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Destaque, Formação

Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

Neste artigo, conheça, de modo resumido, o que celebramos no Tríduo Pascal e qual é a particularidade de cada um dos dias.

Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus
Destaque, Formação

Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus

Neste artigo, conheça, de modo resumido, o que celebramos no Tríduo Pascal e qual é a particularidade de cada um dos dias.

Data da Publicação: 18/03/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica
Data da Publicação: 18/03/2024
Tempo de leitura:
Autor: Redação Minha Biblioteca Católica

Confira, de modo resumido, o que celebramos no Tríduo Pascal e qual é a particularidade de cada um dos dias.

Bem sabemos que o Tríduo Pascal é o centro do Ano Litúrgico. Mas você sabe o que celebramos em cada dia e porquê?

O que exatamente nós comemoramos no Tríduo Pascal?

No Tríduo Pascal a Igreja celebra, em linhas gerais, a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mais do que celebrar ou comemorar, a Igreja nos convida a viver, com intensidade, cada uma das liturgias desses dias. O mistério da Redenção de Cristo, central em nossa fé, motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo, é vivido em três dias. Por isso, chamamos de Tríduo Pascal. Tem início na Quinta-feira Santa, e se encerra no Domingo de Páscoa.

Por que celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus?

A Quaresma que vivemos é somente um tempo de preparação. A bem da verdade, ainda que seja um tempo intenso e frutuoso para nossa vida espiritual, a Quaresma somente tem razão de existir à luz do Tríduo Pascal que celebraremos. Sem a Páscoa, a Quaresma seria bela, útil, mas vazia de sentido e estéril em si mesma.

Desde o início do cristianismo, lá no surgimento da Igreja, com o testemunho dos Apóstolos reunidos em torno de São Pedro, o primeiro Papa, os cristãos já entendiam a centralidade da ressurreição de Cristo para a nossa fé. Desde então, nos nossos calendários litúrgicos, o ano gira em torno da Paixão, morte e ressurreição de Cristo, como mistério central do catolicismo.

A Páscoa, termo que significa “passagem”, é a comemoração da Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens, selada no Altar da Cruz. Os judeus celebravam a Páscoa como recordação  da libertação do Egito. Nós, agora, não só nos recordamos, mas nos associamos ao mistério da morte e ressurreição de Jesus. Ele é, com efeito, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Aprofunde-se no significado da liturgia do Domingo de Páscoa e tudo o que ela nos ensina.

A liturgia do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal, celebrado em nossas Igrejas, é o momento de maior profundidade litúrgica que podemos experimentar em nossas vidas. Cada uma das celebrações, tão diferentes entre si, mas tão complementares, nos possibilitam mergulhar, verdadeiramente, no mistério celebrado. A mística e espiritualidade que giram em torno dessas celebrações não são encontradas nem nos melhores filmes e séries (A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, The Chosen…) ou relatos dos santos. Esses recursos, é verdade, nos ajudam no imaginário e na devoção. Mas somente a liturgia, bem celebrada e bem vivida, é que nos possibilita, VERDADEIRAMENTE E REALMENTE (isso, com caixa alta mesmo), viver, no século XXI, os fatos ocorridos lá atrás.

Quinta-feira Santa

O Tríduo Pascal se inicia na Quinta-feira Santa, com a Santa Missa de Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Popularmente, é chamada de Santa Missa de lava-pés, pois é nessa liturgia que o sacerdote lava os pés de 12 membros da assembleia, a fim de vivermos o mandato de Jesus com autenticidade: amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou. É, além da instituição da Eucaristia e do sacerdócio, a instituição do mandamento do Amor.

Nesta Santa Missa podemos destacar, após semanas de sobriedade quaresmal, uma solenidade marcante. Isso se dá pelo júbilo da Igreja para com tamanho dom que é a Eucaristia e para com o Sacerdócio, sinais reais da presença de Cristo na Igreja. Após a Santa Missa, que não se encerra com a costumeira benção final, somos convidados a permanecer em vigília com o Senhor madrugada adentro. 

Em resumo: na Quinta-feira Santa Jesus antecipa, liturgicamente, a oferta de seu Corpo e Sangue. Na Eucaristia, Jesus antecipa o sacrifício da Cruz.

Jesus lavando os pés dos discípulos, na quinta-feira do tríduo pascal.

Confira também: Eucaristia: o pulsar do Coração de Cristo.

Sexta-feira Santa

Na Sexta-feira Santa, ainda dentro do primeiro dia do Tríduo Pascal, às 15h, vivemos a liturgia da Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os altares estão desnudos. Nada de flores e cantos estridentes. Os sinos e as sinetas ficam em absoluto silêncio. 

A celebração inicia-se de modo abrupto, com a entrada do sacerdote na Igreja, prostrando-se em frente ao Altar. Não há canto de entrada, nem sinal da Cruz. 

Na Sexta-feira Santa, dia em que mergulhamos na Cruz do Senhor, com Ele morremos e com Ele somos sepultados, é obrigatória a vivência do jejum e da abstinência. A celebração possui quatro momentos principais: Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração (e beijo) da Santa Cruz, e distribuição da Eucaristia. A celebração, como começou, termina abruptamente.

Ainda que seja um dia de silêncio e meditação, é frequente as liturgias populares e devocionais tomarem conta de nossas Igrejas e praças: Via-sacra, procissão do Encontro, Procissão dos Passos, Ofício das Trevas, 7 Dores de Nossa Senhora, … Essa devoções são muito belas e ricas, mas importa destacar que o momento litúrgico central deste dia é a Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, celebrada em nossas paróquias.

Papa Francisco prostrado durante celebração da Paixão, no tríduo pascal.
Papa Francisco prostrado durante a Celebração da Paixão, na Basílica de São Pedro. Crédito da imagem: Vatican News.

Saiba mais: Pode comer carne na Sexta-feira Santa?

Sábado Santo

Ao contrário do que muitos pensam, não é chamado de Sábado de Aleluia, mas de Sábado Santo.

Da noite de Sexta-feira até o entardecer de Sábado, Vésperas de Domingo, vivemos o Sábado Santo, segundo dia de nosso Tríduo Pascal. Fora as devoções particulares ou comunitárias, é o único dia do ano em que não há celebração da Santa Missa.

Em geral, podemos chamar este dia de Sábado do Silêncio, pois com o sepultamento de Jesus e sua descida à mansão dos mortos paira, em toda a terra, um silêncio “ensurdecedor”. Os antigos recordam que, neste dia, sequer risadas ou brincadeiras podiam pairar no ar. É o dia da espera!

A espera tem seu fim no terceiro dia do Tríduo Pascal, que celebramos na Vigília Pascal, no Sábado à noite. A Igreja recomenda que seja celebrada essa grande Vígilia, a mãe de todas as Vigílias, quando a noite já está bem avançada, para que o sentido dessa liturgia seja bem vivido por todos os fiéis.

Como os relatos do Evangelho nos narram, ao terceiro dia, Jesus ressuscitou! É o que celebramos na noite santa. A Vigília Pascal possui quatro partes: benção do fogo e do círio Pascal, liturgia da Palavra, benção da água batismal (e batismos, se houverem) e rito da Eucaristia. É a noite das noites! A Missa das Missas!

círio pascal, símbolo da luz de Cristo, aceso durante a vigília do Sábado Santo.
Círio pascal, símbolo da Luz de Cristo, aceso durante a vigília do Sábado Santo.

O Tríduo Pascal na nossa vida espiritual

O Tríduo Pascal deve ser o momento central na vida de todo católico. A Páscoa é o momento ápice da nossa Redenção. Toda a vida de Cristo Jesus estava orientada para sua entrega na Cruz e é por essa entrega, por sua morte e ressurreição, é que temos a possibilidade do céu.

Se tratando de um Tríduo, não faz sentido ao católico a participação em um dia apenas. Ainda que a Páscoa seja a celebração central e de preceito, a liturgia toda deve ser vivida com fervor e profundidade, a fim de entender o que estamos celebrando e qual a relevância para a nossa vida espiritual. 

No Tríduo Pascal está condensado todo o itinerário de conversão de nossa vida. Com Cristo sofrer, com Ele livremente morrer, para com Ele reinar, ressuscitados e gloriosos.

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    Redação Minha Biblioteca Católica

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    Confira, de modo resumido, o que celebramos no Tríduo Pascal e qual é a particularidade de cada um dos dias.

    Bem sabemos que o Tríduo Pascal é o centro do Ano Litúrgico. Mas você sabe o que celebramos em cada dia e porquê?

    O que exatamente nós comemoramos no Tríduo Pascal?

    No Tríduo Pascal a Igreja celebra, em linhas gerais, a Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mais do que celebrar ou comemorar, a Igreja nos convida a viver, com intensidade, cada uma das liturgias desses dias. O mistério da Redenção de Cristo, central em nossa fé, motivo pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo, é vivido em três dias. Por isso, chamamos de Tríduo Pascal. Tem início na Quinta-feira Santa, e se encerra no Domingo de Páscoa.

    Por que celebrar a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus?

    A Quaresma que vivemos é somente um tempo de preparação. A bem da verdade, ainda que seja um tempo intenso e frutuoso para nossa vida espiritual, a Quaresma somente tem razão de existir à luz do Tríduo Pascal que celebraremos. Sem a Páscoa, a Quaresma seria bela, útil, mas vazia de sentido e estéril em si mesma.

    Desde o início do cristianismo, lá no surgimento da Igreja, com o testemunho dos Apóstolos reunidos em torno de São Pedro, o primeiro Papa, os cristãos já entendiam a centralidade da ressurreição de Cristo para a nossa fé. Desde então, nos nossos calendários litúrgicos, o ano gira em torno da Paixão, morte e ressurreição de Cristo, como mistério central do catolicismo.

    A Páscoa, termo que significa “passagem”, é a comemoração da Nova e Eterna Aliança entre Deus e os homens, selada no Altar da Cruz. Os judeus celebravam a Páscoa como recordação  da libertação do Egito. Nós, agora, não só nos recordamos, mas nos associamos ao mistério da morte e ressurreição de Jesus. Ele é, com efeito, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

    Aprofunde-se no significado da liturgia do Domingo de Páscoa e tudo o que ela nos ensina.

    A liturgia do Tríduo Pascal

    O Tríduo Pascal, celebrado em nossas Igrejas, é o momento de maior profundidade litúrgica que podemos experimentar em nossas vidas. Cada uma das celebrações, tão diferentes entre si, mas tão complementares, nos possibilitam mergulhar, verdadeiramente, no mistério celebrado. A mística e espiritualidade que giram em torno dessas celebrações não são encontradas nem nos melhores filmes e séries (A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, The Chosen…) ou relatos dos santos. Esses recursos, é verdade, nos ajudam no imaginário e na devoção. Mas somente a liturgia, bem celebrada e bem vivida, é que nos possibilita, VERDADEIRAMENTE E REALMENTE (isso, com caixa alta mesmo), viver, no século XXI, os fatos ocorridos lá atrás.

    Quinta-feira Santa

    O Tríduo Pascal se inicia na Quinta-feira Santa, com a Santa Missa de Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Popularmente, é chamada de Santa Missa de lava-pés, pois é nessa liturgia que o sacerdote lava os pés de 12 membros da assembleia, a fim de vivermos o mandato de Jesus com autenticidade: amarmo-nos uns aos outros como Ele nos amou. É, além da instituição da Eucaristia e do sacerdócio, a instituição do mandamento do Amor.

    Nesta Santa Missa podemos destacar, após semanas de sobriedade quaresmal, uma solenidade marcante. Isso se dá pelo júbilo da Igreja para com tamanho dom que é a Eucaristia e para com o Sacerdócio, sinais reais da presença de Cristo na Igreja. Após a Santa Missa, que não se encerra com a costumeira benção final, somos convidados a permanecer em vigília com o Senhor madrugada adentro. 

    Em resumo: na Quinta-feira Santa Jesus antecipa, liturgicamente, a oferta de seu Corpo e Sangue. Na Eucaristia, Jesus antecipa o sacrifício da Cruz.

    Jesus lavando os pés dos discípulos, na quinta-feira do tríduo pascal.

    Confira também: Eucaristia: o pulsar do Coração de Cristo.

    Sexta-feira Santa

    Na Sexta-feira Santa, ainda dentro do primeiro dia do Tríduo Pascal, às 15h, vivemos a liturgia da Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os altares estão desnudos. Nada de flores e cantos estridentes. Os sinos e as sinetas ficam em absoluto silêncio. 

    A celebração inicia-se de modo abrupto, com a entrada do sacerdote na Igreja, prostrando-se em frente ao Altar. Não há canto de entrada, nem sinal da Cruz. 

    Na Sexta-feira Santa, dia em que mergulhamos na Cruz do Senhor, com Ele morremos e com Ele somos sepultados, é obrigatória a vivência do jejum e da abstinência. A celebração possui quatro momentos principais: Liturgia da Palavra, Oração Universal, Adoração (e beijo) da Santa Cruz, e distribuição da Eucaristia. A celebração, como começou, termina abruptamente.

    Ainda que seja um dia de silêncio e meditação, é frequente as liturgias populares e devocionais tomarem conta de nossas Igrejas e praças: Via-sacra, procissão do Encontro, Procissão dos Passos, Ofício das Trevas, 7 Dores de Nossa Senhora, … Essa devoções são muito belas e ricas, mas importa destacar que o momento litúrgico central deste dia é a Celebração da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, celebrada em nossas paróquias.

    Papa Francisco prostrado durante celebração da Paixão, no tríduo pascal.
    Papa Francisco prostrado durante a Celebração da Paixão, na Basílica de São Pedro. Crédito da imagem: Vatican News.

    Saiba mais: Pode comer carne na Sexta-feira Santa?

    Sábado Santo

    Ao contrário do que muitos pensam, não é chamado de Sábado de Aleluia, mas de Sábado Santo.

    Da noite de Sexta-feira até o entardecer de Sábado, Vésperas de Domingo, vivemos o Sábado Santo, segundo dia de nosso Tríduo Pascal. Fora as devoções particulares ou comunitárias, é o único dia do ano em que não há celebração da Santa Missa.

    Em geral, podemos chamar este dia de Sábado do Silêncio, pois com o sepultamento de Jesus e sua descida à mansão dos mortos paira, em toda a terra, um silêncio “ensurdecedor”. Os antigos recordam que, neste dia, sequer risadas ou brincadeiras podiam pairar no ar. É o dia da espera!

    A espera tem seu fim no terceiro dia do Tríduo Pascal, que celebramos na Vigília Pascal, no Sábado à noite. A Igreja recomenda que seja celebrada essa grande Vígilia, a mãe de todas as Vigílias, quando a noite já está bem avançada, para que o sentido dessa liturgia seja bem vivido por todos os fiéis.

    Como os relatos do Evangelho nos narram, ao terceiro dia, Jesus ressuscitou! É o que celebramos na noite santa. A Vigília Pascal possui quatro partes: benção do fogo e do círio Pascal, liturgia da Palavra, benção da água batismal (e batismos, se houverem) e rito da Eucaristia. É a noite das noites! A Missa das Missas!

    círio pascal, símbolo da luz de Cristo, aceso durante a vigília do Sábado Santo.
    Círio pascal, símbolo da Luz de Cristo, aceso durante a vigília do Sábado Santo.

    O Tríduo Pascal na nossa vida espiritual

    O Tríduo Pascal deve ser o momento central na vida de todo católico. A Páscoa é o momento ápice da nossa Redenção. Toda a vida de Cristo Jesus estava orientada para sua entrega na Cruz e é por essa entrega, por sua morte e ressurreição, é que temos a possibilidade do céu.

    Se tratando de um Tríduo, não faz sentido ao católico a participação em um dia apenas. Ainda que a Páscoa seja a celebração central e de preceito, a liturgia toda deve ser vivida com fervor e profundidade, a fim de entender o que estamos celebrando e qual a relevância para a nossa vida espiritual. 

    No Tríduo Pascal está condensado todo o itinerário de conversão de nossa vida. Com Cristo sofrer, com Ele livremente morrer, para com Ele reinar, ressuscitados e gloriosos.

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