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Devoção, Formação

O que é Totus Tuus?

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Devoção, Formação

O que é Totus Tuus?

Data da Publicação: 07/12/2022
Tempo de leitura:
Autor: MBC
Data da Publicação: 07/12/2022
Tempo de leitura:
Autor: MBC


Em 19 de Setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu a dois pastorinhos, Maximino e Mélanie. Ela identificou-se como Nossa Senhora das Lágrimas, hoje conhecida como Nossa Senhora de La Salette. Nesse momento, ela deu uma mensagem muito atual para toda a humanidade e, especialmente, para toda a Igreja, pois passariam por grandes tribulações. De fato, as repercussões foram tão grandes que, imediatamente, em 24 de Agosto de 1852, Sua Santidade o Papa Pio IX concedeu que o Altar Maior da Igreja de La Salette fosse privilegiado; em 7 de Setembro, fundou a Associação de Nossa Senhora Reconciliadora de La Salette. E, em suma, nesta mensagem Nossa Senhora exortava todos os cristãos a se manterem vigilantes e em oração.

Algum tempo depois, por ocasião de uma audiência privada em 20 de Janeiro de 1982, apresentaram a S. João Paulo II uma documentação sobre a mensagem de La Salette, sobre a qual Sua Santidade comentou: “Estamos no coração das profecias”. 

Dessa forma, poderíamos citar uma e outras aparições. Uma delas é a aparição de Nossa Senhora de Fátima, formalmente Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que aparece aos pastorinhos, chamados Lúcia dos Santos, Jacinta e Francisco Marto. No entanto, o mais impressionante de tudo isto é que os grandes santos contemporâneos fizeram parte destes eventos. E, na sua maioria, eram crianças. Todos estes pequenos foram convidados pela Nossa Mãe a comunicar uma mensagem de esperança para a Igreja e para a humanidade. Disto o Santo Padre, S. João Paulo II, não se omitiria: “Aqueles que não se convertem e se tornam como criancinhas, (ou melhor, como pequenos pastores) não entrarão no reino dos céus” (Mateus 18:3). Por isso, S. João Paulo II é considerado como o mensageiro da paz do nosso tempo e um extraordinário propagador da devoção mariana.

Este carisma mariano manifestou-se muito claramente na vida de João Paulo II e na sua missão petrina, nas suas palavras, no seu Magistério, nos seus atos e gestos. Como nos diz a Constituição Dogmática Dei Verbum, “Cristo revelou-se a si mesmo, a Palavra tornou-se carne, e revelou o plano de salvação não só com palavras, mas com atos, com gestos claros que estavam intrinsecamente ligados uns aos outros, de modo que os atos e os gestos, por pequenos que sejam, se manifestam e confirmam a doutrina. Que os atos sejam explicados pelas palavras e que as palavras proclamem os atos e esclareçam o mistério neles contido” (Dei Verbum # 2).

E assim, mais uma vez, o mensageiro da paz, o mensageiro da esperança fez ressoar durante todo o seu pontificado o TOTUS TUUS!, lema que adotou primeiro em seu episcopado, e depois em seu papado.

Talvez você já tenha ouvido a expressão, que deriva de São Luís Maria Grignon de Montfort. Trata-se da abreviatura para a forma mais completa de consagração à Mãe de Deus, que o santo ensina em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

Em uma das obras de São João Paulo II, “Cruzando o Limiar da Esperança“, o Santo Padre fala-nos do seu lema: “Totus Tuus”.

“Esta fórmula não é uma simples expressão de devoção: é algo mais. É a orientação da minha espiritualidade. Afirmou-se em mim durante a Segunda Guerra Mundial, quando eu trabalhava como operário de fábrica. No início, pareceu-me que devia me afastar um pouco da devoção mariana da minha infância, em favor de um cristianismo cristocêntrico. Graças a São Luis Grignon de Montfort, compreendi que a verdadeira devoção à Mãe de Deus é, no entanto, cristocêntrica, e ademais, que está profundamente enraizada no mistério trinitário de Deus, e nos mistérios da Encarnação e da Redenção”.

O lema Totus Tuus expressa a total pertença a Jesus através de Maria, a expressão latina seria: “Tuus totus ego sum, et omnia mea, tua sunt”, e a tradução equivalente: “Sou todo teu, e tudo o que tenho te pertence, ó meu amável Jesus, através de Maria, tua Santíssima Mãe”.

Além disso, sem esquecer o seu povo, tal como a nossa mãe não esquece cada um dos seus filhos, o Santo Padre, mesmo no seu testamento espiritual, foi um filho totalmente dedicado à sua mãe, como uma criança ou um pastorzinho. Ele próprio escreveu, antes de deixar este mundo, para nos deixar nas mãos de Maria: “Nestas mesmas mãos maternas deixo tudo e todos aqueles com quem a minha vida e a minha vocação me uniram. Nestas mãos deixo sobretudo a Igreja, assim como a minha nação e toda a humanidade”.

Tudo por Jesus Cristo através de Maria. Assim viveu o mensageiro da paz, de mãos dadas com Nossa Senhora, assim cumpriu a sua missão e assim morreu, com o Totus Tuus nos seus lábios e no seu coração.

Este é, de fato, um testemunho que move nossos corações. É quase impossível mencionar este lema de consagração de São Luís, sem mencionar também sua plena concretização na vida de São João Paulo II. Quando compreendemos a dimensão de sermos todos de Jesus, pelas mãos de Maria, também entrevemos aquilo que o profeta há muito já anunciava: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos.” (Is 55, 8-9).

Consagrar-se à Nossa Mãe, declarar-se inteiramente d’Ela, é um dos caminhos mais seguros para que Deus cumpra Sua vontade, Seus pensamentos, em nossas vidas. Se não compreendemos ou não esperamos, Ela vem em nosso auxílio para que possamos bem cumprir a vontade do Pai.

A Ela entregamos nossas vidas, na certeza de que seu amor materno nos cuidará e guiará a cada instante.

Nessa certeza, podemos dizer juntos: “Totus tuus, Mariae!”, “Tota tua, Mariae!”

Que Nossa Senhora nos guie em seus doces caminhos!

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    MBC

    O que você vai encontrar neste artigo?


    Em 19 de Setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu a dois pastorinhos, Maximino e Mélanie. Ela identificou-se como Nossa Senhora das Lágrimas, hoje conhecida como Nossa Senhora de La Salette. Nesse momento, ela deu uma mensagem muito atual para toda a humanidade e, especialmente, para toda a Igreja, pois passariam por grandes tribulações. De fato, as repercussões foram tão grandes que, imediatamente, em 24 de Agosto de 1852, Sua Santidade o Papa Pio IX concedeu que o Altar Maior da Igreja de La Salette fosse privilegiado; em 7 de Setembro, fundou a Associação de Nossa Senhora Reconciliadora de La Salette. E, em suma, nesta mensagem Nossa Senhora exortava todos os cristãos a se manterem vigilantes e em oração.

    Algum tempo depois, por ocasião de uma audiência privada em 20 de Janeiro de 1982, apresentaram a S. João Paulo II uma documentação sobre a mensagem de La Salette, sobre a qual Sua Santidade comentou: “Estamos no coração das profecias”. 

    Dessa forma, poderíamos citar uma e outras aparições. Uma delas é a aparição de Nossa Senhora de Fátima, formalmente Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que aparece aos pastorinhos, chamados Lúcia dos Santos, Jacinta e Francisco Marto. No entanto, o mais impressionante de tudo isto é que os grandes santos contemporâneos fizeram parte destes eventos. E, na sua maioria, eram crianças. Todos estes pequenos foram convidados pela Nossa Mãe a comunicar uma mensagem de esperança para a Igreja e para a humanidade. Disto o Santo Padre, S. João Paulo II, não se omitiria: “Aqueles que não se convertem e se tornam como criancinhas, (ou melhor, como pequenos pastores) não entrarão no reino dos céus” (Mateus 18:3). Por isso, S. João Paulo II é considerado como o mensageiro da paz do nosso tempo e um extraordinário propagador da devoção mariana.

    Este carisma mariano manifestou-se muito claramente na vida de João Paulo II e na sua missão petrina, nas suas palavras, no seu Magistério, nos seus atos e gestos. Como nos diz a Constituição Dogmática Dei Verbum, “Cristo revelou-se a si mesmo, a Palavra tornou-se carne, e revelou o plano de salvação não só com palavras, mas com atos, com gestos claros que estavam intrinsecamente ligados uns aos outros, de modo que os atos e os gestos, por pequenos que sejam, se manifestam e confirmam a doutrina. Que os atos sejam explicados pelas palavras e que as palavras proclamem os atos e esclareçam o mistério neles contido” (Dei Verbum # 2).

    E assim, mais uma vez, o mensageiro da paz, o mensageiro da esperança fez ressoar durante todo o seu pontificado o TOTUS TUUS!, lema que adotou primeiro em seu episcopado, e depois em seu papado.

    Talvez você já tenha ouvido a expressão, que deriva de São Luís Maria Grignon de Montfort. Trata-se da abreviatura para a forma mais completa de consagração à Mãe de Deus, que o santo ensina em seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

    Em uma das obras de São João Paulo II, “Cruzando o Limiar da Esperança“, o Santo Padre fala-nos do seu lema: “Totus Tuus”.

    “Esta fórmula não é uma simples expressão de devoção: é algo mais. É a orientação da minha espiritualidade. Afirmou-se em mim durante a Segunda Guerra Mundial, quando eu trabalhava como operário de fábrica. No início, pareceu-me que devia me afastar um pouco da devoção mariana da minha infância, em favor de um cristianismo cristocêntrico. Graças a São Luis Grignon de Montfort, compreendi que a verdadeira devoção à Mãe de Deus é, no entanto, cristocêntrica, e ademais, que está profundamente enraizada no mistério trinitário de Deus, e nos mistérios da Encarnação e da Redenção”.

    O lema Totus Tuus expressa a total pertença a Jesus através de Maria, a expressão latina seria: “Tuus totus ego sum, et omnia mea, tua sunt”, e a tradução equivalente: “Sou todo teu, e tudo o que tenho te pertence, ó meu amável Jesus, através de Maria, tua Santíssima Mãe”.

    Além disso, sem esquecer o seu povo, tal como a nossa mãe não esquece cada um dos seus filhos, o Santo Padre, mesmo no seu testamento espiritual, foi um filho totalmente dedicado à sua mãe, como uma criança ou um pastorzinho. Ele próprio escreveu, antes de deixar este mundo, para nos deixar nas mãos de Maria: “Nestas mesmas mãos maternas deixo tudo e todos aqueles com quem a minha vida e a minha vocação me uniram. Nestas mãos deixo sobretudo a Igreja, assim como a minha nação e toda a humanidade”.

    Tudo por Jesus Cristo através de Maria. Assim viveu o mensageiro da paz, de mãos dadas com Nossa Senhora, assim cumpriu a sua missão e assim morreu, com o Totus Tuus nos seus lábios e no seu coração.

    Este é, de fato, um testemunho que move nossos corações. É quase impossível mencionar este lema de consagração de São Luís, sem mencionar também sua plena concretização na vida de São João Paulo II. Quando compreendemos a dimensão de sermos todos de Jesus, pelas mãos de Maria, também entrevemos aquilo que o profeta há muito já anunciava: “Pois meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos.” (Is 55, 8-9).

    Consagrar-se à Nossa Mãe, declarar-se inteiramente d’Ela, é um dos caminhos mais seguros para que Deus cumpra Sua vontade, Seus pensamentos, em nossas vidas. Se não compreendemos ou não esperamos, Ela vem em nosso auxílio para que possamos bem cumprir a vontade do Pai.

    A Ela entregamos nossas vidas, na certeza de que seu amor materno nos cuidará e guiará a cada instante.

    Nessa certeza, podemos dizer juntos: “Totus tuus, Mariae!”, “Tota tua, Mariae!”

    Que Nossa Senhora nos guie em seus doces caminhos!

    MBC

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