, mantém a mesma essência. 

A Santíssima Trindade nas Escrituras

O Catecismo da Igreja, em seu ponto 237 afirma que: “Sem dúvida, Deus deixou vestígios de seu ser trinitário em sua obra de criação e em sua revelação ao longo do Antigo Testamento”. 

Podemos, portanto, achar traços desse mistério em diversas passagens bíblicas: 

“No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra era sem forma e vazia, e sobre o abismo havia trevas, e o espírito de Deus pairava sobre as águas.” 1

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ela estava no princípio com Deus.” 2

“Jesus disse: Eu ainda não subi para junto do Pai, mas vai dizer aos meus irmãos que eu subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” 3

“Depois de batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu para ele, e viu o Espírito de Deus descer como pomba e vir sobre ele. Uma voz do céu disse: ‘Este é o meu Filho amado, no qual eu ponho o meu agrado’” 4

É lindo ver que desde o início dos tempos, passando pelo ápice da Encarnação, Morte e Ressurreição de Jesus, chegando até nos dias de hoje, Deus é imutável! 

O mistério central da fé e da vida cristã

imagem da santíssima trindade

A Santíssima Trindade é o mistério central porque trata da essência de Deus. E, como falamos anteriormente, isso nos é revelado por Ele, pois por nossas próprias forças pararíamos em uma limitadíssima razão. Podemos explicitar a primordialidade em dois exemplos simples: 

1) É uma realidade que vemos ser pregada e vivida desde o início da Igreja. Desde sempre os Apóstolos, seguindo a palavra do próprio Cristo, batizavam em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

2) A Trindade foi alvo de boa parte das primeiras grandes heresias da Igreja. Ora, pensem! Se não fosse algo muito dentro da vivência cotidiana dos cristãos dos primeiros séculos, não haveria o nascimento de tantas heresias, como o Monofisismo e o Arianismo. Aliás, os Concílios da época (em especial o de Niceia) foram fundamentais para o estabelecimento da doutrina trinitária.

As atribuições de cada Pessoa

Deus Pai é Todo-Poderoso. Deus Filho é a Sabedoria Encarnada. O Espírito Santo é o Paráclito e o Espírito de Amor. Podemos garantir que, em algum momento da caminhada de fé, você já ouviu essas frases. Aí vem o grande questionamento: mas, se Deus é Uno, então Deus Pai não é sábio, Deus Filho não é amoroso e Deus Espírito Santo não é Todo-Poderoso?

O Papa Leão XIII na Carta Encíclica “Divinum Illud Munus” nos responde brilhantemente esse questionamento. Caímos mais uma vez nas nossas limitações racionais. O que fazemos é nos apropriar de algumas imagens e representações das criaturas e transferi-las às figuras das Pessoas divinas, seus atributos e suas afinidades. 

Portanto:

1) Deus Pai é o princípio e causa eficiente de tudo, afinal é o Criador e Aquele que deseja que nós, criaturas, nos tornemos filhos e participemos de Sua Glória.

2) Deus Filho é a causa exemplar de tudo, afinal, é por meio de sua Encarnação que nos é dado a revelação máxima de fé e a luz sobre qual caminho trilhar.

3) Deus Espírito Santo é a causa final de tudo, afinal, é movidos por Ele que somos impelidos à Santidade, mostrada que é possível por Deus Filho e desejada por Deus.

A devoção à Santíssima Trindade

Finalizaremos este artigo com um desejo profundo de estimular em todos uma devoção especial à Santíssima Trindade. Afinal, isso significa ser mais íntimo do próprio Deus em toda a sua infinitude. E uma boa amiga para nos ajudar nesse processo é Santa Elisabete da Trindade, uma carmelita que nasceu na França (Ah, França! Fonte de tantas dores e de tantas alegrias para Nosso Senhor) e foi contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus

Santa Elisabete tinha na Trindade seu pedaço do Céu. Usava carinhosamente a expressão “Os Meus Três”. Tinha uma pequena prece que é de rara iluminação divina: Vivendo escondida no coração do Pai, ela pedia que o Espírito Santo formasse nela o Verbo, a ponto de quando o Pai olhasse para ela, reconhecesse nela a face de Seu Filho muito amado. 

Além disso, compôs a Elevação à Santíssima Trindade, que deixaremos aqui para rezarmos com fervor. Que Deus nos permita um dia compreender por completo, na eterna glória, essa verdade de fé.

Elevação à Santíssima Trindade: 

Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para fixar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz e nem me fazer sair de Vós, ó meu imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de Vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o Vosso céu, Vossa morada preferida e o lugar de Vosso repouso. Que eu jamais Vos deixe só, mas aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à Vossa ação criadora.

Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quisera ser uma esposa para Vosso Coração, quisera cobrir-Vos de glória, amar-Vos… Até morrer de amor! Sinto, porém, minha impotência e peço-Vos revestir-me de Vós mesmo, identificar minha alma com todos os movimentos da Vossa, submergir-me, invadir-me, substituir-Vos a mim, para que minha vida seja uma verdadeira irradiação da Vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo Eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-Vos, quero ser de uma docilidade absoluta para tudo aprender de Vós. Depois, através de todas as noites, de todos vazios, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fixos em Vós e ficar sob Vossa grande luz; ó meu Astro amado, fascinai-me a fim de que não me seja mais possível sair de Vossa irradiação.

Ó Fogo devorador, Espírito de Amor, “vinde a mim” para que uma encarnação do Verbo; que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o Seu Mistério. E Vós, ó Pai, inclinai-Vos sobre Vossa pobre e pequena criatura, cobri-a com Vossa sombra vendo só o Bem-Amado, no qual pusestes todas as Vossas complacências.

Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a Vós qual uma presa. Sepultai-Vos em mim para que eu me sepulte em Vós, até que vá contemplar em Vossa luz o abismo de Vossas grandezas.

Referências

  1. Gn, 1,1-2[]
  2. Jo 1, 1-3[]
  3. Jo 20, 17[]
  4. Mt 3,16-17[]

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    Redação Minha Biblioteca Católica

    O maior clube de leitores católicos do Brasil.

    O mínimo que um católico precisa saber sobre a Santíssima Trindade, o mistério central da nossa fé, que celebramos logo após Pentecostes.

    O grande escritor inglês Gilbert Keith Chesterton, conhecido pelos seus paradoxos, tinha uma teoria muito interessante. Ele dizia que o Catolicismo era verdadeiro justamente porque era muito difícil de acreditar. Entendia que as verdades de fé, a história da salvação, a redenção humana… Tudo isso era fantástico demais para ter sido apenas criado pela imaginação. Ilustrava isso dizendo que se, num mundo hipotético, não existisse nada da Igreja Católica, ser humano nenhum seria capaz de bolar essa história. 

    Essa pequena introdução serve para adentrarmos no insondável mistério da Santíssima Trindade. Ora, não seria mais fácil e confortável a ideia de um Deus “simples”? Sem essa história de Uno e Trino? Mas não é assim. Porque isso não seria a Verdade. E, no geral, a Verdade incomoda! A Santíssima Trindade é infinitamente gloriosa e vale a pena ser celebrada.

    O que é a Santíssima Trindade?

    A Santíssima Trindade é o mistério central da fé cristã. E está presente na mais medular das invocações católicas. Afinal, todas as vezes que dizemos “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” estamos fazendo referência e reverência a esse mistério, que o é em sentido estrito. Isso quer dizer que é inacessível à pura razão.

    Para entender o que acabamos de dizer, basta fazer um simples exercício de consciência. Um católico jamais será capaz de explicar por vias da razão a Santíssima Trindade. No entanto, compreendemos no fundo da nossa alma que isso é verdade mesmo que não saibamos explicar. E quanto mais íntimo de Deus, maior é essa certeza. 

    O que é acessível às nossas faculdades intelectivas é: Deus é Trino e Uno. Isso quer dizer que há 3 pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. E os três não são divindades separadas e nem dividem uma mesma divindade. Mas todos são Deus por completo. Essa lógica é o que explica a frase: “Deus é único, mas não está só”.

    Santo Tomás de Aquino exortava que “Ao discorrer sobre a Santíssima Trindade, importa proceder com prudência e reserva, porque, conforme diz Santo Agostinho, não existe estudo onde o erro seja mais perigoso, as investigações sejam mais penosas, as descobertas sejam mais frutíferas”. Sabendo dessa limitação, para tornar mais palatável às nossas mentes, podemos pensar em três chamas de vela que, quando se juntam, mantém a mesma essência. 

    A Santíssima Trindade nas Escrituras

    O Catecismo da Igreja, em seu ponto 237 afirma que: “Sem dúvida, Deus deixou vestígios de seu ser trinitário em sua obra de criação e em sua revelação ao longo do Antigo Testamento”. 

    Podemos, portanto, achar traços desse mistério em diversas passagens bíblicas: 

    “No princípio, Deus criou o céu e a terra. A terra era sem forma e vazia, e sobre o abismo havia trevas, e o espírito de Deus pairava sobre as águas.” 1

    “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ela estava no princípio com Deus.” 2

    “Jesus disse: Eu ainda não subi para junto do Pai, mas vai dizer aos meus irmãos que eu subo para junto do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.” 3

    “Depois de batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu para ele, e viu o Espírito de Deus descer como pomba e vir sobre ele. Uma voz do céu disse: ‘Este é o meu Filho amado, no qual eu ponho o meu agrado’” 4

    É lindo ver que desde o início dos tempos, passando pelo ápice da Encarnação, Morte e Ressurreição de Jesus, chegando até nos dias de hoje, Deus é imutável! 

    O mistério central da fé e da vida cristã

    imagem da santíssima trindade

    A Santíssima Trindade é o mistério central porque trata da essência de Deus. E, como falamos anteriormente, isso nos é revelado por Ele, pois por nossas próprias forças pararíamos em uma limitadíssima razão. Podemos explicitar a primordialidade em dois exemplos simples: 

    1) É uma realidade que vemos ser pregada e vivida desde o início da Igreja. Desde sempre os Apóstolos, seguindo a palavra do próprio Cristo, batizavam em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

    2) A Trindade foi alvo de boa parte das primeiras grandes heresias da Igreja. Ora, pensem! Se não fosse algo muito dentro da vivência cotidiana dos cristãos dos primeiros séculos, não haveria o nascimento de tantas heresias, como o Monofisismo e o Arianismo. Aliás, os Concílios da época (em especial o de Niceia) foram fundamentais para o estabelecimento da doutrina trinitária.

    As atribuições de cada Pessoa

    Deus Pai é Todo-Poderoso. Deus Filho é a Sabedoria Encarnada. O Espírito Santo é o Paráclito e o Espírito de Amor. Podemos garantir que, em algum momento da caminhada de fé, você já ouviu essas frases. Aí vem o grande questionamento: mas, se Deus é Uno, então Deus Pai não é sábio, Deus Filho não é amoroso e Deus Espírito Santo não é Todo-Poderoso?

    O Papa Leão XIII na Carta Encíclica “Divinum Illud Munus” nos responde brilhantemente esse questionamento. Caímos mais uma vez nas nossas limitações racionais. O que fazemos é nos apropriar de algumas imagens e representações das criaturas e transferi-las às figuras das Pessoas divinas, seus atributos e suas afinidades. 

    Portanto:

    1) Deus Pai é o princípio e causa eficiente de tudo, afinal é o Criador e Aquele que deseja que nós, criaturas, nos tornemos filhos e participemos de Sua Glória.

    2) Deus Filho é a causa exemplar de tudo, afinal, é por meio de sua Encarnação que nos é dado a revelação máxima de fé e a luz sobre qual caminho trilhar.

    3) Deus Espírito Santo é a causa final de tudo, afinal, é movidos por Ele que somos impelidos à Santidade, mostrada que é possível por Deus Filho e desejada por Deus.

    A devoção à Santíssima Trindade

    Finalizaremos este artigo com um desejo profundo de estimular em todos uma devoção especial à Santíssima Trindade. Afinal, isso significa ser mais íntimo do próprio Deus em toda a sua infinitude. E uma boa amiga para nos ajudar nesse processo é Santa Elisabete da Trindade, uma carmelita que nasceu na França (Ah, França! Fonte de tantas dores e de tantas alegrias para Nosso Senhor) e foi contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus

    Santa Elisabete tinha na Trindade seu pedaço do Céu. Usava carinhosamente a expressão “Os Meus Três”. Tinha uma pequena prece que é de rara iluminação divina: Vivendo escondida no coração do Pai, ela pedia que o Espírito Santo formasse nela o Verbo, a ponto de quando o Pai olhasse para ela, reconhecesse nela a face de Seu Filho muito amado. 

    Além disso, compôs a Elevação à Santíssima Trindade, que deixaremos aqui para rezarmos com fervor. Que Deus nos permita um dia compreender por completo, na eterna glória, essa verdade de fé.

    Elevação à Santíssima Trindade: 

    Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para fixar-me em Vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz e nem me fazer sair de Vós, ó meu imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de Vosso Mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o Vosso céu, Vossa morada preferida e o lugar de Vosso repouso. Que eu jamais Vos deixe só, mas aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à Vossa ação criadora.

    Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quisera ser uma esposa para Vosso Coração, quisera cobrir-Vos de glória, amar-Vos… Até morrer de amor! Sinto, porém, minha impotência e peço-Vos revestir-me de Vós mesmo, identificar minha alma com todos os movimentos da Vossa, submergir-me, invadir-me, substituir-Vos a mim, para que minha vida seja uma verdadeira irradiação da Vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo Eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-Vos, quero ser de uma docilidade absoluta para tudo aprender de Vós. Depois, através de todas as noites, de todos vazios, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fixos em Vós e ficar sob Vossa grande luz; ó meu Astro amado, fascinai-me a fim de que não me seja mais possível sair de Vossa irradiação.

    Ó Fogo devorador, Espírito de Amor, “vinde a mim” para que uma encarnação do Verbo; que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o Seu Mistério. E Vós, ó Pai, inclinai-Vos sobre Vossa pobre e pequena criatura, cobri-a com Vossa sombra vendo só o Bem-Amado, no qual pusestes todas as Vossas complacências.

    Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a Vós qual uma presa. Sepultai-Vos em mim para que eu me sepulte em Vós, até que vá contemplar em Vossa luz o abismo de Vossas grandezas.

    Referências

    1. Gn, 1,1-2[]
    2. Jo 1, 1-3[]
    3. Jo 20, 17[]
    4. Mt 3,16-17[]

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