Saiba como meditar os mistérios gloriosos do terço, nos quais contemplamos a glória de Jesus e da Virgem Maria.
Saiba como meditar os mistérios gloriosos do terço, nos quais contemplamos a glória de Jesus e da Virgem Maria.
Saiba como meditar os mistérios gloriosos do terço, nos quais contemplamos a glória de Jesus e da Virgem Maria.
Meditar a Paixão de Cristo é parte fundamental da vida do cristão, pois conduz ao cerne da mensagem redentora. No entanto, a contemplação do rosto de Cristo não se restringe à imagem do crucificado: Ele é também o Ressuscitado! Por isso, a contemplação dos Mistérios Gloriosos torna-se uma jornada enriquecedora, por meio da qual o cristão não apenas recorda as alegrias manifestadas aos Apóstolos, a Madalena e aos discípulos de Emaús, mas também mergulha na intensidade da nova existência do Cristo glorificado. 1
Os Mistérios Gloriosos do terço englobam o episódio da Ressurreição até a Coroação de Maria como Rainha dos Anjos e Santos. Nesse percurso, a Ascensão de Cristo à direita do Pai e a Assunção de Maria tornam-se destinos que revelam não apenas a glória individual de ambos, mas também apontam para a condição escatológica da Igreja — de cada um de nós. Enquanto isso, somos conduzidos na caminhada terrena pelo Espírito Santo, enviado do Pai. Vamos, neste artigo, passar por estes mistérios, a fim de compreender como podemos meditar cada um deles.
Ao pensarmos na oração do terço, é natural associá-la imediatamente às Ave-Marias, evidenciando, sem dúvida, seu caráter mariano. Contudo, vale ressaltar que esta oração é intrinsecamente cristológica, pois, a cada mistério, contemplamos os principais episódios da vida de Nosso Senhor. Sendo assim
à luz da própria Avé Maria, bem entendida, nota-se claramente que o carácter mariano não só não se opõe ao cristológico como até o sublinha e exalta. 1
E são exatamente estas duas coisas que compõem a oração do terço, segundo São Luís Maria 2: a meditação dos principais mistérios da vida, da morte e da glória de Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima, e a recitação das Ave-Marias intercaladas pelo Pai-Nosso durante a meditação. Sendo a primeira a oração mental, e a segunda a oração vocal.
Descubra a diferença entre Terço e Rosário.
Os mistérios do terço representam um verdadeiro caminho de contemplação pelos principais episódios da vida de Nosso Senhor. Esses mistérios, envolvendo os momentos gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos, oferecem uma forma acessível de interiorizar e reforçar os dogmas fundamentais da fé cristã. Desse modo, a estrutura única do Rosário proporciona não apenas uma fórmula de oração eficaz, mas também se revela como um meio valioso para preservar a fé e cultivar a virtude.
Contemplar os mistérios do terço não é apenas uma prática devocional, mas um autêntico caminho de santificação, com inúmeros santos testemunhando seus frutos ao longo dos séculos. Ao mergulharmos nestes mistérios, alcançamos graça em abundância, como se a recebêssemos diretamente das mãos maternais de Maria — Mãe de Jesus e nossa mãe.
Sendo assim, a contemplação desses mistérios não apenas incita a alma a propósitos de virtude, mas também atende aos apelos de Nossa Senhora, que tanto nos pede para rezar o terço, conduzindo-nos a interceder pela salvação das almas, pela conversão dos pecadores, além de levar-nos a um conhecimento mais profundo e amoroso de Jesus Cristo.
Confira aqui um guia para rezar o Rosário.
Confira também as meditações específicas para os mistérios gloriosos.
No primeiro mistério glorioso, contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo. O mistério pascal é o ápice da nossa fé, a Paixão de Cristo que culmina em sua ressurreição. 3 Ela simboliza a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, oferecendo, assim, a esperança e a vida eterna aos fiéis.
O cristão, que une a sua própria morte à de Jesus, encara a morte como chegada até junto d’Ele, como entrada na vida eterna.” 4
Ao meditar este mistério, refletimos, durante as Ave-Marias, sobre a alegria da Ressurreição, renovando a nossa confiança na promessa de vida eterna por meio de Cristo. Saber que Cristo ressuscitou dos mortos e triunfou sobre a morte deve levar-nos a desejar também esta vitória, que se alcança dia após dia lutando contra o pecado. Meditar a ressurreição, portanto, deve inspirar-nos a uma vida reta, por meio da qual buscamos alcançar o céu, uma vez que — como rezamos no Credo — cremos na ressurreição dos mortos:
Os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação (Jo 5, 29)
No segundo mistério glorioso, voltamos nossa atenção para a Ascensão de Jesus ao Céu, ou seja, Jesus sobe aos céus, diante de seus discípulos, após ter cumprido plenamente sua missão. 5
A ascensão de Cristo marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, de onde há-de voltar mas que, entretanto, O oculta aos olhos dos homens. 6
A Ascensão ressalta a natureza divina de Cristo e sua soberania sobre o universo. Ao meditar sobre este mistério, recordamos a promessa de Cristo de nos preparar um lugar na morada celeste 7, apontando para o céu como nosso destino final. Ao mesmo tempo, essa reflexão nos conduz a considerar a missão evangelizadora que Jesus confiou a seus seguidores após sua partida. Como cristãos, assumimos essa mesma responsabilidade, reconhecendo-a como nossa antes de alcançarmos o Reino Celeste. Cada Ave-Maria é, portanto, uma oportunidade para renovar o compromisso pessoal com a missão cristã, buscando o auxílio divino para viver o Evangelho e proclamá-lo — começando sempre pelos que estão mais próximos.
No terceiro mistério glorioso, contemplamos a Descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos — episódio conhecido como Pentecostes. 8 Neste evento, o Espírito Santo desce sobre os discípulos reunidos manifestando-se como línguas de fogo. Esta efusão capacita os apóstolos a proclamarem o Evangelho em diversas línguas, simbolizando a universalidade da mensagem cristã.
Ao meditar sobre este mistério, recordamos a presença ativa do Espírito Santo na vida da Igreja e na nossa própria vida; refletimos sobre a importância do Espírito Santo como nosso guia e consolador. Enquanto rezamos as Ave-Marias, podemos invocar também a presença do Espírito Santo, pedindo discernimento e coragem para testemunhar a fé de maneira corajosa, assim como fizeram os apóstolos depois de Pentecostes.
No quarto mistério glorioso, dirigimos nossa atenção à Assunção de Maria ao Céu. A Assunção refere-se à subida de Maria, em corpo e alma, ao céu. 9 Ao meditar sobre este mistério, recordamos a pureza de Nossa Senhora e seu papel único na história da redenção. A Assunção da Santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.
Desse modo, ao contemplar este mistério, meditamos sobre a importância da dignidade e da honra concedidas a Maria. Este evento leva-nos a meditar a posição única que ocupa a Mãe de Deus entre todos os santos. Uma vez que a morte é consequência do pecado, não seria oportuno que Ela passasse por esta experiência, já que foi isenta do pecado desde a sua concepção. Sendo assim, a Assunção da Virgem Maria é consequência de outro dogma, o da Imaculada Conceição; a pureza de Nossa Senhora acompanhou-a desde a concepção até o fim de sua vida terrena, culminando na sua assunção.
Por fim, a meditação deste mistério leva-nos a recordar dois dogmas marianos e, assim, reforçar a nossa fé no que a Igreja crê há muitos séculos.
No quinto mistério glorioso, contemplamos a Coroação de Maria como Rainha do Céu e da Terra. 10 De acordo com a tradição cristã, Maria é reverenciada como Rainha devido à sua singular maternidade divina; sua participação na redenção do gênero humano, trazendo-nos o Salvador; seu papel como Mãe de Cristo e, por fim, sua elevação acima de todos os anjos e santos.
Ao contemplar este mistério, meditamos, à luz das Escrituras, que Maria recebe o título de Rainha, cumprindo a promessa feita a Davi. A tradição da “Rainha Mãe”, iniciada com Salomão e sua mãe Betsabé, é um eco dessa promessa. 11 Maria, ao transmitir a Cristo seu sangue, torna-se com todo direito Rainha dos céus e da terra, sendo seu Filho Senhor de toda a criação. Além disso, cabe nesta meditação lembrar que essa majestade de Maria foi sempre acompanhada por uma profunda humildade. Apesar de ser Rainha, Maria se reconhece como serva do Senhor, ensinando-nos, com a sua vida, uma verdadeira lição de amor, serviço e submissão à vontade de Deus.
Conheça a história de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Podemos, sem dúvida, rezar os cinco mistérios do Rosário todos os dias. Contudo, a Igreja dedica-se à contemplação dos mistérios gloriosos, especialmente, nas quartas e nos domingos. Lembrando que domingo é o dia do Senhor, o dia em que se celebra a ressurreição — nossa páscoa semanal.
O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito. 12
Saiba o que é e quais são os dias de preceito na Igreja Católica.
A meditação dos mistérios gloriosos enriquece nossa vida espiritual, proporcionando uma profunda reflexão sobre a glória de Jesus e da Virgem Maria, e seus ensinamentos.
Todas as vezes que nos é dado o ensejo de aumentar no povo cristão o culto e o amor à gloriosa Mãe de Deus, a Nossa alegria e a Nossa satisfação chegam ao auge. 13
Ao contemplarmos a Ressurreição de Jesus, somos lembrados da vitória sobre o pecado e a morte, renovando nossa esperança na vida eterna. A Ascensão e a Descida do Espírito Santo revelam a continuidade da presença divina em nossas vidas, capacitando-nos a viver e propagar o Evangelho com coragem. A Assunção de Maria inspira-nos a buscar a santidade, reconhecendo a dignidade que Deus concede a seus filhos. A Coroação de Maria como Rainha recorda-nos, por fim, a intercessão materna de Nossa Senhora — a quem podemos sempre recorrer —, e a sua humildade que devemos cultivar.
Meditar nesses mistérios é, portanto, um meio de aprofundar a nossa compreensão teológica e, assim, alimentar e aumentar a nossa fé. Além disso, a meditação dos mistérios gloriosos molda nossa vida espiritual, conduzindo-nos a uma entrega mais profunda a Deus e ao serviço amoroso aos outros. Afinal,
os mistérios gloriosos alimentam nos crentes a esperança da meta escatológica, para onde caminham como membros do Povo de Deus peregrino na história. Isto não pode deixar de impeli-los a um corajoso testemunho daquela « grande alegria » que dá sentido a toda a sua vida. 1
Saiba como é o céu segundo os sonhos de Dom Bosco.
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Saiba como meditar os mistérios gloriosos do terço, nos quais contemplamos a glória de Jesus e da Virgem Maria.
Meditar a Paixão de Cristo é parte fundamental da vida do cristão, pois conduz ao cerne da mensagem redentora. No entanto, a contemplação do rosto de Cristo não se restringe à imagem do crucificado: Ele é também o Ressuscitado! Por isso, a contemplação dos Mistérios Gloriosos torna-se uma jornada enriquecedora, por meio da qual o cristão não apenas recorda as alegrias manifestadas aos Apóstolos, a Madalena e aos discípulos de Emaús, mas também mergulha na intensidade da nova existência do Cristo glorificado. 1
Os Mistérios Gloriosos do terço englobam o episódio da Ressurreição até a Coroação de Maria como Rainha dos Anjos e Santos. Nesse percurso, a Ascensão de Cristo à direita do Pai e a Assunção de Maria tornam-se destinos que revelam não apenas a glória individual de ambos, mas também apontam para a condição escatológica da Igreja — de cada um de nós. Enquanto isso, somos conduzidos na caminhada terrena pelo Espírito Santo, enviado do Pai. Vamos, neste artigo, passar por estes mistérios, a fim de compreender como podemos meditar cada um deles.
Ao pensarmos na oração do terço, é natural associá-la imediatamente às Ave-Marias, evidenciando, sem dúvida, seu caráter mariano. Contudo, vale ressaltar que esta oração é intrinsecamente cristológica, pois, a cada mistério, contemplamos os principais episódios da vida de Nosso Senhor. Sendo assim
à luz da própria Avé Maria, bem entendida, nota-se claramente que o carácter mariano não só não se opõe ao cristológico como até o sublinha e exalta. 1
E são exatamente estas duas coisas que compõem a oração do terço, segundo São Luís Maria 2: a meditação dos principais mistérios da vida, da morte e da glória de Jesus Cristo e de sua Mãe Santíssima, e a recitação das Ave-Marias intercaladas pelo Pai-Nosso durante a meditação. Sendo a primeira a oração mental, e a segunda a oração vocal.
Descubra a diferença entre Terço e Rosário.
Os mistérios do terço representam um verdadeiro caminho de contemplação pelos principais episódios da vida de Nosso Senhor. Esses mistérios, envolvendo os momentos gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos, oferecem uma forma acessível de interiorizar e reforçar os dogmas fundamentais da fé cristã. Desse modo, a estrutura única do Rosário proporciona não apenas uma fórmula de oração eficaz, mas também se revela como um meio valioso para preservar a fé e cultivar a virtude.
Contemplar os mistérios do terço não é apenas uma prática devocional, mas um autêntico caminho de santificação, com inúmeros santos testemunhando seus frutos ao longo dos séculos. Ao mergulharmos nestes mistérios, alcançamos graça em abundância, como se a recebêssemos diretamente das mãos maternais de Maria — Mãe de Jesus e nossa mãe.
Sendo assim, a contemplação desses mistérios não apenas incita a alma a propósitos de virtude, mas também atende aos apelos de Nossa Senhora, que tanto nos pede para rezar o terço, conduzindo-nos a interceder pela salvação das almas, pela conversão dos pecadores, além de levar-nos a um conhecimento mais profundo e amoroso de Jesus Cristo.
Confira aqui um guia para rezar o Rosário.
Confira também as meditações específicas para os mistérios gloriosos.
No primeiro mistério glorioso, contemplamos a Ressurreição de Jesus Cristo. O mistério pascal é o ápice da nossa fé, a Paixão de Cristo que culmina em sua ressurreição. 3 Ela simboliza a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, oferecendo, assim, a esperança e a vida eterna aos fiéis.
O cristão, que une a sua própria morte à de Jesus, encara a morte como chegada até junto d’Ele, como entrada na vida eterna.” 4
Ao meditar este mistério, refletimos, durante as Ave-Marias, sobre a alegria da Ressurreição, renovando a nossa confiança na promessa de vida eterna por meio de Cristo. Saber que Cristo ressuscitou dos mortos e triunfou sobre a morte deve levar-nos a desejar também esta vitória, que se alcança dia após dia lutando contra o pecado. Meditar a ressurreição, portanto, deve inspirar-nos a uma vida reta, por meio da qual buscamos alcançar o céu, uma vez que — como rezamos no Credo — cremos na ressurreição dos mortos:
Os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação (Jo 5, 29)
No segundo mistério glorioso, voltamos nossa atenção para a Ascensão de Jesus ao Céu, ou seja, Jesus sobe aos céus, diante de seus discípulos, após ter cumprido plenamente sua missão. 5
A ascensão de Cristo marca a entrada definitiva da humanidade de Jesus no domínio celeste de Deus, de onde há-de voltar mas que, entretanto, O oculta aos olhos dos homens. 6
A Ascensão ressalta a natureza divina de Cristo e sua soberania sobre o universo. Ao meditar sobre este mistério, recordamos a promessa de Cristo de nos preparar um lugar na morada celeste 7, apontando para o céu como nosso destino final. Ao mesmo tempo, essa reflexão nos conduz a considerar a missão evangelizadora que Jesus confiou a seus seguidores após sua partida. Como cristãos, assumimos essa mesma responsabilidade, reconhecendo-a como nossa antes de alcançarmos o Reino Celeste. Cada Ave-Maria é, portanto, uma oportunidade para renovar o compromisso pessoal com a missão cristã, buscando o auxílio divino para viver o Evangelho e proclamá-lo — começando sempre pelos que estão mais próximos.
No terceiro mistério glorioso, contemplamos a Descida do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos — episódio conhecido como Pentecostes. 8 Neste evento, o Espírito Santo desce sobre os discípulos reunidos manifestando-se como línguas de fogo. Esta efusão capacita os apóstolos a proclamarem o Evangelho em diversas línguas, simbolizando a universalidade da mensagem cristã.
Ao meditar sobre este mistério, recordamos a presença ativa do Espírito Santo na vida da Igreja e na nossa própria vida; refletimos sobre a importância do Espírito Santo como nosso guia e consolador. Enquanto rezamos as Ave-Marias, podemos invocar também a presença do Espírito Santo, pedindo discernimento e coragem para testemunhar a fé de maneira corajosa, assim como fizeram os apóstolos depois de Pentecostes.
No quarto mistério glorioso, dirigimos nossa atenção à Assunção de Maria ao Céu. A Assunção refere-se à subida de Maria, em corpo e alma, ao céu. 9 Ao meditar sobre este mistério, recordamos a pureza de Nossa Senhora e seu papel único na história da redenção. A Assunção da Santíssima Virgem é uma singular participação na ressurreição do seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.
Desse modo, ao contemplar este mistério, meditamos sobre a importância da dignidade e da honra concedidas a Maria. Este evento leva-nos a meditar a posição única que ocupa a Mãe de Deus entre todos os santos. Uma vez que a morte é consequência do pecado, não seria oportuno que Ela passasse por esta experiência, já que foi isenta do pecado desde a sua concepção. Sendo assim, a Assunção da Virgem Maria é consequência de outro dogma, o da Imaculada Conceição; a pureza de Nossa Senhora acompanhou-a desde a concepção até o fim de sua vida terrena, culminando na sua assunção.
Por fim, a meditação deste mistério leva-nos a recordar dois dogmas marianos e, assim, reforçar a nossa fé no que a Igreja crê há muitos séculos.
No quinto mistério glorioso, contemplamos a Coroação de Maria como Rainha do Céu e da Terra. 10 De acordo com a tradição cristã, Maria é reverenciada como Rainha devido à sua singular maternidade divina; sua participação na redenção do gênero humano, trazendo-nos o Salvador; seu papel como Mãe de Cristo e, por fim, sua elevação acima de todos os anjos e santos.
Ao contemplar este mistério, meditamos, à luz das Escrituras, que Maria recebe o título de Rainha, cumprindo a promessa feita a Davi. A tradição da “Rainha Mãe”, iniciada com Salomão e sua mãe Betsabé, é um eco dessa promessa. 11 Maria, ao transmitir a Cristo seu sangue, torna-se com todo direito Rainha dos céus e da terra, sendo seu Filho Senhor de toda a criação. Além disso, cabe nesta meditação lembrar que essa majestade de Maria foi sempre acompanhada por uma profunda humildade. Apesar de ser Rainha, Maria se reconhece como serva do Senhor, ensinando-nos, com a sua vida, uma verdadeira lição de amor, serviço e submissão à vontade de Deus.
Conheça a história de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.
Podemos, sem dúvida, rezar os cinco mistérios do Rosário todos os dias. Contudo, a Igreja dedica-se à contemplação dos mistérios gloriosos, especialmente, nas quartas e nos domingos. Lembrando que domingo é o dia do Senhor, o dia em que se celebra a ressurreição — nossa páscoa semanal.
O domingo, em que se celebra o mistério pascal, por tradição apostólica, deve guardar-se em toda a Igreja como o primordial dia festivo de preceito. 12
Saiba o que é e quais são os dias de preceito na Igreja Católica.
A meditação dos mistérios gloriosos enriquece nossa vida espiritual, proporcionando uma profunda reflexão sobre a glória de Jesus e da Virgem Maria, e seus ensinamentos.
Todas as vezes que nos é dado o ensejo de aumentar no povo cristão o culto e o amor à gloriosa Mãe de Deus, a Nossa alegria e a Nossa satisfação chegam ao auge. 13
Ao contemplarmos a Ressurreição de Jesus, somos lembrados da vitória sobre o pecado e a morte, renovando nossa esperança na vida eterna. A Ascensão e a Descida do Espírito Santo revelam a continuidade da presença divina em nossas vidas, capacitando-nos a viver e propagar o Evangelho com coragem. A Assunção de Maria inspira-nos a buscar a santidade, reconhecendo a dignidade que Deus concede a seus filhos. A Coroação de Maria como Rainha recorda-nos, por fim, a intercessão materna de Nossa Senhora — a quem podemos sempre recorrer —, e a sua humildade que devemos cultivar.
Meditar nesses mistérios é, portanto, um meio de aprofundar a nossa compreensão teológica e, assim, alimentar e aumentar a nossa fé. Além disso, a meditação dos mistérios gloriosos molda nossa vida espiritual, conduzindo-nos a uma entrega mais profunda a Deus e ao serviço amoroso aos outros. Afinal,
os mistérios gloriosos alimentam nos crentes a esperança da meta escatológica, para onde caminham como membros do Povo de Deus peregrino na história. Isto não pode deixar de impeli-los a um corajoso testemunho daquela « grande alegria » que dá sentido a toda a sua vida. 1
Saiba como é o céu segundo os sonhos de Dom Bosco.