Neste artigo, saiba porque não comer carne na Quaresma é uma prática importante para esse tempo espiritual.
Neste artigo, saiba porque não comer carne na Quaresma é uma prática importante para esse tempo espiritual.
Saiba porque não comer carne na quaresma é importante para esse tempo espiritual.
Mesmo que pouco saibam, a prática do jejum e abstinência permanece a mesma, ainda hoje. O que ocorre é que, de modo geral, perdemos o sentido espiritual de abster-se de carne para maior vivência da conversão e penitência, sobretudo neste tempo favorável, que é a quaresma.
Confira o artigo que preparamos para que possas compreender melhor sobre o porquê de não comer carne na quaresma.
Numa resposta bem simples: quaresma são os quarenta dias litúrgicos que vivemos como Igreja e que antecedem a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo., ou seja, a Páscoa.
Desde o início do cristianismo, a Igreja entendeu a necessidade de um tempo de preparação para o momento ápice da vida cristã, que é a Páscoa de Jesus. Neste tempo era feito, além disso, um período de preparação dos catecúmenos que iriam receber os sacramentos nas festas pascais.
E porque quarenta dias? Para fazer memória de todas as vezes — e são muitas! — em que este número aparece nas Escrituras. 40 anos do povo de Israel no deserto, 40 dias de Moisés no Sinai para a Aliança na Lei, 40 dias de Jesus no deserto, 40 dias do dilúvio. Enfim, hoje, é um tempo marcado pela meditação e pela união, enquanto Igreja, a Cristo cabeça, a fim de bem viver a Páscoa, com frutos de conversão e santificação.
Saiba mais sobre a Quaresma, tempo de conversão.
A Quaresma é o tempo de conversão mais forte que a Igreja possui em todo seu calendário litúrgico. Já no Antigo Testamento vemos a prática ascética como corriqueira. Para os judeus, vestir-se de saco e colocar cinzas na cabeça era um modo visível de mostrar que aquela pessoa estava penitenciando-se.
Na Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, os fieis são marcados com cinzas na sua fronte a fim de indicar isso: o tempo de conversão se inicia. A quaresma é um momento forte, o mais forte, de graças especiais e únicas, em que temos a oportunidade de nos converter mais a Deus.
São três os aspectos que se sobressaem na quaresma: jejum, que é a privação voluntária de um bem prazeroso a fim de mortificar a carne e os sentidos 1; esmola, que é a renúncia de um bem lícito para dá-lo a alguém que precise, trabalhando o desapego; e a oração, que é o cultivo da amizade e intimidade com Deus (pode ser feita em práticas de piedade, como Santo Rosário, Via-sacra, meditação das dores de Nossa Senhora…)
Infelizmente, no mundo atual, os homens perderam as dimensões do jejum e da penitência como necessárias para o crescimento das virtudes. Mas a Igreja sempre recorda essa prática não só como importante, como também necessária para a extirpação de vícios e configuração a Cristo. Jejum, penitência e oração: estes devem ser os grandes motores da quaresma na busca de uma conversão que seja interior, mas que parta de auxílios exteriores.
Confira como viver bem a Quaresma em 5 dicas práticas.
Você pode estar se perguntando se essa pergunta está correta. Não seria somente não comer carne nas sextas–feiras da quaresma ao invés de não comer carne na quaresma?
Segundo o Código de DIreito Canônico, em consonância com o quarto mandamento da Igreja,
“todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência, mas para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando, principalmente, o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.” 2
O cânon seguinte continua: os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma. 3. No Brasil, como nos permite o Código, é possível, mas não obrigatório, de se permutar a abstinência de carne por uma obra de misericórdia ou uma outra abstinência de alimento.
O mínimo obrigatório é a abstinência e jejum na Quarta-feira de Cinzas, na Sexta-feira da Paixão, e que em todas as sextas-feiras do ano faça-se a abstinência também. 4. A lei funciona sempre como um mínimo necessário. Mas é lícito nos perguntar: como progredimos na vida espiritual se pautamos nossa vida pelo mínimo?
Não comer carne nas sextas-feiras da Quaresma, bem como no ano, além da Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa é o dever mínimo do cristão que vive sua fé. Agora, uma prática comum e antiga, é a de não comer carne na Quaresma inteira, abrindo mão dela não por entender que a carne seja ruim, mas no espírito de abstinência e jejum, progredir na busca das virtudes.
Um exemplo prático para percebermos a importância do jejum (que é a diminuição das porções alimentares) e da abstinência (retirar o alimento da dieta, como a carne, por exemplo): se possuo o vício da fofoca, e quero lutar contra ele, meu espírito estará muito mais pronto para o combate se conseguir suportar a privação do alimento, mesmo que este esteja à minha disposição.
Como apontado acima, o próprio Direito Canônico nos prevê que a prática de não comer carne não se limita somente à Quaresma, mas a todas as sextas-feiras do ano, como forma de nos unir à Paixão de Cristo, moderar nossos instintos e alcançar a virtude da temperança, que é a virtude do domínio da vontade sobre os instintos, e que mantém os desejos dentro dos limites da honestidade. 5
O Cânon que rege esta observância diz o seguinte:
“Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.” 6
No Brasil, tal prática é obrigatória. O que se permite é a permuta, com antecedência, da abstinência de carne por outra abstinência, ou pela prática de um ato de piedade e caridade (que vá além daquelas que já possuímos). Ou seja, é obrigatório, mesmo no Brasil, a busca pela penitência e abstinência nas sextas-feiras. O modo ordinário é a abstinência de carne. De modo extraordinário e como exceção, a permuta, se necessário for. Mas sendo um mandamento da Igreja, deve o fiel observar e cumprir.
Leia mais: tudo o que um católico precisa saber sobre abstinência de carne às sextas-feiras.
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Saiba porque não comer carne na quaresma é importante para esse tempo espiritual.
Mesmo que pouco saibam, a prática do jejum e abstinência permanece a mesma, ainda hoje. O que ocorre é que, de modo geral, perdemos o sentido espiritual de abster-se de carne para maior vivência da conversão e penitência, sobretudo neste tempo favorável, que é a quaresma.
Confira o artigo que preparamos para que possas compreender melhor sobre o porquê de não comer carne na quaresma.
Numa resposta bem simples: quaresma são os quarenta dias litúrgicos que vivemos como Igreja e que antecedem a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo., ou seja, a Páscoa.
Desde o início do cristianismo, a Igreja entendeu a necessidade de um tempo de preparação para o momento ápice da vida cristã, que é a Páscoa de Jesus. Neste tempo era feito, além disso, um período de preparação dos catecúmenos que iriam receber os sacramentos nas festas pascais.
E porque quarenta dias? Para fazer memória de todas as vezes — e são muitas! — em que este número aparece nas Escrituras. 40 anos do povo de Israel no deserto, 40 dias de Moisés no Sinai para a Aliança na Lei, 40 dias de Jesus no deserto, 40 dias do dilúvio. Enfim, hoje, é um tempo marcado pela meditação e pela união, enquanto Igreja, a Cristo cabeça, a fim de bem viver a Páscoa, com frutos de conversão e santificação.
Saiba mais sobre a Quaresma, tempo de conversão.
A Quaresma é o tempo de conversão mais forte que a Igreja possui em todo seu calendário litúrgico. Já no Antigo Testamento vemos a prática ascética como corriqueira. Para os judeus, vestir-se de saco e colocar cinzas na cabeça era um modo visível de mostrar que aquela pessoa estava penitenciando-se.
Na Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, os fieis são marcados com cinzas na sua fronte a fim de indicar isso: o tempo de conversão se inicia. A quaresma é um momento forte, o mais forte, de graças especiais e únicas, em que temos a oportunidade de nos converter mais a Deus.
São três os aspectos que se sobressaem na quaresma: jejum, que é a privação voluntária de um bem prazeroso a fim de mortificar a carne e os sentidos 1; esmola, que é a renúncia de um bem lícito para dá-lo a alguém que precise, trabalhando o desapego; e a oração, que é o cultivo da amizade e intimidade com Deus (pode ser feita em práticas de piedade, como Santo Rosário, Via-sacra, meditação das dores de Nossa Senhora…)
Infelizmente, no mundo atual, os homens perderam as dimensões do jejum e da penitência como necessárias para o crescimento das virtudes. Mas a Igreja sempre recorda essa prática não só como importante, como também necessária para a extirpação de vícios e configuração a Cristo. Jejum, penitência e oração: estes devem ser os grandes motores da quaresma na busca de uma conversão que seja interior, mas que parta de auxílios exteriores.
Confira como viver bem a Quaresma em 5 dicas práticas.
Você pode estar se perguntando se essa pergunta está correta. Não seria somente não comer carne nas sextas–feiras da quaresma ao invés de não comer carne na quaresma?
Segundo o Código de DIreito Canônico, em consonância com o quarto mandamento da Igreja,
“todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência, mas para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitenciais em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando, principalmente, o jejum e a abstinência, de acordo com os cânones seguintes.” 2
O cânon seguinte continua: os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma. 3. No Brasil, como nos permite o Código, é possível, mas não obrigatório, de se permutar a abstinência de carne por uma obra de misericórdia ou uma outra abstinência de alimento.
O mínimo obrigatório é a abstinência e jejum na Quarta-feira de Cinzas, na Sexta-feira da Paixão, e que em todas as sextas-feiras do ano faça-se a abstinência também. 4. A lei funciona sempre como um mínimo necessário. Mas é lícito nos perguntar: como progredimos na vida espiritual se pautamos nossa vida pelo mínimo?
Não comer carne nas sextas-feiras da Quaresma, bem como no ano, além da Quarta-feira de Cinzas e Sexta-feira Santa é o dever mínimo do cristão que vive sua fé. Agora, uma prática comum e antiga, é a de não comer carne na Quaresma inteira, abrindo mão dela não por entender que a carne seja ruim, mas no espírito de abstinência e jejum, progredir na busca das virtudes.
Um exemplo prático para percebermos a importância do jejum (que é a diminuição das porções alimentares) e da abstinência (retirar o alimento da dieta, como a carne, por exemplo): se possuo o vício da fofoca, e quero lutar contra ele, meu espírito estará muito mais pronto para o combate se conseguir suportar a privação do alimento, mesmo que este esteja à minha disposição.
Como apontado acima, o próprio Direito Canônico nos prevê que a prática de não comer carne não se limita somente à Quaresma, mas a todas as sextas-feiras do ano, como forma de nos unir à Paixão de Cristo, moderar nossos instintos e alcançar a virtude da temperança, que é a virtude do domínio da vontade sobre os instintos, e que mantém os desejos dentro dos limites da honestidade. 5
O Cânon que rege esta observância diz o seguinte:
“Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescrições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.” 6
No Brasil, tal prática é obrigatória. O que se permite é a permuta, com antecedência, da abstinência de carne por outra abstinência, ou pela prática de um ato de piedade e caridade (que vá além daquelas que já possuímos). Ou seja, é obrigatório, mesmo no Brasil, a busca pela penitência e abstinência nas sextas-feiras. O modo ordinário é a abstinência de carne. De modo extraordinário e como exceção, a permuta, se necessário for. Mas sendo um mandamento da Igreja, deve o fiel observar e cumprir.
Leia mais: tudo o que um católico precisa saber sobre abstinência de carne às sextas-feiras.