Saiba o que é o Domingo Laetare e o que a liturgia especial desse dia nos ensina, meditando cada uma das leituras.
Saiba o que é o Domingo Laetare e o que a liturgia especial desse dia nos ensina, meditando cada uma das leituras.
Confira o caminho proposto pelas leituras deste 4º Domingo da Quaresma, também conhecido como Domingo Laetare.
Você sabia que a Igreja se reveste de uma cor especial na liturgia somente duas vezes ao ano? Pois é! A liturgia deste 4º domingo da Quaresma é toda especial por seu significado próprio que transborda no modo como a celebramos.
Dentro do ciclo anual da liturgia da Igreja celebramos, em cada momento, um aspecto essencial da vida de Cristo que remete à nossa salvação. E nessa época do Ano litúrgico, ganham destaque a Paixão e ressurreição de Jesus, mistério central de nossa fé.
A Páscoa, celebrada desde o tempo dos judeus e levada a sua plenitude de significado em Jesus, é precedida pela Quaresma, que são os quarenta dias de preparação para que a Igreja possa bem celebrar a Paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Saiba como eram as tradições da Páscoa dos Judeus.
A quaresma nada mais é que os quarenta dias que antecedem a Páscoa, momento mais importante do ano para um católico. Mas, esses quarenta dias e a liturgia que celebramos neles não são e nem devem ser vividos como somente “mais um tempo litúrgico da Igreja”.
A quaresma é o tempo favorável para a conversão. Como queremos viver uma vida nova em Cristo ressuscitado, se não estamos dispostos a morrer para o que nos separa dessa vida nova? É por causa disso que a cada domingo da Quaresma vamos adentrando, espiritualmente, nos elementos essenciais para bem percorrer esse caminho quaresmal, que é de jejum e penitência, esmola e oração.
Neste outro artigo, encontre tudo o que um católico precisa saber sobre a Quaresma.
A liturgia de cada domingo da Quaresma funciona como um grande itinerário espiritual. É como se fosse um retiro quaresmal onde, a cada Santa Missa celebrada, vamos progredindo em algum aspecto indispensável na preparação para a Páscoa do Senhor.
Com o 4º domingo da Quaresma não é diferente, apesar de ele possuir um destaque e uma particularidade maior em relação aos outros domingos. Neste dia, a Igreja vai nos falar de modo mais próximo acerca do amor de Deus por nós que é infinito, sem fronteiras e limites.
Ancorados nessa liturgia vamos, como Igreja, viver a alegria da qual o perdão e a própria caminhada feita até aqui deve nos inundar. Essa alegria própria da liturgia “batiza” este domingo com o nome de Domingo Laetare, ou Domingo da Alegria.
O Domingo Laetare tem a particularidade de ser assim chamado pois está ancorado, primeiramente, no próprio espírito cristão, que não é um espírito de murmuração e tristeza, mas de alegria. A palavra Laetare é oriunda da Antífona de Entrada da Missa, e significa “Alegra-te!“
“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações.” 1
Em si, nada muda nas penitências quaresmais nem no espírito quaresmal. O que a Igreja propõe, com afinco, nesta liturgia do Domingo Laetare, é um olhar aguçado para o seguinte detalhe: como tem sido nossa vida de penitência, de calvário, de cruz, de quaresma?
Ainda não se canta o Glória nem o Aleluia, mas permite-se, pelo caráter único deste Domingo, o uso de flores, de músicas mais jubilares, enfim, de uma disposição da assembleia mais voltada à alegria interior que transborda num exterior pujante.
Confira 5 dicas práticas para viver bem a Quaresma.
No Tempo da Quaresma, assim como no Tempo de Advento, a Igreja se reveste, na liturgia, da cor roxa. Essa cor tem como fundamento inserir a Igreja num período de contemplação, de penitência e de interiorização.
Durante dois domingos do ano somente a Igreja se reveste, de modo opcional, mas com um significado profundo e importante, da cor rósea. No terceiro Domingo do Advento e no quarto Domingo da Quaresma, a cor litúrgica roxa pode ceder lugar à cor rósea.
E porque dentre tantas cores existentes usamos justamente o róseo? Acontece que essa cor é a junção do roxo com o branco. A gravidade da penitência e conversão exigidas da Quaresma é suavizada pela proximidade das festas pascais. Com efeito, essa cor traduz muito bem o espírito deste Domingo Laetare, que é um domingo de alegria.
A primeira leitura deste domingo é retirada do Livro de Josué (Js 5,9a.10-12). Neste trecho, vemos o momento em que o povo de Israel, após longos anos de peregrinação no deserto, finalmente entra na Terra Prometida. Celebrando a Páscoa em Gilgal, eles deixam de se alimentar do maná e passam a se sustentar dos frutos da terra.
Esse episódio nos ensina que Deus cumpre Suas promessas e nos conduz à plenitude, mas exige de nós fidelidade e conversão. Assim como os israelitas tiveram que abandonar a vida no deserto e se adaptar a uma nova realidade, somos chamados a deixar para trás o pecado e viver uma vida renovada pela graça divina.
Conheça a origem, divisão e principais temas tratados no Antigo Testamento.
O Salmo 33(34) nos convida a louvar a bondade de Deus e confiar em Sua providência:
“Provai e vede quão suave é o Senhor!” (Sl 33,9a)
Os versículos proclamam a alegria dos que confiam no Senhor, ressaltando que Ele está próximo dos corações contritos. Assim como Israel experimentou a libertação ao entrar na Terra Prometida, cada um de nós pode provar a bondade de Deus quando escolhemos segui-Lo de coração sincero.
A segunda leitura é extraída da carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5,17-21), somos chamados à reconciliação com Deus. São Paulo nos ensina que, em Cristo, somos novas criaturas e que nosso passado de pecado não pode definir nosso futuro.
”Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação.” 2
O apóstolo reforça que Cristo nos confiou o ministério da reconciliação, ou seja, somos chamados a ser embaixadores da paz de Deus no mundo. Assim como Deus não hesitou em nos reconciliar consigo por meio de Cristo, também devemos buscar constantemente essa reconciliação por meio da Confissão e da vivência do amor cristão.
Conheça a origem, como está dividido e quais são os principais temas abordados no Novo Testamento.
O Evangelho deste Domingo Laetare é retirado de Lucas 15,1-3.11-32 e nos apresenta a Parábola do Filho Pródigo. Esta passagem revela o imenso amor do Pai que, apesar da ingratidão do filho mais novo, está sempre pronto para acolhê-lo de volta com misericórdia.
Esse trecho nos recorda que Deus nunca nos abandona, mesmo quando nos afastamos d’Ele. Assim como o pai da parábola esperava ansiosamente pelo retorno do filho, o Senhor aguarda a nossa conversão e está sempre disposto a nos perdoar — lembrando que esse tempo não é infinito, com vimos na leitura do terceiro domingo. A atitude do filho mais velho, que se ressente do perdão concedido ao irmão, convida-nos a refletir sobre como acolhemos a misericórdia divina em nossas vidas e se estamos dispostos a oferecê-la ao próximo.
Este domingo nos convida a nos alegrarmos no Senhor e a renovarmos nossa esperança na salvação. A cor litúrgica rósea, os cantos e a ênfase na misericórdia divina nos lembram que a Quaresma não é apenas um tempo de penitência, mas também de preparação para a grande alegria da Páscoa.
A Oração Coleta resume, e bem, o que essa liturgia tem a nos ensinar:
“Ó Deus, que por vossa Palavra realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheio de fervor
e exultando de fé.”
A liturgia deste domingo nos ensina que Deus é fiel às Suas promessas e nos conduz sempre à vida nova. Assim como os israelitas entraram na Terra Prometida e como o filho pródigo foi acolhido pelo pai, também nós somos chamados a confiar na bondade divina e a nos deixarmos transformar por ela.
Além disso, aprendemos que a verdadeira alegria vem da confiança no Senhor e da reconciliação com Ele. Não importa o quão distantes possamos ter estado, Deus nos espera sempre de braços abertos. Essa experiência de misericórdia não deve ficar apenas em nós, mas precisa ser testemunhada ao mundo.
Que este Domingo Laetare renove em nós o desejo de voltar ao Pai, de viver em comunhão com Ele e de preparar nosso coração para celebrar, com júbilo, a Páscoa do Senhor.
Não deixe de conferir também a liturgia e os ensinamentos dos domingos anteriores:
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Confira o caminho proposto pelas leituras deste 4º Domingo da Quaresma, também conhecido como Domingo Laetare.
Você sabia que a Igreja se reveste de uma cor especial na liturgia somente duas vezes ao ano? Pois é! A liturgia deste 4º domingo da Quaresma é toda especial por seu significado próprio que transborda no modo como a celebramos.
Dentro do ciclo anual da liturgia da Igreja celebramos, em cada momento, um aspecto essencial da vida de Cristo que remete à nossa salvação. E nessa época do Ano litúrgico, ganham destaque a Paixão e ressurreição de Jesus, mistério central de nossa fé.
A Páscoa, celebrada desde o tempo dos judeus e levada a sua plenitude de significado em Jesus, é precedida pela Quaresma, que são os quarenta dias de preparação para que a Igreja possa bem celebrar a Paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Saiba como eram as tradições da Páscoa dos Judeus.
A quaresma nada mais é que os quarenta dias que antecedem a Páscoa, momento mais importante do ano para um católico. Mas, esses quarenta dias e a liturgia que celebramos neles não são e nem devem ser vividos como somente “mais um tempo litúrgico da Igreja”.
A quaresma é o tempo favorável para a conversão. Como queremos viver uma vida nova em Cristo ressuscitado, se não estamos dispostos a morrer para o que nos separa dessa vida nova? É por causa disso que a cada domingo da Quaresma vamos adentrando, espiritualmente, nos elementos essenciais para bem percorrer esse caminho quaresmal, que é de jejum e penitência, esmola e oração.
Neste outro artigo, encontre tudo o que um católico precisa saber sobre a Quaresma.
A liturgia de cada domingo da Quaresma funciona como um grande itinerário espiritual. É como se fosse um retiro quaresmal onde, a cada Santa Missa celebrada, vamos progredindo em algum aspecto indispensável na preparação para a Páscoa do Senhor.
Com o 4º domingo da Quaresma não é diferente, apesar de ele possuir um destaque e uma particularidade maior em relação aos outros domingos. Neste dia, a Igreja vai nos falar de modo mais próximo acerca do amor de Deus por nós que é infinito, sem fronteiras e limites.
Ancorados nessa liturgia vamos, como Igreja, viver a alegria da qual o perdão e a própria caminhada feita até aqui deve nos inundar. Essa alegria própria da liturgia “batiza” este domingo com o nome de Domingo Laetare, ou Domingo da Alegria.
O Domingo Laetare tem a particularidade de ser assim chamado pois está ancorado, primeiramente, no próprio espírito cristão, que não é um espírito de murmuração e tristeza, mas de alegria. A palavra Laetare é oriunda da Antífona de Entrada da Missa, e significa “Alegra-te!“
“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações.” 1
Em si, nada muda nas penitências quaresmais nem no espírito quaresmal. O que a Igreja propõe, com afinco, nesta liturgia do Domingo Laetare, é um olhar aguçado para o seguinte detalhe: como tem sido nossa vida de penitência, de calvário, de cruz, de quaresma?
Ainda não se canta o Glória nem o Aleluia, mas permite-se, pelo caráter único deste Domingo, o uso de flores, de músicas mais jubilares, enfim, de uma disposição da assembleia mais voltada à alegria interior que transborda num exterior pujante.
Confira 5 dicas práticas para viver bem a Quaresma.
No Tempo da Quaresma, assim como no Tempo de Advento, a Igreja se reveste, na liturgia, da cor roxa. Essa cor tem como fundamento inserir a Igreja num período de contemplação, de penitência e de interiorização.
Durante dois domingos do ano somente a Igreja se reveste, de modo opcional, mas com um significado profundo e importante, da cor rósea. No terceiro Domingo do Advento e no quarto Domingo da Quaresma, a cor litúrgica roxa pode ceder lugar à cor rósea.
E porque dentre tantas cores existentes usamos justamente o róseo? Acontece que essa cor é a junção do roxo com o branco. A gravidade da penitência e conversão exigidas da Quaresma é suavizada pela proximidade das festas pascais. Com efeito, essa cor traduz muito bem o espírito deste Domingo Laetare, que é um domingo de alegria.
A primeira leitura deste domingo é retirada do Livro de Josué (Js 5,9a.10-12). Neste trecho, vemos o momento em que o povo de Israel, após longos anos de peregrinação no deserto, finalmente entra na Terra Prometida. Celebrando a Páscoa em Gilgal, eles deixam de se alimentar do maná e passam a se sustentar dos frutos da terra.
Esse episódio nos ensina que Deus cumpre Suas promessas e nos conduz à plenitude, mas exige de nós fidelidade e conversão. Assim como os israelitas tiveram que abandonar a vida no deserto e se adaptar a uma nova realidade, somos chamados a deixar para trás o pecado e viver uma vida renovada pela graça divina.
Conheça a origem, divisão e principais temas tratados no Antigo Testamento.
O Salmo 33(34) nos convida a louvar a bondade de Deus e confiar em Sua providência:
“Provai e vede quão suave é o Senhor!” (Sl 33,9a)
Os versículos proclamam a alegria dos que confiam no Senhor, ressaltando que Ele está próximo dos corações contritos. Assim como Israel experimentou a libertação ao entrar na Terra Prometida, cada um de nós pode provar a bondade de Deus quando escolhemos segui-Lo de coração sincero.
A segunda leitura é extraída da carta de São Paulo aos Coríntios (2Cor 5,17-21), somos chamados à reconciliação com Deus. São Paulo nos ensina que, em Cristo, somos novas criaturas e que nosso passado de pecado não pode definir nosso futuro.
”Com efeito, em Cristo, Deus reconciliou o mundo consigo, não imputando aos homens as suas faltas e colocando em nós a palavra da reconciliação.” 2
O apóstolo reforça que Cristo nos confiou o ministério da reconciliação, ou seja, somos chamados a ser embaixadores da paz de Deus no mundo. Assim como Deus não hesitou em nos reconciliar consigo por meio de Cristo, também devemos buscar constantemente essa reconciliação por meio da Confissão e da vivência do amor cristão.
Conheça a origem, como está dividido e quais são os principais temas abordados no Novo Testamento.
O Evangelho deste Domingo Laetare é retirado de Lucas 15,1-3.11-32 e nos apresenta a Parábola do Filho Pródigo. Esta passagem revela o imenso amor do Pai que, apesar da ingratidão do filho mais novo, está sempre pronto para acolhê-lo de volta com misericórdia.
Esse trecho nos recorda que Deus nunca nos abandona, mesmo quando nos afastamos d’Ele. Assim como o pai da parábola esperava ansiosamente pelo retorno do filho, o Senhor aguarda a nossa conversão e está sempre disposto a nos perdoar — lembrando que esse tempo não é infinito, com vimos na leitura do terceiro domingo. A atitude do filho mais velho, que se ressente do perdão concedido ao irmão, convida-nos a refletir sobre como acolhemos a misericórdia divina em nossas vidas e se estamos dispostos a oferecê-la ao próximo.
Este domingo nos convida a nos alegrarmos no Senhor e a renovarmos nossa esperança na salvação. A cor litúrgica rósea, os cantos e a ênfase na misericórdia divina nos lembram que a Quaresma não é apenas um tempo de penitência, mas também de preparação para a grande alegria da Páscoa.
A Oração Coleta resume, e bem, o que essa liturgia tem a nos ensinar:
“Ó Deus, que por vossa Palavra realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheio de fervor
e exultando de fé.”
A liturgia deste domingo nos ensina que Deus é fiel às Suas promessas e nos conduz sempre à vida nova. Assim como os israelitas entraram na Terra Prometida e como o filho pródigo foi acolhido pelo pai, também nós somos chamados a confiar na bondade divina e a nos deixarmos transformar por ela.
Além disso, aprendemos que a verdadeira alegria vem da confiança no Senhor e da reconciliação com Ele. Não importa o quão distantes possamos ter estado, Deus nos espera sempre de braços abertos. Essa experiência de misericórdia não deve ficar apenas em nós, mas precisa ser testemunhada ao mundo.
Que este Domingo Laetare renove em nós o desejo de voltar ao Pai, de viver em comunhão com Ele e de preparar nosso coração para celebrar, com júbilo, a Páscoa do Senhor.
Não deixe de conferir também a liturgia e os ensinamentos dos domingos anteriores: